Ambos sabiam que deveriam parar, mas nenhum deles tomou a iniciativa de conter a situação. Só complicava as coisas tornando-se cada vez mais intensa, como a profundidade do mar. Embora você não poderia encontrar qualquer comparação suficiente com o que eles estavam fazendo. De repente, eles não podiam mais respirar bem e ela começou a ficar em cima dele, experimentando excessivamente a sensação viril sob suas calças, o que o deixou louco. Mas ele se continha, não queria causar um escândalo.
Não importava que não houvesse mais ninguém presente, de qualquer forma aquele não era o lugar adequado para se expressar ou fazer coisas proibidas.Foi um milagre que ele pudesse detê-lo e finalmente ser capaz de dizer não a ele. Mesmo que depois tivesse que tomar um banho frio e se aliviar por si mesmo. No entanto, foi a decisão certa, na época não importava quantas vezes eu desejasse tê-la dessa maneira. Agora que ele podia tocá-la e senti-la, agora que eles estavam prestes a fazê-lo em sua cama, ele recuou e se sentiu idiota em parte, mas por outro lado, ele sabia que era o melhor. Um grande problema estava sendo poupado, em sua opinião.Depois de vários minutos em que ambos tentavam se recuperar do momento intenso, a jovem começou a se sentir muito arrependida pelo que aconteceu e ele só um pouco. Hope, a verdade é que eu estava com vontade de fugir ou enfiar a cabeça no subsolo, ou até gostaria que um enorme buraco se abrisse na terra e a engolisse viva. Ela não queria olhar nos olhos dele, permitir que isso a fizesse se sentir como qualquer um. Não apenas o arrependimento estava presente (não apenas pelo fato de ele ser mais velho e também o pai de sua amiga, e de alguma forma estar traindo Alicia), mas também não tinha ideia do que havia acontecido segundos antes na cozinha. Era a coisa certa a fazer para voltar para a sala, é claro, mas não sem antes se desculpar por aquele incidente.Ele estava olhando nos olhos dela, tremendo quando ela voltou para seu assento e testemunhou como ela cobriu o rosto, mostrando uma enorme vergonha que era perceptível em seu rosto avermelhado. Mas ele estendeu a mão e colocou-a nas costas, começou a acariciá-la lentamente, tentando fazê-la se sentir melhor. Esse era o seu objetivo, embora na época nada pudesse mudar as coisas. A jovem ainda sentia a necessidade de desaparecer de lá, e essa urgência era tão grande que era imensurável como ela se sentia. Nunca se sentiu assim tão mal.E não se sentia assim até aquele momento em que um beijo prestes a levá-los a algo mais mudou tudo.De alguma forma, ela estava retribuindo o favor e podia suspirar profundamente, mais convencida de que ela era uma verdadeira amiga em tempos de angústia.- Meninas, o jantar está pronto, acho que você não quer perder a deliciosa comida que foi preparada. Eles vão chupar os dedos de como tudo é rico-relatou a mulher docemente enquanto ambas se levantavam rapidamente. Uma mais que a outra, já que a jovem se sentia nervosa por voltar a ver o pai de sua amiga.Só de saber que ele estaria sob seus profundos olhos azuis, todo o seu corpo ficava nervoso. Mas devia disfarçar esse sentimento, esse sentimento, porque sua amiga o notaria. Ela sempre foi muito intuitiva com os meninos. Jamais esqueceria aquela vez em que gostava de um rapaz no Liceu, Alicia soube imediatamente que havia uma atração entre os dois e Hope nem sequer lhe tinha confessado. Por isso tinha que andar com mil olhos, devia fazê-lo se não queria que Alicia se desse conta dessa atração que surgia entre ambos. Pelo menos, ela sabia que era assim, porque não acreditava que um homem como ele pudesse se fixar em alguém como ela.Ele puxou - a para ir para a imensa sala, um lugar bastante espaçoso e moderno que ele se lembrou de ter visitado em várias ocasiões. Mesmo assim, não podia sentir-se familiarizada com tudo isso, muito menos ao encontrar-se sob a imponente figura do homem que encabeçava a mesa. Ele novamente fez o convite para sentar e começar a jantar. Hope sentou-se a cerca de três cadeiras dele, mas podia sentir a distância, nem um quilômetro seria suficiente para se sentir confortável novamente.Não podia fazer mais do que concentrar-se na iguaria que se preparara, embora já não tivesse muito apetite. A vontade de comer tinha sido arrancada dele desde o momento em que ele se sentou lá. Eu não conseguia nem dar uma mordida sem perceber o quão nervosa eu estava. Mas ele se esforçou para agir normalmente e pegou o garfo e a faca certos para cortar um pedaço suculento de carne, que ele provou lentamente e, como que por mágica, voltou a sentir apetite. Felizmente, a falta de apetite já havia desaparecido e eu podia comer tranquilamente. Enquanto isso, sua amiga Alicia não parava de gemer e fazer comentários sobre a preparação, chegando a perguntar o que o prato parecia para ela. Hope só conseguiu acenar com a cabeça, pois tinha o olhar profundo do pai de sua amiga preso nela.- Sim, gosto muito, obrigado-respondeu.- É um prazer que seja do teu agrado. Aqui também aceitamos sugestões, nem sempre é comida caseira —interveio ele, olhando para ela, com um sorriso no rosto que parecia
- Desculpe, não quero que isto te faça parecer de outra maneira. Eu não sou essa pessoa... eu nem sei o que aconteceu comigo. Eu simplesmente perdi o controle. Mas eu... eu nunca quis que isso realmente acontecesse. Por favor, desculpe-me. Isso não está certo, não está certo.- Não te preocupes, sabes que a culpa é toda minha. Fui eu que te beijei. A verdade é que você está certo, foi um erro e não se repetirá. Mas não se sinta mal, Eu sou o único culpado.- Não é verdade, eu tenho toda a culpa por isto. Fui eu quem te beijou. Nem tente me fazer sentir menos culpado, porque não vai funcionar. Não acredito que fui capaz disto. Você que me deu onde morar e um teto sobre minha cabeça, além de comida... isso é simplesmente terrível. A Alicia é minha amiga e, por favor, não lhe digas nada disto.- Eu sei, eu sei como você se sente e não se preocupe que eu não vou dizer nada para Alicia. Isso é algo que ficará entre nós. Além disso, somos adultos e não precisa ser comentado com outra pessoa
A culpa não a abandonou, no entanto, aliviou-a tanto que, ao terminar a fita, já sentia suas pálpebras pesadas, o que não achou possível, pois pensou que teria que sofrer dessa insônia irritante. Não era daquelas com esse problema, a não ser que alguma confusão lhe acontecesse, tal como naquele dia. Em um estalar de dedos, ela já havia adormecido. Alicia não, porque estava acomodando um brinco da Universidade, do qual tarde se lembrou, e se sentiu uma péssima aluna. Não se revelou mais que um par de horas, diante daquela tela, apoiando o queixo em sua palma aberta que sobre a mesa lhe servia de apoio. Um parágrafo e depois dois, já não dava para mais, só de ver sua amiga tão placidamente Adormecida também lhe dava vontade de se acomodar ao lado e descansar. Bufou, não podia desistir, tinha que entregar isso cedo sim ou sim, não tinha mais opções. Tinha vontade de chorar. Como é que o esqueceu? Se esse projeto era tão importante para ela. Não podia acreditar-se assim tão irresponsável
Hope concordou em dormir com ela. Quando pensava que ia acordar, acariciava-lhe as costas para que voltasse a dormir. Ela ficou muito triste ao pensar que sua amiga estava sofrendo dessa maneira. Ele não imaginava como era perder uma mãe, embora soubesse no dia anterior que a sua já estava morta. Eles viveram em uma mentira o tempo todo, então eu não conseguia entender Alicia da mesma forma. Ele queria estar no lugar dela e acompanhá-la no luto, uma situação extremamente complexa que a fazia se sentir muito mal.Estava certa de que já ia amanhecer, o sol se esgueirava pelas persianas da sala. Abrindo os olhos, ela se viu em uma cama com lençóis de seda cinza, mas não a reconheceu imediatamente. Pouco a pouco, foi entendendo a realidade. Ela percebeu que Alice já havia acordado antes dela.Suspirou profundamente e teria preferido que Alice continuasse dormindo. Além disso, ela se sentia envergonhada por ter dormido na cama de Ashton, embora ele tivesse permitido isso a ela desde o iníc
- Senhorita, por favor, abra a porta, bem... puede você pode passar? Devo limpar o quarto-ele ouviu a voz gentil de uma das empregadas, mas seu quarto estava limpo, então não havia por que fazer a limpeza naquele dia. Eu deixava-o saber.—Não, está tudo em ordem, na verdade, eu não fiquei aqui ontem à noite. Dormi com a Alicia. Então não há nada para fazer aqui. A propósito, sabes para onde foram os dois? Ou seja, estou ciente da situação, mas...- O Sr. Ashton está a tratar de todo o procedimento fúnebre. Eu não acho que eles voltem tão cedo e Alicia decidiu acompanhá-lo, embora ele tenha repetido para ela ficar. Mas ele queria se despedir de sua mãe, então ele permitiu. Isto tem sido tão difícil para a minha pobre menina, dói-me vê-la tão destroçada. Ele não merecia isso e acho que a senhora Sol deve ter pensado antes de agir dessa forma. Não sei como se suicidou. É terrível tudo o que aconteceu. Ele nem sequer pensou em sua própria filha que tanto a ama. Não, ele tirou a própria vi
Nesse mesmo dia, a moça se arranjou para ir trabalhar. Ele pediu ao céu que seu chefe não fosse um ogro mal-humorado e não estivesse de mau humor para entender seu atraso, embora às vezes ele não entendesse ninguém e rosnasse sem parar.Ela vestiu suas melhores roupas, penteou o cabelo e colocou um pouco de maquiagem. Ela não era tão assídua a ele, mas parecia tão pálida e emaciada que precisava da ajuda de alguns cosméticos para fazer um milagre com o rosto e ficar bonita. E sim, ele conseguiu.Sem perder mais tempo, ele partiu para o trabalho. Já eram quase 12 do Meio-dia de acordo com o relógio no pulso, embora pudesse verificar com a hora do telefone. Assim conseguiu confirmar que sim era essa hora, embora o clima na cidade de Nova York o fizesse parecer diferente. Por um momento ela pensou que era mais cedo, como ela estava errada.Graças ao dinheiro do pai de sua amiga, ela conseguiu pagar um táxi para a cafeteria onde trabalhava, seu novo emprego.A primeira a recebê-la com um
Teve que se desculpar com Penélope por não poder acompanhá-la a tomar aquela xícara de café e muito menos contar com o tempo para contar tudo o que aconteceu no dia anterior, além de que também não gostava da ideia de contar essas questões a ela, pois não eram apenas pessoais, mas também de Alicia. Portanto, não lhe concernia estar contando isso por ali. A mulher entendeu e logo se despediu dela antes de embarcar em um táxi para ir para casa. Por sua vez, a jovem atendeu ao telefonema que recebia do pai de sua amiga. Já não pensava no que aconteceu entre os dois na cozinha e talvez fosse porque a morte de Sol os tinha tomado de surpresa, então o beijo deixava de ser importante naquele momento.- Sr. Asthon...- Só o Asthon, por favor. Dónde onde estás agora?- Vou a caminho da mansão, precisa de alguma coisa?- Sim, a Alicia precisa de ti, eu tenho de fazer umas diligências, por isso ajudavas-me se ficasses com ela na mansão. Ela precisa da sua companhia como nunca antes; ela não paro
As duas ficaram conversando um pouco mais antes que a garota convencesse sua amiga de que ela deveria comer, mas ela se recusava categoricamente a almoçar. Dizia que não queria viver, que não tinha fome e que já não valia a pena existir; mas ela repetia-lhe uma e outra vez que a vida estava cheia de bolas curvas e tudo mudava na forma como as pessoas assumiam as mudanças de circunstâncias e esse momento ruim era um de muitos, mas sabia que a vida a ela augurava momentos bons que devia viver. Não era preciso desistir agora, mas lutar. Além disso, ela ainda tinha seu pai e ele também precisava de seu apoio e carinho e lembrou-lhe o quanto ela a amava. Acabaram chorando as duas juntas, movidas por uma avalanche de emoções e sensações dispersas em seus corações que já não podiam bater da mesma forma, nada era igual.- É que você não entende, mamãe era tudo para mim, não importa como ela tenha se comportado. Era uma parte importante da minha vida e agora que ela se foi, sinto muita falta d