Bob acorda, levanta, espreguiça. O quarto está muito velho, a madeira da cama encontra-se podre quase desmoronando, a janela riscada e quebrada no meio, o cômodo empoeirado e nada limpo. Bob observou o reflexo na janela quebrada e percebeu o rosto cheio de marcas de sono e cabelo muito bagunçado. Pensou:
— Ô vida merda. Agora tenho que viver uma aventura com aquela garota. Se soubesse dizer não. Ela está certa, a humanidade é um tormento e viver fora dela é uma maravilha, mesmo que tudo seja aterrorizante.
O jovem suspirou sem nenhuma animação e partiu ao andar abaixo.
***1***
Vivian acordou no quarto destruído e muito sujo. Diferente de Bob, a moça mostra-se muito animada, pois uma nova aventura a espera. Levantou-se da cama velha e estalou as mãos seguidamente.
“Vou esquecer você. Tô esquecendo. Novos amigos achei, não precisa mais de você velha amiga.” Houve um pensamento na mente da adolencente.
***2***
A garota desceu as escadas, percebeu Bob Lian em uma mesa tomando um café roxo, sentou na mesma mesa após. Sem pedir nada, um homem aleatório serviu um café roxo e um pequeno pedaço de pão, retirou-se em seguida. Vivian não entendeu nada.
— Isso é café vermelho. Um café feito com uma planta roxa. — disse Bob.
— Então não é café, porque café é feito de cafeeiro. — Vivian entrando na conversa.
Vivian prova o café vermelho e sente um gosto amargo. Nunca bebeu algo tão amargo e o próprio café sem açúcar não é tão amargo como esse café. Os olhos de Vivian ficam vermelhos depois de beber o café vermelho. Comeu o pedaço de pão, o gosto amargo passou, voltou ao normal.
— Caramba! Isso é horrível.
— É como a vida. Esse é o lanche que ganhamos por sermos caçadores.
— Melhor que nada.
— Então qual monstro mataremos? Pensei em pegar um pequeno.
— Vamos atrás de uma aranha. Ontem conversei com o povo e me disseram que ninguém conseguiu derrotar ela. Vamos derrotar e ganharemos muita glória!
— Não parece ser tão ruim. Qual é nome dessa criatura?
— Eliza.
— O que? Você tem minhoca na cabeça? Sabia que você não batia bem.
— Relaxa, somos forte. Aliás, somos dois, ela um.
— Sabe, eu não quero morrer. Minha vida é ruim, mas eu não peço suicídio não.
— Relaxa. Caso der errado, vou voar e tirar nos da confusão.
Bob sabe que encarar um monstro como Elise é uma furada, porém o moço não sabe negar.
— Está bem. Não vai dar certo, mas eu não tenho nada a perder.
— Você sabe o caminho?
— Sim, eu sei. Vamos andar muito, porém vai ser divertido. Primeiro vamos atravessar a montanha dos trouxas, depois partiremos para torre secura, após chegaremos na torre de vidro, chegaremos no buraco do fogo infinito, passaremos pela cordilheira, subiremos ao deserto, assim chegaremos na toca da aranha. Um caminho curto para uma longa aventura.
— Isso não faz o menor sentido. Qual razão disso tudo? Por que seguir todo esse caminho? Qual é o sentido da vida?
— Não faça a menor ideia, mas estou muito animada.
— Você não faz o menor sentido.
— A jornada é grande e o caminho é pequeno.
— O que?
Então eles partiram à jornada. Levavam alguns alimentos e recursos para seguir aquele longo trajeto. Quando estavam saindo, Vivian encontra uma mulher idêntica à Elizabeth. Seus traços de rosto, o humilde óculos, rosto fechado, são idênticos, contudo a pele da mulher é um tom diferente, um branco bege.
Houve um pensamento:
“Tenho tantas perguntas a fazer. Que crime cometeram. Essa mulher parece a Elizabeth, como se fosse gêmeas. Tantas dúvidas.”
Eles seguiram o trajeto. Atravessaram a cidade andando e dessa forma chegaram na saída da Mistureba.
Bob segue Vivian, porque realmente não consegue negar, todavia também, no fundo, ele sabia que a dama está certo. Certa sobre a aventura e todo resto.
Subiram a primeira planície, subiram ao vale, continuaram subindo. Após algum tempo subido, eles chegam no planalto daquele território.
Ambos respiram e rapidamente conseguem ver a vista de cima. O dia apenas começou, portanto, as nuvens estão iluminadas por sua cor e fundo azul completa toda passagem, a vista é fenomenal. O chão do planalto é composto de grama verde e uma depressão relativa no centro.
Quando foi perceber dois homens estão perto da depressão. Um deles é o lobisomem da noite passada e outro é alguém totalmente desconhecido. O desconhecido por sua vez possui um corpo forte e sua altura impressiona, visto que sua alta passa de mais de dois metros. Os dois olham a dupla dinâmica que acaba de chegar e o lobo despreza com puro ódio, enquanto o desconhecido admira com seu olhar vazio.
— Você! — Exclamou o lobisomem enquanto aponta o dedo indicador a Vivian. — Me derrubou ontem a noite. Agora pagará com sangue! Matarei você e esse garoto covarde. Francis vai me ajudar a aniquilar vocês!
— Não vou não — disse o homem do lado, que é provavelmente o Francis. — Apenas vou contemplar.
Francis puxa um cigarro de cor vermelho e começa fumar sem mesmo acender. Fazendo o movimento de cima a baixo, o cigarro acende sozinho, dessa maneira começa a fumar.
— Você estava fazendo bullying! — aponta Vivian a Bob. — Lobo, você tem que aceitar a derrota, parar de criticar as pessoas, aceitar que não somos perfeitos.
— Falou a senhora perfeita! Isso é papo de revoltado. Temos que aceitar que tudo se resolve na base da violência e o diálogo não resolve nada!
— Me prove sua tese então!
Bob junto de seu instinto covarde fica atrás de uma porta, Francis senta na pedra do lado direito, Vivian prepara o ataque, o lobo avançou furioso.
O lobo atinge sua garra a Vivian, contudo Vivian salta e flutua. Após infringe um poderoso golpe com impacto. O lobo pula a esquerda, ergue a mão direita para frente, uma luz vermelha escarlate carrega, a iluminação dispara erguida com uma velocidade surreal. A esfera vermelha atinge Vivian, afastando a moça pelo sentido na montanha a baixo. Desmaiou e moveu-se pela quebra daquela montanha. O lobo aclama, visto que comemora a vitória. Bob agonia, dado ao fato da morte daquela garota cheia de felicidade. Francis continua fumando, não importando. Vivian continua caindo da montanha do trouxa, mas desperta, e acerta um salto durante a queda, imediatamente voando. O lobo zomba de Vivian, Vivian surge no céu, rapidamente acerta a cotovelada nas costas do lobisomem, e o lobo despenca no chão. Francis e Bob ficam surpresos, porquanto pela extraordinário surgimento triunfal de Vivian. Imediatamente o lobisomem o levanta furioso, ataca como um lobo, tentando fazer Vivian cair no chão, e consegue. As garras agarram a mão de Vivian impedido a movimentar e o lobo tenta morder, porém, a jovem chuta o estômago dele, e assim recua. O lobisomem visto que Vivian está viva, carrega mais um ataque de claridade, como na outra vez, um globo parte na direção de Vivian, entretanto ela pula no ar, e rapidamente acerta uma voadora na cara do lobisomem. O lobo cospe sangue e um dente pontudo, faz alguns passos para trás, pula sobre Vivian com suas garras. Sem dar mole, Vivian acerta um chute certeiro no estômago do indivíduo, e desmaia no chão após.
Vivian alivia, respira, comemora. Foi uma batalha dura, porém ela conseguiu vencer.
Bob levanta da sua furtividade e pergunta:
— Onde você aprendeu lutar assim?
— Sempre joguei muito videogame, então acredito que seja fácil — respondeu Vivian.
— Entendo.
Ao mesmo tempo, entre a conversa de Bob e Vivian, Francis larga o cigarro, levanta o corpo do lobisomem. Bob e Vivian reparam em Francis e seguidamente correm na direção de Francis. Na mão direita que segura o lobisomem, dava para ver um pequeno símbolo de fogo roxo. Uma fumaça roxa nasceu da mão de Francis, o lobisomem sacudiu, logo parou. Francis jogou o sujeito no chão. Os olhos do lobo estão brancos e não podia sentir vida mais nele. Vivian e Bob se sentem horrorizados vendo aquela cena, pois nunca tinham visto alguém morrendo.
— Por que você fez isso? — perguntou Vivian gritando.
— Ele roubou o meu bando.
— Você é um assassino!
— Não vejo horror nisso. Vocês deveriam ser mais espertos. Sabe, eu usei você. Fiz ele usar todos os seus truques em você e gastar toda sua energia, desse jeito poderia matar ele facilmente. Não que ele seja um problema, eu poderia lidar facilmente, mas seria um "saco".
— Você me usou!
— Percebeu finalmente. Você também não é tão santa. Esses golpes são um padrão de um certo alguém. Não vou agradecer, então adeus!
Francis saiu como se não tivesse feito nada e os dois ficaram parados vendo o assassino seguir.
Ficaram apavorados com Francis, visto que nunca tinham observado alguém matar um ser-vivo. Ambos ficaram parados e o tempo passa no mesmo momento. As nuvens ficam escuras e um trovão surge. Os dois pulam pelo baralho, ficam alerta pela grande tempestade que nascerá em breve, Vivian começa a correr, e Bob a segue. Outro trovão inicia, os dois procuram algum lugar seguro, encontram uma escarpa, e em uma parte da escarpa há uma caverna. Novamente a trovoada estrela e rapidamente a chuva respiga no solo do planalto. Os jovens ficam molhados devido à chuva e logo chegam no covil. O lugar é escuro e não tem fundo. O clima claro ficou escuro, o trovejar atormenta o som, o relâmpago ilumina a vista. Ainda atormentados, sentam no chão duro. Suspiram, veêm a tempestade erguida sobre a superfície. Como humanos nunca t
Os pulsos da jovem são presos por uma corda vermelha e os pés também são interceptados. Vivian é cercada pela tropa de Francis. O dia acabou, a noite triunfa, assim os soldados trocam de turnos. Vivian encontra-se na encruzilhada, não poderia tirar a corda, ou mesmo voar, porquanto aos milhares de soldados. Vivian tem que esperar o dia chegar, ou algo acontecer. ***1*** Enquanto a moça espera solitária perto da torre, Bob acorda depois do acontecimento. Encontra-se do outro lado da torre, sozinho, sentindo fome, contudo não ferido. Lembrou de tod
Vivian não compreendeu o porquê de Bob estar traumatizado. Nunca o viu dessa forma, nenhum momento observou alguém com o olhar tão triste, algo aconteceu. Bob matou uma criatura e isso o machuca, porque acredita que se tornou um assassino. Sempre foi um humano normal, onde seguia as regras, em nenhum momento machucou ninguém. Mas, agora tornou-se um assassino, um criminoso, ou talvez algo pior. Neste momento, crê fortemente nisso. Bob pensa: "Matei uma mulher, acabei de fato. Realmente mereço continuar? Sou assassino, sou como o Francis." Vivian preocupada pelo acontecimento, pergunta: — O que aconteceu? Desabafe comigo. Bob olha profundamente a Vivian, traumatizado com o ocorrido, portanto responde:
Eles são parados por uma mulher de cabelos loiros angélicas e olhos pretos. Vendo a mulher, parecia ser boa e alegre. A moça usa manto azul que veste todo seu corpo, menos a cabeça. Vivian nunca viu aquela jovem, entretanto Bob a conhecia quando chegou no mundo roxo e vermelho. O guiou pelo mundo da mesma forma que Fred fez com Vivian. — Estamos de passagem. — afirma Vivian. — Não conheço você — respondeu respondeu à mulher de manto azul. — Bob, por que está aqui? Falei para não aproximar da cordilheira. É perigoso para o seu nível. Vivian olha confusa para os eles, afinal não sabia que Bob a conhecia. — Sabe, fomos a caça a uma criatura — responde Bob. —, mas fomos interceptados por um maníaco que queria nosso "cu" e ta
O lugar está deserto, não há nada, nem soldados de Francis, ou muito menos alguém. Seguiram pela estrada fora, usado a destreza como o principal fator, indo com a maior lentidão possível, porém com todo cuidado que possuem. Não sabem o que os aguardam. Os soldados de Francis ainda estão atrás deles? Os monstros o perseguiram? Prosseguiram com incertezas, mas Vivian sempre é empolgada, nada provavelmente acabará com sua empolgação. Continuaram seguindo a trilha não muito verde, porém, indeferimento muito deserto. Ninguém encontrou os lacaios de Francis ou muito menos qualquer problema, a jornada foi leve e tranquila. Prosseguiram até encontrar três torres. Uma torre de vidro, outra torre de pedra, outra de madeira. Bloqueiam o caminho com seu tamanho enorme, desconhec
Caíram no escuro infinito. Bob grita enquanto despenca naquela imensidão. Apenas o escuro circula na percepção, nada mais, nem menos alguma cor, somente o vazio. Viu espinhos afiados no final, portanto desistiu, pois, afinal não há outra possibilidade. A morte iminente aproximou, porém, algo o pegou, e impediu o fim. Estava no buraco, agarrada na parede, quase perto dos espinhos. Bob imediatamente não entende quem seja a alma caridosa. A moça puxou o moço para a parede com apenas uma mão e depois o colocou na parede. Bob agarra à parede, assim consegue observar de perto, logo descobre que a mulher é Elizabeth. — Você sabe voar? — Perguntou Elizabeth. — Não, apenas atacar fogo — respondeu Bob. Vivian e Fred conseguiram ficar vivos graças a marca agelical. A dupla não possui conhecimento da possibilidade daqueles dois estarem vivos, contudo, Fred conhece Elizabeth o suficiente para saber que não morreria tão fácil, porém, desconhece o amigo de Vivian. Agora estão no solo acima do buraco, pensando nas possibilidades, raciocinado nas escolhas. — Estão bem — disse Fred. — Elizabeth é esperta o suficiente, eu acho pelo menos, para conseguir encontrar a saída. — Bob também é esperto, mesmo que tenha um pouco de medo, ou muito. — Eles precisam da nossa ajuda, né? — Com a maior certeza! Eles seguiram pelos corredores de pedraCAPÍTULO 12: PASSADO EM FORMA DE ARANHA
Eles estão no labirinto da aranha, dentro da caverna do emo revoltado, diante as muralhas do sol. A mulher que não possui graça e o jovem covarde com medo sobre todas as coisas estão nessa emboscada. Estão sem nenhuma ideia para onde seguir, porque os caminhos levam para muitíssimos lugares nessa grande caverna, então sem nenhuma esperança ficam sentados pensando. Ficam parados por alguns momentos, naquele lugar silencioso, calmo como um chá. Imediatamente Elizabeth levanta com fúria e gloriosamente pronúncia-se: — Vamos! Ficar sentado não resolve nada. — Passear sem nenhum plano é a mesma coisa que tomar banho com roupa — Bob respondeu. — Ação resolve tudo! Temos que agir! Último capítulo