Keenan não pretendia ficar para o café da manhã, mas, a pedido do xerife, acabou cedendo. Para sua surpresa, aquela manhã acabou se tornando uma das mais divertidas de sua vida. Anna, sentada bem à sua frente, fazia questão de exibir o decote generoso, o tecido do vestido quase conspirando com ela. A visão era hipnotizante, e ele se pegou sorrindo internamente com a ousadia dela.Mas sempre que Anna fazia movimentos mais provocantes, Bozena lançava-lhe um olhar de censura, e o xerife rapidamente mudava o assunto da conversa, obrigando-a a recuar, constrangida. Era um jogo silencioso, mas Keenan entendeu as intenções por trás disso: Aninha estava tentando seduzi-lo.Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios. Se ela queria brincar, tudo bem. Mas não seria tão fácil assim. Ele já havia resistido uma vez. Poderia resistir de novo.---Mais tarde, durante o passeioDe braços dados, eles caminhavam pela aldeia, atraindo olhares curiosos. Não era surpresa para
Avisos: Essa é a uma história de Ficção. Conteúdo Adulto. Créditos: Capa criada por Freepik IDADE MÉDIA - INGLATERRA - FORWOOD As nuvens encobriam o céu enquanto os gritos ecoavam pelos becos da Aldeia de Forwood. Um menino pulava sobre as tendas das barracas enquanto fugia, levando três maçãs em suas mãos. Atrás do pestinha estava a guarda real, e ele ouvia os gritos dos aldeões comerciantes – alguns reclamavam de sua ação, enquanto outros praguejavam contra os que o perseguiam. O garoto saltou da última tenda, dando uma cambalhota ao alcançar o chão. As galinhas no caminho se espalharam, cacarejando e batendo as asas para sair da frente. Ele olhou para trás e viu os soldados sendo barrados pelos comerciantes. Um sorriso sapeca tomou conta de seu rosto. — Corre, garoto! — exclamou um feirante. — Toma aqui. — Ele entregou mais uma fruta ao rapaz. — Obrigado, senhor Eduardo — respondeu o menino. Em um ato de ousadia e travessura, ele parou rapidamente, e, olhando para o
Algumas semanas depois— Eu não quero ir — Annabeth disse, abraçada a Keenan, com o rosto enterrado em seu peito. — Não quero que ninguém pegue o meu lugar.E aquilo era pura verdade; o maior medo de Annabeth era ser esquecida ou substituída.— Ei, ei... olhe para mim — ele pediu, tocando delicadamente o rosto dela. — Ninguém pode tomar o seu lugar. Ele é só seu. Você é única!— Sou mesmo? — perguntou com a voz embargada.Ele balançou a cabeça, concordando.— Já podemos ir, Annabeth? — A voz impaciente de seu pai soava irritada.Nem uma despedida decente eles poderiam ter. Annabeth apertou o abraço em Keenan, sem conseguir imaginar como seria sua vida sem ele. Era seu melhor amigo, e, em todas as confusões em que ele se metia, lá estavam eles juntos.— Filha, precisamos ir — disse Bozena, a mãe dela.— Não! — sussurrou Annabeth, enterrando o rosto mais fundo no peito dele.— Aninha — murmurou Keenan, segurando o rosto dela e o erguendo devagar. — Isso vai ser rápido. Você voltará logo
7 anos depoisKeenan Bentley segurava a espada com firmeza, e todo o seu corpo estava em alerta; olhou ao redor e percebeu seis homens ao seu redor. Um sorriso perigoso e ladino surgiu em seus lábios. Ele levantou uma sobrancelha, aguardando calmamente o ataque, já prevendo cada movimento de seus adversários. Inclinou a cabeça para o lado, ouvindo um leve estalo no pescoço, enquanto dois homens se aproximavam ao mesmo tempo, um pela lateral e outro por trás.Com o pesado treinamento que enfrentou, Keenan havia adquirido uma destreza ímpar. No momento certo, abaixou-se, desviando dos golpes, mas, de repente, todos os homens começaram a atacar juntos. Os gritos de guerra ecoaram pela arena, enquanto ele se movia como um deus: veloz, implacável e furioso. Seus golpes, sempre certeiros, carregavam uma originalidade inigualável, tornando impossível para seus oponentes tanto acertá-lo quanto escaparem de seus ataques. Não havia ninguém que lutasse como ele, mas seus adversários não desistir
∆ ×A carruagem passava lentamente pela floresta. Todos os guardas presentes estavam tensos, levando aquele ouro para o rei. Seus olhos treinados percorriam o lugar todo à medida em que avançavam. Sabiam da fama que aquela floresta tinha e esperava que a ideia do rei desse certo desta vez.— Será mesmo que ele é um espírito? — o jovem guarda indagou, tentando disfarçar o nervosismo na voz.— O único espírito que vai ter aqui vai ser o seu se não calar a boca — respondeu o outro soldado, mais à frente disse.Eles continuaram andando, atentos a qualquer movimento suspeito. Estavam em um total de dez homens, os guardas mais fortes e habilidosos do reino; não podiam falhar com o rei. Ouviram o barulho de um piado que parecia de coruja, e pararam assustados. — O que foi isso?Ouviram outro barulho; eram assobios que ecoavam por toda a floresta. Os guardas olharam para todos os lados, ouvindo, desta vez, sons de passos e vultos passando por várias partes.— Eles estão aqui! — exclamou o j
Annabeth reprimiu a vontade de olhar pela janela pela trigésima vez. A carruagem avançava cada vez mais, e, da última vez que colocara a cabeça para fora, a estrada da floresta de Forwood ainda era visível. Ela estava ciente do que ocorria naquele lugar e sabia do risco que corria, mas não era exatamente isso que a deixava extremamente ansiosa — finalmente retornava para casa após longos seis anos.Mordendo os lábios, pensou em como fora sua vida longe de sua aldeia natal.Vivera com os tios e teve uma excelente educação, tornara-se uma dama; no entanto, também se tornou uma mulher forte, decidida, inteligente e prática. Aprendeu várias outras coisas na aldeia de seus tios. Mas, nem por um segundo, esquecia-se de sua vida na aldeia natal, e seu desejo de voltar para casa continuara vivo por todos esses anos.Seus pais a visitavam poucas vezes e se comunicavam por pergaminhos. Sentia falta da família e — principalmente — falta dele, seu melhor amigo de infância.Seu Keenan.Deu uma ris
Keenan bateu na porta da casa e aguardou. Quando ela se abriu, uma senhora morena apareceu e, ao vê-lo, seus olhos se encheram de alegria. Ela abraçou o corpo grande e forte do filho. Um sorriso carinhoso surgiu no rosto dele, que beijou a cabeça da mãe e a envolveu com seus braços.— Ah, meu Deus! Quer me matar do coração? Não me deixe sem notícias, garoto! Não importa a sua idade, se sumir desse jeito, vou dar uns tapas nessa sua bunda grande — reclamou, olhando nos olhos escuros do filho, fazendo-o sorrir de lado. — Nossa, você parece cada vez mais forte — disse, apertando um braço musculoso e duro. Seu menino havia se tornado um homem. — O que você anda comendo, garoto?Ele soltou uma risada baixa e gostosa, adentrou a casa abaixando a cabeça ao passar pela porta e observou o ambiente ao redor. Tudo continuava igual: uma pequena sala, a cozinha ao lado e um corredor que levava aos quartos. Inspirou profundamente, sentindo o cheiro de sopa no ar.— Não acredito! — exclamou, com os
— Mãe, vou dar uma volta pela cidade! — Annabeth avisou, apressando-se para sair da mansão.O dia estava agradável, apesar do céu escuro e carregado de nuvens sombrias. Ao entrar no vilarejo, ela observou tudo ao redor. Os preços do mercado haviam aumentado, e as pessoas trabalhavam sem ânimo, com expressões cansadas.Em várias partes do vilarejo, estavam pendurados cartazes com a foto do tal "Rei dos Ladrões", oferecendo uma generosa recompensa para quem o entregasse. Ela se aproximou de um dos cartazes e o analisou: a imagem mostrava o homem com capuz e máscara, cobrindo grande parte do rosto.— Legal, não é mesmo? — uma voz infantil disse, surpreendendo-a. Ao seu lado, estava um pequeno garoto. — Tomara que ninguém o pegue — sussurrou ele, lançando um olhar cuidadoso ao redor.— É mesmo?— Sim, ele é o nosso herói — suspirou o menino, com olhos escuros cheios de admiração. — Quando eu crescer, quero ser igual a ele. — A criança olhou para o cartaz, e Annabeth percebeu o brilho de a