- E agora? - meu coração disparou ao ver o Alonzo de longe, sentado na frente da minha casa - Como eu vou entrar sem que ele me veja? - suspirei.Eu, então, decidi esperar a espreita, até que ele se cansasse e fosse embora, o que levou um tempo considerável, pois o amanhecer estava se aproximando rapidamente.Assim que o vi sair, esperei ele se afaster bem e então sai de onde eu estava escondida.- Bom, acho que agora eu posso entrar e ver como minha mãe está. Afinal eu estou morrendo de saudades dela. - caminhei em direção a minha casa e quando me aproximei da porta da cozinha fiquei em choque.Haviam faixas amarela, coladas de uma parede a outra, aquelas que as polícias geralmente usam em cenas de um crime contendo a frase: *scena del crimine non attraversare*.Eu não estava conseguindo acreditar que aquilo era verdade.- Não, não.. não.. não pode ser. - aflita e desesperada eu comecei a arrancar todas as faixas enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto - Se algo aconteceu com a mi
Depois de terminar de ler a carta que minha mãe havia me deixado, amassado e chorado bastante por alguns minutos, eu fui até o banheiro, joguei dentro do vaso sanitário e dei descarga.- Eu não posso deixar que alguém leia e saiba de tudo que minha mãe me disse. Nem minha melhor amiga. - suspirei - Não que eu não confie nela, mas de todo jeito é melhor eu guardar essas coisas só para mim. Não quero colocá- la em perigo por minha causa.Voltei para o quarto e decidi procurar uma mochila no closet do Vincenzo.Afinal eu não ia ficar andando para lá e para cá com uma caixa na mão.- Isso, achei. - peguei uma mochila preta, mesmo sem autorização e coloquei as coisas da caixa dentro da mochila.- Bom, eu acho que ele não vai se importar de eu ter pego para usar somente por hoje, amanhã eu já devolvo.Peguei a mochila e coloquei na costa.- Agora sim, bem melhor do que a caixa.Olhando para uma prateleira um pouco acima, eu avistei um revólver preto.Eu na curiosidade, é claro que peguei.-
- É, só que agora você terá que me ajudar com isso,.. - olhou para baixo e rapidamente voltou a me olhar fixamente - .. já que você me obrigou a manda- Las embora.Comecei a rir sarcasticamente.- Isso é piada, não é?Balançou a cabeça negativamente.- Me desculpe, Alonzo, mas agora eu estou sem tempo, então,.. - dei de ombro - .. você terá que resolver isso sozinho.- Não flor, você vai resolver isso para mim, e agora.- Ah, sério? - indaguei duvidosamente - E quem irá me obrigar?- Eu!. - respondeu sem hesitar.Comecei a rir novamente.- Desculpe, mas não estou com cabeça para as suas ironias hoje, Alonzo. Então, a gente se vê por aí, ok? - joguei o revólver no sofá, do lado dele, me virei e comecei a ir em direção a porta.Ele, então, levantou-se rapidamente, veio atrás de mim e segurou o meu braço direito com sua mão esquerda enorme, me virando para ele.Foi tão rapidamente que eu até fiquei sem reação.- Ei, espera aí flor da noite, nós ainda não acabamos.Olhei de canto de olho
Apesar do beijo e da pegada dele ser muito bom, irresistíveis, eu relutantemente consegui me afastar dele.— Desculpa, mas eu não posso. - disse cabisbaixa — Eu preciso ir.Fui até a porta, e ao tentar abri- la meio atordoada, lembrei que a chave estava com ele.— Por favor, Alonzo, me dê a chave. - estiquei a mão pedindo- a.Ele me olhou maliciosamente enquanto molhava os lábios com a ponta da língua e roçava seus dentes no lábio inferior.— Alonzo, por favor? - pedi mais uma vez — Me dê a chave da porta.Ainda olhando para mim fixamente, ele tirou a camisa lentamente, que por sinal já estava aberta, jogou- a no sofá, e em seguida tirou sua calça já desabotoada também.Algo que me deixou bem mais nervosa do que eu já estava, mas o desejando muito mais, também.Ele, então, caminhou até a varanda, jogou- a lá embaixo, com a chave da porta dentro do bolso e voltou para dentro do quarto..." Não, ele não fez isso!. - mordi meu lábio inferior.Para deixar eu ainda mais cabreira, ele tranc
— Não se preocupe, Alonzo, é só paixão, como você mesmo disse. Algo que a gente supera rápido. - tentei ser convincente — Só basta encontrarmos um outro alguém para preencher o espaço vazio, e a gente querer realmente.— Será mesmo, Alessia? - indagou — Porque eu levei nove anos para superar outro alguém.O olhei surpresa e impressionada ao mesmo tempo.— Uau,.. e quem o ajudou a supera- lá?— Você. - respondeu sem hesitar — Por você eu senti e sinto, algo bem mais forte e intenso, do que eu sentia por ela. É por sua causa que desisti do plano do meu pai. - suspirou profundamente — É por sua causa que pela primeira vez eu não fiz o que o meu pai me ordenou.Seus olhos, sua voz, me transmitiam sinceridade, tanto que fiquei sem reação, sem palavras, mas até onde eu já sabia, ele era filho de um mafioso rival do meu pai, e que para piorar, ele estava atrás de informações que na cabeça dele eu as tinha.Então como eu iria confiar nele?!Como ter certeza que não era uma tática dele para co
— Alonzo, está acordado? - insisti nas batidas — Preciso falar com você.Ao escutar a voz masculina e grossa, reconheci que era do Vincenzo.Arregalei meus olhos enquanto olhava para o Alonzo.— E agora, é o seu irmão?! - disse num sussurro.Ele fez um sinal rapidamente para mim ficar em silêncio levando o dedo indicador à sua boca.Shhh...Eu, então, acenei com a cabeça em concordância.— Alonzo, eu sei que você está aí. - disse afirmando — A empregada me disse que as mulheres que você chamou para cá, já se foram a quase uma hora. Então, abri logo essa porta porque eu tenho um recado do nosso pai para você.Mesmo o Vincenzo dizendo que era um recado do pai dele, ele continua no mesmo lugar.Ele não parecia não se importar se era algo importante ou não.— Anda Alonzo, abri logo essa p****. - insistiu mais uma vez batendo na porta.Sentindo- se frustado e incomodado com a bateção na porta, ele fechou os olhos e suspirou fundo antes de finalmente responder ao irmão.— Já vou abrir Vince
Assim que entrei no quarto e fechei a porta, que fui me lembrar que estava sem o meu celular.— Que m****, esqueci de pedir meu celular para o Alonzo. Como eu vou mandar mensagem para a Elisa?!Eu sabia que era arriscado eu voltar no quarto do Alonzo e o Vicenzo acabar me vendo lá, mas eu precisava do meu celular.— Arriscado ou não, eu vou voltar lá.Sem tirar a mochila das costas, eu voltei ao quarto do Alonzo.Toc.. Toc.. Toc..— Quem é? - disse num tom bravo.— Eu, Alonzo. - respondi meio baixo.Nem precisei insistir nas batidas, ele rapidamente abriu a porta para mim.— Não consegue ficar longe de mim, não é flor? - sorriu convencidamente.— Eu até queria muito alimentar o seu ego, bebê, mas infelizmente eu só vim para te pedir o meu celular de volta.Ele me olhou descepcionado.— Entra, eu vou pegar para você.Ele, então, abriu mais a porta e eu entrei.— O que você estava fazendo? - perguntei curiosa.— Você quer mesmo saber? - me olhou ansioso pela minha resposta.— Sim. - res
— Bom, não é que eu queira estragar o clima entre vocês dois, mas eu gostaria muito de tomar um banho, então será que você poderia me emprestar uma roupa sua, Vincenzo? - disse com jeitinho — Eu sei que irá ficar enorme em mim, mas é minha única opção, não é?— Eh, vai ficar um tanto grande sim, mas te empresto com todo o prazer. - deu um sorriso meigo — Eu vou lá no closet pegar para você.Segurou na cintura da Elisa, a colocou de pé ao seu lado, se levantou e foi em direção ao closet.— ok, obrigada. Eu e a Elisa, piscamos de canto de olho uma para a outra, enquanto olhávamos ele entrar no closet para pegar a roupa. Foi coisa de dois minutos para ele voltar com um conjunto de moletom preto com pouco detalhes em branco na mão e entregar para mim.— Prontinho, toma. - entregou- me — E não precisa me devolver, ok?— Ok, valeu.— Não tem de que.Ficamos nos olhando por alguns segundos até a Elisa se tocar que era a vez dela, fazer a parte dela.— Bem, enquanto você toma banho Alessia,