Padre José (II)

Killian tomou as minhas dores. E agora estava ali, baleado, por minha culpa.

- A porra do celular não funciona! – Calum gritou, entregando-me o aparelho.

Peguei o aparelho e levantei-me, tentando encontrar a porra de um sinal que não existia. Eu poderia ir até a cachoeira, mas levaria muito tempo e talvez fosse tarde. Nem um helicóptero chegaria a tempo.

Apesar de todo mundo estar curioso com o fechamento da história, muitos já haviam deixado a praça. E ninguém... Absolutamente ninguém nos ajudou.

Calum saiu rapidamente, sem dizer nada. Fiquei ali, de pé, sem saber o que fazer para ajudar Killian.

Num impulso, peguei seus braços e tentei movê-lo. Padre José me impediu:

- Não podemos... Ele pode ficar ainda pior.

Eu não sabia se tinha lágrimas nos olhos ou olhos nas lágrimas.

- Fale, Danna... O que houve? Por Deus, diga alguma coisa! Só ouvi os gritos de que Killian estava ferido...

Meneei a cabeça, incapaz de dizer qualquer coisa. Lembrei do quanto a terapeuta havia dito que eu precis
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