Diário de Joha Dark
Mexico, 1980 Ele me encontrou, ele sabe onde eu moro. O homem desconhecido sempre vem, todos os dias quando o Hugo sai. Fica parado na janela me olhando, e isso é estranho. Estou assustada que decidi pedir ajuda ao vizinho, ele disse que estaria prestando atenção caso o desconhecido viesse. Caminhei até a janela e, como sempre, ele veio. Ele sempre fica parado imóvel olhando para mim. E eu, mesmo tomada pelo medo, algo nele me chama atenção, algo que eu não resisto e que sempre me faz vir a janela para ver se ele veio. Eu sei, eu devo estar ficando louca. Pouco tempo depois, o vizinho se aproxima dele, mas ele não dá atenção a ele. Meu vizinho tenta falar com ele, mas seu olhar não sai do meu, sua boca não se abre, o que significa que não está respondendo ao que o meu vizinho diz. Ele se virá e sai, e logo que ele saí, corro até a porta e vou até onde meu vizinho está. perguntei-lhe se o homem estranho disse algo, ele disse que não falou nada, que o homem estranho parecia indiferente a sua presença. O meu vizinho me aconselhou a chamar a polícia, mas eu não sei se quero ou se vou. Eu acho que estou carente, eu estou ficando cada vez mais maluca e com desejos obscenos. Eu estou perdida e não sei o fazer. Fim POV ANNIE: — E aí, Annie? Vai competir para ser lider de torcida esse ano? — A Eva me pergunta enquanto mastiga a sua maçã. Estamos no refeitório almoçando, antes da aula de educação física. — Estás com medo que eu te substitua? — Respondo, mexendo distraidamente na comida com o garfo, sem tirar os olhos de Eva. Ela ri, como se minha pergunta fosse a coisa mais absurda que já ouviu, mordendo mais um pedaço da maçã. — Por favor, Annie. Você mal consegue fazer uma estrela sem parecer um pato trapalhão. Sorrio de lado, inclinando-me um pouco para frente. — Engraçado, Eva. Porque da última vez que fiz uma estrela, seu namorado não conseguia tirar os olhos de mim. O sorriso dela desaparece num instante. O refeitório, que antes era só um zumbido de conversas paralelas, parece ficar mais silencioso. Algumas pessoas até param para observar. — Vou competir. E quando eu ganhar, quero ver você engolir esse deboche. — digo, a olhando nos olhos. — Boa sorte com isso, Annie. Você vai precisar. — Não preciso, porque ao contrário de você, eu tenho talento. Largo o garfo e pego minha mochila, saindo do refeitório em direção ao meu cacifo. Abro meu cacifo e pego meu uniforme de educação física. visto a roupa e sigo rapidamente para a aula. O ginásio não estava cheio. Apenas os alunos do último ano é que estavam praticando basquetebol e as poucas pessoas que estavam conversando, eram as da minha turma. Caminhei para onde eles estavam e me sentei entre eles, ouvindo-os conversar. Fiquei olhando para eles até que notei um aluno novo. Ele era muito bonito, era loiro e de olhos azuis e se destacava entre todos eles. Ele pareceu notar meu olhar e logo sorriu para mim. — Quem é aquele cara? Vocês conhecem? - perguntei — Ouvi dizer que ele foi transferido porque matou um colega dele. — Disse Maelin, com suas teorias malucas. Não é ofensa, mas ela acredita que a terra será invadida pelos ETs, é uma típica nerd que acredita em ETs. — Ele é o cara novo. Eu vi ele ontem no treino de futebol americano, o Sam não gosta nada dele. — o Steve disse. — Porquê não gosta dele? — pergunto, olhando de vez em quando para o loiro. — Acho que é por ele querer ser o quarterback. - O Steve continua. — Eita, só espero que ele fique bem! — disse Maelin. — Quem? E porquê? — pergunto. — O Sam, porque segundo o que as meninas estavam dizendo ontem dele, ele é psicopata que se finge de ser bonzinho. Mas na verdade é um assassino. Talvez seja até um ET. Ficamos rindo das teorias malucas da Maelin. Não é por nada, mas a garota tem um problema mesmo sério com a imaginação. Pouco tempo depois a professora começou com as aulas. Como sempre, a Eva estava tentando competir comigo. Entendi que eu era uma fonte de inspiração para ela por eu ser melhor que ela, então relevei todas as tentativas dela de querer competir comigo. Só para a irritar, depois da aula, fiz uma estrela em frente ao namorado dela. Que ficou claramente babando. Sorri para a Eva que me olhava com raiva. Vi o garoto novo me olhando do outro lado da quadra, onde ele estava com os amigos dele, mas ele não parecia prestar atenção na conversa. Saí do ginásio e fui tomar um banho e colocar o meu uniforme, eu já estava bem suada devido a aula de educação física. Depois de terminado meu banho, caminhei pelos corredores cheios de alunos, alguns suados, a maioria era do turno da tarde. Meus passos são parados logo que meu corpo b**e em algo duro, me fazendo quase cair. Uma mão firme me segura e um hálito fresco me atinge. Me fazendo sentir calafrios pelo corpo todo. Levanto o olhar e encontro os mesmos olhos azuis que estavam me olhando no ginásio. Era o garoto novo. Ele dá um sorriso de lado me olhando intensamente. — precisas de óculos! — ele disse, me olhando com um sorriso. — O quê?? — pergunto, ainda presa em seus olhos. O sorriso dele aumenta, me fazendo ficar nas nuvens. Ele se aproxima da minha orelha direita e sinto o calor se espalhar por todas as partes do meu corpo. — Eu gosto de loiras. — ele sussurra em meu ouvido. Ele se afasta de mim ainda mantendo o sorriso dele, me deixando com cara de tacho. Tenho certeza que devo estar como um tomate maduro agora. Rapidamente me recomponho e saiu da escola quase correndo em direção ao ponto de ônibus. Não demora muito para que ele venha. Já em casa, corro logo para meu quarto e me jogo ná cama, pensando no garoto novo da escola. Eu estava nas nuvens, até que minha irmã entrou no quarto. — o que houve? Você está doente. Rapidamente fechei a cara e me levantei, ficando ainda sentada na cama. — Porquê eu estaria doente? — Você está toda vermelha! Está tudo bem com você? — Eu conheci um cara novo e muito bonito. — eu disse, animada. — Não brinca! — assinto, sorrindo de orelha a orelha — iiihhhh!! — gritamos as duas. — Mas tem uma coisa. — eu disse, quebrando o clima. — Ele disse que gosta de loiras. — Que cara idiota. Me jogo de novo na cama pensando ainda em suas palavras. — você acha que eu devo pintar meu cabelo? — Sério que você quer fazer isso? Nossa, o cara novo mexeu mesmo com você. Isso não é típico seu. Me levantei, voltando a ficar sentada. — o que você quer dizer com não é típico meu? — estou dizendo é que a Annie que eu conheço, não mudaria por ninguém. Volto a me jogar na cama. — Ai, acho que vou me tornar a bisavó e começar a ter gostos estranhos. — E por falar nela, o que você descobriu no diário dela? — No início não havia muito, ela contava apenas do seu passado infeliz e de como a mãe dela a tratava mal e outras coisas banais. Aí começou a ficar esquisito quando ela começou a escrever que alguém estava a seguindo. — Você acha que é essa pessoa quem a matou? — Eu não sei, mas da forma que ela descreve ele, ele parecia um cara bem estranho. — Sinistro isso. — Muito sinistro.POV IVAN: — Você pensa que só por tirar 10 na escola você será bom na vida? Cresça e seja um homem, seja um Alfa e não um cachorro assustado. Eu não criei um homem para ser comum, eu criei um homem para ser o melhor. Ouço o velho discurso motivacional do meu pai antes de ir na escola. É sempre assim, desde que perdi a minha mãe, meu pai passou a exigir mais de mim. E isso começou a matar meu psicológico , tanto pela morte da minha mãe quanto pela pressão do meu pai. Aos 16 anos, um ano depois da morte da minha mãe, me envolvi em coisas erradas e isso me fez quase morrer. Me pergunto porquê não morri naquele dia, Por que eu tinha que continuar vivendo essa vida maldita. Para fugir de toda essa merda, entrei no mundo das lutas clandestinas. Me viciei na dor, a dor passou a ser o melhor que essa vida maldita me oferece, além do sexo. Meu pai termina seu velho discurso e saiu sem falar nada. Se eu abrir a boca, é capaz dele me dar uma surra. Posso até ser um playboy de quinta, mas r
POV IVAN: — Ora, ora... Olha quem chegou. — Disse o Tom, animado como sempre. Não sei o que seria de mim se não fosse o Tomás. Ele me encontrou enquanto eu mergulhava em lama. Graças a ele, deixei de me afundar e entrei no mundo das lutas clandestinas. Ele é meu mentor e treinador. — Tenho luta hoje? — pergunto, me aproximando do balcão. — Sirva uma dose de uísque para o riquinho aqui. — ele disse para o barman. — E você... Relaxa a mente e o corpo. Hoje não temos nenhuma luta. — Ele disse, dessa vez para mim. — Estraga-prazeres. — Eu disse, tomando toda a bebida que continha no copo que o barman me serviu. — Como estão as coisas? — Ele pergunta para mim. — Nada de mais. Apenas vou ter que visitar algumas cidades. — Seu pai está te preparando bem para ser líder. — Eu sou o seu único herdeiro, o que você esperava!? — Sempre amável nas respostas ein. — Só quero relaxar, falamos depois. — tomo um último gole. E caminho até uma loirinha. Meto um papinho básico, e a mina já e
Diário de Joha Dark México, 1980 Eu não consigo, eu nunca consigo chamar a polícia. Hoje ele veio, tentei falar com ele lhe perguntando o que ele queria. Mas ele não respondeu. Ele demorou um pouco mais hoje, mas não disse nada. Eu tive a impressão de que ele queria vir até mim, mas vi que ele hesitou, apertou os punhos e parecia que usava muita força. Parecia lutar consigo mesmo para não vir até mim. Ou será que ele não gosta de mim? Será que eu lhe fiz algo que eu não me lembro? Eu estou ficando maluca, fico horas olhando pela janela esperando que ele venha, mas a cada dia que passa, ele demora mais para aparecer. Eu estou mesmo ficando maluca. Mas não consigo parar, já me esforcei e tentei tantas vezes ignorá-lo, mas sempre volto para aquela janela à procura dele. Estou pensando em tanta coisa que eu já nem sei mais. Será que ele é surdo? Ou é um psicopata!? Psicopatas devem analisar as suas vítimas antes de matá-las. Mas nenhuma das características que eu encontrei na int
Diário de Joha Dark México, 1980Hoje ele não veio. Fiquei esperando, mas ele não veio. Minha ansiedade estava a mil, esperando que ele viesse. Duas semanas. Duas longas semanas sem vê-lo.Temo que algo tenha acontecido com ele.Ou será que fiz algo errado?Ou é minha mente me pregando peças. Me pergunto como ele consegui mexer comigo, porquê ele me deixa assim tão pra baixo? Porquê eu me culpo se eu não fiz nada? Acorda Joha, não se iluda por um desconhecido que você mal sabe se não é um psicopata....Ele veio. Demorou mais de duas semanas, mas ele veio.Hoje, ele estava dentro da minha casa. O pânico me invadiu, e eu peguei a faca, apontando para ele.Ele sussurrava "desculpa". Eu perguntei por quê, e ele permaneceu em silêncio. Antes de ir, olhou-me e foi embora.Estou perdida. E acho que preciso da ajuda de um profissional. Fim.POV
POV ANNIE:— Eu não acredito, eu não acredito, eu não acredito... Estou tão feliz por você!— Obrigada, obrigada, obrigada. — Digo abraçando a minha irmã.Eu contei a ela que consegui e que agora eu sou a nova líder de torcida. — Eu tive uma ideia! — Eu disse, olhando a minha irmã.— O quê você tem em mente? — Vem, segue. — Desço da cama e rapidamente desço as escadas. Indo em direção a cozinha onde está a minha mãe.— Mãeee... — Grito, animada.— Estou aqui!! O que houve?Diz, aparecendo com um pano de pratos em seu ombro. — Eu tenho 5 palavras para dizer a senhora: Eu. Sou. A nova. Líder. De torcida. gritamos todas felizes e nós abraçamos as três. — Isso é ótimo meu amor, parabéns querida. — Disse minha mãe, voltando a nós abraçar.— Obrigada mamãe. — digo, me afastando um pouco delas. — Mãe, agora que sou a nova líder de torcida, eu quero pedir que a senhora nos dê a permissão para que possamos sair para comprar meu novo uniforme. A senhora não precisa pagar, eu tenho dinheiro
POV ANNIE:Já estava tudo pronto. As almofadas estavam em nossas camas e a festa já tinha começado. Era por volta das 22h e nossos pais não acordavam nesse horário. Eu já tinha traçado todo o plano em minha cabeça de como prender o novato. E eu estava ansiosa por isso.Abrimos as janelas e saltamos elas cuidadosamente evitando causar barulho.Eu estava deslumbrante, devo admitir. Mas minha irmã não ficou atrás também. A festa era do outro lado da cidade, um pouco longe de casa. Mas eu estava tão preocupada em planear o meu encontro com o novato que eu não estava ligando para nada.O amigo da minha irmã veio nos buscar perto da paragem de autocarros. Em poucos minutos já estávamos na festa. A festa estava tão cheia, que agora eu não sabia como encontrá-lo.Juntos, eu, minha irmã e amigo dela, nos exprememos no meio da multidão e conseguimos entrar. A casa era linda, apesar de estar cheia de gente dá para ver que quem vive aqui não é qualquer um.— Nós vamos na piscina, se precisar de m
Diário de Joha Dark México, 1980Hoje, um homem estranho estava me seguindo. Na verdade, sinto que estou sendo seguida desde o mês passado. Mas hoje, eu vi um homem estranho. Sua expressão era fechada, e ele era muito bonito, por sinal. Ele era asiático, só não sei dizer o país porque para mim, eles são todos iguais. No início eu pensei que fosse impressão minha, mas não era. E ele não fez questão de esconder que estava me seguindo. Me senti assustada, por ser mulher, me senti vulnerável. Eu caminhei pelos lugares onde havia mais pessoas, eu não seria louca de parar e perguntar o que ele queria ou o Porquê de estar me seguindo. Eu não sei como eu consegui despistá-lo. Cheguei em casa assustada e, como sempre, o Hugo estava imerso em substâncias não lícitas e bebidas. Ele estava com as vadias das vizinhas, e o pior é que ele mal se importa se eu o vejo com elas ou não.Eu poderia dizer que isso me magoa, mas não.