Ecos do Passado

O silêncio do quarto do Rei era quase sufocante. As cortinas pesadas estavam entreabertas, deixando a luz do final da tarde se filtrar em feixes dourados sobre o chão de pedra polida. O cheiro discreto de ervas medicinais pairava no ar, vindo dos incensos deixados pelo curandeiro.

Eu não deveria estar ali.

Não naquele cômodo tão íntimo, tão carregado pela presença de um homem que, mesmo inconsciente, parecia dominar cada centímetro do espaço.

Mas algo me atraía para aquele lugar.

Talvez fosse a inquietação causada pelas palavras do sacerdote Félix. Ou, quem sabe, o simples fato de que, longe do olhar atento dos criados e conselheiros, eu pudesse finalmente pensar com clareza.

Deslizei os dedos pela superfície escura da escrivaninha próxima à janela. O móvel era impecável, organizado com precisão militar: papéis empilhados, tinteiros alinhados, um pequeno selo real repousando sobre um pergaminho incompleto.

Meu olhar caiu sobre uma gaveta entreaberta.

Hesitei por um instante.

Mas a cur
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