Atualmente..
Engolindo seco, Clara sentia que não conseguiria conter as lágrimas por muito tempo. Quase que ela não acreditava na história de Nathan... Como assim, ele não queria sair do quarto sem ela? Como assim, sua ida fez com que os irmãos Zenford voltassem a se falar?
— Você falou que me amava na frente de meu Pai ? — viu-o soltar um sorrisinho envergonhado e assentir e desviou o olhar para fora do carro. — Como você pode me amar?
— Ora, amando! — ele sentou-se ao seu lado e pegou suas mãos. — Clara , acho que só consegui esquecer o sofrimento que Helena me fez passar graças a você. Seu jeito tímido, seu sorriso, suas bochechas frequentemente avermelhadas, seus carinhos divinos — riu e sentiu sua mão ser levada para o rosto másculo dele. —, tudo, em você, é encantador demais, vic
Ele mordeu seu lóbulo, o que a fez estremecer, e começou a descer os lábios para seu pescoço em beijos molhados. As mãos másculas subiram por suas costas e tatearam até achar o zíper, descendo-o devagar. Foi impossível não ficar vermelha quando ficou apenas de roupas íntimas para Nathan... Mais uma vez. O sutiã branco era tomara-que-caia rendado que deixava seus seios fartos espremidos a ponto de quase pularem para fora da peça, a calcinha era de renda, da mesma cor e grossa nas laterais (afinal, trata-se da Clara, a timidez em pessoa ou deveria ser...), a meia sete oitavas estava ligada à cinta-liga, dando aquele ar de sensualidade e graça. A morena ficou ainda mais corada ao ver que o Zenford não parava de encará-la com aquele olhar safado dele. — N-Nathan — chamou-o e desviou o olhar para o chão. Uma das mãos dele foi para seu queixo e puxou-o para cima, forçando-a a encará-lo. — Como você consegue ficar mais perfeita do que já é? — o sorriso
Mais um dia. Mais um dia chegava ao fim e nenhuma ligação, nenhuma! Talvez não tivesse sido uma boa ideia morar em um apartamento tão grande e sozinha... A culpa, na verdade, era de seu pai, que tirou todo o dinheiro de sua poupança de um dia para o outro, sem deixar um único centavo para sua sobrevivência. “Sério que você achava que ele iria ajudar?”, perguntou-se e revirou os olhos com seu pensamento irônico.Suspirando e apoiando-se com as duas mãos à mesa, Clara Dunsley fitava fixamente a chuva descer pela janela e ficou assim, tentando ignorar os próprios pensamentos, algo impossível em seu atual estado. Em dois dias, ela teria que pagar o aluguel do apartamento e seu dinheiro não chegava nem a metade da quantia total. Na verdade, chegava exatamente ao meio, porém isso significaria ficar sem comida na geladeira.Ah, como ela sentia raiva de seu
— Calma! — viu-o sair do quarto e voltar minutos depois com um embrulho lilás com detalhes brancos. — Feliz “três anos de amizade”!Clara riu e o rapaz sentou-se na cama novamente, sorridente. A Dunsley saiu da cama e, quando viu que ele iria reclamar, colocou o indicador na boca do amigo, deixando em silêncio. Em seguida, foi para seu closet e esticou-se para pegar na prateleira de cima o presente do melhor amigo. Voltando, riu da expressão de surpresa dele e sentou-se de frente para o mesmo, colocando o presente sobre as pernas cruzadas.— Pensou que só você compraria, é?— Claro, você vive esquecendo o meu aniversário — apontou Nathan e ela corou.— Foi só uma vez e mal nos conhecíamos! — rebateu e bufou, entregando o embrulho alaranjado. — Feliz “três anos de amizade”, Nathan.Ele entregou
Quando abriu os olhos, Clara estranhava estar no quarto de Nathan, principalmente todo escuro. Sim, ela já havia estado lá e, sim, ela já havia dormido ali, contudo, não se lembrava de ter ido para lá. Ouviu a porta de o banheiro ser aberta e fechou os olhos rapidamente, ouvindo passos leves e um suspiro ao seu lado da cama. Sentiu os lábios de alguém sobre sua testa e, na hora, soube que era Nathan, por isso abriu os olhos. Viu-o sorrir sem mostrar os dentes e foi para o outro lado da cama, deitando-se e apoiando-se contra a cabeceira desta.Foi durante os minutos de silêncio que eles tiveram que se lembrou dos últimos momentos antes do desmaio: a chegada de sete estranhos em sua casa, um desses estranhos chamou-a de prostituta e, para protegê-la, seu amigo gay falou que ela era sua namorada. Ah, e também que esse mesmo amigo, que deveria gostar de homens, deu-lhe um selinho.— Nathan&nbs
Alguns dias atrásNo último domingo antes de voltar para as faculdades, Clara sentiu-se totalmente indisposta para sair com os amigos de Nathan. Na noite passada, eles foram para uma balada noturna e, quando Nataly e Jonas saíram para dançar e Nathan e Alan foram comprar as bebidas, Anastacia e Helena ficaram conversando e falando mal dela de forma maldosa, como se ela não estivesse por ali. Ouviu que seu corpo era feio, sua carinha de santa era falsa, seu vestido era de mau gosto. Após a volta do “namorado”, ela encolheu-se nele e ficou a noite toda em silêncio. Mais legal foi que, quando voltaram para casa, Nathan nem perguntou se havia algo errado; só beijou sua testa e foi dormir.Por isso, quando ele chamou-a para ir a um restaurante, recusou educada e falou a desculpa que mais funcionava com as mulheres: cólica menstrual.Encolhida no sofá, comia um hambúrguer que Loren
No shopping, um grupo de amigos andava lentamente, observando as lojas, após terem saído da sala do cinema e todos estavam extremamente animados, comentando o filme recém-visto... Bem, todos, menos um rapaz.Com as mãos nos bolsos da calça jeans, Nathan não sabia se deveria sentir-se irritado ou preocupado com Clara. Irritado, pois ela o deixara sem ao menos se despedir e pediu para Nataly passar que estava indo para a casa de uma amiga, Tamara; preocupado, pois a rosada havia reparado que, quando se esbarraram, a outra estava pálida e muito abalada...Será que havia ocorrido algo? E, se tivesse, por que não foi falar com ele? Após a amiga ter sussurrado isso ao sentar-se no lugar da “namorada”, o filme perdera toda a graça e só não foi atrás dela por causa dos amigos que logo voltariam para Los Angeles.— Nathan — chamou Nataly e levantou o
Alguns anos atrás...O pequeno anel era reluzente e de ouro branco, o metal que a namorada mais gostava. Girando-o entre os dedos, Nathan tinha um sorriso sonhador no rosto só de pensar qual seria a reação de Helena com o pedido. E quando colocasse o anel no dedo dela? Seria a expressão que mais marcaria sua vida.— Nada vai me impedir de ficar com você, Helena — sussurrou confiante e seguiu para casa. — Nada, nem ninguém!Já havia pedido para os pais dela e eles relutaram um pouco, afinal, ambos tinham apenas dezoito anos, muitas situações ainda os aguardavam. Mesmo com essa relutância, o jovem mostrou todo o seu amor pela namorada e os pais dela acabaram por ceder. Também comentou com seus pais e eles tiveram a mesma reação.O seu pedido seria no dia seguinte, dia que a formatura deles acontece
O barulho do copo sendo colocado com força no balcão era nada comparado à música que fazia o seu tímpano zunir. Sorrindo para o barman, pediu outra bebida que já havia esquecido o nome e, para sua felicidade, o rapazinho sabia de qual se tratava, enchendo o seu copo novamente.— A senhorita não bebeu demais? — perguntou-a e, pelo tom de voz, ele deveria estar preocupado.Algo que uma Clara bêbada nem notou.— Q-que naaada! — riu da expressão séria do moço e bebeu mais um pouco de sua bebida. — Não se preocupe... Sou grandinha para beber!— Não é o que parece... — o barman suspirou e foi atender outro cliente, visto que aquela ali não tinha jeito.Olhou ao redor e achou uma boa ideia dançar na pista de dança, seguindo cambaleante até esta. A música era eletrônica, ou seja,