Quem é o culpado?

A noite se arrastava lenta, sufocante. O castelo estava mergulhado no silêncio, interrompido apenas pelo ocasional uivo do vento contra as janelas. Eu não conseguia me afastar do quarto de Kael. Algo dentro de mim me impedia de deixá-lo sozinho.

Os curandeiros vinham e iam, carregando ervas, poções e compressas. Nenhum deles parecia otimista. A febre persistia, os ferimentos estavam infectados, e ele sequer acordava.

Fiquei de pé ao lado da cama, observando-o. Seu rosto, sempre marcado por uma imponência inquebrantável, agora parecia frágil. A cada respiração pesada, meu peito apertava mais.

"Você precisa lutar, Kael", sussurrei, minha voz embargada. "Não pode morrer assim."

Ele não reagiu.

Minha garganta ficou seca, e meus olhos começaram a arder.

Por que isso estava me afetando tanto?

Eu deveria me importar? Esse homem era apenas o meio para minha sobrevivência, minha proteção… minha vingança. E ainda assim, a mera ideia de perdê-lo fazia algo dentro de mim desmoronar.

Fechei os olh
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