LIVRO 1 - CAPÍTULO 1.7

Nós estamos tão grudados um no outro que eu não consigo discernir qual batida é do seu ou do meu coração. Estamos ofegantes, lutando por um pouco de ar. Repentinamente ele ergue minhas costas da parede no alto da escada e, sem quebrar nossa conexão e numa posição engraçada, ele caminha ao redor do corrimão da escada, entrado por uma porta dupla de madeira branca. Nosso pequeno percurso com ele dentro de mim faz reacender o meu desejo. Meu Deus! O que esse homem fez comigo?

 Eu suspeito que tive o mesmo efeito sobre ele, pois eu o sinto ainda duro dentro de mim, não tanto como antes, mas ainda duro. Eu não vejo, mas apenas sinto a maciez dos lençóis quando ele me deita sobre a cama sem separar o seu corpo de meu. Nossos corpos estão quentes e suados. Ele afasta uma mecha dos meus fios loiros do meu rosto prendendo atrás da minha orelha.

─ Você é linda. Mas você fica bonita pra caralho toda suada e ruborizada deitada na minha cama. – Eu sinto seu pau pulsar dentro de mim, indicando que o jogo está recomeçando. – Vê o que esse vermelho no seu rosto faz pra mim. Eu ainda não tive o suficiente de você. – Eu não falo nada por que logo em seguida ele me beija, mas, honestamente, se ele não me beijasse, eu também não diria nada por que, o que há nada pra dizer? Eu não quero dizer e nem pensar, eu só quero sentir. Essa noite é sobre mim. Essa noite eu vou ter tudo que eu quero e mereço e tudo que ele quiser me dar e foda-se o pensamento coerente e o conservadorismo. Amanhã eu não vou ver mais esse homem e vou seguir com a minha vida. Tendo essa noite apenas como a maior e melhor loucura que eu já fiz na minha vida.

Eu sou arrancada dos meus pensamentos quando Hill se retira de mim e desliza com a sua boca pelo meu corpo – O que você está fazendo? Eu pergunto quando a sua boca passa direto pelo meu umbigo no sentido sul.

Ele continua até que a sua boca está quase lá, então ele fala, sua voz vibrando tão perto da minha boceta me fazendo estremecer – Eu estou tentando descobrir que gosto nós temos juntos – Porra! Isso é sujo certo? Isso é errado. Tem que ser, mas quando sua língua desliza pela minha fenda eu só posso advogar em causa própria e dizer como isso é certo. Ele lambe delicadamente a princípio, então ele chupa e eu me vejo erguendo meus quadris implorando por mais. Depois de me provocar um bocado, me levando até a borda inúmeras vezes, porém sem me dar o alívio que eu, desesperadamente, anseio, ele levanta um pouco seu olhar pra mim.

─ Acho que você quer algo de mim ─ Eu ergo meus quadris mais uma vez, mas ele se afasta – O que você quer?

Eu dou um grunhido frustrado – Não é óbvio?

Ele abaixa seu rosto um instante, mas sem tirar os olhos dos meus e literalmente me beija lá com uma reverência que ninguém nunca fez. Mas logo ele para – Eu quero que você me peça. – Eu mantenho meu olhar, mas balanço a cabeça negativamente. Eu não vou implorar por isso. Ele vê minha teimosia e enfia um único dedo dentro de mim, eu me contorço num apelo silencioso pra que ele me dê mais, mas ele retira logo em seguida – Vamos lá, você só tem que me pedir e eu vou dar pra você – Minha nossa, eu vou matá-lo – Diga, querida. Basta dizer: “Hill, eu quero gozar na sua boca”

─ Eu não vou implorar por isso. – Eu rosno pra ele com raiva.

─ Resposta errada, baby. ─ Ele me chupa novamente e eu estou quase lá. Oh, minha nossa, eu vou... eu estou quase... então ele se afasta.

─ Filho da puta – eu grito e ele ri.

─ Você é uma menina da boca suja, afinal. Se você continuar com isso eu vou foder essa sua boca suja e gozar na sua garganta até que você engula tudo de mim – Porra, ele não disse isso, disse? Eu posso ficar mais excitada do que eu já estou? Ele volta a me chupar e eu não posso suportar mais dessa tortura doce que ele está fazendo comigo. Então quando ele tenta puxar seus dedos de dentro de mim e sua língua diminui a pressão no meu clitóris eu lamento e enfio minhas mãos através dos seus cabelos despenteados, tentando fixá-lo lá onde eu preciso dele, ─ Oh, Deus, por favor Hill, deixe-me gozar na sua boca, por favor, por favor.

─ Isso, baby. Foda-se. Ele enfia dois dedos dentro de mim, enquanto chupa forte meu clitóris. Eu sinto a pressão se construir novamente, crescendo, crescendo, crescendo...

─ Oh Deus! Hill. – Eu não grito seu nome. Eu lamento, eu reverencio, eu clamo por ele num misto de agradecimento e clemência e quando eu penso que acabou e que eu não suporto absolutamente mais nada, ele me vira como se eu fosse uma boneca de pano e me põe de quatro sobre a sua cama e, tão logo eu estou de costas pra ele, tão rápido e brutalmente ele me penetra.

O aperto nos meus quadris é uma declaração de desejo desesperado misturado com posse. Ele me puxa contra si ao mesmo tempo em que empurra dentro de mim. Ele desliza um dos seus braços pela minha barriga me prendendo contra ele e a outra mão agarra um dos meus seios. Ele j**a o peso do seu corpo todo contra o meu, sua frente grudada nas minhas costas. Sua boca no meu pescoço chupando e dizendo coisas sujas.

─ Gostosa pra caralho. – Ele não disse, ele rosnou isso contra a minha pele – Oh, céus, foda-se. Você é tão apertada ─ Ele se apoia em seus joelhos novamente e me puxa contra ele. Descansando minhas costas eu seu peito. Ele mantém uma das mãos provocando meus seios e a outra desliza por entre as minhas dobras escorregadias – eu quero essa sua boceta apertando meu pau agora.

Não é um pedido, é uma ordem e meu corpo traidor apenas obedece a ele. Eu não tenho mais qualquer controle sobre o meu corpo, porque o meu corpo delegou a ele o meu prazer e eu estou refém dos seus comandos. Ele belisca um dos meus mamilos com força e, ao mesmo tempo que é doloroso, provoca um formigamento que irradia até o meu núcleo. Ele enfia seu pau initerruptamente em mim, enquanto provoca meu monte sensível com os seus dedos. Uma avalanche de sensações invade meu corpo concomitantemente e eu me sinto impotente. Ele percebe quão perto do limite eu estou. – Dê pra mim, baby.

─ Hill, por favor.

─ Isso, deixe vir.

─ Oh, meu Deus.

─ Isso, baby, foda-se.

Eu me desfaço sob seu comando e eu estou em um estado intermediário entre a languidez do meu corpo e a realidade. Eu apenas ouço Hill balbuciar coisas no meu ouvido enquanto ele se perde entre as ondas do meu orgasmo recente.

***

         Eu não acredito que eu dormi. Ou melhor, eu acredito que eu dormi, porque depois de tudo que fizemos eu precisava dormir e ficarei grata se eu puder pelo menos andar. Eu estou acordada, mas estou com medo de abrir os olhos e encontrar Hill acordado e olhando pra mim. Eu ouço sua respiração e ela é baixa, lenta e longa, então eu sei que ele ainda dorme. Isso me dá confiança para que eu abra os meus olhos.

Ainda está escuro lá fora. Eu posso ver através da brecha da cortina. Não há luz solar. Uma espiada para o relógio na mesa lateral me diz que são quatro horas da manhã. Em breve o sol vai aparecer e ele vai acordar. Eu preciso dar o fora daqui antes que eu tenha que encará-lo a luz do dia.

Ele... Eu olho para o estranho deitado ao meu lado. Ele está com o rosto voltado em minha direção, com o rosto apoiado sobre o seu braço. Os cabelos castanhos despenteados, seu peito subindo e descendo lentamente com a sua respiração tranquila. Eu vejo os pelos espalhados pelo seu peito e tenho vontade de passar meus dedos por eles. Mas, eu não posso fazer isso. Tenho que dar o fora daqui.

Cuidadosamente, eu saio da sua cama. O meu vestido que ele subiu a parte de baixo e desceu a parte de cima, está todo enrolado no meio do meu corpo e eu sinto um misto de diversão e constrangimento.

Porra! Eu fiz isso. Eu vim pra casa de um estranho e fiz sexo alucinante com ele à noite toda e eu tenho que dizer: Foi o melhor sexo da minha vida. Ele não mentiu quando disse que sabia exatamente do que eu precisava: força, intensidade, pressão... Porra! Sim, porra! Isso merece alguns palavrões. Mas, eu não posso vê-lo a luz do dia. Não depois de tudo. Eu tenho que sair daqui.

Eu escapulo pra fora do quarto e ajeito o meu vestido no corredor. Eu chego ao andar de baixo e pego minha bolsa no sofá e quase tenho um troço quando eu vejo minha calcinha rasgada no chão da grande sala. Eu caminho para recuperá-la, mas então, eu não vou vê-lo novamente, logo, eu acho que é uma provocação deixar minha calcinha rasgada para trás. Eu caminho para a saída e sigo apressadamente para longe da casa antes que ele venha atrás de mim. Espera um pouco. A quem eu estou enganando? Ele não virá atrás de mim. Ele foi muito claro: Uma noite, uma foda sem compromisso, sem relacionamento, nem cobranças, sem drama. Isso tem que ser apenas uma lembrança de uma noite de loucura.

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