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O arrependimento do Mafioso
O arrependimento do Mafioso
Por: Lilly Fen
casamento por obrigação

~~CAPÍTULO 1~~

NARA

— Não, não, meu pai.

Minha voz era áspera e demasiada assustadora para uma mulher, porém, a notícia devastadora que acabara de receber não é de bom agrado para meus ouvidos.

Nossa família é extremamente humilde, meu pai possui um restaurante no subúrbio de Texas, apesar da nossa família ser originalmente, Japonesa. Meus pais vivem e cultivam cultura tradicional.

É por esse motivo que estamos na América, concretamente em Texas, nascida no seio da máfia, nós sabíamos que apenas um território dominado por uma família poderosa irá nos proteger de todo mal existente nas ruas.

Entretanto, eu nunca imaginaria que meu destino estava sendo selado.

Virei meu corpo bruscamente e olhei os prédios enormes pela janela, existem pessoas mais ricas nesta cidade, que dormem e acordam desfrutando do luxo e muito luxo.

Por que ele me escolheu?

Diversão?

Ou puro orgulho?

— Filha, ele irá nos dar uma casa, um bom trabalho para seu irmão e dinheiro como dote.

Meus lábios curvaram um sorriso idiota, inacreditável, eles me venderam e acham maravilhoso. Meu corpo virou, eu tinha que olhar na cara deles para me certificar o quão idiota eles estão falando.

Seus olhos brilham de luxuria.

Eles tomaram uma decisão.

— Vocês concordaram?

Minha voz cai numa queda livre, porque?

— Não tínhamos escolhas, ele não parecia feliz em ouvir um não dos seus subordinados.

Papai justificou.

— Ele é casado.

Sinto o gosto amargo da minha língua quando pronuncio essas meras palavras, as regras são claras como água, porque ele desejaria quebra-las?

— O casamento será em uma semana.

Abro a boca para protestar essa decisão, eles estão me vendendo em nome de conforto e a merda de melhores condições, nunca entenderam que nossa família está sendo machada, eles estão se submetendo a humilhação.

— Você não tem uma escolha.

Papai diz arregalando os olhos.

Somos de uma família simples, nunca tivemos escolhas.

KEN

Meus pés desfilaram suavemente no corredor da nossa boate, meus dedos brincam com um cigarro, mais uma tragada, a fumaça dispersa no ar, minha aflição aumenta a cada segundo, ela não está melhorando. Minha mulher não está melhorando.

Consigo sentir cheiro de morte, aquela m*****a doença destruiu todos meus desejos de obter uma família.

Porra.

Eu preciso fazer alguma coisa.

Não.

Os médicos disseram que é questão de tempo para ela melhorar, a quimioterapia era assim mesmo, dolorida.

Abro a porta do meu escritório e me deparei com meu irmão Naruto sentado na minha cadeira.

— Está tentando me irritar?

Rosnei.

— Você está sempre irritado, que diferença faz?

Levantei os olhos encarando-o, se ele não fosse meu irmão, arrancaria sua cabeça com minhas próprias mãos.

— Tire sua bunda daí.

Minha voz saiu muito assustadora mais que o normal, eu estava ficando nervoso a cada maldito segundo. Não sei porque aquele filho da puta resolveu me irritar com a sua insolência descarada.

Suas mãos voaram para a mesa, forçando seu corpo a ficar de pé, aqueles malditos lábios soavam provocativos, sim, se eu não o conhecesse diria que está me provocando propositadamente. No entanto, suas ações soam mais que isso.

— Como ela está?

Fixei meus olhos naquele filho da puta bastado, é por isso que ele está aqui, jogando na minha cara que descobriu um pequeno tesouro na minha casa.

— O que queria na minha casa?

— Porra cara, sua mulher está doente e você fica bancado cú? Somos os filhos da puta dos seus irmãos.

— Eu não quero os preocupar.

Murmurei.

— Escolheu passar por isso sozinho, uma decisão não aplaudível.

Meu irmão Naruto disse, droga, eu não quero falar sobre isso. Dei uma tragada no meu cigarro, suspirei fundo espalhando a fumaça pela sala.

— Eu vou me casar no sábado.

Murmurei.

Já que estamos compartilhando sobre minha vida pessoal, é digno informar sobre meus próximos passos.

— Outra mulher? Casamento?

— Sim.

Confirmei.

— Loucura, isso não faz sentindo.

Nada faz sentido, minha vida deixou de fazer sentido a partir do momento em que ela adoeceu.

— Foi uma promessa sobre o leito.

Yoko obrigou-me a jurar que eu faria isso, minha pobre mulher está doente, desabilitada, fazendo a porra da quimioterapia o que ele queria que eu fizesse?

— Sabe o que isso significa?

Sim inimigos.

Muitos inimigos.

Estou disposto a matar qualquer pessoa, não importa quem seja para prezar a palavra que dei a minha mulher.

— O que fará quando ela melhorar? Duas mulheres na mesma casa, é briga constante.

— Não vou tocar nela depois do casamento, assim que a Yoko melhorar, vou enviá-la para Japão e arranjarei um marido para ela.

Estou fazendo isso apenas por minha esposa doente, quando ela melhorar, me livrarei daquela mulher.

— Vou marcar uma reunião com nossos irmãos comunicando essa sua decisão louca.

Naruto é apenas um ano mais novo que eu, forte como um touro, frio como a porra de gelo. Ele era o executor, quando nosso irmão Goru ficou pronto para assumir seu lugar ele exerceu o papel do seu avaliador até que finalmente ele foi aprovado a tomar suas decisões sozinho.

Atualmente ele cuida da papelada, administrador dos nossos negócios, diferente do Takashi, eu nunca sei o que realmente aquele menino faz, o caos que ele causa por onde ele passa é uma prova que está lutando com suas merdas.

— Como será o casamento?

— Simples, sem festa.

Murmurei, quanto mais rápido terminar melhor.

— Boa sorte.

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