LIVRO 1 - CAPÍTULO 1.6

Eu vejo seu peito subir e descer lentamente com sua respiração profunda e alguns minutos mais tarde eu estou entrando em uma casa elegante de cinco andares no Uper West side. Confesso que eu não consegui prestar atenção em mais nada, desde o momento que eu disse “sim” a essa proposta maluca até agora.

Hill me levou através do hall até uma sala divinamente mobiliada. Tudo era de muito bom gosto e, embora eu não tenha reparado nos detalhes da fachada da casa, eu posso dizer que há um contraste imenso entre a fachada da casa e a decoração interna. A fachada é tradicional e o que eu vejo aqui dentro é extremamente moderno e luxuoso. Eu estou ainda de pé no meio da grande sala e percebo que ele acabou de me perguntar algo – Desculpe-me, eu não ouvi o que você disse.

─ Eu perguntei se você gostaria de uma bebida.

─ Não, obrigada. Sem mais bebidas por hoje. – Eu me pergunto se foi a bebida que me colocou nessa situação, mas eu chego à conclusão que não.

Ele se aproxima de mim lentamente. Seus movimentos me lembram de um leão espreitando a sua presa. Ele está agora tão perto de mim que eu posso sentir o cheiro amadeirado do seu perfume misturado com o cheiro de whisky e a combinação é tão masculina que eu fecho brevemente meus olhos intensificando meus outros sentidos.

 Quando eu sinto suas duas mãos nos meus ombros, um arrepio percorre todo o meu corpo e eu sei que ele percebeu isso. Eu estou mentalmente me chutando por ter tentado bancar a moderna e ter vindo parar aqui, após ter aceitado “foder” com um completo estranho na casa dele e, pior, sem que ninguém tenha a menor ideia de onde eu esteja. Isso significa que ele pode me matar e depois me jogar no fundo do rio Hudson e, possivelmente sair ileso disso. – Carol, você está segura comigo. Eu não vou fazer nada que você não queira e não vou machucá-la.

─ Eu sei – eu disse isso, mas não tinha muita certeza de soar convincente pra ele – Eu só estou um pouco apreensiva porque eu nunca fiz isso assim. – Ele franziu a testa e eu vi que precisa explicar. – Pegar um estranho aleatório em um bar e vir pra casa dele na mesma noite apenas para fazer sexo. Eu já fiz sexo sem compromisso antes. Mas eu, minimamente conhecia a pessoa. Além disso ser uma loucura completa, a forma como isso ocorreu até aqui foi, no mínimo, frio.

─ Frio? – sua mão direita desliza pelas minhas costas até a base da minha coluna enquanto a sua mão esquerda desliza pela minha nuca, seus dedos cravados nos emaranhados fios dos meus cabelos num aperto firme, mas sem me causar dor. Meu queixo ligeiramente arqueado. Sua voz é apenas um sussurro rouco. – Eventualmente você vai perceber que aqui não há nada de frio – Antes mesmo que os seus lábios encostem aos meus, sua mão direita, na base das minhas costas, me puxa contra os seus quadris e eu posso sentir o quão duro ele já está. E, então, quando sua língua invade a minha boca e quando ele flexiona os joelhos e se apruma novamente, pressionando seu pau contra o ápice das minhas coxas, eu perco a porra da minha mente.

A firmeza do seu toque na minha pele é desejo cru, não a polidez, mas o desejo nu e cru... por mim. E eu faço aquilo que ele me propôs mais cedo. Eu entrego o controle do meu prazer a ele, mas, mesmo eu tendo entregado de bom grado eu sinto como se ele estivesse tomando. Porque tudo nele é intenso demais e sobrecarregado. Eu comentei que eu saí da minha mente? Bem, eu saí. Mas num pequeno segundo de autoconsciência eu percebo que minha calcinha foi rasgada e que meu vestido está levantado até a minha cintura. Eu percebo também que as suas duas mãos, posicionadas logo abaixo da minha bunda, me erguem do chão e eu instintivamente enrolo minhas pernas em seus quadris. O próximo momento de lucidez que eu tenho é quando Hill caminha comigo enganchada nele através da escada para o piso superior e, com um rugido impaciente, ele para no alto da escada e empurra minhas costas contra a parede.

─ Porra! Eu não posso esperar. Eu tenho que foder você aqui e agora ou eu vou enlouquecer ─ Ato contínuo: ele me penetra. “Oh, meu Deus!” ele simplesmente me penetra e eu estou tão molhada, mas tão excitada, tão completamente desesperada por isso. Ele b**e contra mim uma e outra vez. Sua boca no meu pescoço, mordendo e chupando e me levando a loucura – Porra! – Ele grita novamente contra o meu pescoço e eu me lembro do que ele disse logo cedo sobre usar bastante os palavrões no âmbito privado. Agora entendo o que ele quis dizer. Mas quando ele para de se movimentar dentro de mim eu puxo seus cabelos fazendo com que ele desenterrasse o rosto do meu pescoço e olhasse pra mim – Desculpe-me.

─ Pelo quê?

─ Eu não coloquei a porra do preservativo.

Eu começo a entrar em pânico. ─ Ai meu Deus. Você tem... alguma...

─ Eu estou limpo. Você?

Eu suspirei aliviada – Eu também estou limpa. Completamente.

─ Oh, graças a Deus! – foi tudo que ele disse quando enfiou em mim duas vezes, para em seguida parar novamente – Porra!

─ Qual é o seu problema?

─ Eu não posso engravidá-la. Filho é compromisso e eu não quero compromisso.

─ Eu tomo pílulas.

─ Oh, graças a Deus por isso também. – Eu ri com o seu alívio. Ele realmente está aliviado. Ele lambe tomo o caminho do meu pescoço até o meu seio e quando ele o abocanha e chupa forte eu grito e sinto o seu riso contra minha pele. Ele faz o mesmo com o outro e eu gemo igualmente desesperada. Ele desliza seus braços por baixos dos meus em direção à minha nuca. Agarrando meus cabelos com as duas mãos firmando meu corpo em seus antebraços. Ele puxa meus cabelos e minha cabeça se inclina para traz. Meus olhos fechados – Olhe pra mim. – Ele pede e eu abro os olhos e encontro os seus castanhos. Eles estavam escurecidos com o desejo. – Eu vou foder você até que nenhum de nós dois vai aguentar ficar de pé. E todas as vezes que você gozar você vai estar olhando pra mim, porque eu quero ter certeza de que você sabe que eu posso dar aquilo que você precisa – Puta merda, ele nem precisa tentar me provar nada. Eu já posso dizer agora que ele sabe exatamente aquilo que eu preciso.

Eu estou profundamente excitada, mas eu também estou com raiva de mim por estar me deixando subjugar dessa maneira e com raiva dele por ser tão presunçoso. – Arrogante – eu rosno pra ele.

Ele soltou uma das mãos dos meus cabelos e enfiou o polegar na minha boca. – Chupe – eu apertei meus lábios juntos – Abra a boca e chupe agora – Minha raiva vai para o nível ultra-mega-power e eu me mantenho firme. Então ele enfia seu pau mais profundo em mim, suas estocadas intensificadas pela sua raiva pela minha teimosia meus lábios se separam em busca de ar. Nesse momento ele aproveita e enfia seu polegar pelo canto da minha boca sem diminuir em nada no meu núcleo – chupe como você chuparia meu pau – Puta-que-pariu! Foda-se o meu orgulho. Foda-se a sua arrogância, porque, definitivamente, ele pode ser o que ele quiser. Eu não posso odiá-lo porque ele não mentiu pra mim em nenhum momento desde que nos conhecemos. Ele está me dando o que eu preciso. Eu nem gozei ainda e posso dizer que essa é a melhor foda da minha vida. Eu chupo forte e em seguida deslizo minha língua em torno do seu dedo até que ele puxa da minha boca e desliza entre os nossos corpos. Com a outra mão ainda firme nos meus cabelos e as minhas costas apoiadas na parede, ele assiste meu rosto quando pressiona seu polegar recém-chupado e completamente umedecido contra o meu clitóris e desenha pequenos círculos enquanto seu comprimento entra e sai de mim ─ ele toma a minha boca com a sua, sua língua imitando seus movimentos no meu núcleo e eu chupo sua língua como se estivesse ordenhando seu pau. Eu ofego contra a sua boca quando o orgasmo se constrói no meu centro. Eu sinto meus dedos do pé se retorcerem e adormecerem enquanto a pressão cresce exponencialmente para logo em seguida explodir.

No ápice do meu prazer eu grito contra a sua boca e ele afasta seu rosto do meu para assistir meu orgasmo – Isso, olhe pra mim. – ele ordena e eu obedeço – Foda-se, você é gostosa pra caralho – ele diz antes de seu rosto se contorcer em agonia enquanto ele goza dentro de mim.

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