Desesperado pensando no filho, Orlando seguiu esperando-o na sala de espera, pois sua secretária lhe ligou avisando que Jackson assim que souber o que havia acontecido com a mãe, correu para o hospital e conhecendo o filho como conhecia, Orlando já sabia que ele não iria arredar o pé do hospital antes de ouvir do próprio médico sobre as condições da mãe, e nem antes de vê-la, mesmo que de longe através de uma janela de vidro, então, resolveu ficar e espera-lo mesmo porque ele precisaria de apoio, já que era sobre sua mãe tudo que estava se passando.
E assim permaneceu ali sentado, enquanto isso lembrou-se de como conheceu sua amada Paula, na faculdade e tudo que fez para se aproximar dela que além de linda era muito querida, e vivia rodeada de amigos que a acompanhava onde quer que fosse, enquanto ele, só a acompanhava com seu olhar de longe com receio de se aproximar, pois mesmo nunca tendo falado uma única palavra com ela, já sentia algo forte por ela, já que desde o primeiro dia que a viu, seu coração acelerou e sua respiração falhou a ponto de cambalear fazendo-o cai sentado na cadeira da lanchonete onde estava quando ela entrou toda sorridente com seus amigos que eram só alegria. Aquele sorriso brilhante o seduziu logo no primeiro instante e a partir daquele momento, não tinha mais como evitar estar onde ela estava, então logo procurou fazer amizade com um dos rapazes do grupo dela, para que assim ele o apresentasse ao resto do pessoal, e assim também pudesse acompanhá-los onde quer que fossem e ficar perto dela que era o seu verdadeiro objetivo. E assim aconteceu como ele planejou logo começou a frequentar os mesmos lugares que ela e sua turma iam, até em sua casa para as pequenas reuniões que ela fazia entre os amigos mais íntimos lá estava ele, só não conseguiu ir para o réveillon no Brasil que ela foi com a prima, já que nenhum dos amigos do grupo foram convidados, sua prima já tinha sua turma a qual foi junto com elas. Naquele fim de ano ele achou o réveillon muito chato e sem graça, já que queria muito estar com Paula no Brasil, mas suas condições na época também não o favoreceu, já que seus pais estavam passando por momentos delicados com suas finanças. Até que ela voltou três dias depois e no que bateu os olhos nela a notou diferente, a Paula que voltou daquela viagem não era mais a extrovertida Paula, e sim uma completa estranha, não tinha mais o sorriso brilhante em seu rosto, vivia com o olhar longe, distraída cada vez mais distante de todo o pessoal, sempre arrumando desculpas para não sair mais com a turma, só querendo ficar no seu notebook nos seus momentos de folga entre uma aula e outra sentada no bancos do imenso jardim da faculdade, sempre pesquisando e procurando por algo que não deixava ninguém saber, pois sempre que alguém se aproximava, ela fechava o notebook as pressas. Até que dois meses se passaram e ela do nada começou a passar mal com alguns cheiros ou perfume dos amigos no qual juraram estar usando o mesmo de sempre na qual ela nunca havia se incomodado. Foi então que ele começou a estranhar e começou a observá-la com mais atenção e por várias vezes a viu correndo para o banheiro com a mão na boca e segurando o estômago. Logo ele pesquisou sobre alguma doença com os sintomas e o primeiro o surpreendeu, pois não era uma doença e sim os sintomas de uma mulher grávida. Logo se entristeceu só em imaginar que sua amada Paula, tivesse se deitado com algum homem que não ele, mas logo viu que também não era nenhum dos rapazes do meio deles, já que ela se afastou de todos, então logo viu que foi desde que ela voltou da viagem ao Brasil, então, percebeu que ela tinha conhecido alguém lá, e se desesperou imaginado que também poderia ter sido abusada de algum modo, como depois de beber, já que lá estava desprotegida, que segundo ela a única conhecida do grupo que foram, era a prima. Pensando naquilo ele se desesperou imaginando como abordá-la com o assunto, até que ao vê-la sair do banheiro viu que não se sentia bem, imediatamente se ofereceu para levá-la para casa e no caminho parou o carro em uma praça e tomando coragem a abordou com a pergunta direta: — Paula, eu sei o porquê você está se sentindo mal esses dias! — Viu quando ela o olhou com os olhos espantados, então fez a pergunta: —Você está grávida? — Se surpreendeu com ela levando as mãos cobrindo o rosto e chorando muito. Ficou sem saber o que fazer, começou a se tremer todo de nervoso, pois teve a confirmação e ao mesmo tempo sentiu raiva e pena do estado dela. Pois viu que estava passando por tudo aquilo sozinha, então decidiu engolir sua raiva e ciúme e ser o amigo que ela precisava naquele momento, a abraçou, falando: —Calma, não fique assim, vai dar tudo certo! E ali abraçados ele deixei ela chorar até não querer mais, pois precisava desabafar, ficaram dentro do carro por muito tempo, até que ela se afastou agradeceu pelo apoio, contudo, não o falou nada sobre como tudo aconteceu, então ele foi obrigado mais uma vez ser direto e perguntou: —Quem é o pai, onde ele está? Você o ama? Ao ouvi-lo ela olhou para fora pela janela, e respondeu sem olhá-lo, pois estava com vergonha de o encarar. —Eu não sei quem ele é! —O que?! Como assim o que aconteceu Paula? Você foi abusa… —Não, não — ela o interrompeu olhando-o espantada e chorando negou ter sido abusada e o contou o que tinha acontecido na noite de réveillon. Depois que Paula o contar-lhe tudo, só sabia chorar, pois estava desesperada de como iria ser quando sua mãe e seu padrasto que a criou como filha iria reagir ao saber do quanto foi imprudente a ponto de se entregar a um desconhecido no momento em que se conheceram, e ainda mais sem proteção nenhuma que era o essencial naquelas horas, principalmente com estranhos. Depois de um tempo confortando-a Orlando falou: —Pode contar comigo, eu posso ser o pai do seu bebê, se você quiser pode falar para todos que eu sou o pai. E assim nós podemos nos casar e o criaremos juntos! Paula, pensa, assim ninguém precisa saber da sua imprudência com um estranho, e que não sabe nem o nome, dele, se e como você disse que deu seu nome errado a ele, ele também pode ter feito o mesmo! Qual foi o nome que ele deu? Eu posso tentar encontrá-lo se assim você quiser. —Não, não, isso não importa, eu não quero falar mais sobre ele, esquece tudo isso, eu vou encarar as consequências dos meus atos, eu vou conversar hoje mesmo com minha mãe e meu padrasto, contarei tudo, e vou criar meu filho sozinha. Obrigada pelo seu apoio, mas eu não posso te envolver nisso. —Mas Paula, deixe-me ajudá-la. —Não, Orlanda! Eu quero fazer isso sozinha! Agora se você não puder me levar, eu posso pegar um táxi. —Não, não, claro que não, eu te levo! E assim ele a levou para casa, e durante uma semana Paula não apareceu na faculdade! Deixando todos preocupados, Orlando ainda mais já que sabia pelo que estava passando, e queria muito saber o que tinha acontecido? Se ela contou para os pais, o porquê não estava indo para a faculdade, se eles a obrigaram a tirar o bebê, e se é por isso que não estava indo, Orlando estava a ponto de enlouquecer, até que resolveu ir até a casa de Paula saber dela, mas ao chegar, não o permitiram entrar para vê-la. Até que mãe de Paula, veio até a porta do apartamento o olhando perguntou: —Quem é você? Orlando ficou confuso e surpreso com o jeito que a senhora a sua frente falou, pois com certeza pelo tom de voz dela, claro que estava pensando que ele era o pai do bebê, foi quando ele a fez lembrar-se de que ele era um dos amigos da faculdade e que por várias vezes já havia estado nas festas que Paula havia dado. Viu o alívio no rosto da senhora quando o ouviu, então, antes de o deixar entrar ela perguntou: —Você amava minha filha? Acho que ela viu em seu rosto que ele amava de verdade a filha, deixando-o estampado, ele não negou, pelo contrário, confessou tudo, inclusive sobre ter pedido em casamento dias atrás. Ele achou melhor não tocar na gravidez já que não sabia se Paula havia dito aos pais.A senhora ficou perplexa olhando-o abismada, pois ele era só um jovem rapaz e amava tanto sua filha que estava disposto a casar-se tão jovem, como uma linda história romântica, ela achou aquilo lindo! Tanto que prometeu ajudá-lo a conquistar a filha, e o primeiro passo foi deixá-lo entrar para vê-la, pois ela estava passando tão mal todas as manhãs com enjôo que mal saia da cama e era por isso que não estava indo para a faculdade — disse a mãe deixando-o desconfiado que ela já estava ciente da gravidez. Assim que ele chegou a porta do quarto viu Paula deitada pálida feito um papel, seus olhos que ele amava ver pois eram sempre brilhantes, não existiam mais. O sorriso nem se falava, havia sumido de uma hora para outra, até seus cabelos lindos brilhante estavam feios embaralhados parecendo que não eram lavados a dias, Paula estava sofrendo de depressão e não queria mais viver nem pelo bebê em seu ventre, ali Orlando, viu que ela estava apaixonada pelo cara que a engravidou, o qual ela
Enquanto Orlando estava perdido em suas lembranças do passado, o filho entrou na sala de espera do hospital o procurando.—Oi, pai! Cadê a mamãe? Como isso aconteceu? Jackson chegou já bombardeando o pai com perguntas.—Hã, oi filho! Calma meu querido, eu também não sei o motivo do desmaio dela já que ela parecia bem, entrou na minha sala falando e do nada caiu! Mas o motivo dela estar em coma induzido é porque na queda ela bateu com a cabeça que parece ter sido uma pancada forte como o doutor Flaubert, falou, ele falou que o cérebro dela inchou, então só resta esperarmos desinchar-lo e se restaurar naturalmente. —Certo, e quanto tempo isso levará? —Aí é que tá, ninguém sabe dizer ao certo, como ele disse pode levar horas, dias ou até meses, então temos que ser pacientes e esperávamos! —Certo, e eu posso vê-la pai? —Sim, por isso fiquei aqui te esperando, sabia que você iria querer vê-la e saber de tudo direitinho, te conheço meu filho, e peço que por ela, nós temos que ser
Jackson, despertou do seu transe quando a enfermeira tocou em seu ombro lhe dizendo que o tempo de estar ali havia terminado, ele olhou para a enfermeira a sua frente e naquele momento viu o quanto ela era bonita, ela sorri pra ele e perguntou:—Por que você está me olhando assim? — Ela falou passando a mão nos cantos da boca achando que estava sujo, já que estava comendo bolo que uma amiga lhe deu, ele sorri e falou:—Não é nada, desculpe-me, eu só…nada, não é nada! — Disse ele sem jeito por perceber que quase confessou que a achava linda!— Obrigado, por cuidar de minha mãe — ele falou seguindo para a porta de saída da UTI. Mas antes de sair, olhou na direção da linda enfermeira que também o olhava com olhos brilhando. Depois de se encontrar com o pai e saírem do hospital, Jackson seguiu o caminho todo sentado no banco de trás do táxi, calado, o pai achava que era por causa do estado da mãe, mas na cabeça do filho, ele não conseguia tirar os lindos olhos e o sorriso da linda enferm
Já no hospital, assim que chegou, senhor Oscar, foi conduzido para ver sua amada filha, pois o doutor Flaubert, era filho de um amigo e logo que ficou sabendo de sua chegada, deu ordem para liberarem sua entrada na uti, mas só era permitido ver a paciente pelo vidro e por pouco tempo, após ver a filha o senhor voltou para a sala de espera, pois iria esperar a chegada dos sobrinhos.Enquanto ele estava ali sentado falando com a esposa que queria saber notícia da enteada. Sentada no bando do táxi, Katherine lembrou do susto ao receber a notícia do acontecido com a prima, ela viajou imediatamente para Londres onde não ia desde que cansou-se e foi morar na cidade de Amersham que mesmo não sendo muito longe ela não ia a mais de oito anos, pois seu escritório de advocacia e toda sua vida estava onde residia e sua vida estava uma correria, mãe de dois filhos ela não via a prima Paula pessoalmente desde então, só se falavam por telefone e vídeo chamada toda semana.Naquele momento ela seguia
Ao chegar, Jackson foi avisado para ir direto para sala do pai, o que fez sorrindo, já imaginando a cara e o sorriso do pai, pois já conhecia muito bem a cara de satisfação do pai quando ele tirava notas boas no colégio e faculdade, imaginando com aquele grande feito daquele dia, que ele tinha acabado conquistar e por tabela tirado um grande peso dos ombros de todos da empresa, principalmente da mãe que vinha lidando com o cliente que aos olhos de todos era bem exigente. Assim que entrou na sala do pai, Jackson, foi surpreendido com gritos de parabenizações do pai e dos colegas, tanto do pai quanto seus, que estavam reunidos o esperando. Com um largo sorriso, Jackson caminhou até o pai e recebeu o abraço tão merecido. Logo depois recebeu abraços e apertos de mãos de todos que estavam na sala. A noite chegou, já em sua cama olhando para cima, ele via no branco do teto a imagem da enfermeira que insistia em ficar em sua memória. Chegou a saliva imaginando como seria o gosto de seus b
Bom, se você quiser é claro! —Disse sem jeito pois temia levar um “não”—Sim aqui está, eu já tinha anotado, meu amigo me falou que você não aceitou que ele lhe desse, achei legal da sua parte, vi que você não é desses que sai pegando números das garotas para cercá-las, então gostei desse seu gesto — ela falou esticando a mão com o papel onde ele pegou sorrindo de canto fazendo-a sorrir também. Logo depois eles se despediram, ele seguiu para a saída, enquanto caminhava sorrindo olhava para o número anotado no papel.Depois que já estava acomodado no banco do seu carro, adicionou o número em seus contatos, em seguida, mandou uma mensagem para ela convidando-a para jantar na noite do dia seguinte, já que estaria de folga.Ela não visualizou, mas ele sabia o porquê, então feliz ligou o carro e saiu seguindo direto para a empresa já que ainda era cedo e o horário do expediente ainda não havia terminado. Logo que Talita voltou para o balcão dos enfermeiros ela viu a mensagem que J.
Triste, Vânia apertou os dedos até que sentiu dor profunda de suas unhas cravando nas palmas.J.B, seguiu pelo trajeto até em casa, infeliz com o balde de água fria que o pai jogou em seu entusiasmo. Depois de pensar bem, decidiu e resolveu que enquanto a mãe estivesse naquele estado, não iria pensar em sair para se divertir e se distrair nem mesmo com a enfermeira mais linda que conheceu ao meio o tormento que estava vivendo. Dois dias passaram, como ele estava decidido não levar seus avanços com Talita pra frente, resolveu evitá-la, e assim, passou a visitar a mãe nos dias que sabia que ela não estava de plantão, o que a fez estranhar, mas como sabia que ele e o pai estavam tendo que se desdobrar na empresa sem a mãe que continuava no mesmo estado, apesar de seu cérebro te desenhado bastante, Talita resolveu espera que ele entrasse em contato, pois assim como não gostava de homem pegajoso, também não gostava de ser vista como tal.Mas logo que o amigo lhe contou que seu adm
J.B, eu. Eu, eu amo você! — Pronto falei, ufa foi mais fácil do que pensei. Quando ela terminou de falar viu que ele a olhava sem nem uma surpresa, então, perguntou: —Você ouviu o que eu acabei de te falar? — J.B — ela deu um grito pois viu que ele estava completamente longe, paralisado. — Hã, oi, sim, sim, eu ouvi, só que ao ouvir você falar, me fez lembrar de quando éramos crianças quando Denis, lembra, daquele meu vizinho que teve que ir embora, então, antes dele ir, ele me procurou para se despedir e me confessou que gostava de você. Mas o que sentia não era recíproco, pois você gostava de mim, então, desde aquele dia, eu sempre soube que você não me via como eu te via e ainda te vejo. Vânia você pra mim e minha amiga querida, uma irmã que nunca tive, eu não consigo te ver como você quer que eu te veja, todos ao nosso redor acham que eu não percebi seu sentimento por mim, mas eu percebi sim. Só que por eu não senti o mesmo, achei que se não desse confiança você desistiria, o q