Eu vejo seu peito subir e descer lentamente com sua respiração profunda e alguns minutos mais tarde eu estou entrando em uma casa elegante de cinco andares no Uper West side. Confesso que eu não consegui prestar atenção em mais nada, desde o momento que eu disse “sim” a essa proposta maluca até agora.
Hill me levou através do hall até uma sala divinamente mobiliada. Tudo era de muito bom gosto e, embora eu não tenha reparado nos detalhes da fachada da casa, eu posso dizer que há um contraste imenso entre a fachada da casa e a decoração interna. A fachada é tradicional e o que eu vejo aqui dentro é extremamente moderno e luxuoso. Eu estou ainda de pé no meio da grande sala e percebo que ele acabou de me perguntar algo – Desculpe-me, eu não ouvi o que você disse.
─ Eu perguntei se você gostaria de uma bebida.
─ Não, obrigada. Sem mais bebidas por hoje. – Eu me pergunto se foi a bebida que me colocou nessa situação, mas eu chego à conclusão que não.
Ele se aproxima de mim lentamente. Seus movimentos me lembram de um leão espreitando a sua presa. Ele está agora tão perto de mim que eu posso sentir o cheiro amadeirado do seu perfume misturado com o cheiro de whisky e a combinação é tão masculina que eu fecho brevemente meus olhos intensificando meus outros sentidos.
Quando eu sinto suas duas mãos nos meus ombros, um arrepio percorre todo o meu corpo e eu sei que ele percebeu isso. Eu estou mentalmente me chutando por ter tentado bancar a moderna e ter vindo parar aqui, após ter aceitado “foder” com um completo estranho na casa dele e, pior, sem que ninguém tenha a menor ideia de onde eu esteja. Isso significa que ele pode me matar e depois me jogar no fundo do rio Hudson e, possivelmente sair ileso disso. – Carol, você está segura comigo. Eu não vou fazer nada que você não queira e não vou machucá-la.
─ Eu sei – eu disse isso, mas não tinha muita certeza de soar convincente pra ele – Eu só estou um pouco apreensiva porque eu nunca fiz isso assim. – Ele franziu a testa e eu vi que precisa explicar. – Pegar um estranho aleatório em um bar e vir pra casa dele na mesma noite apenas para fazer sexo. Eu já fiz sexo sem compromisso antes. Mas eu, minimamente conhecia a pessoa. Além disso ser uma loucura completa, a forma como isso ocorreu até aqui foi, no mínimo, frio.
─ Frio? – sua mão direita desliza pelas minhas costas até a base da minha coluna enquanto a sua mão esquerda desliza pela minha nuca, seus dedos cravados nos emaranhados fios dos meus cabelos num aperto firme, mas sem me causar dor. Meu queixo ligeiramente arqueado. Sua voz é apenas um sussurro rouco. – Eventualmente você vai perceber que aqui não há nada de frio – Antes mesmo que os seus lábios encostem aos meus, sua mão direita, na base das minhas costas, me puxa contra os seus quadris e eu posso sentir o quão duro ele já está. E, então, quando sua língua invade a minha boca e quando ele flexiona os joelhos e se apruma novamente, pressionando seu pau contra o ápice das minhas coxas, eu perco a porra da minha mente.
A firmeza do seu toque na minha pele é desejo cru, não a polidez, mas o desejo nu e cru... por mim. E eu faço aquilo que ele me propôs mais cedo. Eu entrego o controle do meu prazer a ele, mas, mesmo eu tendo entregado de bom grado eu sinto como se ele estivesse tomando. Porque tudo nele é intenso demais e sobrecarregado. Eu comentei que eu saí da minha mente? Bem, eu saí. Mas num pequeno segundo de autoconsciência eu percebo que minha calcinha foi rasgada e que meu vestido está levantado até a minha cintura. Eu percebo também que as suas duas mãos, posicionadas logo abaixo da minha bunda, me erguem do chão e eu instintivamente enrolo minhas pernas em seus quadris. O próximo momento de lucidez que eu tenho é quando Hill caminha comigo enganchada nele através da escada para o piso superior e, com um rugido impaciente, ele para no alto da escada e empurra minhas costas contra a parede.
─ Porra! Eu não posso esperar. Eu tenho que foder você aqui e agora ou eu vou enlouquecer ─ Ato contínuo: ele me penetra. “Oh, meu Deus!” ele simplesmente me penetra e eu estou tão molhada, mas tão excitada, tão completamente desesperada por isso. Ele b**e contra mim uma e outra vez. Sua boca no meu pescoço, mordendo e chupando e me levando a loucura – Porra! – Ele grita novamente contra o meu pescoço e eu me lembro do que ele disse logo cedo sobre usar bastante os palavrões no âmbito privado. Agora entendo o que ele quis dizer. Mas quando ele para de se movimentar dentro de mim eu puxo seus cabelos fazendo com que ele desenterrasse o rosto do meu pescoço e olhasse pra mim – Desculpe-me.
─ Pelo quê?
─ Eu não coloquei a porra do preservativo.
Eu começo a entrar em pânico. ─ Ai meu Deus. Você tem... alguma...
─ Eu estou limpo. Você?
Eu suspirei aliviada – Eu também estou limpa. Completamente.
─ Oh, graças a Deus! – foi tudo que ele disse quando enfiou em mim duas vezes, para em seguida parar novamente – Porra!
─ Qual é o seu problema?
─ Eu não posso engravidá-la. Filho é compromisso e eu não quero compromisso.
─ Eu tomo pílulas.
─ Oh, graças a Deus por isso também. – Eu ri com o seu alívio. Ele realmente está aliviado. Ele lambe tomo o caminho do meu pescoço até o meu seio e quando ele o abocanha e chupa forte eu grito e sinto o seu riso contra minha pele. Ele faz o mesmo com o outro e eu gemo igualmente desesperada. Ele desliza seus braços por baixos dos meus em direção à minha nuca. Agarrando meus cabelos com as duas mãos firmando meu corpo em seus antebraços. Ele puxa meus cabelos e minha cabeça se inclina para traz. Meus olhos fechados – Olhe pra mim. – Ele pede e eu abro os olhos e encontro os seus castanhos. Eles estavam escurecidos com o desejo. – Eu vou foder você até que nenhum de nós dois vai aguentar ficar de pé. E todas as vezes que você gozar você vai estar olhando pra mim, porque eu quero ter certeza de que você sabe que eu posso dar aquilo que você precisa – Puta merda, ele nem precisa tentar me provar nada. Eu já posso dizer agora que ele sabe exatamente aquilo que eu preciso.
Eu estou profundamente excitada, mas eu também estou com raiva de mim por estar me deixando subjugar dessa maneira e com raiva dele por ser tão presunçoso. – Arrogante – eu rosno pra ele.
Ele soltou uma das mãos dos meus cabelos e enfiou o polegar na minha boca. – Chupe – eu apertei meus lábios juntos – Abra a boca e chupe agora – Minha raiva vai para o nível ultra-mega-power e eu me mantenho firme. Então ele enfia seu pau mais profundo em mim, suas estocadas intensificadas pela sua raiva pela minha teimosia meus lábios se separam em busca de ar. Nesse momento ele aproveita e enfia seu polegar pelo canto da minha boca sem diminuir em nada no meu núcleo – chupe como você chuparia meu pau – Puta-que-pariu! Foda-se o meu orgulho. Foda-se a sua arrogância, porque, definitivamente, ele pode ser o que ele quiser. Eu não posso odiá-lo porque ele não mentiu pra mim em nenhum momento desde que nos conhecemos. Ele está me dando o que eu preciso. Eu nem gozei ainda e posso dizer que essa é a melhor foda da minha vida. Eu chupo forte e em seguida deslizo minha língua em torno do seu dedo até que ele puxa da minha boca e desliza entre os nossos corpos. Com a outra mão ainda firme nos meus cabelos e as minhas costas apoiadas na parede, ele assiste meu rosto quando pressiona seu polegar recém-chupado e completamente umedecido contra o meu clitóris e desenha pequenos círculos enquanto seu comprimento entra e sai de mim ─ ele toma a minha boca com a sua, sua língua imitando seus movimentos no meu núcleo e eu chupo sua língua como se estivesse ordenhando seu pau. Eu ofego contra a sua boca quando o orgasmo se constrói no meu centro. Eu sinto meus dedos do pé se retorcerem e adormecerem enquanto a pressão cresce exponencialmente para logo em seguida explodir.
No ápice do meu prazer eu grito contra a sua boca e ele afasta seu rosto do meu para assistir meu orgasmo – Isso, olhe pra mim. – ele ordena e eu obedeço – Foda-se, você é gostosa pra caralho – ele diz antes de seu rosto se contorcer em agonia enquanto ele goza dentro de mim.
Nós estamos tão grudados um no outro que eu não consigo discernir qual batida é do seu ou do meu coração. Estamos ofegantes, lutando por um pouco de ar. Repentinamente ele ergue minhas costas da parede no alto da escada e, sem quebrar nossa conexão e numa posição engraçada, ele caminha ao redor do corrimão da escada, entrado por uma porta dupla de madeira branca. Nosso pequeno percurso com ele dentro de mim faz reacender o meu desejo. Meu Deus! O que esse homem fez comigo? Eu suspeito que tive o mesmo efeito sobre ele, pois eu o sinto ainda duro dentro de mim, não tanto como antes, mas ainda duro. Eu não vejo, mas apenas sinto a maciez dos lençóis quando ele me deita sobre a cama sem separar o seu corpo de meu. Nossos corpos estão quentes e suados. Ele afasta uma mecha dos meus fios loiros do meu rosto prendendo atrás da minha orelha.─ Você é linda. Mas você fica bonita pra caralho toda suada e ruborizada deitada na minha cama. – Eu sinto seu pau pulsar dentro de mim, indicando que
Segunda-feira, 16 de setembro de 2013 ─ Alô? ─ Bom dia Senhorita Burgos, aqui é Nicole. ─ Olá, Nicole. Bom dia. Por favor, me chame de Carol. ─ Certo, Carol. Samanta gostaria de saber se você pode vir até a sala dela. ─ Claro. Estou indo. – Samanta é a minha melhor amiga. Mas é também a minha chefe. Ela também é brasileira e nós já éramos melhores amigas no Brasil. Nós estudamos juntas na Faculdade de Direito do Recife, fizemos especialização juntas, somos melhores amigas e confidentes. Falamos tudo uma pra outra. Bem, quase tudo. Ela não tem ideia do que eu já passei antes de conhecê-la. Mas. Eu não quero sujar a nossa amizade com uma coisa tão sórdida. Eu nunca contei isso pra ninguém e nunca vou contar. Eu sinto muita vergonha e me sinto suja. Curiosamente, eu também não quero entrar em detalhes sobre o que aconteceu na última sexta-feira. Eu não parei de pensar sobre isso durante todo o final de semana. Eu nunca me senti tão... tão... incrivelmente excitada com uma pessoa. Nu
Ele se levanta lentamente. Aquele andar, aquele mesmo andar que ele usou na sexta-feira à noite. Predador, vindo em minha direção. Mas ele não se aproxima demais. Ele para a uma distância segura. Seus olhos queimando sobre a minha pele. Minha boca abrindo e fechando como um peixe fora d’água, mas, puta merda, eu não tenho nada pra dizer.─ Senhorita Burgos? Caroline Burgos, Carol.─ Hill? Ou melhor, Harold Parker. Você mentiu o seu nome? – Eu acuso. Ok. De tanta coisa pra dizer, eu tinha que dizer isso em primeiro lugar? Mas, porra! Eu acusei. Processe-me.─ Não. Eu não menti meu nome. Sou Harold Hill Parker.─ Oh! Entendo. De dia você é Harold Parker e de noite você é Hill. Harold Parker seria sua identidade secreta? – eu alfineto.Ele franze a testa – Ora, ora. Suas garras estão afiadas. Mas, eu não entendo por que você está tão brava. Não foi você, a única a fugir da minha cama após receber os melhores orgasmos da sua vida?─ Presunçoso.─ Nossa! Como você é profissional.Isso é u
─ Ok – Eu pego minha pasta no chão e retiro algumas anotações e documentos. Meus cabelos ainda estão soltos caindo sobre os meus ombros e seios. – Bem, eu elaborei um resumo de todos os empreendimentos da GE para lhe dar uma visão geral. Diante dos últimos acontecimentos, Jake concluiu que não compensa manter um setor contábil que não tem a capacidade de unificar todas as informações da empresa de forma rápida, eficaz e eficiente. De alguma maneira ele acha possível e mais confiável que a sua empresa faça isso.─ Sim. Ele me disse essa parte – ele diz de forma ríspida como se ele estivesse perdendo seu tempo. – O que temos que nos ater aqui é a metodologia que vamos utilizar para implantar esse novo formato. O grande calcanhar de Aquiles da GE está na falta de um sistema eficiente de informações. Recentemente, quando eu fiz a auditoria solicitada por Jake, eu tive uma dificuldade imensa de reunir todas as informações necessárias. Isso porque cada estabelecimento de propriedade da GE t
Terça-feira, 17 de setembro de 2013 O som das chaves e em seguida a porta da sala batendo faz todos os cabelos pelos da minha nuca se eriçarem. Eu encolho meus joelhos contra os meus seios instintivamente. Ouço seus passos pela casa e em seguida o cheiro de cigarro lentamente toma conta do apartamento. São duas horas da tarde e ele não deveria estar aqui. Eu mal respiro, com medo de que ele perceba a minha presença. Mas isso é ridículo. É claro que ele sabe que eu estou aqui, é exatamente por minha causa que ele está aqui mais cedo. Desde que ele chegou em casa deve ter passado uns cinco minutos, mas no meu desespero o tempo parece se arrastar. Como se tudo tivesse parado. Eu ainda estou lá, na minha posição defensiva. Os passos começam novamente, um após o outro e eu assisto a maçaneta do meu quarto girar em câmera lenta e ele aparecer na porta do meu quarto. Ele não diz nada, absolutamente nada. Ele só para lá e fica me olhando e eu nem pisco, na esperança de que ele apen
Eu caminho até a sala de Samanta. Ela mandou me chamar e eu sei que ela quer saber mais detalhes sobre a reunião com Harold ontem. – Bom dia – eu digo quando ela me recebe e ela me dá um abraço.─ Bom dia, amiga. Como você está hoje?─ Eu estou bem.Nós nos sentamos – Eu fiquei preocupada com você ontem. Mas eu e Jake tivemos alguns problemas e acabei não entrando em contato com você pra saber como você estava.─ Esses problemas que vocês tiveram teve algo a ver com a nossa fugida ontem na hora do almoço?─ Totalmente. A coisa foi feia. Eu tentei argumentar que não foi grande coisa, que os seguranças chamam mais atenção do que quando estamos sozinhas. E disse que nada aconteceu. Mas, segundo ele fomos fotografadas...─ É verdade. Eu vi as fotos. Nada demais, é verdade. Mas dá uma sensação de insegurança. Sei lá, ser observada assim sem nem perceber...─ É verdade. Segundo Jake, do mesmo jeito que foi um fotógrafo discreto poderia ser um daqueles perseguidores que se excedem e tentam t
O dia parece se arrastar e em vários momentos eu me vejo ansiosa para encontrar com Harold esta noite. Imediatamente eu me repreendo por isso. O telefone na minha mesa toca e isso me lembra que eu preciso arranjar uma assistente pessoal.─ Aqui é Carol Burgos.─ Aí está você – Meu coração pula uma batida e eu me vejo hipnotizada pela voz rouca que me saúda do outro lado da linha. Eu não consigo falar nada e eu não sei quanto tempo eu fico apenas ouvindo a sua respiração, até que ele volta a falar – Caroline? Você está bem?─ Hum? Err... eu... estou bem – Sério? Eu tinha que gaguejar desse jeito.─ Eu surpreendi você? – ele pergunta divertido.─ Sim. Eu não esperava que você me ligasse.─ E de que maneira você acha que eu conseguiria combinar o nosso jantar? – foi uma pergunta retórica, então ele continua – Vou buscá-la as sete.─ Aonde nós vamos?─ é uma surpresa.─ Harold, isso não é um encontro. É um jantar de negócios. Ah, e já que você insiste em me buscar ao invés de nos encontr
Eu sinto a mão de Harold pousar sobre meus joelhos, sob a mesa. – Eu posso te dar tanto, Caroline. Posso fazer coisas com você que nunca ninguém fez – ele começa a deslizar sua mão sob o meu vestido – assustada, eu olho em volta, nós estamos em uma das extremidades do grande salão, de onde podemos ver todas as outras mesas. Observo as pessoas a nossa volta, elas estão perdidas. Cada uma delas em seu próprio mundinho, em seus dramas pessoais, em seus negócios. Ninguém está prestando realmente atenção em nós dois. A mão de Harold continua seu caminho entre as minhas pernas e eu olho para baixo, uma das minhas coxas esta sutilmente à mostra, onde o vestido subiu um pouco. Eu observo a toalha da mesa e fico feliz em ver o quanto ela é longa. Sério??? O cara está a poucos centímetros de enfiar os dedos na minha boceta e eu, ao invés de impedi-lo, estou apenas preocupada em me assegurar que ele faça isso de maneira discreta. Porra! Eu sou uma puta – Você quer isso. Eu vejo. – Ele diz com a