Vagalumes (II)

Celli Dave levantou a mão, vagarosamente, mostrando Lúcia. Um breve sorriso se apareceu no canto dos seus lábios. Peguei a boneca de pano, sequer conseguindo olhá-la de fato, nervosa por conta do estado de minha mãe.

Tentei pedir que ela ficasse bem, que me prometesse que tudo ia permanecer igual nas nossas vidas, que ela iria ao hospital, se recuperaria e quando eu fizesse onze anos voltaríamos a comemorar no parque. Mas a minha voz definitivamente parecia não existir mais. Quanto mais eu tentava, mais a garganta doía, como se tivessem pregos dentro dela.

- Quero que saiba... Que amo você, Danna Dave... – cheguei a ver um sorriso em seus lábios novamente – E que sempre estarei com você... Como vagalumes... A iluminar o seu caminho.

Ouvi o som da sirene ao longe e fiquei segurando a mão da minha mãe. Imaginei que ela pudesse estar bem cansada, porque seus olhos s

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