Chega! (II)

- Você também pode e merece ser feliz, Danna. Por que não tenta? Por que não dá uma chance a si mesma? – A voz de Nadine foi baixa, tranquila, quase doce.

Aquela mulher poderia até conseguir enganar meu pai, mas não a mim. Era sim interesseira.

- Irei marcar duas horas de terapeuta para você amanhã, Danna. Faz onze anos que você age como uma criança e se recusa a falar com ela. Se não botar para fora todos os seus anseios e medos, irá embora desta casa.

- Legalmente você não pode fazer isto.

- Eu posso... Esta casa é minha e eu posso fazer o que quiser. Posso mandá-la embora, posso deixar de pagar sua mesada e obrigá-la a trabalhar e posso inclusive mandar interná-la, pois sei que usa drogas e alegarei que é uma viciada e por isto age desta forma.

- Seria mentira... E mentir não é correto.

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