Enquanto ela estava prestes a bater na porta daquela mansão, sentiu a necessidade de desistir e sair correndo com a mala na mão. No entanto, ela bateu sem pensar muito e em pouco tempo uma mulher jovem de olhos verdes recebeu a garota. Pelo uniforme, ela sabia que era a empregada, uma mulher muito gentil que teve o privilégio de conhecer antes durante suas visitas à casa, embora já fizesse muito tempo desde a última vez que foi lá, mas agora estava ali novamente com outra intenção, uma que a assustava pronunciar porque poderia ser interpretada como um abuso, mesmo que ela realmente precisasse da ajuda.
Na verdade, suas opções nunca se esgotaram, quando só havia uma e era essa, ir para casa, não, para a enorme mansão de Alicia e falar com ela sobre ficar por um tempo enquanto ela encontrava uma maneira de pagar por um quarto em outro lugar."Olá, como posso ajudar você? Mas entre, não fique aí parada", imediatamente a empregada se afastou. Ela já a conhecia."Você se lembra de mim?""Claro.""Obrigada."Ela sorriu um pouco."Bem, você é a amiga da Alicia, como eu poderia esquecer de você? Agora ela não está aqui, saiu, não sei se você estava procurando por ela, mas não acho que demore muito para voltar, foi uma saída rápida e inesperada. Em que posso ajudar você? Talvez o senhor possa atendê-la, ele está aqui no momento, não foi trabalhar", informou à jovem. Ela sentiu todo o seu corpo tremer ao ouvir que ele estava lá, não podia evitar sentir-se tão nervosa e aos poucos começou a perder a coragem com a qual chegou até ali.Ela já queria ir embora."Sim, você acha que posso falar com ele? Agradeceria muito", quase implorou.Não havia mais volta.Ela suspirou profundamente.A mulher concordou com um sorriso no rosto. A primeira vez que viu a garota, ela pareceu ser alguém boa e gentil, e desde aquele momento ela gostou muito dela. Então, ela faria esse favor para ela, além de sua intuição lhe dizer que algo estava errado e, assim que olhou para a mala, ela mais ou menos sabia o que estava acontecendo. Então ela a deixou lá. A empregada havia se retirado para informar ao patrão sobre a chegada da jovem, que precisava falar com ele, ela não sabia o motivo, mas algo lhe dizia que tinha algo a ver em passar alguns dias, ou mesmo um tempo lá.Ela chegou até a sala com sua mala e se sentou em uma otomana muito luxuosa que estava perto da lareira, então ela não demorou em imaginar algumas cenas envolvendo o dono de tudo aquilo. Ela o imaginou sentado ali perto do calor que emanava da bela lareira, que parecia saída de um filme, mas então o pensamento se tornou um pouco pervertido de uma forma que ela mesma não pôde suportar. Ela sacudiu a cabeça para tirar da mente todo aquele turbilhão escuro que já se abria como um pergaminho a seus pés.Não era correto e nem seria, mesmo vendo de outra perspectiva, porque em qualquer ângulo que se olhasse, não importava qual, era ruim pensar naquele homem de uma forma íntima. Ela começou a estudar ao seu redor como se nunca tivesse estado ali antes. A verdade é que nada havia mudado, e não é que fazia muito tempo que não visitava o lugar, ela só podia contabilizar que havia sido um ano e meio, talvez, desde sua última visita à mansão. Dentro do que podia ser notado, já havia algumas coisas diferentes, mas no geral tudo ainda estava muito bem conservado. Do maior ao menor, o luxo estava presente em cada canto e ela podia testemunhar isso com seus próprios olhos. Ela não conseguia parar de olhar e estudar tudo que a cercava. Ela ficava impressionada e de boca aberta diante da suntuosidade presente e da atmosfera surpreendente que se podia sentir. Isso também a fazia se sentir um pouco pequena e submissa.Ela respirou fundo e começou a digitar sem sentido em seu telefone celular. Só procurava se distrair de alguma forma e tudo que conseguiu foi usar seu aparelho tecnológico e começar a escrever uma mensagem direcionada a Alicia. Ela sabia que deveria ter recorrido a ela primeiro, mas não o fez dessa forma, em vez disso, foi diretamente ao pai e torcia para que tudo desse certo.Ela já estava tremendo como uma gelatina.Alicia: Oi, espero que esteja bem, você sabe que...Então, no texto que iria enviar, ela explicou o que estava acontecendo, contou pelo menos umas trinta linhas, mas isso ainda não era suficiente para expressar tudo o que queria dizer. Então ela decidiu que, assim que a visse pessoalmente, falaria novamente sobre tudo e esclareceria toda a situação de uma forma mais compreensível.Ela parou de usar o telefone quando ouviu uma voz profunda e alta, aquela voz masculina que causou um efeito intenso nela. Só de conhecer a familiaridade de seu tom de voz, ela já se sentia desequilibrada em um piscar de olhos e engoliu em seco. Ela já sentia o rubor profundo em suas bochechas, estava insegura e quase não conseguia respirar só de imaginar que estava a poucos minutos de conversar com Asthon, por quem ela não tinha muita confiança e, além da atração física, sentia medo de sua aparência dura e séria. E é que, todo o tempo em que o havia visto, ela o via como um homem temível. Infelizmente, isso não havia mudado, ela ainda o olhava daquela maneira tão profunda.Ela poderia ter certeza de uma coisa: foi um erro grave ir até aquela mansão.Mas ao estar sob seus poderosos olhos, esses olhos azuis tão lindos que te levavam ao céu com apenas um olhar, não queria parecer piegas, mas era assim que seu cérebro funcionava naquele momento. Vê-lo daquela forma a fazia suspirar por ele e sentir coisas que não deveria. Não era correto, não era de maneira alguma certo se sentir assim. Nunca em sua vida pensou que experimentaria esse sentimento tão profundo por um homem, e ainda mais pelo pai de sua amiga, alguém mais velho que ela. Sinceramente, embora não admitisse, ele poderia até ser seu pai. Mas o desejo queimava. Seus olhos, de repente, a timidez deixou de ser um problema e ela precisou apertar os músculos internos de suas pernas porque o desejo tinha ido para aquele lugar que precisava de um pouco de atenção. E ela sabia que era errado desejar esse tipo de contato com ele, simplesmente não podia se permitir. Mas já estava pensando demais, e às vezes não pensar era muito difícil quando se tinha o anseio cravado no ser.Já era
A única coisa que lhe preocupava era como sua filha podia levar as coisas, sabia que nunca Alicia ia permitir que seu pai estivesse com sua amiga. Ia ser um escândalo para ela e um golpe muito duro, mas pensar dessa forma era precipitar-se a um fato que nem sequer havia ocorrido. Mas ele se agarrava àquela festa em que viu a moça pela última vez, com aquele lindo vestido que a fazia parecer mais velha e muito mais madura do que era na realidade, com todo aquele cabelo caindo sobre seus ombros, o decote lindo em seu peito e seus olhos fixos nele. É que naquela noite Ele também não conseguiu tirar os olhos de cima dela, e ela menos, mas ninguém se disse nada a não ser um cruzamento de palavras que se limitaram a uma saudação inicial.Não era segredo para ele que ela estava interessada nele. E embora ele nunca tivesse dito isso a ela, ele podia perceber isso em seus olhos, e era a única coisa que, além de sua timidez absoluta, o convencia a ter a chance de estar com ela como ele queria t
Ficou tão quente com a presença daquele espécime de homem. Agora que falava com Alicia, não se afastava daquele sentimento um tanto lascivo, causando um monte de coisas nela. Dios Deus! Ardor e mais ardor, é o que ela sentia.- Sim, é verdade que vamos ficar juntas, mas não quero ser... Eu não quero causar aborrecimento. Eu só vou tentar vir dormir, Eu não quero incomodar ou ser um terço ruim em sua família-ele se atreveu a dizer honestamente. Um de seus maiores medos era esse, sobrar ou estar metida em uma família e não se sentir parte dela. Porque a realidade é que não era nem seria, não importa o carinho que esta lhe tinha.A única coisa que o preocupava era como sua filha poderia levar as coisas. Sabia que nunca Alicia ia permitir que seu pai estivesse com sua amiga, ia ser um escândalo para ela e um golpe muito duro. Mas pensar dessa forma era precipitar-se a um fato que nem sequer tinha acontecido, embora ele se agarrasse àquela festa em que viu a moça pela última vez com aquele
Ambos sabiam que deveriam parar, mas nenhum deles tomou a iniciativa de conter a situação. Só complicava as coisas tornando-se cada vez mais intensa, como a profundidade do mar. Embora você não poderia encontrar qualquer comparação suficiente com o que eles estavam fazendo. De repente, eles não podiam mais respirar bem e ela começou a ficar em cima dele, experimentando excessivamente a sensação viril sob suas calças, o que o deixou louco. Mas ele se continha, não queria causar um escândalo.Não importava que não houvesse mais ninguém presente, de qualquer forma aquele não era o lugar adequado para se expressar ou fazer coisas proibidas.Foi um milagre que ele pudesse detê-lo e finalmente ser capaz de dizer não a ele. Mesmo que depois tivesse que tomar um banho frio e se aliviar por si mesmo. No entanto, foi a decisão certa, na época não importava quantas vezes eu desejasse tê-la dessa maneira. Agora que ele podia tocá-la e senti-la, agora que eles estavam prestes a fazê-lo em sua cama
Não podia fazer mais do que concentrar-se na iguaria que se preparara, embora já não tivesse muito apetite. A vontade de comer tinha sido arrancada dele desde o momento em que ele se sentou lá. Eu não conseguia nem dar uma mordida sem perceber o quão nervosa eu estava. Mas ele se esforçou para agir normalmente e pegou o garfo e a faca certos para cortar um pedaço suculento de carne, que ele provou lentamente e, como que por mágica, voltou a sentir apetite. Felizmente, a falta de apetite já havia desaparecido e eu podia comer tranquilamente. Enquanto isso, sua amiga Alicia não parava de gemer e fazer comentários sobre a preparação, chegando a perguntar o que o prato parecia para ela. Hope só conseguiu acenar com a cabeça, pois tinha o olhar profundo do pai de sua amiga preso nela.- Sim, gosto muito, obrigado-respondeu.- É um prazer que seja do teu agrado. Aqui também aceitamos sugestões, nem sempre é comida caseira —interveio ele, olhando para ela, com um sorriso no rosto que parecia
- Desculpe, não quero que isto te faça parecer de outra maneira. Eu não sou essa pessoa... eu nem sei o que aconteceu comigo. Eu simplesmente perdi o controle. Mas eu... eu nunca quis que isso realmente acontecesse. Por favor, desculpe-me. Isso não está certo, não está certo.- Não te preocupes, sabes que a culpa é toda minha. Fui eu que te beijei. A verdade é que você está certo, foi um erro e não se repetirá. Mas não se sinta mal, Eu sou o único culpado.- Não é verdade, eu tenho toda a culpa por isto. Fui eu quem te beijou. Nem tente me fazer sentir menos culpado, porque não vai funcionar. Não acredito que fui capaz disto. Você que me deu onde morar e um teto sobre minha cabeça, além de comida... isso é simplesmente terrível. A Alicia é minha amiga e, por favor, não lhe digas nada disto.- Eu sei, eu sei como você se sente e não se preocupe que eu não vou dizer nada para Alicia. Isso é algo que ficará entre nós. Além disso, somos adultos e não precisa ser comentado com outra pessoa
A culpa não a abandonou, no entanto, aliviou-a tanto que, ao terminar a fita, já sentia suas pálpebras pesadas, o que não achou possível, pois pensou que teria que sofrer dessa insônia irritante. Não era daquelas com esse problema, a não ser que alguma confusão lhe acontecesse, tal como naquele dia. Em um estalar de dedos, ela já havia adormecido. Alicia não, porque estava acomodando um brinco da Universidade, do qual tarde se lembrou, e se sentiu uma péssima aluna. Não se revelou mais que um par de horas, diante daquela tela, apoiando o queixo em sua palma aberta que sobre a mesa lhe servia de apoio. Um parágrafo e depois dois, já não dava para mais, só de ver sua amiga tão placidamente Adormecida também lhe dava vontade de se acomodar ao lado e descansar. Bufou, não podia desistir, tinha que entregar isso cedo sim ou sim, não tinha mais opções. Tinha vontade de chorar. Como é que o esqueceu? Se esse projeto era tão importante para ela. Não podia acreditar-se assim tão irresponsável
Hope concordou em dormir com ela. Quando pensava que ia acordar, acariciava-lhe as costas para que voltasse a dormir. Ela ficou muito triste ao pensar que sua amiga estava sofrendo dessa maneira. Ele não imaginava como era perder uma mãe, embora soubesse no dia anterior que a sua já estava morta. Eles viveram em uma mentira o tempo todo, então eu não conseguia entender Alicia da mesma forma. Ele queria estar no lugar dela e acompanhá-la no luto, uma situação extremamente complexa que a fazia se sentir muito mal.Estava certa de que já ia amanhecer, o sol se esgueirava pelas persianas da sala. Abrindo os olhos, ela se viu em uma cama com lençóis de seda cinza, mas não a reconheceu imediatamente. Pouco a pouco, foi entendendo a realidade. Ela percebeu que Alice já havia acordado antes dela.Suspirou profundamente e teria preferido que Alice continuasse dormindo. Além disso, ela se sentia envergonhada por ter dormido na cama de Ashton, embora ele tivesse permitido isso a ela desde o iníc