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Você me deu sua palavra

~~CAPÍTULO 7~~

KEN

Ele tentou se livrar com chutes, mas falhou. Eu apertei o cinto até fechar suas vias respiratórias, deixando que ele desmaiasse.

Eu o deixei cair no chão e fui até a cama, ignorando a minha ereção crescendo nas calças ao vê-la amarrada e pronta para ser chicoteada.

Eu peguei minha faca e cortei as cordas, libertando-a. Ela imediatamente se cobriu com um cobertor, escondendo sua nudez.

― Você está bem?

Ela ainda estava com os olhos cheios de lágrimas. Eles brilhavam igual a diamantes quando são expostos ao sol, seus olhos estavam extraordinários e impecáveis.

Ela se recusava a me olhar. Virou o rosto de propósito, me evitando.

Enrolei meu irmão em um cobertor e depois tirei ele do quarto. A porta do quarto ficou em péssimo estado, desta forma, não havia como eu deixá-la em privacidade. Elisa subiu as escadas, preocupado com o escândalo.

Minha irmã está no corredor chorando de desespero.

―Traz um copo de água

Ordenei.

Elisa obedeceu imediatamente.

Quando ele voltou com a água, eu a joguei na cara do Shin, para acordá-lo imediatamente. Ele tossiu antes de se sentar, com água pingando pelo nariz. Ele passou a mão pelo cabelo, e voltou a si lentamente.

― O que aconteceu?

Como ele estava acordado, eu o agarrei pelo pescoço.

―Nunca mais toque a minha esposa novamente

Lhe sacudiu com força, o suficiente para quebrar seu pescoço.

― Você me entendeu, porra?

Bati sua cabeça contra o chão, para que ficasse bem claro.

― Sua esposa?

Ele se afastou de mim, esfregando a cabeça

― Que merda está acontecendo aqui? Segundo as regras você não pode casar com duas mulheres.

―Não tenho duas esposas.

Afirmei.

―Sai da minha casa, Shin. E não toque na minha esposa sem a minha permissão.

Ele levantou com o cobertor enrolado em torno da cintura.

―Espero ter sido claro.

Shin, não escondeu seu desprezo por mim. Ele parecia uma criança que não gostava de ser contrariada. Ele era rancoroso e vingativo. Aquilo não seria o fim da discussão.

Nunca era.

Maldito bastardo.

― Você é alguma coisa graças a mim, se dependesse dos meus irmãos, você estaria morto.

Ele me temia, e eu sabia.

Eu falava menos, mas era muito mais cruel.

Ele me viu fazer coisas impossíveis de esquecer.

Me viu fazer coisas que faria um homem maduro uivar.

Ele gostava de me pressionar, mas apenas até um determinado ponto.

Ele examinou meus olhos até ver que eu claramente estava irritado. Quando ele enxergou o que precisava, se virou para finalmente sair. Ele pegou suas roupas e saiu.

Eu fique no hall até ouvir a porta da frente ser fechada. Quando tive certeza que estava sozinho, finalmente voltei para o quarto, passando por cima da porta quebrada.

Ela estava justamente no lugar que eu a havia deixado, enrolada debaixo do cobertor para esconder seus seios. Sua expressão feroz estava de volta. Como se ninguém tivesse tentado lhe violentar há dez minutos, sua cabeça estava erguida, como uma rainha.

― Você me deu a sua palavra.

O ódio transbordava em sua voz.

― Ele te violou?

Ela estava olhando pela janela que estava aberta.

―Fiz uma pergunta.

Dei a volta pela cama e fui até ela. Ela continuou sem responder.

Lhe agarrei pelos cabelos e aproximei seu rosto do meu. Ela ficou imóvel, desafiando manter o silêncio.

―Não me faça perguntar de novo.

Apertei minha boca contra a sua bochecha. Meus dentes queriam morder a sua clavícula. Eu queria chupar a pele do seu pescoço, até que ficasse machucado.

―Não.

―Então mantive a palavra que eu te dei.

Os olhos dela finalmente procuram os meus, eles estavam molhados e cheios de emoção.

― Ele te machucou?

Ela levou os joelhos até o peito, debaixo do cobertor.

― Um pouco.

Eu estava prestes a fazer algo que nunca tinha feito antes, ainda mais para uma esposa que eu não gostava.

―Eu sinto muito.

Seus olhos frios procuraram os meus com descrença, como se ela esperasse algum tipo de piada cruel.

―Não sabia que ele estava aqui. Não é bem assim que as coisas funcionam nesta casa. Prometo que não vou deixar ele se aproximar novamente. Prometo que não deixarei ninguém te tocar, exceto eu.

Minha mão escorregou até o seu pescoço. Senti seu pulso fraco sob as pontas dos meus dedos.

Ela olhou para o seu colo. Me dispensando silenciosamente, desejando ficar em paz para lamber suas feridas sozinha.

Eu não tive a oportunidade de verificar seus vergões por causa do tumulto, mas sabia que estava doendo.

― Consertarei sua porta e pedirei que o Elisa traga algo para os machucados.

Eu deslizei meus dedos lentamente através de seu cabelo, apertando meu rosto contra o dela. Nossas testas se tocaram, e o calor do seu corpo aqueceu lugares distantes do meu. Foi a primeira vez que ela não se afastou. Permitindo um contato mais prolongado.

Os meus lábios procuraram o dela e lhe dei um beijo suave. O simples contato me queimou de desejo. Quando eu a vi pela primeira vez, pensei que ela era uma mulher comum. Mas nas duas semanas em que ela esteve comigo, eu não consegui pensar em nada além dela. Eu queria tê-la debaixo de mim.

Desejando que me chame aos gritos.

No início, ela respondeu ao beijo, como se fosse uma reação instintiva ao contato com minha boca.

Mas depois se afastou rapidamente, afastando os lábios.

Ela ainda permaneceu com a testa encostada na minha, mas o beijo tinha terminado.

— Eu quero fazer muitas coisas com você.

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