- Faça um exame de DNA... E descobrirá que Gabriel é seu filho.
Dei um passo para trás, atordoada, sentindo meu coração acelerar. Olhei minhas mãos e lembrei que a criança tinha pegado meu dedo.
- Você não tem como reconhecer depois de tanto tempo. – Insisti.
- Seu filho nasceu com uma pinta próxima do lábio inferior, como a sua.
Meneei a cabeça, confusa:
- Não... Isso é impossível.
- Ele tem o mesmo sinal que você tem... – Nadine se aproximou e tocou meu sinal – Exatamente no mesmo lugar.
- Eu não vi... Talvez você esteja imaginando coisas.
- O sinal era bem pequeno. E com o passar dos meses diminuiu ainda mais. Mas está lá... Para provar que ele é seu. Eu tive aquela criança nos braços, Danna. O alimentei, acalentei seu choro, lhe dei banho e vel
- Senhor Dave, sente-se, por favor. – Killian pediu, oferecendo uma parte da cama para que meu pai sentasse.- Estou bem de pé. – Ele disse, agitado.- Pai, sente-se... A história é... Longa.- Longa? Você teve um filho e não contou nada a ninguém? Onde está a criança? O que Vanessa tem a ver com isto?Respirei fundo e comecei:- Tudo aconteceu numa tarde de sábado... Enquanto eu andava por uma rua secundária da cidade, que dava acesso à cachoeira...Não contei a história nos mínimos detalhes... Porque ele não precisava passar por toda aquela dor que eu sabia que meu pai sentiria. E também porque eu não queria voltar naquele dia, relembrando cada pormenor que tentei esquecer com duas sessões semanais de terapia, sendo que ainda tinham resquícios dentro da minha mente.- Quem foi? – Aquel
- Meu irmão está se recuperando. – Ela disse com a voz fraca, parecendo amedrontada.- Ou Lourenço sai agora mesmo ou juro pelo que é mais sagrado que a situação dele ficará pior. Ele tem duas opções: sair ou eu entrar e trazê-lo para fora pelas suas bolas, que farei questão de arrancar fora e dar de comida aos abutres.- Meu filho não sairá – Nicolle apareceu – Chamarei a polícia se continuar ameaçando a minha família.- Não estou ameaçando a sua família, Nicolle. A ameaça é direta ao desgraçado do seu filho. Sinceramente, eu não deveria ter nenhum respeito por vocês depois do que fizeram a minha filha... Mas são mulheres... E por isso estou tentando não invadir a casa.- Não tem direito de entrar na minha casa, Júlio. – Elas se mantinham a
- Eu não quero saber porra nenhuma! Tudo que quero é que meu filho fique bem. E... – olhou para toda a multidão ao redor – Vão para suas casas, seu curiosos inúteis. Procurem o que fazer, desocupados.Aos poucos todos foram saindo, como se ela fosse o poder e ordem naquela cidade. Analisei Nicolle e naquele momento decidi que iria destituí-la do poder. Eu tinha meu pai ao meu lado. E faria tudo que fosse possível para ser a nova prefeita de Machia.Maria Cecília não moveu um dedo para ajudar Nicolle, enquanto Luane agia ao contrário, auxiliando-a em tudo. A mulher veio na minha direção e disse com a voz delicada:- Eu... Quero sim saber o que houve... Da sua boca!- Não! – Lourenço gritou – Não dê ouvidos a ela, meu amor... Danna é uma mentirosa.Peguei Maria Cecília pelo braço, fazendo quest&at
- É isto mesmo. Ele é seu neto e não seu filho. A decisão é minha e não sua. Quero que o menino fique com Vanessa. Aliás, se não estivesse com ela, sequer saberíamos seu destino. – Explodi, furiosa.- É meu neto... Sangue do meu sangue. Não posso deixá-lo!- Ele tem o sangue daquele desgraçado! – gritei – Será que não entende? Como acha que seria para mim ver a criança todos os dias, me remetendo a todas as lembranças ruins do que vivi? Eu não tenho capacidade para isto! Confesso que muito tenho tentado mudar minhas atitudes e me pôr no lugar dos outros... Mas quem se põe no meu lugar neste caso? Acha que foi fácil para mim tomar a decisão de levar a gravidez adiante e depois entregar a criança? Entende que o largar na porta do orfanato foi um ato de altruísmo? Eu quis sim que ele tivess
A casa dos Sturman não tinha uma luz sequer acesa. Certamente Lourenço estava no hospital e torci intimamente para que tivesse quebrado todos os ossos. Mal aquela família sabia que o seu calvário estava apenas começando. Lourenço não ocuparia meus pensamentos para o resto da vida. Eu seguiria com a minha vida enquanto ele... Seguiria com a dele, mas da forma como merecia: sofrendo.Embarquei no único táxi da cidade e pedi para o motorista me levar para à cidade vizinha. Relaxei o corpo e lembrei da situação do padre José, que ainda precisava contar a Killian sobre a paternidade.Eram muitos acontecimentos juntos nos últimos dias. E eu não conseguia relaxar ou mesmo descansar. Para tudo que eu tinha passado nos últimos tempos, até que eu estava bem. E estupro foi algo horrível, mas me parecia que o que veio depois dele foi ainda pior.Quan
Que porra eu fiz da minha vida por tantos anos? Por que deixei tantos homens inúteis me tocarem, me possuírem, sendo que nunca houve sentimento ou mesmo desejo da minha parte? Era para punir-me, para sentir dor, como eu imaginava que merecia.Eu nunca saberia se ele me tratava daquele jeito porque era um padre... Ou simplesmente porque era Killian e Killian era um homem gentil e carinhoso. Mas eu entendia agora o motivo pelo qual me apaixonei por aquele homem!- Pode me tocar – confirmei, com segurança – Eu estou pronta. Mas... Talvez você não esteja.Ele riu:- Eu sei que já faz um tempo que não faço isto... Aliás, muito tempo! Mas... Não esqueci como beijar... Então creio... Que não seja algo muito difícil... Até porque... Está tudo funcionando perfeitamente bem. – Ele olhou para o próprio pau.Gargalhei:- Eu me
Retirei minha calça desajeitadamente e assim que a joguei longe, nos vimos completamente nus, finalmente. Eu sabia que não iria parar em momento algum aquilo. Ao mesmo tempo que temia, esperei muito tempo para estar daquela forma com Killian, completamente entregue e o tendo finalmente só para mim.Nossos lábios se encontraram novamente e foi devastadora a forma como nos beijamos. Eu não tinha noção do que era uma boceta escorrer de tanto desejo. Mas agora entendia perfeitamente como aquilo entrava sem que doesse. Ainda não tinha noção de como seria a experiência, mas duvidava que fosse ruim, já que parecíamos completamente sincronizados e eu tinha certeza de que se me sentisse desconfortável ou doesse, Killian saberia parar.Assim que o beijo encerrou, desci meus lábios pelo seu pescoço, sentindo seu cheiro, seu gosto, a pele morna aquecendo minha líng
- Ele nunca esteve morto para você.- Me prove!Killian apoiou as mãos no travesseiro e pôs seu pau na minha entrada, sem dificuldade, sem errar o alvo, como se fosse automático, como um imã. Nossos olhos se encontraram e quando ele entrou, não senti a dor que imaginava sentir, como quando aconteceu no passado que eu não queria lembrar.Era hora de o passado ficar no passado. Ver aqueles os olhos azuis intensos nos meus era como uma borracha que tinha o poder de apagar tudo. Eu via amor. Eu via gentileza. Eu via tudo que sempre sonhei um dia. Eu via um futuro.Futuro? Filhos?- Você tem... Preservativo? – Perguntei.Killian parou, ainda dentro de mim:- Eu... Sou um padre. Claro que não tenho preservativos.Gargalhei em meio a tensão do momento:- Estou fazendo amor... Com um padre?- Bem, eu era um padre... Há poucas semanas atr&aacut