Capítulo 67Eliza CamposO som estava se ponto no horizonte. Provavelmente os convidados estavam se acomodavam nos seus devidos lugares.Estava prestes a me casar com Pedro, e apesar de sentir um pouco de nervosismo, sabia que fazia a coisa certa. Afinal era a primeira vez que me casaria com alguém, passei por um período conturbado de relacionamento com Pietro. Inicialmente não estava certa se estava pronta para tomar esse passo e me casar, mas gradualmente percebi que Pedro era o homem certo para mim.Agora estava me arrumando para o casamento, havia escolhido um lindo vestido branco rendado e estava parecendo uma verdadeira princesa. Glória que estava me ajudando a me arrumar para a cerimônia.Havia se passado três anos desde que minha mãe morreu e infelizmente ela não poderia me acompanhar no casamento, mas sei que sua alma estaria presente.No dia do casamento, enquanto me preparava para caminhar até o altar, eu sentia uma mistura de emoções, alegria, ansiedade e acima de tudo, gr
Oi, pessoal! Tudo bem? Estou passando para dar uma atualização importante sobre o livro. Depois de refletir bastante, decidi reescrever todos os capítulos. Pode parecer uma decisão um pouco drástica, mas foi algo que senti que precisava fazer. Quando relia o que já tinha escrito, percebia que algumas partes poderiam ser mais bem trabalhadas, cenas mais envolventes, e personagens mais profundos. É engraçado como, na hora de escrever, a gente acha que está tudo certo, mas depois de dar um tempo e reler com calma, vê que sempre há espaço para melhorar.Eu sei que reescrever pode atrasar um pouco o cronograma que eu tinha imaginado, mas prefiro entregar uma obra da qual eu realmente me orgulhe. Acredito que, às vezes, é preciso dar um passo para trás para avançar de verdade. Quero garantir que a história seja exatamente como eu visualizei desde o início, sem atalhos ou partes que não estejam do jeito que eu sonhei. Cada detalhe importa para mim, e eu quero que essa história faça sentido nã
Capítulo 1Eliza CamposA luz suave da manhã me acordou, com um raio de sol que invadiu o quarto. Em vez de trazer paz, aquele dia parecia diferente, como se algo estivesse fora de lugar. Eu me virei na cama, sentindo uma pontada incomoda de ansiedade.Lá fora, a cidade começava a se mexer sob um céu azul e limpo, mas dentro de mim, uma tempestade se formava. Ainda de pijama, fui para a cozinha, guiada pelo cheirinho bom do café que, estranhamente, não trazia o conforto de costume. Sentei à mesa com uma xícara fumegante e um livro da biblioteca. As palavras que normalmente me transportavam para outro mundo pareciam embaçadas, eu sentia que algo grande estava prestes a acontecer.Estava tão imersa na leitura que só percebi o celular vibrando na mesa quando ele tocou. Era o Matheus.— Oi, Lizz! — A voz dele parecia animada, como se tivesse acabado de fazer algo inesperado.— Oi, Math! — Sorri, surpresa com a ligação. — Não é meio cedo pra você estar acordado?Ele riu, mas o riso não soou
Capítulo 02Eliza CamposEu estava prestes a sair da lanchonete quando percebi que algo estava errado. Matheus sempre me protegeu na escola, mas agora o silêncio e o olhar desviado me deixavam inquieta. Apertei meus dedos, um tic nervoso que eu costumava ter quando criança. Era como se estivesse voltando ao passado. Aquele passado em que eu o amava e ele me amava, mas a droga me levou para longe de tudo.— Você tá bem, Math? — perguntei, tentando entender o que estava passando pela cabeça dele.Ele desviou o olhar e cruzou os braços, os dedos apertados a ponto de deixar as veias salientes. O Matheus que eu conhecia, que eu amava, parecia distante.— Lizz... — ele murmurou. — Preciso te contar uma coisa, mas talvez não seja o momento certo.Tentei puxar assunto, mas ele se levantou, claramente desconfortável, fazendo a cadeira ranger. Pagou a conta e saiu sem olhar pra trás. Fiquei lá, confusa, tentando entender o que havia acontecido. O silêncio da lanchonete parecia gritar, e cada bar
Capítulo 03 Eliza CamposO despertador tocava sem parar, me tirando do sono. Resmunguei, me sentando na cama, ainda grogue. A discussão com a minha mãe martelava na cabeça, mas decidi deixar para lá por enquanto. Fui para a cozinha esquentar o café de ontem.O cheiro familiar do café me envolveu, e eu fechei os olhos por um instante. O apito do micro-ondas me puxou de volta à realidade. Peguei a xícara e me sentei à mesa, tomando goles do café morno. O silêncio do apartamento era uma paz temporária. Sabia que não ia durar muito.E não durou. O telefone tocou, me tirando dos meus pensamentos.— Alô? — atendi, tentando parecer calma.— Oi, Eliza! Aqui é a Carla, da Monteiro. Seu currículo chamou nossa atenção! Podemos marcar uma entrevista amanhã, às 10h?Meu coração disparou.— Sério? Sim, tô livre!— Ótimo! A gente quer conhecer suas experiências e como você pode se encaixar aqui. Ah, e traz seu portfólio, tá?— Pode deixar! Obrigada pela oportunidade!— De nada, Eliza. Estamos ansios
Capítulo 04Eliza CamposMeu coração batia acelerado, como se estivesse prestes a saltar do peito, e a inquietação me consumia, dificultando minha respiração.Tentei relaxar sob o chuveiro quente, mas a sensação de nervosismo persistia. O vapor envolvia meu corpo, criando um ambiente de calor e conforto, mas minha mente continuava agitada. Passei mais tempo debaixo do chuveiro do que o normal, como se pudesse lavar a ansiedade, mas ela não saía.Saí do banho e me enrolei na toalha, procurando algo no meu armário que me fizesse sentir confiante. Encontrei o vestido azul — meu favorito. Elegante e confortável, ele sempre me transmitiu segurança. Me arrumei com cuidado, tentando afastar os pensamentos perturbadores.Enquanto ajustava o cabelo no espelho, o celular tocou, interrompendo meus devaneios.— Oi, Matheus? — falei, enquanto calçava os sapatos, tentando soar mais animada do que realmente estava.— E aí, Lizz? Já tá pronta? Tô aqui fora te esperando. — A voz dele era tranquila, mas
Capítulo 05Pedro MonteiroO despertador tocou, me acordando de um sono leve. A luz da manhã já entrava pela janela. Espreguicei-me com cuidado, tentando não acordar Heloísa. A briga de ontem ainda estava na minha cabeça – mais uma discussão que não resolveu nada e só nos deixou cansados.Fui ao banheiro e me olhei no espelho. A cara de cansado refletia o que eu estava sentindo. Passei a mão no rosto, como se pudesse apagar o cansaço. Atrás de mim, Heloísa dormia tranquila, nem ligando para a noite passada.Peguei um terno preto no guarda-roupa e me vesti rápido. O trabalho na Editora Monteiro não dava folga. Na cozinha, fiz um café forte, mas o gosto amargo não ajudou a aliviar a tensão.No estacionamento, entrei no carro. O barulho do motor ligado me deu uma sensação de controle, por pequena que fosse. O trânsito estava bom, e quando estacionei na editora, vi algumas pessoas esperando na entrada – provavelmente candidatos para as entrevistas do dia. Carla, minha assistente, me cumpr
Capítulo 06Eliza CamposMeu coração disparou enquanto acompanhava Carla até a recepção. O olhar intenso de Pedro me deixava nervosa, como se ele pudesse ver tudo sobre mim, e eu estava até agora sem entender o motivo dele me olhar daquela maneira. Cada passo parecia pesado, e eu estava prestes a desabar.— Eliza, bem-vinda à equipe! Aqui estão seus horários. Você começa amanhã e vai cuidar da agenda do Sr. Monteiro. Sua sala é aquela ali, perto da do Pedro — disse Carla.Ela parecia tão confiante, enquanto eu me sentia meio perdida, quase frágil, como se pudesse desabar a qualquer momento. Pensei em contar pra Carla sobre meu passado, mas a lembrança do Jonas me fez travar. Me recordei de quando ele me dava sorrisos falsos e da dor que ele me causou quando terminamos.— Nossa, o trabalho tá uma loucura aqui! Muitos autores nacionais estão chegando, e tá sendo bem legal, sabe? — comentou ela, toda animada.— É, imagino. Deve ser um desafio — respondi.— É, mas é maneiro! Você vai ver.