Diz a tradição que uma descendente da Lua Dourada com Lobo Cinzento, poderá substituir um Alpha supremo após sua morte; caso ele não possua um herdeiro macho.
Eu sou a Deby, nasci numa matilha chamada Lobos Cinzentos. Meus irmãos morreram assim que nasceram, mas eu lutei desde o ventre. O mais estranho disso tudo, é que nunca havia acontecido mortes na nossa aldeia.
Meu pai era o Alfa supremo dos Lobos Cinzentos. Minha mãe Celena foi sua amada Luna; uma mulher audaciosa e guerreira que cuidava de sua matilha com sabedoria. Nunca se ouviu falar que eles houvessem perdido uma batalha. Considerados resistentes, astutos e velozes. Mas, infelizmente, eles foram encurralados em uma emboscada. Me usaram para atraí-los. Ninguém sabe quem arquitetou o plano. Eles lutaram bravamente com mais de vinte vampiros. Nem toda a força de meus pais juntos foi capaz de resistir aos ataques dos sugadores de sangue com suas adagas cheias de acônito, um tipo de veneno extraído de uma planta de poder tóxico que enfraquece os lobisomens. Meus pais foram esquartejados cruelmente.
Meus tios, Luxor e Winnie, me culparam por ser o ímã que os atraiu para a fronteira do Dark Royal Blood, uma área onde os lobisomens não são bem-vindos. Mas para salvar sua filha das garras de seus inimigos, eles negligenciaram as regras que deveriam seguir: "sempre lute em bando em casos extremos".
Ninguém jamais saiu vivo daquele lugar. Mas meus pais, foram em busca da sua filha que na verdade nunca esteve em posse do bando. Só me pergunto de onde veio essa tal informação.
Desde que a notícia da morte do Alfa Gray e de sua Luna dourada se espalhou por todas as matilhas, fui apontada como usurpadora de poder. Meu tio Luxor assumiu o controle, ele era o Beta do meu pai. Desde então, comecei a ser humilhada a ponto de não ser mais vista com respeito em minha própria casa.
Despertei minha loba aos 15 anos de idade; ela é perspicaz não se deixando enganar. Seu nome é Kira. Juntas decidimos deixar a matilha. Eu teria que aprender a me transformar com sua orientação na hora correta. Foi uma solução difícil, pois nasci e fui criada lá, mas estava longe de ser o lugar que meus pais cuidavam com ordem e respeito. Kira tinha planos para mim, eu precisava que fôssemos para longe até assumir maturidade suficiente para continuar meu destino. Ela só não especificou qual seria!
Meus tios pareciam ser corretos e justos enquanto o Alfa estava vivo, mas tudo estava mudando e, depois da minha fuga, ouvi rumores de que eles são extremamente rigorosos. Em meio a essa loucura, encontrei o apoio de minha amiga Saphira que tem uma pequena livraria que funciona como cafeteria. Ela sabe que eu sou uma loba, nos damos muito bem. A coisa mais irritante de todas é me manter longe de problemas, não suporto injustiças, meu instinto de loba está sempre querendo aparecer do nada. Kira está tentando me mostrar do que sou capaz.
Depois de alguns meses longe da matilha. Saphira conseguiu arranjar para mim, um emprego como garçonete em um drive thru de um amigo. O dinheiro era suficiente para ajudar nas despesas e pagar metade da minha bolsa de estudos na faculdade. Todos os meus pertences foram deixados para trás.
Em uma daquelas noites em que não temos nada para fazer, fomos convidadas para a festa de Dan Thompson, um lobisomem lindo e cobiçado. Sua luxuosa mansão fica à alguns quilômetros da cidade. Dan estava em seu último ano de Arqueologia, sem dúvida uma graduação estranha. Meus pais já haviam considerado a ideia dele ser meu companheiro, sentimos essa conexão quando nos vimos rapidamente na infância em uma reunião do clã. Nunca mais nos encontramos novamente, até o dia da festa. Ele parecia não se lembrar, ou fingiu devido às circunstâncias atuais. Mal nos falamos a não ser as diversas trocas de olhares.
No final da noite, já cheio de bebida; ele me levou para seu quarto e a conexão voltou com força total. Vi aquele príncipe de quase 1,92 de puro músculo e olhos profundos me devorar, no bom sentido. Eu me entreguei ao Dan como se já estivesse prometida a ele.
Mesmo durante o verão, estávamos sempre nos encontrando escondidos. Eu me sentia mal com isso. Mas eu o amava e aceitava tudo pacientemente. Descobri após algumas semanas que estava grávida. Achei que essa seria a melhor notícia para acabar com esses encontros clandestinos de uma vez por todas. Imagine só, uma loba da alcatéia dos Grays dando luz a lindos bebês de um membro dos Lobos do Leste. Mas, infelizmente, tudo foi por água abaixo. Antes mesmo de anunciar a gravidez, ele me ligou pedindo que eu me afastasse, pois não queria mais ser visto com uma amaldiçoada pelo próprio clã. Desde então, Dan me tratou com severidade e evitou qualquer contato. Mas algo em mim dizia que era o contrário. Decidi ir para longe, ter os bebês em uma reserva indígena que protegia lobos pacíficos, os anciãos e os jovens desprotegidos. Meus pais já haviam falado sobre eles por ser um refúgio para aqueles que precisavam refletir e se preparar para um novo recomeço . Não tive contato com mais ninguém, abandonei a faculdade e pedi demissão. Tive uma gravidez de 12 semanas. Eles nasceram na transição da lua cheia no sétimo mês do sétimo dia e eram trigêmeos idênticos.
Eu não sabia; mas naquele momento, minha loba se manifestaria horas depois pela primeira vez. Durante alguns meses, eu saía por determinação da Kira nas luas cheias para me aperfeiçoar na caça, para lutar com outros clãs e contra vampiros que insistiam em invadir a reserva.
Na última vez que fui para uma caçada mais distante, a reserva foi invadida e tivemos muitas perdas, principalmente de anciões indígenas e lobos jovens.
Quando cheguei, senti que meus filhos haviam desaparecidos; eles tinham sido sequestrados. Não tive escolha a não ser deixar a reserva nas mãos de alguns companheiros que vieram comigo em busca de ajuda para recuperar meus três bebês. Eu não era mais a mesma loba que havia saído da faculdade fraca e despreparada. Em tão pouco tempo, havia adquirido uma tonalidade nos olhos cor de âmbar. Meus cabelos adquiriram uma faixa dourada. Meu cheiro era bom, algo doce e amadeirado como a floresta. Meu corpo era bastante definido devido ao treinamento contínuo com arco e flecha e lutas corpo a corpo. Desenvolvi novas percepções, aprendi alpinismo. Ganhei velocidade além do esperado. Eu estava mais alta com cerca de 1,83 Minha loba havia dito que havia despertado através da maternidade muito rapidamente as características da minha espécie: a hierarquia da lua dourada que viveram há centenas de anos com os povos indígenas onde minha mãe era descendente e nascera também.
Encontrar o Dan agora na posição de Rei Alfa, após a morte de seu pai, não será uma tarefa fácil; mas ninguém melhor do que ele para descobrir o paradeiro de nossos bebês.
Coffee BookstoreDias atuais...—Deby, que bom você voltou!! – Saphira se surpreende ao ver sua amiga de volta a cidade. —Oi minha amiga, estou novamente em apuros. Só que desta vez é mais grave o motivo. -Deby demonstra tristeza.- Será que podemos conversar mais reservadamente? —Sim, vamos nos sentar alí; aproveitar enquanto o movimento está tranquilo. Você quer um café?- Saphira indica uma mesa para que possam conversar. —Aqui está ótimo! Eu aceito um café meio amargo. Meu estômago está embrulhando.- Deby comprime o estômago com uma das mãos. —Espera, vou pegar. Mas... não seria melhor um ante ácido? Estou te achando incomodada Deby, relaxa um pouco. Eu não sabia de fato o que estava sentindo. Um aperto no estômago como se houvera recebido um soco em cheio me deixava sem ar. Mas nada seria pior que ver pela janela, o Dan Thompson passar na sua Halley- Davirdson prateada com uma ruiva. Eu não sabia se a conhecia, mas do jeito que o agarrava não parecia apenas amigos. Uma sensaçã
No apartamento Eu me sentia psicologicamente exausta! A Saphira me indicou o quarto que me abrigaria por um tempo. Só precisava de algumas horinhas de descanso e estaria renovada. O lugar era aconchegante funcional e sempre estava arrumado.Sem contar que ela não costumava trazer visitas; isso me dava alguma vantagem. Assim que pudesse teria meu próprio lugar, não seria correto invadir a privacidade da minha amiga. Tomei um banho, vesti um jeans com camiseta e saí comendo uma fruta, fui buscá-la no café livraria. Era início da noite, por volta das 18h30. Não havia mais movimento. Saímos de lá em direção ao shopping. Olhamos vitrines, conversamos sobre planos futuros para quando os bebês voltassem; jantamos por lá mesmo e fomos para casa. No caminho, percebi que um carro nos seguia, ele bem que podia ter ultrapassado mas não o fez. Decidi acelerar e ele também. A Saphira ficou assustada, mas sou ótima no volante e não perdi tempo, acelerei bastante ganhando uma boa distância até desv
Cheguei tarde no apto. da Saphira,ela estava preocupada. Haviam trazido seu carro que deixei na entrada da Alcatéia, esqueci completamente ao ser transformada em loba. —Deby,o que houve? Uns caras altos, musculosos trouxeram meu carro. Nada disseram, pensei que tivesse sido morta!- Saphira à abraça.-Não vou resistir a essas emoções. —Desculpa. Eu estava em forma lupina, não dava pra dirigir. —Forma o quê?? —Lupina, eu estava na pele de loba. O Dan deve ter conferido os documentos no carro e viu que era seu. Foi horrível amiga! – eu me aconchego em seu colo e choro. —Calma, vai ficar tudo bem. Logo vocês vão ter um segundo encontro e conversam de modo amigável. —Ele me esnobou desde o início. Não tive condições de falar sobre os bebês. – chora compulsivamente —Ponha para fora essa angústia. Tudo vai se resolver. Vamos pensar pelo lado bom. Se não pediram resgate é porque roubaram os bebês para criarem. Assim você ganha tempo. —E se for justamente o contrário? Eu ainda sinto con
-Olá, Sr. Lews, vejo que o movimento está muito bom esta manhã.-Você é uma garota que trás sorte. basta chegar e os clientes começam aparecer.-Tá bom; acha que acredito nessa bobagem?-risos -Tipo como... não crer em lobos,vampiros?- um breve silêncio se fez.-Desculpe-me, mas tenho que rir. - Deby finge achar graça.- Vampiros e lobos Sr. Lews, só existem em histórias. Acredita mesmo nisso?-Oh, não afirme com tanta veemência que são mitos garota ; já vi de tudo nesta vida!- Deby permanece com um riso amarelo. -Mas mudando de assunto. Veja quem acaba de chegar!-Ele se referia ao sobrinho. -Então tio, vim visitá-lo; já que você nunca vem à nossa casa. -Johan o abraça.-Meu adorável Johan, não diga isso. Eu estive na festa de casamento da sua prima Sarah -Ah sim; eu havia me esquecido. Isso foi há... quatro anos.Você tem trabalhado muito tio. Precisa descansar, ver as pessoas que o amam. -Eu adoro estar aqui meu sobrinho. Não posso ficar um dia longe da minha lanchonete senão morr
Cheguei na reserva indígena já nos primeiros raios do sol. Como ninguém me esperava, fui recebida com uma chuva de flechas. Os fortes uivos emitidos pela dor dos arranhões na minha loba, os fizeram perceber de quem se tratava. Cessaram imediatamente com o ataque. Voltando ao meu estado humano, conversei com os líderes sobre a noite do sequestro dos bebês. Eles me disseram que foi encontrado uma pista dias depois, próximo a fronteira ao norte da reserva; isso significava que estávamos certos; haviam sido Vampiros. Mais qual seria o interesse? Fora encontrada uma pulseira trançada com pele de serpente feita pelas mãos do ancião da aldeia, estava no braço de um dos bebês. Não seria cópia, pois os objetos foram criados especificamente para eles; portanto, meus bebês passaram pela fronteira. Após longa conversa, agradeci aos líderes informando que retornaria com ajuda;estes, seriam aliados fiéis que não colocariam em risco à aldeia, apesar de apreensivos eles concordaram. Voltei para a c
Drive Thru Após a reunião nos fundos do Drive thru, Deby segue para casa. Johan ficou de providenciar uma moto para chamar menos atenção. Ele a levaria para um local na floresta por um curto espaço de tempo. O Dan estava se sentindo impotente, via Johan fazendo seu trabalho além da conta, isso só podia ter um significado: paixão, sim, o Johan estaria se apaixonado pela mãe dos seus filhos. Mas ele nada tinha a ver com isso, já que estava comprometo com a Lexa. Dan tenta mudar seus pensamentos, mas seu peito queima de um modo toda vez que pensa nela. Ele está confuso e perdido. Como conciliar tantas emoções de uma só vez? Três filhos e uma mulher fora do seu alcance. Mais e mais segredos a serem firmados entre lobos e vampiros. Saphira—Amiga, já lhe pedi que diga por onde anda. Quase me mata de ansiedade.-ela cruza de braços aborrecida.—Me perdoe! Eu vou precisar me afastar de você por um tempo. Não se preocupe. —Não não! Por favor Deby eu não quis lhe magoar, não me interprete
Johan volta com as madeiras para acender a lareira, ele está sem camisa; seu tórax é definido. Sua pele exala um perfume masculino marcante. Deby tenta não olhar para seu físico atlético. Ele é puro charme a cada movimento. Sua calça justa ao corpo, mostra o quanto suas coxas são definidas e seus braços mostram a força que possui ao segurar toras da pesada madeira. Ele a olha discretamente enquanto tenta desviar algumas mechas de seu cabelo que insiste cair sobre os olhos. Johan é definitivamente tentador. —Eu acho que está bom Johan. Essa quantidade será o suficiente para passarmos a noite. —Eu peguei um pouco a mais para que não precise buscar pela manhã. —Acha que não sou suficiente capaz de pegar minha própria madeira?- eles riem. —Não quis insinuar tal coisa, acho que você tem capacidade de muito mais que arrancar galhos de árvores. Afinal, é uma loba dourada. —Sabe mais do que imaginava sobre minha origem- Deby deixa pergunta no ar —Só sei até onde me permitiu saber, mas
Aquele vampiro era muito sedutor para que uma mulher pudesse resistir a sua “dupla presença;” esse negócio de meio lobo, meio vampiro, a deixava sem fôlego. Vulnerável e carente, Deby se entrega àquele homem. Seu beijo era quente como seu desejo de possui-la por inteira. Johan estava ferido, mas não aguentou a proximidade daquela garota que há poucas horas havia sido transformada em uma loba incrível. Ele estava encantado; seus corpos reagiam, não dava mais para segurar. Johan mesmo machucado, entrega-se aos desejos possuindo-a cada centímetro fazendo-a esquecer que um dia pertenceu ao Alpha. — O que houve aqui Johan? Isso jamais poderia ter acontecido! —Você ainda pergunta o que houve Deby? A resposta é simples: seu corpo desejou o meu de modo que se entregou por inteira. Isso foi o que aconteceu. —Isso foi loucura! Saiba que só não resisti porque te vi vulnerável esta sofrendo com esses ferimentos; quis ser grata. Isso não deve mais ocorrer! Amanhã quando esteja melhor, peço qu