Keenan voltou à sua ideia, como se estivesse flutuando. Annabeth causava esse efeito estranho nele, algo que nenhuma outra mulher havia feito antes. Era muito óbvio que ele estava completamente apaixonado, e admitia isso para si mesmo. Não adiantava negar, muito menos dizer que tudo era só desejo.Claro que havia desejo, e muito, mas era algo muito mais profundo do que isso. Queria dar carinho e atenção a ela. Era bom estar com ela, mesmo sem estarem nus. E esse sentimento era único, algo que ele nunca havia experimentado com outra mulher, exceto com Anna.Suspeitava que sempre fora apaixonado por ela, mas não entendia seus sentimentos. Por isso ficava tão irritado, porque ela não voltava. Ele já a queria para si, mesmo sem ter plena consciência disso na época.Passou pela segurança do túnel e olhou para Apito e Luca, que estavam vigiando.— Que sorriso é esse? — Luca perguntou.— Sorriso? Não tem sorriso nenhum. — Keenan disse, voltando a ficar sério.— Sei, agora que está noivo da r
Os seus gemidos saíam descontrolados. Ela balançava o corpo, tentando rebolar enquanto a língua quente dele a dominava por completo. Parecia que o homem estava em todos os lugares ao mesmo tempo, e o prazer era indescritível.Quando estava quase lá, ouviu o riso rouco e provocador dele, que, de repente, parou. Frustrada e desesperada, Annabeth encarou o justiceiro. O capuz ainda cobria a maior parte do rosto, mas o sorriso malicioso que ele exibia era visível e carregado de intenções.— Por que você parou? — perguntou irritada, ofegante.— Para ele poder continuar — respondeu com a voz rouca, olhando para os lados.Num piscar de olhos, o rei dos ladrões desapareceu, e quem surgiu em seu lugar foi Keenan. Pela bênção de Zeus, ele estava sem camisa, usando apenas uma calça. Annabeth não pôde deixar de notar a potência do volume entre as pernas dele. Automaticamente, lambeu os lábios.Os cabelos escuros estavam presos em um rabo de cavalo, mas alguns fios haviam escapado do elástico. Seu
Na manhã seguinteAntes que Tina viesse acordá-la para o banho, Annabeth já estava de pé. Assim que a amiga entrou no quarto, ela a puxou para sentar-se na cama. Tina, loira e cheia de energia, riu.— Uau! Estamos dispostas hoje! Geralmente você enrola um século para levantar. — Tina sorriu de forma provocativa. — Isso tudo é porque você ouviu a voz do seu general?— Keenan já está aqui? — O coração de Anna disparou como um louco.— Sim, ele chegou comigo, e seu pai o convidou para o café da manhã. Ele trouxe um presente para o seu pai.Que safado! pensou Annabeth.Ela riu e cobriu o rosto com as mãos.— Agora terei que aguentar esses dois como melhores amigos. Prefiro os tempos em que se odiavam.— Ah, não é tão ruim assim, é? — Tina deu risada.— Não. Eu sempre quis isso — admitiu ela, rindo. — Mas, enfim, não é sobre isso. Quero que me ajude com uma coisa. — Annabeth abaixou a voz.— Pode dizer, desde que não seja para fugir com o rei dos ladrões, Anna. — Tina arqueou uma sobrancel
O cheiro de sexo e suor impregnava o ar. Mulheres nuas desfilavam diante de seus olhos. Duas delas se aproximaram, oferecendo os seios sem pudor. Sem hesitar, ele agarrou ambas, chupando os bicos com voracidade, enquanto uma terceira se ocupava com habilidade de seu membro, lambendo e sugando com experiência.O quarto ecoava com gemidos, um coro de prazer ensurdecedor, pago para parecer genuíno. Se aquelas mulheres falhassem em satisfazê-lo, ele não hesitaria em puni-las com sua espada.Alguns minutos depois, ele gozou com abundância na boca da prostituta, um sorriso satisfeito em seu rosto. Mas o momento de êxtase foi abruptamente interrompido por uma batida forte na porta. Irritado, ele empurrou as três mulheres de sua cama, ignorando suas reclamações, e foi atender.Do outro lado estava seu criado.— Desculpe, majestade, mas vossa alteza me ordenou que o chamasse assim que ele chegasse.— Certo, fez bem, senhor Godfrey.— Tudo para satisfazê-lo, meu rei. — O criado curvou-se antes
Keenan não pretendia ficar para o café da manhã, mas, a pedido do xerife, acabou cedendo. Para sua surpresa, aquela manhã acabou se tornando uma das mais divertidas de sua vida. Anna, sentada bem à sua frente, fazia questão de exibir o decote generoso, o tecido do vestido quase conspirando com ela. A visão era hipnotizante, e ele se pegou sorrindo internamente com a ousadia dela.Mas sempre que Anna fazia movimentos mais provocantes, Bozena lançava-lhe um olhar de censura, e o xerife rapidamente mudava o assunto da conversa, obrigando-a a recuar, constrangida. Era um jogo silencioso, mas Keenan entendeu as intenções por trás disso: Aninha estava tentando seduzi-lo.Ele ergueu uma sobrancelha, um sorriso malicioso surgindo em seus lábios. Se ela queria brincar, tudo bem. Mas não seria tão fácil assim. Ele já havia resistido uma vez. Poderia resistir de novo.---Mais tarde, durante o passeioDe braços dados, eles caminhavam pela aldeia, atraindo olhares curiosos. Não era surpresa para
— Certo, podemos ir — disse Edward, a contragosto.Ao chegarem ao castelo, foram levados ao grande salão, onde o rei Esteban os esperava sentado em seu trono. Sua postura relaxada e o sorriso jocoso nos lábios indicavam que ele estava de bom humor. Keenan, no entanto, não deixou de notar o olhar cúmplice trocado entre o rei e o duque. Aquilo não passou despercebido.— Ed! Que cara é essa, meu velho? — perguntou o monarca, rindo. — Tenha ânimo, afinal, ainda está vivo, não está?Edward manteve a expressão fechada.— Eu não sou mais o xerife?— Não — respondeu o rei com frieza, embora seu sorriso não desaparecesse. — Seus atos ultimamente não têm me impressionado. Cheguei a pensar que talvez você não estivesse tão empenhado em capturar o famoso rei dos ladrões.— Majestade, eu jamais faria tal coisa! — protestou Edward, a voz carregada de indignação.— Ah, se acalme, Edward — replicou Esteban, fazendo um gesto desdenhoso. — Eu sei que não apoia o homem. Afinal, sabemos o que aconteceria
Quando Anna voltou para casa depois daquele episódio assustador na praça, não conseguia pensar em outra coisa senão nos problemas que estavam por vir. O duque era uma pessoa horrível, sem nenhum traço de amor ou piedade. Bastava olhar para ele e perceber o quanto gostava de causar dor.O homem era a personificação da maldade.Anna estremeceu ao se lembrar daquele olho verde frio, desprovido de qualquer emoção, fixado nela. Lembrou-se vagamente de uma conversa antiga com seu pai, na qual ele mencionara que até a corte evitava convidar esse nobre para reuniões — somente o faziam quando era absolutamente necessário. Diziam que ele vivia em um castelo tão sombrio quanto ele próprio, onde os criados eram torturados por diversão.Antes, Anna nunca acreditara muito nessas histórias. Mas, ao vê-lo em ação na praça, constatou que tudo era real. Na verdade, era até pior.Perto da hora do almoço, seu pai chegou em casa estarrecido. Ele se sentou, pálido, e precisou de alguns minutos para recuper
Apolo andava de um lado para o outro no pátio da aldeia. O dia mal havia amanhecido, e nada do filho chegar. Infelizmente, o garoto não compreendia a gravidade da situação. Se Esteban sozinho já era perigoso, com a ajuda de Viktor Kairus, a ameaça era ainda pior.O duque era um homem excepcionalmente esperto e cruel. Um sujeito sem coração, sem um pingo de bondade. Quando agia, era certeiro. Desde que Apolo fingiu sua morte, evitava estar no mesmo ambiente que Viktor. Tinha certeza de que aquele homem poderia descobrir sua verdadeira identidade.Viktor não era um homem velho, talvez tivesse apenas dez anos a mais que Keenan, pelo que recordava. Suas amizades sempre vinham acompanhadas de segundas intenções.O irmão de Apolo havia atingido o limite da loucura ao chamá-lo. Ainda assim, era incrível que ele se espantasse — Esteban e Viktor eram iguais. Ambos grotescos.— Estamos ferrados! — Jordan exclamou. — O Duque de um olho só está aqui. Devíamos fugir antes que ele descubra algo.Os