Gostaria de me apresentar. Meu nome é Débora Pankara Nascimento, neta do fundador dessa companhia e esposa legal de Carlos Nascimento.”Durante alguns minutos a sala ficou em polvorosa. Com as palavras da garota.André estava estupefato com a semelhança entre mãe e filha.“Calma senhores. Vamos escutar o que a senhora Débora tem a nos dizer.”Quem falou foi Antônio Nori. Principal opositor de André e Carlos, seu filho Samuel também tinha qualificação para se candidatar, porém, nem foi cogitado por aquelas pessoas.“cala boca, seu velho idiota.”respondeu André para Antonio. A rivalidade entre os dois era muito antiga e eles nunca se deram bem.Uma grande briga se formou na sala de reunião naquele momento.Os olhos de Carlos estavam cheios de uma frieza inexplicável. Sua paciência estava no limite, desde a hora em que Débora entrou na sua sala e falou que iria atrapalhar seus negócios. Era muito claro que o pai não tinha as habilidades necessárias para continuar como presidente do grup
No fim da reunião criou-se uma grande briga, de um lado os defensores de Carlos, que apesar de fiéis, não tinham a maioria do outro, aqueles que confiaram na aposto do fundador do grupo. Afinal ele era um grande empresário, que saiu de um vendedor de rua para dono de um grande grupo empresarial, do varejo alimentício.“Senhores, vamos ter calma é apenas uma medida provisória, dentro de seis meses estaremos aqui de novo, revendo a situação.”Com as palavras da médica, o tumulto se acalmou e os diretores foram saindo aos poucos da sala de reunião.Os integrantes da reunião foram saindo um a um, o primeiro foi André que ainda estava em transe, com a aparência de Débora. Os últimos foram Antônio e seu filho.“Senhorita, você é um colírio para os ouvidos… e de fato para os olhos também.”Samuel falou pegando a mão de Débora. Os olhos de Carlos se estreitaram. Mas, antes dele falar qualquer coisa o pai. Antônio falou primeiro.“Espero lhe encontrar nas próximas vezes que estiver aqui no gru
Depois de ver a filha de Niara na reunião André não podia segurar a torrente de lembranças que ele estava jogando debaixo do tapete da inconsciência. Afinal, ela a amava tanto que sua traição foi um golpe mortal em sua autoestima.Naquele dia que a conheceu, o dia começou um pouco nublado, uma dor abdominal intensa no lado inferior direito, náuseas e vômitos, febre baixa persistente e um mal estar geral. Se instalou na vida de André. depois de tentar ir trabalhar o jovem não aguentou mais e foi para o hospital, fazer uma consulta de emergência.A sala de espera não estava muito cheia, cerca de dez minutos depois de ter chegado ao pronto atendimento, seu nome apareceu no monitor de chamada. Quando ele se dirigiu para o consultório que lhe foi indicado e entrou a médica era uma garota jovem e bela.Ele sentou-se na cadeira em frente a mesa da médica, ele começou a relatar os sintomas a ela, depois ela se levantou da sua cadeira e veio até ele, pediu para que se levantasse e fosse até um
Os dias passaram, os melhores eram quando Niara estava de plantão, mas logo André recebeu alta médica. Niara não sabia que André havia tomado as suas próprias providências para garantir o destino deles juntos.André sempre foi um playboy, geralmente não levava as mulheres muito a sério. Se a conquista era difícil, então! Partia para outro, afinal o mundo é vasto e não falta mulher que queira, beijar, ficar… Apesar de estar muito interessado em ser vizinho de Niara, André deu um tempo para se recuperar completamente de sua cirurgia e um certo dia. Quando a médica voltava de um plantão no hospital, André esperou a tarde toda na janela para vê-la chegar. Quando ela estava nas escadas André sai da porta vizinha.Dias e dias se passaram para que ela o visse de novo, desta vez não tinha como negar que era ele. Niara abria a porta do seu apartamento para sair quando a porta ao lado também abriu, de lá saiu ninguém menos que André Nascimento.“Bom dia, vizinha!"“Bom dia, Vizinho!"“Que coi
Ao chegar se despedem na porta de Niara e ela entra cansada mais feliz. foi uma noite agradável, e depois de um dia estressante o banho de cultura de hoje foi excelente! A garota toma banho, veste um pijama confortável e cai na cama para um sono tranquilo. No outro apartamento o rapaz também toma um banho, mas, não vai dormir assim tão rapidamente, senta se em uma cadeira em frente a mesa e começa a ler relatórios e sublinhar pontos a serem discutidos na reunião do dia seguinte.Voltaram a se encontrar novamente alguns dias depois. No hospital um evento atípico aconteceu vitimando de forma algumas pessoas do hospital. Um acidente com uma vam que transportava alguns médicos e enfermeiro que participaram de um Congresso Hospitalar na capital da Paraíba, João Pessoa. Fez o plantão de Niara muito ocupado.Niara e Rosa na cafeteria do hospital, tomavam um café, reclamando do volume de trabalho e dos problemas emocionais de atender os amigos e colegas.“Como estou cansada!”“Nem me fale!
Eles namoraram por seis meses, foi um relacionamento tranquilo, sem qualquer sobressalto. O casal se dava super bem. Apesar de André ser um tanto caladão, Niara entendia o seu lado. Deveria ser muito triste ser sozinho. Durante os dias de internação não veio nem parente para visitá-lo, portanto Niara presumiu que ele também não tinha família. O fato dele não falar sobre o assunto também contribuiu para essa falsa conclusão.Dois meses depois que estava namorando Niara contou a André a história que unia ela e Jaciara."Você quer ouvir minha história de vida?”“Claro, meu amor.”“Eu e Jaciara nascemos em uma pequena aldeia indigena nas serras das Araras, nossa tribo era de fato muito pequena, tínhamos menos de quarenta habitantes, entre jovens, velhos e crianças. Minha mãe era a esposa do pajé e a de Jacira era irmã mais nova do cacique. Durante uma noite uma grande confusão se formou. A Jaci simplesmente sumiu, depois descobriram que ela foi sequestrada e estava sendo mantida sob cárce
Ela está grávidaEm um determinado momento ela até insinuou que Niara tinha um caso com o sobro. Só porque a moça e o seu sogro tinham muitas coisas para conversar sobre a cidade natal em comum dos dois.Além do mais, Jorge também foi o único sobrevivente de uma chacina por terras, feita pelo mesmo mandante da tribo de Niara. Os dois compartilham memórias dolorosas, sobre perda e morte.Quando Jorge tinha quatorze anos, seus pais viviam em um pequeno sítio, onde havia uma nascente, essas terras são chamadas de brejos. São como ilhas verdes no meio da vegetação característica da Caatinga Nordestina. E as nascentes nesses terrenos, se bem protegidas, são fontes perenes de água, na secura do Sertão. Foi em um lugar como esse que ele nasceu, em uma família amorosa de muito filho. Assim como na aldeia de Niara em uma noite, sob a luz do lampião, homens armados mataram todos que se mexiam à sua frente. Com essa experiência de vida ele veio do Agreste Pernambucano para a capital, na intençã
No outro dia, quando Niara e Roberto acordaram, estavam deitados em uma cama de hospital. Rosa pessoalmente cuidava da amiga. Se sentindo bastante culpada porque durante a noite ela quase sofreu um aborto.Quando percebeu que eles estavam drogados, Rosa caiu em si, que eles foram vítimas de alguém que queria fazer parecer que tinham um caso. "Você está bem?”“Por que estou aqui?”"Você se lembra do que aconteceu ontem.”Ainda muito fraca, com os efeitos da medicação, Niara tocou a mão na cabeça, fechou os olhos, pensando que precisaria fazer um esforço para lembrar. Mas tudo estava muito claro. E ela começou a relatar a Rosa:“Eu estava fazendo ronda no turno da noite de ontem. Quando um dos pacientes afirmou que havia alguém desmaiado no banheiro feminino.”De fato havia. Então eu pedi a ele que fosse chamar uma enfermeira.Quando me abaixei para checar seus sinais vitais, senti uma picada no meu pescoço. Não consegui nem olhar quem era. Meu corpo estava ficando mole e pesado. Cai