Era uma manhã ensolarada de setembro quando Osmar se levantou para mais um dia de trabalho. Com um bocejo, ele se espreguiçou e entrou no banheiro para sua higiene matinal. Enquanto escovava os dentes, pensava em como o dia prometia ser especial, como sempre era quando passava tempo com sua amada filha, Mirella.
Depois de se arrumar, Osmar caminhou até o quarto de Mirella. Ao abrir a porta, um sorriso iluminou seu rosto ao vê-la acordada. —Bom dia, minha princesa!— disse ele com carinho. Mirella, com os cabelos ainda bagunçados e os olhos brilhando de alegria, se jogou nos braços do pai. Ele a envolveu em um abraço apertado, cobrindo-a de beijos suaves que faziam seu coração transbordar de amor.
Ela já havia tomado banho e se perfumado com seu aroma favorito — um toque de lavanda que sempre a fazia sentir-se especial ela prendeu os cabelos e . Osmar a pegou no colo e juntos foram para a cozinha, onde o cheiro do café recém-coado preenchia o ar, misturando-se à fragrância do pão assado que saíra do forno.
Na mesa, um banquete matinal aguardava-os: ovos fritos dourados, macaxeira cozida no ponto certo, bife suculento e uma jarra de suco fresco ao lado do leite. Era uma refeição simples, mas feita com amor, refletindo a união e o carinho da família.
—Mirella, você vai adorar o café da manhã hoje!— exclamou Osmar enquanto colocava a filha na cadeira. Ela olhou para a mesa com os olhos brilhando de expectativa e felicidade. —Está tudo tão gostoso! Obrigada, papai!
Enquanto saboreavam o café da manhã juntos, conversavam sobre seus planos para o dia. Mirella falava animadamente sobre uma apresentação na escola e Osmar prestava atenção em cada palavra, orgulhoso da filha que crescia tão rápido. A alegria daquela manhã parecia prometer um dia perfeito.
— Cadê a mamãe, papai? — perguntou Mirella com um olhar curioso e um pouco preocupado.
— Ela está descansando um pouco mais, minha filha. Está muito cansada — respondeu Osmar com um sorriso, lembrando-se do motivo do cansaço dessa madrugada o melhor da noite agitada que tiveram. O cansaço de Núbia era visível, mas ele sabia que tudo valia a pena por causa do amor que compartilhavam.
Depois de deixar Mirella na escola, Osmar retornou à fábrica com o coração leve e animado. O dia estava lindo e ele mal podia esperar para surpreender sua esposa no almoço. Ao meio-dia, ele voltou para casa com um lindo buquê de rosas vermelhas em uma mão e uma caixa de bombons na outra. Para Mirella, trouxe uma cesta repleta de doces variados: trufas, bombons, chocolate Baton, brigadeiros e até alguns babalaôs — suas guloseimas favoritas.
Ao entrar em casa, o cheiro da comida caseira o envolveu como um abraço acolhedor. Ele tirou os sapatos na porta e, logo que chegou à cozinha, cumprimentou Núbia com um beijo suave nos lábios.
— Olá, meu amor! — disse ele, entregando os presentes com um sorriso radiante. Os olhos de Núbia brilharam ao ver as rosas e a caixa de bombons; ela sabia que Osmar sempre pensava nela.
Depois disso, Osmar subiu rapidamente ao quarto de Mirella. Ao abrir a porta, foi recebido por um sorriso radiante da menina que se jogou nos braços do pai, como se não houvesse nada mais importante no mundo naquele momento.
— Papai! Olha o que eu fiz! — ela exclamou, puxando-o para sentar na cama. Com entusiasmo contagiante, começou a mostrar suas tarefas escolares e seus desenhos coloridos. Mesmo cansado e com fome após uma manhã cheia de trabalho, Osmar prestava atenção em cada palavra da filha. Ele admirava seus desenhos com orgulho e a incentivava.
— Mirella — disse ele com ternura — você vai conquistar o mundo com o seu talento! Lembre-se sempre: você é o maior orgulho da minha vida.
Os olhos da menina brilharam ao ouvir aquelas palavras. Ela sorriu ainda mais, sentindo-se encorajada pelo amor incondicional do pai. Juntos, passaram aquele tempo precioso entre risadas e sonhos sobre o futuro.
Mirella pegou a cesta de doces e a guardou com cuidado no criado-mudo, cuidando para que nada se estragasse. Ao olhar para sua estante repleta de bonecas caras e brinquedos diversos, um sorriso iluminou seu rosto. Aquela estante era a prova viva do carinho do pai, que todas as semanas fazia questão de trazer um novo brinquedo ou uma boneca. Cada item ali carregava uma história, um momento especial compartilhado entre pai e filha.
Desceu as escadas segurando a mão de Osmar, o coração cheio de alegria. Ele puxou a cadeira para que ela se sentasse à mesa com um gesto carinhoso e fez o mesmo com Núbia. O almoço foi repleto de risadas e conversas animadas, onde cada um contava sobre o dia. Depois da refeição, saborearam uma deliciosa sobremesa, rindo e compartilhando histórias divertidas.
Após um tempo assistindo TV juntos, Osmar olhou para o relógio e percebeu que era hora de voltar para a fábrica. Mas antes de sair, ele fez planos animados para viajar no final da semana com a família. A ideia de explorar novos lugares juntos encheu seu coração de felicidade.
— Estou contando os dias! — disse ele com um sorriso, enquanto se despedia das duas.
Perto das 18 horas, Núbia correu para a cozinha. Ela queria preparar um jantar especial para quando Osmar voltasse. A atmosfera na casa estava cheia de amor; o cheiro dos pratos caseiros começava a invadir o ar. Após tomar um banho relaxante e se perfumar com seu aroma favorito, Núbia aguardou ansiosamente o retorno do marido.
Enquanto isso, Mirella também se preparava. Com todo carinho, ela fez um lindo desenho para o pai — uma representação colorida da família unida e feliz. Sentou-se na cama esperando que ele subisse ao quarto como sempre fazia, sonhando com os braços fortes do pai que sempre a envolviam em segurança.
A alegria e expectativa que envolvia a casa de Núbia e Mirella se desfez em um instante, como uma nuvem escura cobrindo o sol. Enquanto esperavam por Osmar, sentiam-se felizes e cheias de esperança, mas a vida, com suas reviravoltas cruéis, estava prestes a lhes dar um golpe devastador.Quando a batida abrupta ecoou na porta, Núbia franziu a testa, uma sensação de inquietação brotando em seu peito. Ao abrir a porta e ver os dois policiais, seu coração começou a acelerar. As palavras —sinto muito e —meus pêsames— soaram como um eco distante, incompreensíveis em meio ao turbilhão de emoções que a invadiam.— O que vocês querem dizer com isso? — perguntou Núbia, sua voz tremendo. A confusão logo se transformou em desespero quando um dos policiais explicou sobre o assalto na fábrica. O mundo ao seu redor parecia girar; ela não conseguia processar o que ouvia.Os policiais, com suas expressões sérias e tons de voz pesadas, começaram a relatar os eventos trágicos que levaram àquela visita
Mirella aguardou o pai chegar, com os olhos fixos na porta, a esperança pulsando em seu pequeno coração. A cada barulho, seu olhar brilhava de expectativa, mas as horas foram se arrastando e ele não apareceu. O sol começou a se pôr, tingindo o céu de laranja e rosa, mas ela não desceu para jantar. Não procurou a mãe, que provavelmente estava ocupada com as tarefas da casa. Em vez disso, permaneceu ali, sentada no chão frio da sala, segurando firmemente o desenho que tinha feito para o pai: um desenho colorido de um sol radiante e um homem forte e sorridente.Quando a noite se adensou e o sono finalmente a venceu, Mirella adormeceu com o desenho colado ao peito, como se de alguma forma isso pudesse trazer seu pai de volta. O mundo ao seu redor desapareceu em um mar de sonhos inocentes.Na manhã seguinte, o canto dos pássaros a despertou. O sol já brilhava lá fora, mas algo parecia diferente. Mirella correu para o quarto dos pais, seus pequenos pés batendo suavemente no chão. Mas ao abr
Na Itália, sob o manto sombrio da máfia siciliana, vive Leonardo Denaro, um jovem de apenas 20 anos, mas já marcado por uma frieza que faz ecoar os sussurros do medo. Ele é o filho mais novo de Matteo Denaro, um mafioso temido e respeitado, cuja crueldade é lendária. Leonardo não é apenas um membro da família; ele é o Consigliere, um estrategista astuto que caminha entre sombras e segredos, sempre com um olhar impassível que parece absorver a dor e o desespero ao seu redor.Enquanto se prepara para o casamento de seu irmão mais velho, Vincent, um subchefe da Cosa Nostra, Leonardo sente a pressão das expectativas que vêm com seu papel. O casamento não é apenas uma celebração; é uma aliança calculada para expandir o domínio da família e aumentar seus lucros. A atmosfera está carregada de tensão e expectativa, onde cada sorriso escondido pode ser uma faca pronta para cortar.A frieza de Leonardo se manifesta em cada passo que ele dá. Ele extermina seus alvos com uma precisão quase cirúrg
Ao chegar na cerimônia, Bianca sentia suas mãos frias e o suor escorrendo por sua testa, misturando-se com as lágrimas que ela se esforçava para não deixar cair. Seu corpo tremia, não apenas de medo, mas de uma sensação avassaladora de pavor. O coração parecia querer sair pela boca, pulsando como um tambor em sua prisão de nervos.Cada passo que dava em direção ao altar era um desafio; seus pés pareciam pesados, e o vestido que vestia estava folgado já que foi feito para sua irm — flutuava ao seu redor como uma nuvem estranha e desconfortável. Os sapatos grandes faziam com que ela se sentisse ainda mais desajeitada e vulnerável. Olhando fixamente para o chão, ela mal conseguia e respirar não conseguia encarar as pessoas ao seu redor. Os olhares eram como lanças, perfurando sua pele.Quando finalmente se aproximou do altar, o murmúrio da multidão cessou. O silêncio foi quebrado por Vincent, que ao perceber a noiva errada, cerrou os punhos em indignação.— Que porra é essa? — ele gritou
A casa era realmente grande e luxuosa, com detalhes que refletiam riqueza e ostentação, mas para Bianca, tudo aquilo não passava de um cenário opressivo. Ela se sentia como uma prisioneira em meio ao esplendor, cercada por paredes que não ofereciam proteção, mas sim um constante lembrete de sua condição submissa. Os sonhos que um dia a animaram pareciam ter se dissipado, como fumaça ao vento, e a ideia de um divórcio era tão distante quanto as estrelas.Na máfia, não pode haver divórcio com isso Bianca seria eternamente uma prisioneira em um casamento vivendo sem amor, como um objeto reprodutor, Ela ouviu dizer que as mulheres da família Denaro eram tratadas como objetos sem valor, sem voz ou direitos. Bianca sabia que sua vida estava destruída, e cada segundo que passava era um lembrete doloroso de que seus desejos e anseios eram irrelevantes. Matteo Denaro, o cabeça da família, não demonstrava qualquer afeto nem mesmo pela esposa. Ele era um homem frio e distante, mais interessado
Ao notar a presença de sua nora, Giulia levantou-se com um sorriso radiante e caminhou até Bianca. —Bom dia, querida! Me desculpe, o cheiro da comida estava tão irresistível que nem percebi você aqui!" O brilho nos olhos de Giulia era acolhedor, mas Bianca sentia um nó no estômago.A jovem estava nervosa diante dos sogros, uma sensação angustiante que a acompanhava desde que se tornara parte da família. Giulia percebeu a tensão de Bianca e a envolveu em um abraço caloroso. O corpo da jovem ficou rígido no início, como se estivesse presa em uma bolha de insegurança, mas aos poucos relaxou, permitindo-se sentir o carinho da sogra.Leonardo entrou na cozinha nesse momento, puxou a cadeira e se sentou à mesa com um sorriso tranquilo. —Bom dia a todos!—As risadas e conversas animadas começaram a fluir, mas Bianca permaneceu de pé, hesitante.Matteo, observando a nora em pé, lançou um olhar gentil e perguntou: —Você não vai tomar café com a gente?—A voz dele era suave, mas Bianca apenas bal
Depois do café da manhã, os homens saíram para cuidar dos assuntos da máfia, deixando Bianca e Giulia sozinhas na imensa casa. Giulia, com seu jeito entusiasmado, começou a mostrar cada cômodo, sua voz vibrante ecoando pelas paredes decoradas.—Olha só essa sala de estar! E aqui temos a biblioteca, onde você pode passar horas mergulhada em bons livros,—dizia Giulia, apontando para os detalhes da casa com carinho. No entanto, uma sombra pairava sobre o ambiente.—Querida, peço desculpas por ontem, no casamento. Pela forma que o Vincent te tratou... ele não deveria ter te deixado sozinha daquele jeito,— disse Giulia, olhando nos olhos de Bianca com sinceridade.Bianca assentiu, sentindo um misto de compreensão e tristeza. —Eu entendo, dona Giulia. Eu também não estava confortável com o casamento.—A lembrança do altar ainda era fresca em sua mente. —Ele estava noivo da minha irmã. Ela é bonita, elegante... E foi ali, no altar, que ele descobriu que não era a noiva que ele sonhou sou uma
A tensão na sala se intensificou à medida que Vincent desceu as escadas, o sangue escorrendo de suas mãos, um sinal claro de que algo terrível havia acontecido. Seus olhos estavam vermelhos de raiva, e a atmosfera era pesada com a expectativa do que estava por vir.A pergunta surgiu dos lábios de sua mãe, Giulia, acompanhada por Matteo e Leonardo, que já estavam armados. O olhar assassino de Vincent encontrou o deles, e a sala ficou em silêncio. —O que aconteceu aqui hoje?— A pergunta cortou o ar como uma lâmina afiada.— O de sempre, filho. Por que a pergunta?—disse Giulia, tentando desviar da gravidade da situação.—E minha esposa? O que aconteceu com minha esposa? — A voz de Vincent era um rosnado, carregada de uma fúria crescente. O desconcerto tomou conta do ambiente; os rostos se tornaram raivosos à medida que as perguntas eram feitas a compreensão nem começava a se formar.—Querido,— Giulia interveio, mas a preocupação em seu olhar era evidente. —Eu passei o dia inteiro com el