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CAPÍTULO 8: FUGINDO DA OBSCURIDADE

Vivian não compreendeu o porquê de Bob estar traumatizado. Nunca o viu dessa forma, nenhum momento observou alguém com o olhar tão triste, algo aconteceu. Bob matou uma criatura e isso o machuca, porque acredita que se tornou um assassino. Sempre foi um humano normal, onde seguia as regras, em nenhum momento machucou ninguém. Mas, agora tornou-se um assassino, um criminoso, ou talvez algo pior. Neste momento, crê fortemente nisso.

Bob pensa:

"Matei uma mulher, acabei de fato. Realmente mereço continuar? Sou assassino, sou como o Francis."

Vivian preocupada pelo acontecimento, pergunta:

— O que aconteceu? Desabafe comigo.

Bob olha profundamente a Vivian, traumatizado com o ocorrido, portanto responde:

— Matei — Bob pausa. — uma mulher. Uma tigresa. A tigresa me atacou, revidei, usei muita força, a matei.

— Entendo. Não fique assim. Como a tigre morreu?

— Minha magia a queimou.

Vivian percebe o braço esquerdo do jovem rapaz queimado, destruído, incinerado pelas chamas.

— O que aconteceu com seu braço?

— Efeito colateral da minha marca.

— Vai dar tudo certo, vamos sair daqui, iremos continuar a perseguir a aranha.

— Não quero sair daqui. Sou como eles agora, criminoso.

— Você lutou por legítima defesa! Era você ou ela, e você escolheu você! Não é criminoso.

— Sou como os bandidos. Pare de mudar algo que não pode mudar.

— Todas as coisas são transformadas querendo ou não, tudo muda, e totalmente mudará, não há como fugir, é a lei do crescimento. Mas, podemos escolher qual caminho tomar, e assim escolher quem vamos ser. Você não pode mudar o passado, mas pode mudar o futuro.

Bob ignora Vivian, deitou-se no chão, virou para o outro lado, dormiu.

Vivian simplesmente desconhece como convencer o companheiro de que não é um assassino, porquanto deixa-a em paz.

O dia longo e cansativo acaba e a noite entra.

Francis continua sentado na cadeira dourada fumando seu cigarro, os soldados trocam de turno, a dupla dinâmica continua parados sem esperanças.

Nesta mesma noite, Vivian negativamente consegue pregar no sono, consequentemente a Bob e todos os problemas.

Simplesmente percebe os arredores, observa tudo, distraída pensando como fugir da torre segura. Olha penetrante na torre que bloqueia toda passagem, do eixo esquerdo ao eixo direito, inibindo qualquer rota de fuga, contudo, o céu é livre, posto que não há maneira de bloquear.

A jovem raciocina na estratégia, assim depois conclui no plano muito básico, arriscado, talvez improvável, mas funcional. Acima de tudo, Vivian precisaria de Bob para realizar aquele longo pensamento.

Ainda acordada, a jovem continua observado, desse modo vê: soldados trocando de turnos, Francis dormindo na cadeira, o bando jogando truco, o grupo dormindo. Apenas observa nada além dessas coisas listadas.

Enquanto observa penetrante a tudo, Bob acorda e senta. Percebe que Vivian pensa na fuga e continuar aventurando o mundo. O jovem não entende o porquê dela insistir tanto.

Vivian rapidamente percebe a presença de Bob a olhando e imediatamente conversa:

— Preciso de você! Mesmo que acredite ser como eles, preciso de você.

— Não entendo! Por que continua lutando? As cartas estão na mesa e você tirou a pior mão.

— Já passei por tanto merda que você não acreditaria. Luto para viver, mas acima de tudo sobreviver.

— Não sou tão forte como você.

— Por que você não nasceu no Brasil.

— Mas sou brasileiro!

— Entendi. Deixa! Vai me ajudar ou não?

Bob suspirou pensando na decisão, olhou aos lados, respondeu:

—  Está certo, vou ajudar.

Bob concordou em ajudar Vivian pelo motivo em nenhum encontrou alguém como a moça, jamais mesmo, sempre encontrava pessoas frias que desistiram rapidamente dele.

Mesmo depois de todo discurso, Bob ainda se considera um assassino.

Vivian alegrou-se com a resposta de Bob, assim contou todo seu plano.

A noite acaba, o dia entra, Francis acorda do seu sono profundo na cadeira dourada. Francis e a tropa arrumam os mantimentos para sair, dado que segundo ele é o dia do começo do triunfo  do seu reinado sobre todo mundo.

Imediatamente, os dois iniciaram o grande plano. Bob iniciou sua marca, ninguém notou, queimou as cordas e rapidamente jogou o fogo na torre e em pontos separados.

— Tá fogo bixo! — Gritou um soldado de Francis.

— Minha torre! — Exclamou Francis — Apaguem o fogo!

Todos da torre segura esqueceram dos sequestrados e tentaram apagar o fogo, até mesmo Francis esqueceu deles.

Quando Bob usou a marca, simplesmente perde o movimento do braço, não sente a dor, entretanto não consegue usar o braço esquerdo novamente. Aquilo foi um choque a ele, contudo seguiu com o plano.

Vivian saltou no ar, puxou Bob, subiu no céu, imediatamente voou junto de Bob. Vivian fica na mesma pose do super-herói, Bob sentou nas contas de Vivian e seguiram.

— Você é pesado! — Exclamou Vivian.

— Desculpe — responde Bob. — Nunca pensei que sentaria em alguém.

— Já sentei em muitos.

— O que?

— Nada, esquece, apenas vamos.

— Não!! — Uma voz ecoa de todos os lados. — Os fedenhos fugirão! Vão atrás deles! Tudo depende deles para conseguirmos a glória!

Os membros da ordem da torre segura correm atrás deles, correndo enquanto olham eles voando, alguns tropeçam e caem no chão, outros conseguem seguir com Maestria a dupla.

Contudo, Vivian voa rápido e alguns perdem o ritmo. Ninguém acreditaria em um plano tão simples poderia ser tão efetivo.

Continuam no ritmo intenso da perseguição. Um trio de humanóides leões são os mais próximos deles e muito atrás deles há uma dupla de humanóides leopardos. Após um ritmo alarmante veloz, o par encontra uma cidade. A cidade é fechada por um vidro roxo estranho circular. Na entrada há uma placa rosa ilumina com um pequeno texto: "Sarrada no Ar, o baile que nunca acaba."

O casal entra, os humanoides param na entram por alguma razão desconhecida e dão meia volta. A esfera roxa por dentro é transparente, revelando o lado de fora por dentro, mas não revelando nada de dentro a fora. O estabelecimento não é muito grande, tem algumas casas regulares fechadas, lojas em barracas de feiras, poucas casas. O lugar é movimentado por muitos humanoides e quase não há humanos.

Respiram ofegantes, já que agora estão seguros.

— Onde estamos? — Pergunta Vivian. — Por que eles não entraram na cidade?

— Está cidade também deve pertencer à Aliança, não podem passar — responde Bob com lógica.

— Faz sentido. Agora estamos seguros pelo menos. Vamos pedir informação,  conseguiremos saber o caminho.

Bob concordou com a cabeça e foram perguntar a pessoa mais próxima. A pessoa mais perto deles, é um humanoide rato de cor cinza, vestido com roupas extravagantes vermelhas.

— Oi, você sabe o caminho mais próximo para as montanhas? — Perguntou Vivian tomando a atitude sempre.

Então o homem-rato continuou o caminho dele.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou uma mulher de cabelos loiros.

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