74: Lembre-se

Olivia

Aquele beijo soou como uma rendição. Um alívio sufocante depois de meses de tensão e silêncio. Mas, ao mesmo tempo, havia algo destrutivo no gesto. Era como se Dante e eu estivéssemos nos agarrando aos últimos pedaços de uma coisa que já não sabíamos se havia conserto.

Quando nos afastamos, o mundo ao redor parecia mais frio. Ele permaneceu ali, perto, os dedos ainda tocando meu rosto, como se temesse que, ao soltar, tudo desaparecesse. E eu também sentia isso.

"Olivia," ele começou, a voz rouca, quase um sussurro. "Eu..."

"Não diga nada," interrompi, levando as mãos ao peito dele para criar um espaço entre nós. "Se disser qualquer coisa agora, vou acabar te odiando mais tarde."

Ele assentiu lentamente, mas o olhar em seus olhos era intenso demais para ignorar. Como se ele soubesse que isso estava longe de ser o fim.

"Eu só queria que você soubesse… " ele tentou novamente, mas balancei a cabeça, pedindo silêncio.

"Eu sei," menti, embora estivesse longe de saber qualquer coisa
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