ANOS DEPOIS 

Vinte anos depois 

No réveillon de 2022 Paula em suas lembranças voltou no tempo como fazia a cada réveillon que passava desde que passou por tamanha aventura anos atrás, ali de pé na janela de vidro do chão ao teto de seu quarto em seu luxuoso apartamento em Londres, deixado por sua amada mãe, Berlinda Buris. Paula voltou ao tempo relembrando a única vez que esteve no Brasil, com sua prima para a tão famosa queima de fogos na praia de Copacabana, réveillon, esse que deixou o ano de 2002,  marcado pra toda vida. 

—Mamãe, você não vem?

—Sim, meu amor a mamãe já está indo, seus amigos já chegaram?

—Sim mamãe, papai mandou vir ver se a senhora já estava pronta!

—Sim, meu amor, já estou pronta! Podemos ir.

—Então vamos?  —  Falou o rapaz dando o braço a mãe que depois de consentir com a cabeça, passou seu braço entre o do filho e juntos seguiram para sala onde os demais já estavam reunidos para a passagem de mais um réveillon em família, pois depois da experiência que teve na sua primeira ida ao Brasil, ela jamais quis voltar naquele lugar e se soubesse o que estava lhe aguardando naquele ano jamais teria ido, pois apesar de não se  arrepender de ter conhecido um certo rapaz na qual em seus únicos contatos,  engravidou e também teve uma infecção no qual nunca mais pode engravidar, apesar de ter se casado não pode até hoje gerar um filho do marido. 

Mas o seu Jackson Buris Perris, é o seu príncipe.

Quando chegaram na ampla sala, todos ali presentes a saudaram com abraços e beijos nas bochechas, seu amado marido se aproximou pagando em sua mão direita levando até seus lábios beijando seus dedos e falando:

 — Você está linda meu amor!

Ela o olhou com carinho sorrindo agradeceu falando:

— Você também, meu querido! Eu te amo muito! Obrigada por todos esses anos ao meu lado nos amando — ela falou olhando para o filho que estava próximo da janela com os amigos.

—Senhora Paula, sua decoração está linda como sempre! —Falou uma jovem se aproximando.

—Obrigada, Vânia, então mais uma vez você não quis ir para o Brasil com seus pais!

—Não, não mesmo, aquela bagunça toda não e pra mim, não sei como minha mãe insiste em ir todos os anos fazendo o pobre do meu pai acompanhá-la mesmo a contragosto, já que não se permite passar o réveillon longe dela!

—Sim, minha querida, enquanto sua avó viver, ela jamais deixará de ir passar o réveillon com a mãe!

—Sim, ainda bem que agora já sou maior e já posso tomar minhas decisões  onde me permiti ficar com meus tios que assim como eu, preferem uma reunião mais tranquila! Como está aqui em sua casa, assim que eles falaram que viriam para cá, não pensei duas vezes em aceitar vir com eles, pois além de ficar com eles, também posso ficar com vocês que são tão queridos.

 — E ainda tem o Jackson, né minha querida, vocês dois sempre se deram bem! — Falou Paula piscando para a linda moça na qual sabe que sempre gostou de seu filho que parece não perceber que ela o vê mais que um amigo.

A noite foi perfeita, passaram o réveillon como Paula gostava, com seu filho no qual amava muito, seu marido que desde que se conheceram na faculdade não se separam mais, e  todos os familiares e amigos que iam todos os anos ficarem com ela, pois desde que perdeu sua mãe anos atrás, os amigos não deixaram de estar ao seu lado confortando-a e apoiando-a que mesmo rodeada de amigos e familiares, não deixava de lembrar-se da mãe e do padrasto que se casou novamente e formou família lhe dando um casal de irmãos que viviam em Portugal. 

Paula também como todos os anos se lembrava da noite que conheceu o pai de seu amado, J.B. Que depois que sua prima a encontrou naquela noite nunca mais o viu nem ouviu falar, já que procurou pelo nome e não encontrou nada. 

Pensando nele, ela imaginou que assim como ela, ele também poderia ter dado um nome falso. 

Mas em sua mente ainda sentia o aroma do seu perfume e o sabor de seus beijos, até os toques de suas mãos percorrendo por sua pele, onde só em pensar se arrepiava até aquele dia, perdida em seus pensamentos Paula não ouvia nada do que os outros conversavam sentados ao seu redor.

—Meu amor! Amor— chamou o marido ao notar que ela estava distraída. 

—Hã, oi, desculpe-me, eu não pude deixar de lembrar de minha mãe — falou disfarçando para que ninguém percebesse que ela estava lembrando da única vez que fez sexo em pé encostada em um carro com o pai do seu filho no Brasil. 

—Tudo bem minha querida, eu também sempre me lembro dela já que era igual você nessa época do ano, que gostava de reunir todos e passar um réveillon tranquilo já que tinha seus traumas de passar nas ruas. 

—Sim, apesar de mamãe ter esse trauma, nunca deixou de comemorar por mim e pelo meu pai, que segundo ela, adorava festas, principalmente as de fim de ano. E é por isso que sempre me lembro dela e dele também, mesmo não o tendo conhecido pessoalmente, só em fotos. 

Mas, chega, não vamos falar mais de coisas tristes pois hoje mais uma vez começa um novo ano, então, quero saber dos planos desses jovens aqui presente. Começando por você, Vânia, me fale o que pretende e espera desse ano que se inicia?

E  assim os adultos ficaram ali ouvindo os planos dos jovens onde riram com os delírios de alguns e a maturidade de outros.  A noite chegou ao fim, os que moravam perto e não tinham bebido bebida alcoólica, foram embora. Os demais ficaram e dormiram nos quartos disponíveis. 

O ano seguiu como os outros, cada um seguiram com seus compromissos, 

Orlando é dono de uma grande gráfica em Londres, onde Paula é uma das acionistas, já que com a herança que sua mãe lhe deixou, ela investiu em ações na empresa do marido na qual juntos fizeram muitas melhorias proporcionando mais empregos.  

A gráfica é uma prestadora de serviços cujo a função passa pela impressão de produtos. Maioritariamente, em transferência de (papel, cartolina, plásticos, etc.) através de um sistema de impressão, como offset, digital, rotogravura, flexografia e outros produtos. Onde JB. Estava se preparando para se juntar à mãe e ao pai que ele sabe que não é seu pai biológico, já que a mãe o criou sem omitir tudo que aconteceu quando e como foi concebido. 

Aos seus vinte anos ele assim como ela foi criado dentro dos princípios que a família sempre fizeram questão de preservar. 

E sendo assim igual sua mãe, nunca deu trabalho aos pais, sempre se dedicou aos estudos e se prepara para assumir o legado da família, pois no momento era dali que vinha a única renda de todos. 

Seis meses depois, um grande amigo de Orlando que morava no Brasil ficou de visitá-lo, pois queriam fazer negócios juntos, já que ele assim como Orlando também era dono de uma gráfica no Brasil que foi de onde Orlando tirou a ideia no passado, de construir sua própria gráfica, já que os dois quando eram jovens sempre sonharam com isso. Pois sabia como funcionava já que quando garotos, trabalhavam juntos em uma pequena gráfica onde moravam no Brasil quando o pai de Orlando precisou passar um tempo lá para se tratar de uma doença. 

Naquela semana o amigo chegou mas como não quis se hospedar no apartamento de Orlando, ficou em um hotel próximo a gráfica do amigo, mas na sua primeira noite em Londres, Paula e o marido ofereceram um jantar de boas vindas ao amigo, já que era a primeira vez que vinha em Londres e não conhecia ninguém a não ser Orlando. Que o chamava de J P.  

Ao chegar ao apartamento do amigo

J.P. Contou-lhes dá coincidência logo que saiu do hotel e estava para entrar em um táxi, quando ouviu alguém o chamar e ao olhar na direção se deparou com um amigo que a quinze  anos não o via, pois desde o dia do seu casamento a qual foi a última vez que se viram e se falaram, já que logo depois esse mesmo amigo foi embora  morar em Buenos Aires. E naquele momento estava em Londres a negócios, pois ele tinha uma rede de hotéis e estava prestes a comprar o hotel o qual J.P estava hospedado. 

Os três adultos passaram o jantar todo falando de negócios, J.B logo depois do jantar se despediu e saiu para se encontrar com os amigos.  Enquanto os três adultos ficaram conversando até tarde da noite onde depois, J. P se despediu e foi embora com o compromisso de ir até a empresa dos amigos no dia seguinte. 

Depois que o amigo saiu, Paula decidiu se recolher dizendo que estava exausta, enquanto o marido ficou de ir logo em seguida, depois que terminasse de tomar a dose de whisky que havia colocado no copo achando que ela iria o acompanhar mais um pouco. 

Depois de dá um selinho no marido ela seguiu para seu quarto e depois de colocar sua camisola deitou-se pegando no sono tão rápido que não viu a hora que o marido entrou no quarto e começou a chupa-la mesma vendo-a dormindo, pois quando ele queria transar ela sempre o satisfazia sem reclamar, já que se sentia em dívida com ele por a ter ajudado muito no passado assumindo seu filho como dele e até  aquele momento ela não lhe dando um filho próprio. Mas também adorava quando ele a acordava desse jeito só que depois que ela já tinha descansado um pouco, coisa que ainda não tinha acontecido naquele momento, mesmo assim acordou e o satisfez como sempre, sem deixá-lo perceber que não estava afim.   

Logo pela manhã os dois levantaram e depois de se aprontarem e de um farto café da manhã, seguiram para a empresa onde cada um seguiu para suas salas e começaram seus dia com muitos compromissos como reuniões e finalização de pedidos. Até que pouco antes do almoço J.P chegou, mas não chegou sozinho pois mais um vez encontrou com o amigo e o convidou para conhecer os amigos que moravam em Londres a razão por ele está num país tão distante do seu.  

Logo que se identificou na recepção foi conduzido a sala do amigo que já estava ciente de sua chegada e já havia comunicado a esposa que o amigo já estava subindo que assim que ela pudesse passasse em sua sala logo após a última reunião para que assim se juntasse a eles para almoçarem juntos no restaurante próximo a empresa. 

Depois de responder a mensagem com um ok, Paula, seguiu com a reunião que demorou pouco mais de meia hora, onde depois seguiu imediatamente para a sala do marido,  mas quando abriu a porta já falando:

 —Pronto podemos ir almoçar ago…

— Paula parou de falar no momento que se deparou com o homem que tanto procurou no passado quando descobriu que estava grávida. Desmaiando e caindo no chão próximo a porta onde parou congelando no momento que os três homens viraram-se e olharam em sua direção.

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