POV KILLIAN DE ALCÂNTARA
Deus, por que fez isto? Por que deixou que justo Vanessa adotasse a criança?
Apesar de tudo Danna havia tomado a decisão certa, de deixar a criança para adoção porque sabia que não poderia amá-la. E como reagiria quando soubesse que o filho ficaria para sempre na sua vida?
O contato com a criança a faria voltar atrás? Danna sentiria alguma coisa pelo filho se não soubesse que era seu?
Eu era ciente de que como padre não devia aceitar a atitude de Danna, que se desfez do próprio filho, sangue do seu sangue, independente da forma como havia sido gerado. Mas já fazia um tempo que eu não pensava mais como padre quando se referia àquela mulher. Então não só a compreendia, como também ficaria ao seu lado.
Eu não tive dúvidas de que o bebê que Vanessa adotou era a crian&cced
- Danna... Eu gostaria de conversar com elas. – Falei, temendo sua reação.Danna poderia ter mudado em muitas coisas, mas creio que sempre teria um temperamento explosivo. E justo por isto eu ainda me perguntava o porque de ela ter deixado Lourenço impune por tanto tempo.- Ficarei junto! – Ela cruzou os braços.- Não, Danna. Esta conversa é entre nós três... Porque é de uma parte de nossas vidas que você ainda não fazia parte.- Killian! – Ela me censurou.Observei o tom de soberba nos olhos de Juliana, que não se conteve e olhou de forma sarcástica para Danna.- Hoje você é parte de tudo! – A olhei com seriedade, esperando que entendesse que eu era completamente dela.- Não quer saber como está meu filho? – Nicolle olhou para Danna – Porque eu tenho certeza que o que aconteceu foi cu
POV DANNA DAVEEu estava próxima da porta do quarto de Killian, no corredor, do lado de fora. Assim que fechou os 15 minutos que dei à Nicolle e Juliana, abri a porta e entrei novamente. As duas permaneciam no mesmo lugar: Nicolle ao lado de Killian, na cama, e Juliana mais próxima da porta.Todos me olharam assim que acessei o quarto.- Eu disse 15 minutos... Nem um segundo a mais. – Olhei no relógio, disposta a realmente mandar aquelas duas para a puta que pariu.- Espero que pense a respeito do que conversamos. – Nicolle começou a se dirigir para a porta, olhando para Killian.- Eu não tenho o que pensar, Nicolle. Minha decisão está tomada. E nada me fará voltar atrás.Me aproximei de Killian e perguntei:- O que ela quer que você pense?- Sobre minha decisão de deixar a igreja.Eu ri, com ironia:- A decisão f
Killian balançou a cabeça com um sorriso e depois seu olhar mudou, parecendo preocupado:- Você disse que irá... Na casa de Vanessa?- Sim. Ela esteve aqui duas vezes visitando-o e eu nem fui ver a miniatura dela. Não quero que minha prima fique chateada.- Eu... Entendo. Só espero que... – imaginei que ele fosse dizer qualquer coisa, menos o que falou – Espero que cuide bem de Alegra.- É claro que cuidará. Ela é o meu anjo. – Alegra sorriu e correu na direção de Killian, lhe dando um abraço.E assim fui dar uma volta para espairecer, levando comigo Alegra. Meu pai e Nadine estavam hospedados no Hotel da cidade de Machia, que já estava reformado, embora certamente não tivesse nenhuma estrela. E o fato de os dois pouco se importarem com as condições das acomodações me impressionou. Eles só queriam fic
Por sorte Jorge estava chegando na mesma hora que Nadine desmaiou e logo a pôs no carro, levando-a até o posto de saúde onde Calum trabalhava.Nadine despertou antes mesmo de chegarmos e embora tivesse garantido que estava bem, ainda assim passou pela consulta com Calum.- Foi só um mal-estar. – Calum disse quando a trouxe de volta à recepção, onde a esperávamos.- Pode ser por causa do calor. – Jorge sugeriu.Suspirei:- Coitada de Vanessa... Deve estar preocupada – olhei pra Nadine, que realmente parecia melhor, embora ainda estivesse pálida – Jorge, pode ir para casa e tranquilizá-la.- Tem razão, Danna. – Jorge saiu e aproveitou para levar antes Alegra de volta ao orfanato.- Como você está depois do que houve? – Calum perguntou, referindo-se ao fato de Killian ter levado o tiro.- Péssima... E
- Faça um exame de DNA... E descobrirá que Gabriel é seu filho.Dei um passo para trás, atordoada, sentindo meu coração acelerar. Olhei minhas mãos e lembrei que a criança tinha pegado meu dedo.- Você não tem como reconhecer depois de tanto tempo. – Insisti.- Seu filho nasceu com uma pinta próxima do lábio inferior, como a sua.Meneei a cabeça, confusa:- Não... Isso é impossível.- Ele tem o mesmo sinal que você tem... – Nadine se aproximou e tocou meu sinal – Exatamente no mesmo lugar.- Eu não vi... Talvez você esteja imaginando coisas.- O sinal era bem pequeno. E com o passar dos meses diminuiu ainda mais. Mas está lá... Para provar que ele é seu. Eu tive aquela criança nos braços, Danna. O alimentei, acalentei seu choro, lhe dei banho e vel
- Senhor Dave, sente-se, por favor. – Killian pediu, oferecendo uma parte da cama para que meu pai sentasse.- Estou bem de pé. – Ele disse, agitado.- Pai, sente-se... A história é... Longa.- Longa? Você teve um filho e não contou nada a ninguém? Onde está a criança? O que Vanessa tem a ver com isto?Respirei fundo e comecei:- Tudo aconteceu numa tarde de sábado... Enquanto eu andava por uma rua secundária da cidade, que dava acesso à cachoeira...Não contei a história nos mínimos detalhes... Porque ele não precisava passar por toda aquela dor que eu sabia que meu pai sentiria. E também porque eu não queria voltar naquele dia, relembrando cada pormenor que tentei esquecer com duas sessões semanais de terapia, sendo que ainda tinham resquícios dentro da minha mente.- Quem foi? – Aquel
- Meu irmão está se recuperando. – Ela disse com a voz fraca, parecendo amedrontada.- Ou Lourenço sai agora mesmo ou juro pelo que é mais sagrado que a situação dele ficará pior. Ele tem duas opções: sair ou eu entrar e trazê-lo para fora pelas suas bolas, que farei questão de arrancar fora e dar de comida aos abutres.- Meu filho não sairá – Nicolle apareceu – Chamarei a polícia se continuar ameaçando a minha família.- Não estou ameaçando a sua família, Nicolle. A ameaça é direta ao desgraçado do seu filho. Sinceramente, eu não deveria ter nenhum respeito por vocês depois do que fizeram a minha filha... Mas são mulheres... E por isso estou tentando não invadir a casa.- Não tem direito de entrar na minha casa, Júlio. – Elas se mantinham a
- Eu não quero saber porra nenhuma! Tudo que quero é que meu filho fique bem. E... – olhou para toda a multidão ao redor – Vão para suas casas, seu curiosos inúteis. Procurem o que fazer, desocupados.Aos poucos todos foram saindo, como se ela fosse o poder e ordem naquela cidade. Analisei Nicolle e naquele momento decidi que iria destituí-la do poder. Eu tinha meu pai ao meu lado. E faria tudo que fosse possível para ser a nova prefeita de Machia.Maria Cecília não moveu um dedo para ajudar Nicolle, enquanto Luane agia ao contrário, auxiliando-a em tudo. A mulher veio na minha direção e disse com a voz delicada:- Eu... Quero sim saber o que houve... Da sua boca!- Não! – Lourenço gritou – Não dê ouvidos a ela, meu amor... Danna é uma mentirosa.Peguei Maria Cecília pelo braço, fazendo quest&at