- Alegra gosta de Igor e Igor gosta de Alegra – sorri – E por este motivo ela ficou preocupada de deixá-lo. Embora saibamos que eles vivem bem por aqui, não é como ter uma família de verdade.
- Sim, entendo.
- E eu e Killian conversamos sobre ficar por aqui e adotarmos todos eles.
- Pensaram? – ela me olhou, surpresa – Você cuidando de todas estas crianças? Seria... Bem difícil para vocês dois. Especialmente porque estão começando uma vida a dois agora.
- Também não achei muito justo com Alegra. Embora me doa que não possa dar a todos eles uma família.
- Mas eles estão aqui para serem adotados. Mais cedo ou mais tarde isto vai acontecer.
- Ou não! Vários deles já foram transferidos por conta da idade... E ninguém os adotou. Gabriel foi adotado porque era um bebê. E a outra crian&cced
Era início de noite quando meu pai chegou no orfanato para buscar Nadine, que ainda estava feliz, envolvida com as crianças. Eu não imaginei o quanto aquilo lhe faria bem. Tampouco que tinha tanto jeito com miniaturas.Killian não saiu mais do quarto depois do ocorrido. E eu sabia que ele precisava de um tempo para assimilar tudo que havia acontecido.Cumprimentei meu pai, que logo disse:- Descobri o que me pediu.Claro que eu sabia que ele conseguiria resolver aquilo para mim. Porém não pensei que fosse tão rápido.- Como Nicolle descobriu todo o meu projeto de governo? – Fiquei ansiosa.- O dono da gráfica onde mandou imprimir os seus panfletos passou todo o conteúdo para Nicolle Sturman antes de entregar o trabalho solicitado por você e Maria Cecília.- Filho de uma puta!- Danna, você está num orfanato rodeada de crianças.- Eu... Sempre cuido para não falar na frente delas estas coisas. – Sorri, sem jeito.- Mas tem razão, ele é um filho... – ele estreitou os olhos, não consegui
Naquela manhã assim que acordei me arrumei e fui à casa de Maria Cecília, que ficava na cidade próxima. O bairro onde ela morava era um dos melhores da cidade e me surpreendi com a arquitetura de sua casa, que era bem moderna. Não me parecia que a minha vice vinha de uma família pobre.Quando ela ouviu meu nome no interfone, percebi que ficou surpresa. Temi a forma como fosse reagir, mas me deixou entrar sem problemas.Fui recebida por uma governanta, que me fez sentar na sala de estar, que era bem aconchegante e confortável. Não demorou até que Maria Cecília chegasse.Nos cumprimentamos e falei, sem rodeios:- Fui injusta com você.- Vi nos jornais. – Ela disse de forma séria.- Sei que talvez não queira mais ser minha parceira... E por mais que eu deseje muito que seja você, entenderia. Mas não tinha como eu confiar que não havia sido você, sendo que só nós duas sabíamos do que planejamos. Eu já menti e fiz muitas coisas erradas nesta vida. Mas desde que cheguei em Machia o jogo vir
- Quem me garante que irá botar fogo e destruirá as provas contra mim? Você seria muito ingênua se não tivesse várias cópias muito bem guardadas. E ingênua é uma coisa que você não é, Nicolle! – Tentei ser forte, pois demonstrar fraqueza e medo seria ainda pior.Nicolle sorriu com sarcasmo:- É um risco que terá que correr, Danna Dave. Mas se quer um conselho... Vá embora de Machia. Esta cidade não é para você. Se o seu maior desejo é realmente ser prefeita, tente a capital onde seu pai tem poder e faria com que todos os eleitores dele votassem em você... Claro, se ninguém for pesquisar o seu passado, o que é bem comum quando se quer ferrar a vida do seu oponente na política.- Obrigada pelas dicas. Creio que eu deva começar tentando descobrir os podres do seu passado também.Ela gar
Eu ri, tentando manter a calma:- E quem disse que eu quero o seu voto? Acha mesmo que eu contaria com ele, sabendo o quanto você e Nicolle são amigas?Ela não disse nada. Simplesmente passou por mim e parou na sala de estar, analisando tudo minuciosamente:- Muita coisa mudou por aqui. – Observou.- Ah, sim! Fizemos algumas reformas e melhoramos a estrutura... Compramos móveis novos... Coisa pouca. Mas sente-se, por favor. – Apontei para o confortável sofá.Ela não se fez de rogada e sentou-se, ainda olhando para tudo. Até que focou na pequena mesa com chá, torta e biscoitos.- Chá da tarde? – Me olhou.- Ah, costumamos fazer isto na capital quando recebemos pessoas importantes.- Pessoas importantes?- Sim – sorri – Você é uma pessoa importante.- Eu... Não sou uma pessoa importante. E por mais
- Até tenho. Mas quero levar uma vida mais simples, entende? Ficarei em Machia e quero ser uma cidadã como as outras que vivem aqui. E você é exemplo disto.- Eu... Fico lisonjeada.- Eu não sei o que você sabe a respeito... Mas eu gostaria de lhe contar o que de fato houve entre Lourenço e eu.Ela me encarou e disse, sem demonstrar nenhum tipo de sentimento:- O que falam por aí é que você o acusou de estupro.- Sim... Porque ele realmente me estuprou.Ela abaixou a cabeça e disse, com a voz baixa:- Mas a vi com ele, várias vezes. E não parecia estar obrigada.- Realmente não estava. Mas quando Lourenço me encontrou na estrada que levava à cachoeira, eu não queria que ele me tocasse. No entanto fui algemada e colocada no banco de trás do carro, sem ter chance de me defender. Já passou por algo pare
A vida estava tão cheia de coisas por fazer e planos que eu e Killian mal tínhamos tempo para nós. Embora nossas noites fossem sempre juntinhos, ainda dividíamos uma cama minúscula e eu precisava fugir todas as noites para estar nela. Eu sabia que podia ser diferente em todos os sentidos. Ainda assim gostava da forma como tudo acontecia e de saber que havia um casamento planejado para daqui algumas semanas... E que a partir dali toda nossa rotina mudaria e talvez eu fosse sentir um pouco de falta de descer as escadas pé por pé para não chamar a atenção de ninguém no meio da noite... E até mesmo das interrupções de Alegra vez ou outra, onde se juntava à nós na cama que praticamente não cabia ninguém... Uma mágica que eu não sabia explicar.Naquela noite segui minha rotina diária, descendo as escadas na ponta dos pés. Porém não estava descalça, como de costume. Por cima da camisola tinha uma robe e nos pés tênis. Seria estranho... Se não fosse eu.Abri a porta, encontrando o quarto na pe
Killian apertou minha bunda, levando-a de encontro ao seu pau. - Killian! – ri – Você fazendo isto? - Como você mesma disse... Está escuro. Agora me mostra por favor onde fica a cama... Fui puxando-o ainda junto de mim até chegar à escada de madeira bruta, por onde precisava subir degrau por degrau cuidadosamente, por ser praticamente toda inclinada na vertical. Claro que eu poderia ter feito algo bem mais confortável e até mesmo moderno e amplo. Mas não seria nós. E talvez tirasse um pouco da mágica do nosso lugar. Subi na frente, iluminando os degraus com a lanterna e Killian foi me seguindo. O andar superior seguia o formato do telhado, sendo que a parte interna era triangular, metade dela de vidro. Uma cama king size, feita diretamente no chão, com um confortável colchão e inúmeros travesseiros ficava de frente para a parede de vidro, que nos brindava com a vista de todo o salgueiro chorão, com a floresta nos abrigando por todos os lados. Observei a lua cheia no céu, ilumina
Killian cumpriu com a sua promessa. E não foi só a vez em que mais me fez gozar, mas também a que mais gozei na minha vida. Não tive dúvidas de que ele estava liberto do padre que um dia habitou seu corpo, assim como eu da mulher que foi violentada por um crápula. Para quem me visse, certamente me achava uma mulher mudada. E eu realmente era. Mas algumas coisas, embora tentasse, eu não conseguia, como por exemplo usar do dinheiro para obter alguns benefícios próprios que prejudicassem outras pessoas. Neste caso, eu me referia principalmente a Lourenço. O valor que eu pagava para que ele sofresse na prisão era irrecusável, o que me fazia corromper boa parte dos carcereiros. Claro que não era eu que tratava diretamente com eles. Mas eu tinha um grande amigo que era médico em Machia e que atualmente estava envolvido com minha tia. Sim, Calum era meu "parceiro de crime". Ele preferiu fazer aquilo do que também quebrar a cara do estuprador desgraçado, que já tinha levado alguns bons socos