Killian apertou minha bunda, levando-a de encontro ao seu pau. - Killian! – ri – Você fazendo isto? - Como você mesma disse... Está escuro. Agora me mostra por favor onde fica a cama... Fui puxando-o ainda junto de mim até chegar à escada de madeira bruta, por onde precisava subir degrau por degrau cuidadosamente, por ser praticamente toda inclinada na vertical. Claro que eu poderia ter feito algo bem mais confortável e até mesmo moderno e amplo. Mas não seria nós. E talvez tirasse um pouco da mágica do nosso lugar. Subi na frente, iluminando os degraus com a lanterna e Killian foi me seguindo. O andar superior seguia o formato do telhado, sendo que a parte interna era triangular, metade dela de vidro. Uma cama king size, feita diretamente no chão, com um confortável colchão e inúmeros travesseiros ficava de frente para a parede de vidro, que nos brindava com a vista de todo o salgueiro chorão, com a floresta nos abrigando por todos os lados. Observei a lua cheia no céu, ilumina
Killian cumpriu com a sua promessa. E não foi só a vez em que mais me fez gozar, mas também a que mais gozei na minha vida. Não tive dúvidas de que ele estava liberto do padre que um dia habitou seu corpo, assim como eu da mulher que foi violentada por um crápula. Para quem me visse, certamente me achava uma mulher mudada. E eu realmente era. Mas algumas coisas, embora tentasse, eu não conseguia, como por exemplo usar do dinheiro para obter alguns benefícios próprios que prejudicassem outras pessoas. Neste caso, eu me referia principalmente a Lourenço. O valor que eu pagava para que ele sofresse na prisão era irrecusável, o que me fazia corromper boa parte dos carcereiros. Claro que não era eu que tratava diretamente com eles. Mas eu tinha um grande amigo que era médico em Machia e que atualmente estava envolvido com minha tia. Sim, Calum era meu "parceiro de crime". Ele preferiu fazer aquilo do que também quebrar a cara do estuprador desgraçado, que já tinha levado alguns bons socos
- Sabe que farei com que isto chegue à todas as pessoas, não é mesmo? - Pode fazer! – sorri – Como diz Killian, "quem não tem pecados que atire a primeira pedra". - Usará isto como slogan de campanha? – Gargalhou. - Na verdade, mais ou menos – até porque eu já tinha mandado averiguar o mandado de Nicolle, praticamente de uma vida inteira, e não tinha nada muito significativo que a prejudicasse. Ela estava ali naquela posição porque realmente queria o status que, a seu ver, aquele cargo lhe proporcionava. Em Machia não era preciso muito dinheiro porque praticamente não se tinha onde gastar. Por este motivo talvez ela nunca desviou o pouco que recebia. Tinha uma das melhores casas da cidade, seus benefícios pessoais que fazia questão de ter por conta do cargo... Nada além disto. Não era intenção da senhora Sturman sair daquela cidade, pois no fundo sabia que longe dali não seria absolutamente nada a não ser uma mulher viúva, que perdeu o marido por conta de um câncer e que talvez aq
Sorri e alisei o rosto dela:- Quer me matar? Quantas vezes irá se ferir?Ela sorriu antes de dizer:- Depois que Nicolle me feriu não lembro de muita coisa, pois fiquei meio atordoada na hora. Mas vi um troféu no chão, que creio que tenha sido o que me feriu. Será que isto é um sinal?- Um sinal? – arqueei a sobrancelha.- Sim, um sinal de que ganharei a eleição.Enquanto eu a olhava, impressionado com seu pensamento, Calum começou a rir:- Um troféu na cabeça significa simplesmente um troféu na cabeça, Danna.A porta se abriu e Jorge entrou, também sem bater na porta, como eu. Seu olhar era de preocupação.- Como você está Danna? – Ele quis saber, logo levantando seus cabelos e observando o curativo.- Estou deste jeito... Incrédula pela atitude da prefeita. – Confessou – E... As notícias se espalham rápido nesta cidade. – Olhou para nós três ali.Jorge suspirou:- Sim, muito mais rápido do que dev
Danna arregalou os olhos:- E você aceitou, não é mesmo?- Se for seu desejo, por mim tudo bem.Ela vibrou e me abraçou. Sentir seu perfume, o pescoço tão próximo do meu era algo que sempre me deixava um pouco nervoso, como se ela ainda fosse um pouco proibida... Ou quem sabe eu ainda não acreditava que Deus tivesse aceitado de forma tão tranquila minha desvinculação da igreja, sempre esperando que algo ruim acontecesse. No entanto ela estava ali, totalmente minha.- Acha que conseguiremos encontrar bons lares adotivos para todas as crianças? - perguntei, como se precisasse da garantia dela, já que Danna conseguiu atrair mais interessados em adotar as crianças em meses do que eu numa vida inteira.- Não sei conseguiremos para todos, Killian. Mas ainda assim, tentaremos... Até o fim. E os que não saírem do orfanato seguir&atil
POV DANNA DAVEEu não esperava tanta gente na nossa divulgação do plano de governo. Mas percebi que certamente toda a cidade estava ali, a maioria sentados e os que não conseguirão lugar estavam de pé, olhando para o pequeno e discreto palco montado com quatro cadeiras para as candidatas ao cargo de prefeitas e vice.Eu estava com Maria Cecília e Nicolle Sturman já sentada, acompanhada de sua vice, uma senhora que eu nunca vi na vida, sequer sabendo se de fato pertencia a Machia.Meu pai teve um compromisso inadiável na capital e infelizmente não poderia assistir meu primeiro discurso político. Mas aquilo me dava um pouco mais de confiança, pois saber que ele estaria ali, me analisando, talvez me trouxesse certa insegurança. Embora eu o criticasse muito enquanto pai, nunca duvidei que fosse um ótimo político. E justo por aquele motivo eu queria ser diferente:
Nicolle, ao perceber que meu discurso estava agradando, levantou-se rapidamente:- Dinheiro não compra tudo, Danna Dave! – apontou o dedo na minha direção – Principalmente boa educação.- Não estou sendo educada, Nicolle? – sentei-me novamente – Pois assim está bom para você? – cruzei as pernas e pus as mãos sobre os joelhos, fazendo pose de boa moça – eu poderia fingir ser esta pessoa – levantei-me novamente – Mas felizmente não sou. Não é do meu feitio ser hipócrita.Nicolle levantou-se e ficou na minha frente:- Você quebrou toda a minha sala na prefeitura, Danna – ela levantou os braços e mostrou as marcas para todos – Olhem os arranhões... Tudo feito por ela – me acusou – E nem lembro o que falei que a deixou tão agressiva e violenta. Este é o tipo de mulher que querem para ser prefeita de Machia? – apontou para os arranhões no rosto.- Se ela fizer o hospital e não agredir a gente, está tudo bem! – alguém gritou, fazendo uma gracinha, da qual
- Eu... Não compactuei com o que Lourenço fez. E sequer... O visitei na cadeia. Ele teve um advogado público... Porque não paguei um advogado para defendê-lo. – Aquela foi a forma de Nicolle de se defender.- Se não compactuou... Por que me culpa pelo que o seu filho fez? – Perguntei, de forma sincera.- Inclusive tenho provas – ela pegou mais alguns papéis e levantou-os, de forma vitoriosa – A prova de que nunca visitei meu próprio filho na cadeia.Suspirei e balancei a cabeça, incrédula:- Isto só prova que você é uma péssima mãe. E tudo com que se importa é a porra do seu cargo. Só se preocupou em mostrar que não visitou seu filho. Ou seja, não ficou do lado dele... Nem do meu. Quer se esquivar, não tomar posicionamento com relação a nada... Porque tudo com que se preocupa &eacut