Na manhã seguinteAntes que Tina viesse acordá-la para o banho, Annabeth já estava de pé. Assim que a amiga entrou no quarto, ela a puxou para sentar-se na cama. Tina, loira e cheia de energia, riu.— Uau! Estamos dispostas hoje! Geralmente você enrola um século para levantar. — Tina sorriu de forma provocativa. — Isso tudo é porque você ouviu a voz do seu general?— Keenan já está aqui? — O coração de Anna disparou como um louco.— Sim, ele chegou comigo, e seu pai o convidou para o café da manhã. Ele trouxe um presente para o seu pai.Que safado! pensou Annabeth.Ela riu e cobriu o rosto com as mãos.— Agora terei que aguentar esses dois como melhores amigos. Prefiro os tempos em que se odiavam.— Ah, não é tão ruim assim, é? — Tina deu risada.— Não. Eu sempre quis isso — admitiu ela, rindo. — Mas, enfim, não é sobre isso. Quero que me ajude com uma coisa. — Annabeth abaixou a voz.— Pode dizer, desde que não seja para fugir com o rei dos ladrões, Anna. — Tina arqueou uma sobrancel
O cheiro de sexo e suor impregnava o ar. Mulheres nuas desfilavam diante de seus olhos. Duas delas se aproximaram, oferecendo os seios sem pudor. Sem hesitar, ele agarrou ambas, chupando os bicos com voracidade, enquanto uma terceira se ocupava com habilidade de seu membro, lambendo e sugando com experiência.O quarto ecoava com gemidos, um coro de prazer ensurdecedor, pago para parecer genuíno. Se aquelas mulheres falhassem em satisfazê-lo, ele não hesitaria em puni-las com sua espada.Alguns minutos depois, ele gozou com abundância na boca da prostituta, um sorriso satisfeito em seu rosto. Mas o momento de êxtase foi abruptamente interrompido por uma batida forte na porta. Irritado, ele empurrou as três mulheres de sua cama, ignorando suas reclamações, e foi atender.Do outro lado estava seu criado.— Desculpe, majestade, mas vossa alteza me ordenou que o chamasse assim que ele chegasse.— Certo, fez bem, senhor Godfrey.— Tudo para satisfazê-lo, meu rei. — O criado curvou-se antes
Keenan não pretendia ficar para o café da manhã, mas, a pedido do xerife, acabou cedendo. Para sua surpresa, aquela manhã acabou se tornando uma das mais divertidas de sua vida. Anna, sentada bem à sua frente, fazia questão de exibir o decote generoso, o tecido do vestido quase conspirando com ela. A visão era hipnotizante, e ele se pegou sorrindo internamente com a ousadia dela.Mas sempre que Anna fazia movimentos mais provocantes, Bozena lançava-lhe um olhar de censura, e o xerife rapidamente mudava o assunto da conversa, obrigando-a a recuar, constrangida. Era um jogo silencioso, mas Keenan entendeu as intenções por trás disso: Aninha estava tentando seduzi-lo.Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios. Se ela queria brincar, tudo bem. Mas não seria tão fácil assim. Ele já havia resistido uma vez. Poderia resistir de novo.---Mais tarde, durante o passeioDe braços dados, eles caminhavam pela aldeia, atraindo olhares curiosos. Não era surpresa para
— Certo, podemos ir — disse Edward, a contragosto.Ao chegarem ao castelo, foram levados ao grande salão, onde o rei Esteban os esperava sentado em seu trono. Sua postura relaxada e o sorriso jocoso nos lábios indicavam que ele estava de bom humor. Keenan, no entanto, não deixou de notar o olhar cúmplice trocado entre o rei e o duque. Aquilo não passou despercebido.— Ed! Que cara é essa, meu velho? — perguntou o monarca, rindo. — Tenha ânimo, afinal, ainda está vivo, não está?Edward manteve a expressão fechada.— Eu não sou mais o xerife?— Não — respondeu o rei com frieza, embora seu sorriso não desaparecesse. — Seus atos ultimamente não têm me impressionado. Cheguei a pensar que talvez você não estivesse tão empenhado em capturar o famoso rei dos ladrões.— Majestade, eu jamais faria tal coisa! — protestou Edward, a voz carregada de indignação.— Ah, se acalme, Edward — replicou Esteban, fazendo um gesto desdenhoso. — Eu sei que não apoia o homem. Afinal, sabemos o que aconteceria
Quando Anna voltou para casa depois daquele episódio assustador na praça, não conseguia pensar em outra coisa senão nos problemas que estavam por vir. O duque era uma pessoa horrível, sem nenhum traço de amor ou piedade. Bastava olhar para ele e perceber o quanto gostava de causar dor.O homem era a personificação da maldade.Anna estremeceu ao se lembrar daquele olho verde frio, desprovido de qualquer emoção, fixado nela. Lembrou-se vagamente de uma conversa antiga com seu pai, na qual ele mencionara que até a corte evitava convidar esse nobre para reuniões — somente o faziam quando era absolutamente necessário. Diziam que ele vivia em um castelo tão sombrio quanto ele próprio, onde os criados eram torturados por diversão.Antes, Anna nunca acreditara muito nessas histórias. Mas, ao vê-lo em ação na praça, constatou que tudo era real. Na verdade, era até pior.Perto da hora do almoço, seu pai chegou em casa estarrecido. Ele se sentou, pálido, e precisou de alguns minutos para recuper
Apolo andava de um lado para o outro no pátio da aldeia. O dia mal havia amanhecido, e nada do filho chegar. Infelizmente, o garoto não compreendia a gravidade da situação. Se Esteban sozinho já era perigoso, com a ajuda de Viktor Kairus, a ameaça era ainda pior.O duque era um homem excepcionalmente esperto e cruel. Um sujeito sem coração, sem um pingo de bondade. Quando agia, era certeiro. Desde que Apolo fingiu sua morte, evitava estar no mesmo ambiente que Viktor. Tinha certeza de que aquele homem poderia descobrir sua verdadeira identidade.Viktor não era um homem velho, talvez tivesse apenas dez anos a mais que Keenan, pelo que recordava. Suas amizades sempre vinham acompanhadas de segundas intenções.O irmão de Apolo havia atingido o limite da loucura ao chamá-lo. Ainda assim, era incrível que ele se espantasse — Esteban e Viktor eram iguais. Ambos grotescos.— Estamos ferrados! — Jordan exclamou. — O Duque de um olho só está aqui. Devíamos fugir antes que ele descubra algo.Os
Quando tudo parecia seguro, Keenan voltou à floresta. A entrada do túnel estava desprotegida, e ele balançou a cabeça, ficando mal-humorado. Assim que chegou à aldeia, avistou os garotos junto de Apolo e sua mãe. Todos o encaravam com expressões espantadas.Keenan ignorou os olhares, desceu as escadas calmamente, colocou as mãos no bolso da calça e agiu como se nada estivesse fora do comum.— Alguém pode me explicar por que o nosso túnel está desprotegido? — perguntou, erguendo uma sobrancelha ao se aproximar.— Onde você estava? — A voz de Gweneth soou histérica enquanto o olhava com severidade. — Tem ideia da preocupação que nos causou?— Mãe — respondeu, com calma —, eu disse que precisava de um momento sozinho. Estava com Annabeth. — Antes que ela pudesse começar outro sermão, completou: — Na casa dela.— Dormiu lá?Ele assentiu com a cabeça, desviando o olhar para Apito e Tina.— Keenan, o que faremos agora? Vamos sair daqui, certo? — perguntou Jordan, com evidente preocupação.—
Esteban observava, impaciente, enquanto o duque fazia flexões rápidas e aparentemente sem esforço. Já fazia quase um mês desde a chegada de Kairus a Forwood, e ainda não havia qualquer avanço significativo sobre o paradeiro do rei dos ladrões. A frustração fervilhava dentro de Esteban. Ele esperava que aquele homem medonho resolvesse tudo com a eficiência que prometera, mas até agora, nada.Enquanto isso, a última carga — tanto de comida quanto de ouro — havia sido roubada na floresta, sem qualquer represália significativa. Pelo menos Edward, apesar de sua incompetência, ao menos tentava confrontar os ladrões. Viktor, por outro lado, limitava-se a intimidar os aldeões. É verdade que os impostos agora eram pagos rigorosamente, mas quando isso não acontecia, o duque era impiedoso em seus castigos públicos.Esteban estava no limite de sua paciência. Queria resultados.— Você sempre transporta o seu ouro nessas mesmas carruagens? — a voz grave de Kairus interrompeu seus pensamentos.O rei