Vivian não compreendeu o porquê de Bob estar traumatizado. Nunca o viu dessa forma, nenhum momento observou alguém com o olhar tão triste, algo aconteceu. Bob matou uma criatura e isso o machuca, porque acredita que se tornou um assassino. Sempre foi um humano normal, onde seguia as regras, em nenhum momento machucou ninguém. Mas, agora tornou-se um assassino, um criminoso, ou talvez algo pior. Neste momento, crê fortemente nisso.
Bob pensa:
"Matei uma mulher, acabei de fato. Realmente mereço continuar? Sou assassino, sou como o Francis."
Vivian preocupada pelo acontecimento, pergunta:
— O que aconteceu? Desabafe comigo.
Bob olha profundamente a Vivian, traumatizado com o ocorrido, portanto responde:
— Matei — Bob pausa. — uma mulher. Uma tigresa. A tigresa me atacou, revidei, usei muita força, a matei.
— Entendo. Não fique assim. Como a tigre morreu?
— Minha magia a queimou.
Vivian percebe o braço esquerdo do jovem rapaz queimado, destruído, incinerado pelas chamas.
— O que aconteceu com seu braço?
— Efeito colateral da minha marca.
— Vai dar tudo certo, vamos sair daqui, iremos continuar a perseguir a aranha.
— Não quero sair daqui. Sou como eles agora, criminoso.
— Você lutou por legítima defesa! Era você ou ela, e você escolheu você! Não é criminoso.
— Sou como os bandidos. Pare de mudar algo que não pode mudar.
— Todas as coisas são transformadas querendo ou não, tudo muda, e totalmente mudará, não há como fugir, é a lei do crescimento. Mas, podemos escolher qual caminho tomar, e assim escolher quem vamos ser. Você não pode mudar o passado, mas pode mudar o futuro.
Bob ignora Vivian, deitou-se no chão, virou para o outro lado, dormiu.
Vivian simplesmente desconhece como convencer o companheiro de que não é um assassino, porquanto deixa-a em paz.
O dia longo e cansativo acaba e a noite entra.
Francis continua sentado na cadeira dourada fumando seu cigarro, os soldados trocam de turno, a dupla dinâmica continua parados sem esperanças.
Nesta mesma noite, Vivian negativamente consegue pregar no sono, consequentemente a Bob e todos os problemas.
Simplesmente percebe os arredores, observa tudo, distraída pensando como fugir da torre segura. Olha penetrante na torre que bloqueia toda passagem, do eixo esquerdo ao eixo direito, inibindo qualquer rota de fuga, contudo, o céu é livre, posto que não há maneira de bloquear.
A jovem raciocina na estratégia, assim depois conclui no plano muito básico, arriscado, talvez improvável, mas funcional. Acima de tudo, Vivian precisaria de Bob para realizar aquele longo pensamento.
Ainda acordada, a jovem continua observado, desse modo vê: soldados trocando de turnos, Francis dormindo na cadeira, o bando jogando truco, o grupo dormindo. Apenas observa nada além dessas coisas listadas.
Enquanto observa penetrante a tudo, Bob acorda e senta. Percebe que Vivian pensa na fuga e continuar aventurando o mundo. O jovem não entende o porquê dela insistir tanto.
Vivian rapidamente percebe a presença de Bob a olhando e imediatamente conversa:
— Preciso de você! Mesmo que acredite ser como eles, preciso de você.
— Não entendo! Por que continua lutando? As cartas estão na mesa e você tirou a pior mão.
— Já passei por tanto merda que você não acreditaria. Luto para viver, mas acima de tudo sobreviver.
— Não sou tão forte como você.
— Por que você não nasceu no Brasil.
— Mas sou brasileiro!
— Entendi. Deixa! Vai me ajudar ou não?
Bob suspirou pensando na decisão, olhou aos lados, respondeu:
— Está certo, vou ajudar.
Bob concordou em ajudar Vivian pelo motivo em nenhum encontrou alguém como a moça, jamais mesmo, sempre encontrava pessoas frias que desistiram rapidamente dele.
Mesmo depois de todo discurso, Bob ainda se considera um assassino.
Vivian alegrou-se com a resposta de Bob, assim contou todo seu plano.
A noite acaba, o dia entra, Francis acorda do seu sono profundo na cadeira dourada. Francis e a tropa arrumam os mantimentos para sair, dado que segundo ele é o dia do começo do triunfo do seu reinado sobre todo mundo.
Imediatamente, os dois iniciaram o grande plano. Bob iniciou sua marca, ninguém notou, queimou as cordas e rapidamente jogou o fogo na torre e em pontos separados.
— Tá fogo bixo! — Gritou um soldado de Francis.
— Minha torre! — Exclamou Francis — Apaguem o fogo!
Todos da torre segura esqueceram dos sequestrados e tentaram apagar o fogo, até mesmo Francis esqueceu deles.
Quando Bob usou a marca, simplesmente perde o movimento do braço, não sente a dor, entretanto não consegue usar o braço esquerdo novamente. Aquilo foi um choque a ele, contudo seguiu com o plano.
Vivian saltou no ar, puxou Bob, subiu no céu, imediatamente voou junto de Bob. Vivian fica na mesma pose do super-herói, Bob sentou nas contas de Vivian e seguiram.
— Você é pesado! — Exclamou Vivian.
— Desculpe — responde Bob. — Nunca pensei que sentaria em alguém.
— Já sentei em muitos.
— O que?
— Nada, esquece, apenas vamos.
— Não!! — Uma voz ecoa de todos os lados. — Os fedenhos fugirão! Vão atrás deles! Tudo depende deles para conseguirmos a glória!
Os membros da ordem da torre segura correm atrás deles, correndo enquanto olham eles voando, alguns tropeçam e caem no chão, outros conseguem seguir com Maestria a dupla.
Contudo, Vivian voa rápido e alguns perdem o ritmo. Ninguém acreditaria em um plano tão simples poderia ser tão efetivo.
Continuam no ritmo intenso da perseguição. Um trio de humanóides leões são os mais próximos deles e muito atrás deles há uma dupla de humanóides leopardos. Após um ritmo alarmante veloz, o par encontra uma cidade. A cidade é fechada por um vidro roxo estranho circular. Na entrada há uma placa rosa ilumina com um pequeno texto: "Sarrada no Ar, o baile que nunca acaba."
O casal entra, os humanoides param na entram por alguma razão desconhecida e dão meia volta. A esfera roxa por dentro é transparente, revelando o lado de fora por dentro, mas não revelando nada de dentro a fora. O estabelecimento não é muito grande, tem algumas casas regulares fechadas, lojas em barracas de feiras, poucas casas. O lugar é movimentado por muitos humanoides e quase não há humanos.
Respiram ofegantes, já que agora estão seguros.
— Onde estamos? — Pergunta Vivian. — Por que eles não entraram na cidade?
— Está cidade também deve pertencer à Aliança, não podem passar — responde Bob com lógica.
— Faz sentido. Agora estamos seguros pelo menos. Vamos pedir informação, conseguiremos saber o caminho.
Bob concordou com a cabeça e foram perguntar a pessoa mais próxima. A pessoa mais perto deles, é um humanoide rato de cor cinza, vestido com roupas extravagantes vermelhas.
— Oi, você sabe o caminho mais próximo para as montanhas? — Perguntou Vivian tomando a atitude sempre.
Então o homem-rato continuou o caminho dele.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou uma mulher de cabelos loiros.
Eles são parados por uma mulher de cabelos loiros angélicas e olhos pretos. Vendo a mulher, parecia ser boa e alegre. A moça usa manto azul que veste todo seu corpo, menos a cabeça. Vivian nunca viu aquela jovem, entretanto Bob a conhecia quando chegou no mundo roxo e vermelho. O guiou pelo mundo da mesma forma que Fred fez com Vivian. — Estamos de passagem. — afirma Vivian. — Não conheço você — respondeu respondeu à mulher de manto azul. — Bob, por que está aqui? Falei para não aproximar da cordilheira. É perigoso para o seu nível. Vivian olha confusa para os eles, afinal não sabia que Bob a conhecia. — Sabe, fomos a caça a uma criatura — responde Bob. —, mas fomos interceptados por um maníaco que queria nosso "cu" e ta
O lugar está deserto, não há nada, nem soldados de Francis, ou muito menos alguém. Seguiram pela estrada fora, usado a destreza como o principal fator, indo com a maior lentidão possível, porém com todo cuidado que possuem. Não sabem o que os aguardam. Os soldados de Francis ainda estão atrás deles? Os monstros o perseguiram? Prosseguiram com incertezas, mas Vivian sempre é empolgada, nada provavelmente acabará com sua empolgação. Continuaram seguindo a trilha não muito verde, porém, indeferimento muito deserto. Ninguém encontrou os lacaios de Francis ou muito menos qualquer problema, a jornada foi leve e tranquila. Prosseguiram até encontrar três torres. Uma torre de vidro, outra torre de pedra, outra de madeira. Bloqueiam o caminho com seu tamanho enorme, desconhec
Caíram no escuro infinito. Bob grita enquanto despenca naquela imensidão. Apenas o escuro circula na percepção, nada mais, nem menos alguma cor, somente o vazio. Viu espinhos afiados no final, portanto desistiu, pois, afinal não há outra possibilidade. A morte iminente aproximou, porém, algo o pegou, e impediu o fim. Estava no buraco, agarrada na parede, quase perto dos espinhos. Bob imediatamente não entende quem seja a alma caridosa. A moça puxou o moço para a parede com apenas uma mão e depois o colocou na parede. Bob agarra à parede, assim consegue observar de perto, logo descobre que a mulher é Elizabeth. — Você sabe voar? — Perguntou Elizabeth. — Não, apenas atacar fogo — respondeu Bob. Vivian e Fred conseguiram ficar vivos graças a marca agelical. A dupla não possui conhecimento da possibilidade daqueles dois estarem vivos, contudo, Fred conhece Elizabeth o suficiente para saber que não morreria tão fácil, porém, desconhece o amigo de Vivian. Agora estão no solo acima do buraco, pensando nas possibilidades, raciocinado nas escolhas. — Estão bem — disse Fred. — Elizabeth é esperta o suficiente, eu acho pelo menos, para conseguir encontrar a saída. — Bob também é esperto, mesmo que tenha um pouco de medo, ou muito. — Eles precisam da nossa ajuda, né? — Com a maior certeza! Eles seguiram pelos corredores de pedraCAPÍTULO 12: PASSADO EM FORMA DE ARANHA
Eles estão no labirinto da aranha, dentro da caverna do emo revoltado, diante as muralhas do sol. A mulher que não possui graça e o jovem covarde com medo sobre todas as coisas estão nessa emboscada. Estão sem nenhuma ideia para onde seguir, porque os caminhos levam para muitíssimos lugares nessa grande caverna, então sem nenhuma esperança ficam sentados pensando. Ficam parados por alguns momentos, naquele lugar silencioso, calmo como um chá. Imediatamente Elizabeth levanta com fúria e gloriosamente pronúncia-se: — Vamos! Ficar sentado não resolve nada. — Passear sem nenhum plano é a mesma coisa que tomar banho com roupa — Bob respondeu. — Ação resolve tudo! Temos que agir! Bob estava assustado com a caverna e neste exato momento encontra-se tão apavorado que não consegue falar nenhum piu. Vivian também encontra-se apavorada com aquela situação, sem comparação a Bob, pois consegue manter o nível dos seus medos. Elizabeth como sempre está imbatível. Fred sem medo, mas não muito feliz. — Relaxa galera. Apenas uma pequena aranha — pronunciou Fred tentando acalmar o grupo. — Sim, sim — responde Elizabeth. — Vamos encontrar e salvar a alma dela da escuridão. — Quando você diz salvar da escuridão, quem dizer bater? — Tem outro modo de salvar uma pessoa? — Nós vamos conversar e depois veremos no que vai dar, ok? — Isso não vai dar resultado, mas vamosCAPÍTULO 14: INCERTEZA QUE ASSOMBRA
O solo vermelho se torna uma poça vermelha como a água. Cada vez mais aranhas são nascidas. O rosto de Elisa começa a mudar, engrossando, se transformando em algo maior. O corpo também, porque encontra-se se transformando na grande aranha azul. Elizabeth corre até Elisa, porém o exército de aranhas impede ela. O exército cerca ela, fechando ela fora do grupo, assim se isolando naquela armadilha. — Elizabeth! — Gritou o homem cobra vendo sua amiga de longa data sendo sugada pelas criaturas. Fred tenta salvá-la, todavia também é cercado por muitas aranhas. Fred observa mais de vinte aranhas. Fred não conseguiu salvar a sua amiga, sente remorso, mas não pode fraquejar. As criat
Posicionados logo atrás, muitos e muitos soldados de Francis. Alguns poderiam perceber as marcas do sol, outros as asas, contudo o único com a marca demoníaca era o próprio, Francis. Algo tão raro, tão incrível, tão dispensável, usado para causar o caos. As criaturas daquele bando rebelde, são um conjunto de aberrações, sem nenhuma simpatia, apenas a velha rigidez. Os caçadores estão na maior enrascada que já ocorreu. Uma enrascada planejada, detalhada por um homem coelho, porém, não um humanoide coelho comum, um velho sábio homem coelho com a poderosa marca lunar. Elisa está com o grupo e também foi enganada desde do início, entretanto, não discordou, ninguém a obrigou fazer nada, portanto também é culpada pela maioria dos pecados causados. Francis avança um passo à frente. Seu olhar vazio faria qualquer um questionar as atitudes, entretanto, os caçadores nã