Eles são parados por uma mulher de cabelos loiros angélicas e olhos pretos. Vendo a mulher, parecia ser boa e alegre. A moça usa manto azul que veste todo seu corpo, menos a cabeça.
Vivian nunca viu aquela jovem, entretanto Bob a conhecia quando chegou no mundo roxo e vermelho. O guiou pelo mundo da mesma forma que Fred fez com Vivian.
— Estamos de passagem. — afirma Vivian.
— Não conheço você — respondeu respondeu à mulher de manto azul. — Bob, por que está aqui? Falei para não aproximar da cordilheira. É perigoso para o seu nível.
Vivian olha confusa para os eles, afinal não sabia que Bob a conhecia.
— Sabe, fomos a caça a uma criatura — responde Bob. —, mas fomos interceptados por um maníaco que queria nosso "cu" e tal. Chegamos aqui seguidamente.
— Usou sua marca, seu braço queimou, esse maníaco deve ser muito doido! Vamos para minha casa e ajudarei com a dor, mas o seu braço nunca mais vai voltar da cor normal, sinto muito. Tomará que tenha valido a pena, afinal a troca sempre é o corno que leva tudo.
Seguiram sem questionar ou falar alguma besteira.
Enquanto passam pela cidade, pode ouvir-se várias melodias tocando nas casas do início.
Andaram pouco, porque a cidade é pequena que lembra uma pequena vila. A casa dela está na frente. Um retângulo amarelo com algumas plantas em volta.
— Esse é meu lar, sejam vindos! Vamos entrar, lugar de bêbado é em casa.
— O que? — Vivian perguntou sem entender nada.
Entraram na casa. É um simples lar, pequeno, com três cômodos. O cômodo que entraram é a sala, onde tem um sofá vermelho e uma televisão.
— Bem, senta no sofá que já trago um pedaço de bolo para vocês — Falou a ela indo para o próximo cômodo.
— O povo deste mundo gosta de bolo — argumenta Vivian.
Retorna com dois pratos de bolo vermelho e pequenos garfos. A dupla dinâmica pega o bolo, provou em seguida, sentem um gosto doce de tirar o chapéu. O sabor do bolo fez Vivian lembrar do homem cobra, porquanto a textura do bolo e a sensação extremamente forte. Provavelmente aquela dama poderia ser cúmplice daquele homem tão simpático.
— Me chamo Sarah — disse novamente. — Sou caçadora de marca solar. A melhor a propósito.
— Quanto orgulho.
— Na verdade, Vivian — passou Bob. —, é mesmo. Tem uma lista de dez melhores feiticeiros e Sarah está entre eles.
— Entendi. Mas, você não tem nenhum machucado. Pelo que percebi, caçadores de marcas lunares possuem machucados pelo efeito da marca.
Sarah e Bob ficam em silêncio, porquanto conheciam aquela história, o relato de Sarah não usar mais a sua marca. Sarah e Bob entreolharam, assim Sarah responde aquela resposta:
— Bem, você parece ser inteligente, mas não reparou no meu manto azul. O manto serve para esconder as minhas queimaduras de combate. Sabe, lutei muito ao lado de um grande amigo, meu corpo desgastou muito devido ao meu poder, não consigo mais usar ele, porque meu corpo não aguenta mais. Todo meu corpo queimou, as células, a pele, tudo. As queimaduras chegaram perto do meu coração. Caso use mais uma vez a marca, meu coração explode.
— A — disse Vivian arrependida. — desculpa, pensei que você fosse uma "falsiane".
— Relaxa "more", quem guarda rancor não come peixe.
— Está certo.
Terminam de comer, Sarah retira os pratos, volta trazendo um copo transparente com um líquido verde estranho, entrega para Bob. Bob bebeu o líquido, consequentemente depois seu braço esquerdo voltou a ter movimento. Mover para esquerda e para direita depois, testando.
— Obrigado.
— O remédio é de uma planta rara de uma montanha de cordilheira. Seu poder faz o movimento voltar, porém, quando usar sua marca novamente vai parar. Tome cuidado.
— Terei!
Vivian contempla Sarah, observa sua tatuagem de sol no seu punho, pensa se deveria confrontar sobre o homem cobra. Não pensou duas vezes e questiona:
— Sarah, esse seu amigo das antigas é o homem cobra?
O silêncio criou-se após, ninguém disse nada, nenhuma palavra.
Sarah pensa se deveria responder aquela pergunta, porque de fato o antigo amigo é o Fred.
Bob fica parado e surpreso, pelo motivo do homem cobrar sua visão é criminoso muito poderoso.
— Sim, exatamente ele — Sarah quebra o silêncio. — Podem me prender em nome da Aliança, mas não irei revelar nada! Não é um criminoso como todos dizem.
— Nunca falou que era um criminoso, mas nunca disse que era.
— Nunca ligou para títulos, sendo criminoso ou não, ele faz a justiça. Fred é injustiçado por ser diferente e ter o conhecimento de todas as marcas. Existem outros, como a Elizabeth. Saudades daqueles dois.
— Elizabeth me causa medo.
— O tempo revela ela ser uma pessoa adorável. A aliança é o verdadeiro mal. Com suas regras destroem a paz e a compaixão.
— Entendo. Então posso acreditar naqueles dois?
— Claro! São amores de pessoas.
Bob fica contemplando elas, não entendo nada, já que para ele Elizabeth e Fred são criminosos de alta recompensa. Ficam conversando enquanto Bob fica parado. Depois de um tempo, Bob resolve discutir:
— Peraí! — Exclama Bob interrompendo elas. — Vocês conhecem aqueles dois bandidos? Eles são realmente rebeldes! Vocês estão sendo enganadas por eles! Acorda!
— Você está surtando, Bob — continuou Sarah. — Conheço aqueles dois desde minha infância. Me deram conhecimento, amizade e muita comida. Hoje ganho muito não fazendo muita coisa, tudo por causa deles.
— Me ensinaram a usar minha marca e me deram comida. Pessoas más nunca dariam comida
— Eles não são criminosos, então a Aliança é a verdadeira vilã? Só falta dizer que hambúrguer é feito de carne. — questionou Bob.
— Amore, calma, vai dar tudo certo.
— E hambúrguer é feito de carne — completa Vivian.
Bob paralisou ao saber que sua tão amada comida é feita de carne de animal. Esperam Bob fazer algum movimento, contudo continua no seu estado de paralisia. Após alguns longos minutos, voltou ao normal.
— Me tornei um assassino ontem, mas sempre fui a minha vida toda.
— Você matou alguém ontem? — Perguntou Sarah.
— Sim — respondeu Bob.
— Mas ele apenas defendeu a si mesmo! — Contesta Vivian.
— Olha garoto, matei muitas criaturas já por simplesmente defender delas. Assassinos são cruéis e você não é. Então relaxe e não procure problemas onde não tem. Viva a vida!
As palavras de Sarah acalmam Bob e o jovem relaxa com todos os seus problemas, mesmo assim ainda acredita que é um assassino. Com o tempo, esquecerá que é um assassino, dado que todo aquele apoio adianta muito sua mente.
— O que é essa cidade? — Perguntou Vivian retomando o assunto.
— A Sarrada no Ar é lugar de festa, onde nem mais noite acaba, as festas duram para sempre. Um lugar pequeno, mas muito bom. Por isso escolhi esse lugar para a minha aposentadoria, é perfeito.
Conversaram durante um pouco de tempo, tornando-se conhecidos mais ou menos.
Não saíram muito da casa, porquanto não ligam muito para festa, é uma pena, pois a Sarrada no Ar tem as melhores festas.
A noite chegou e eles dormiram no sofá. Dormiram naquele sofá duro e desconfortável, pois não existe outro lugar para dormir.
***1***
O dia amanheceu, o sol nasceu e os seres acordam prontamente para continuar a aventura. Eles entram na cozinha. A cozinha é do mesmo tamanho que a sala e há uma geladeira, fogão e alguns armários. Sarah está acordada fazendo abdominais com uma velocidade absurdamente veloz. Os olhos de Vivian não conseguem acompanhar tanta velocidade e questionam de onde vem toda força. Sarah percebeu a dupla, parou, levantou e prontamente falou:
— Oi, vocês finalmente acordaram!
— More, estou partido — disse Vivian. — Obrigado por tudo.
— Tudo bem. Tenha cuidado. Só uma coisa: caminhe devagar, não apresse as coisas. Bob, coragem, o mundo precisa do seu fogo. Isso é um adeus. Tomem cuidado.
Vivian abraçou fortemente Sarah, um abraço com imenso calor, algo inesquecível. Bob fez o mesmo. Aqueles abraços marcaram os aventureiros.
Seguiram seguidamente. Saindo pela sala e retornaram ao caminho desta jornada.
O lugar está deserto, não há nada, nem soldados de Francis, ou muito menos alguém. Seguiram pela estrada fora, usado a destreza como o principal fator, indo com a maior lentidão possível, porém com todo cuidado que possuem. Não sabem o que os aguardam. Os soldados de Francis ainda estão atrás deles? Os monstros o perseguiram? Prosseguiram com incertezas, mas Vivian sempre é empolgada, nada provavelmente acabará com sua empolgação. Continuaram seguindo a trilha não muito verde, porém, indeferimento muito deserto. Ninguém encontrou os lacaios de Francis ou muito menos qualquer problema, a jornada foi leve e tranquila. Prosseguiram até encontrar três torres. Uma torre de vidro, outra torre de pedra, outra de madeira. Bloqueiam o caminho com seu tamanho enorme, desconhec
Caíram no escuro infinito. Bob grita enquanto despenca naquela imensidão. Apenas o escuro circula na percepção, nada mais, nem menos alguma cor, somente o vazio. Viu espinhos afiados no final, portanto desistiu, pois, afinal não há outra possibilidade. A morte iminente aproximou, porém, algo o pegou, e impediu o fim. Estava no buraco, agarrada na parede, quase perto dos espinhos. Bob imediatamente não entende quem seja a alma caridosa. A moça puxou o moço para a parede com apenas uma mão e depois o colocou na parede. Bob agarra à parede, assim consegue observar de perto, logo descobre que a mulher é Elizabeth. — Você sabe voar? — Perguntou Elizabeth. — Não, apenas atacar fogo — respondeu Bob. Vivian e Fred conseguiram ficar vivos graças a marca agelical. A dupla não possui conhecimento da possibilidade daqueles dois estarem vivos, contudo, Fred conhece Elizabeth o suficiente para saber que não morreria tão fácil, porém, desconhece o amigo de Vivian. Agora estão no solo acima do buraco, pensando nas possibilidades, raciocinado nas escolhas. — Estão bem — disse Fred. — Elizabeth é esperta o suficiente, eu acho pelo menos, para conseguir encontrar a saída. — Bob também é esperto, mesmo que tenha um pouco de medo, ou muito. — Eles precisam da nossa ajuda, né? — Com a maior certeza! Eles seguiram pelos corredores de pedraCAPÍTULO 12: PASSADO EM FORMA DE ARANHA
Eles estão no labirinto da aranha, dentro da caverna do emo revoltado, diante as muralhas do sol. A mulher que não possui graça e o jovem covarde com medo sobre todas as coisas estão nessa emboscada. Estão sem nenhuma ideia para onde seguir, porque os caminhos levam para muitíssimos lugares nessa grande caverna, então sem nenhuma esperança ficam sentados pensando. Ficam parados por alguns momentos, naquele lugar silencioso, calmo como um chá. Imediatamente Elizabeth levanta com fúria e gloriosamente pronúncia-se: — Vamos! Ficar sentado não resolve nada. — Passear sem nenhum plano é a mesma coisa que tomar banho com roupa — Bob respondeu. — Ação resolve tudo! Temos que agir! Bob estava assustado com a caverna e neste exato momento encontra-se tão apavorado que não consegue falar nenhum piu. Vivian também encontra-se apavorada com aquela situação, sem comparação a Bob, pois consegue manter o nível dos seus medos. Elizabeth como sempre está imbatível. Fred sem medo, mas não muito feliz. — Relaxa galera. Apenas uma pequena aranha — pronunciou Fred tentando acalmar o grupo. — Sim, sim — responde Elizabeth. — Vamos encontrar e salvar a alma dela da escuridão. — Quando você diz salvar da escuridão, quem dizer bater? — Tem outro modo de salvar uma pessoa? — Nós vamos conversar e depois veremos no que vai dar, ok? — Isso não vai dar resultado, mas vamosCAPÍTULO 14: INCERTEZA QUE ASSOMBRA
O solo vermelho se torna uma poça vermelha como a água. Cada vez mais aranhas são nascidas. O rosto de Elisa começa a mudar, engrossando, se transformando em algo maior. O corpo também, porque encontra-se se transformando na grande aranha azul. Elizabeth corre até Elisa, porém o exército de aranhas impede ela. O exército cerca ela, fechando ela fora do grupo, assim se isolando naquela armadilha. — Elizabeth! — Gritou o homem cobra vendo sua amiga de longa data sendo sugada pelas criaturas. Fred tenta salvá-la, todavia também é cercado por muitas aranhas. Fred observa mais de vinte aranhas. Fred não conseguiu salvar a sua amiga, sente remorso, mas não pode fraquejar. As criat
Posicionados logo atrás, muitos e muitos soldados de Francis. Alguns poderiam perceber as marcas do sol, outros as asas, contudo o único com a marca demoníaca era o próprio, Francis. Algo tão raro, tão incrível, tão dispensável, usado para causar o caos. As criaturas daquele bando rebelde, são um conjunto de aberrações, sem nenhuma simpatia, apenas a velha rigidez. Os caçadores estão na maior enrascada que já ocorreu. Uma enrascada planejada, detalhada por um homem coelho, porém, não um humanoide coelho comum, um velho sábio homem coelho com a poderosa marca lunar. Elisa está com o grupo e também foi enganada desde do início, entretanto, não discordou, ninguém a obrigou fazer nada, portanto também é culpada pela maioria dos pecados causados. Francis avança um passo à frente. Seu olhar vazio faria qualquer um questionar as atitudes, entretanto, os caçadores nã
Elisa correu para fora da armadilha, sentindo muito medo, continua sem parar. Atinge passos no terreno da montanha quente e verde. A jovem estava sozinha, porém observa um vulto, uma rápida imagem de alguém correndo. Elisa segue a imagem, tendo muito medo, assustada claramente. Ouve um sussurro após: — Porquê você fez isso? A voz é claramente de um homem. A garota reconheceu a voz, contudo, não lembra de fato quem seja. Essa pessoa foi importante, alguém que deixou uma marca, uma marca de dor e sofrimento. A mulher continuou, continuou, até que encontrou uma poça no meio daquela vegetação. Elisa molha o rosto, percebe seu rosto, um reflexo na água. Elisa se sente mal, existe uma culpa, uma grande culpa, entretanto, não consegue lembrar o que aconteceu.