O Homem da Minha Vida Parecia uma história de contos de fadas, um príncipe rico, poderoso e uma princesa linda e sonhadora! Mas, como em todos contos de fadas, havia um inimigo capaz de esmagar quem ameaçasse os seus planos.""Antonio Queiroz era conhecido pela frieza nos negócios e o seu filho primogênito era parte do seus planos para que os negócios prosperassem.""Mel, não era o tipo de moça que ele esperava entrar na família, e estava sempre mandando seguranças seguirem os passos de Rodolpho, que por sua vez, estava longe de se apaixonar por alguém e vivia só para o trabalho nas Usinas de Cana de Açúcar, apesar de muito jovem.""Mas naquela noite, especialmente, o destino traçou um caminho para que o seu filho perfeito, agora frio, preparado por ele, cruzasse o caminho de uma bela jovem, que apesar de muito humilde, não via distância para o amor e sonhava encontrar um príncipe e dizia sempre que lutaria por ele até a morte! E por falar em morte, nenhum obstáculo a faria desistir,
O Homem da Minha VidaA música ao vivo voltou a soar e os casais se achegaram novamente. Mel viu as amigas saírem para dançar e procurou por Rodolpho, mas ele não estava mais na mesa com a irmã. Sentiu-se triste e caminhou em direção ao mar.Podia ver as espumas que as ondas provocavam e seu coração se acalmou. Aquele era o seu lugar. Sempre viveu ali, naquela cidade pacata, onde todos se conheciam e o céu estrelado que emoldurava aquela paisagem, era o céu do Rio Grande do Norte, e aquela era uma praia conhecida pelas águas cristalinas, um paraíso do nordeste brasileiro. Aquele estado era rico em beleza natural. As praias se estendiam por todo o seu território, mas ele era também conhecido por sua grande plantação de cana de açúcar e era aí que entrava o famoso empresário Antônio Queiroz, o pai de Rodolpho. Ele morava na cidade vizinha, que também não era muito grande e não era banhada pelo mar, mas gostava de viver na cidade onde cresceu e a sua casa era a maior e parecia uma forta
O Homem da Minha VidaMel estava trêmula por trás de uns arbustos e não percebeu quando Rodolpho se aproximou por trás. Ela se virou já sentindo a respiração forte no seu pescoço e se atirou nos seus braços num misto de medo e desejo.Se beijaram longamente e Rodolpho se controlou para não lhe assustar. As suas mãos comportadas seguravam a cintura fina de Mel enquanto ela acariciava o rosto dele. O toque dos seus dedos delicados era como um calmante para o seu desejo. Ela era diferente, não iria se entregar tão fácil. Rodolpho sorriu quando ela se afastou com olhar de menina. Era tão meiga e ingênua, pensava se a merecia. Na sua cidade, já se envolveu com metade das moças e a sua fama não era das melhores, ele imaginava. Começava a pensar em como eram diferentes e ao mesmo tempo se encaixavam de forma tão harmônica. Aquela menina simples de olhar doce e puro era uma jóia e não sabia como agir diante dela. Sempre foi tão simples para ele as coisas. Queria alguém, ia lá e era só este
O Homem da Minha Vida José de Aquino voltou a se acalmar depois de ver que a filha dormia como um anjo, pelo menos era o que parecia. — Vou mandar os imprestáveis dos seus filhos ficarem de olho nela!— José disse isso indo na direção do seu quarto, seguido por Helena que caminhava olhando para trás pensando em Mel. "Como a filha se recolheu debaixo dos lençóis tão rápido?" Mel se sentou na cama sorrindo aliviada. Tinha algo de menina peralta que aflorava toda vez que pensava em enganar o carrasco do seu pai. Ela se levantou e ficou diante do espelho se admirando. Suspirava pensando em Rodolpho, o seu primeiro amor! Prometeu amá-lo para sempre e não deixar que ninguém os separasse. Depois voltou a deitar-se e adormeceu. A menina sonhadora, que vivia com a cabeça nas nuvens, acreditava estar vivendo aquele amor inesquecível, aquele que atravessa a barreira do tempo e parece intacto! Quantas pessoas guardam uma história assim e ficam remoendo, pensando no que deu errado ou no q
O Homem da Minha VidaO percurso entre as duas cidades não era longo, mas Rodolpho estava ansioso por encontrar Mel.Joel fez a viagem em silêncio. Vez ou outra, lançava um olhar de curiosidade para o patrão. Enfim chegaram. Joel ficou logo no começo da orla marítima e Rodolfo seguiu para o local combinado com Mel.Ela esperava ansiosa ao lado das amigas. Ele parou o carro e ela correu para encontrá-lo. Nice e Iara ficaram de braços cruzados observando de longe, encostadas numa mureta do quiosquebar.Ela se inclinou quando Rodolpho baixou o vidro do carro. — Entra aí! — ele disse baixando os óculos de sol. Mel o achou ainda mais lindo. Os olhos escuros dele brilhavam ainda mais com o reflexo solar.Ela sorriu animada e disse se afastando do carro: — De jeito nenhum! Adoro andar! Quero pôr os pés na areia! Sai logo desse carro!Rodolpho não gostou muito da sua negativa, mas estava tão empolgado, que encostou o carro e foi ao seu encontro sorrindo. Durante o percurso, tirou a cam
O Homem da Minha Vida Mel e Rodolfo fugiam dos olhos vigilantes dos irmãos. Eles eram cinco e estavam espalhados pela orla marítima, mas eles tinham uma fraqueza, estavam sempre atrás de um rabo de saia.Tito era o mais velho e vivia às escondidas com Iara, viviam num relacionamento cheio de idas e vindas. — Entra no meu carro, Mel, por favor!— Rodolpho implorava.Mel apenas negava com a cabeça.Ele já estava impaciente segurando a porta do carro e sem pensar, bateu a porta. Só nesse momento, se deu conta de que deixou a chave na ignição e a porta travou.Mel percebeu na hora e elevou as mãos à boca.Rodolpho colocou as mãos na cabeça desesperado. Olhou em volta procurando socorro e viu Joel se aproximando ansioso.Rodolpho suspirou aliviado e começou a falar, enquanto via o homem vindo na sua direção em passos largos: — Joel, me ajuda! Deixei a chave dentro do carro! A porta travou!Joel caminhou curioso em volta do carro, enquanto Nice observava ao longe. Ela tentava assimilar
O Homem da Minha Vida Os beijos de Rodolpho eram quentes e Mel sentiu um calor percorrer todo o seu corpo. A pele dele parecia colada na sua e ela tinha a impressão de estar despida também. — Rodolpho… — Mel…Apenas suspiros e as mãos do príncipe exploravam o corpo da princesa sem resistência, vencida. Mel teve a impressão de ouvir a voz estridente do pai à gritar:" Se der um erro, é rua! Coloco pra fora de casa! Não quero filha minha falada aqui dentro! Ela se afastou com os olhos arregalados e cobriu os seios com as mãos. — Não sou como as moças do seu convívio!— ela dizia enquanto abotoava o vestido leve estampado que vestia sobre o biquíni.Rodolpho ouviu passos se aproximando e se enrolou rapidamente com um lençol que cobria o colchão de uma das camas. Era o quarto dos cinco irmãos e haviam muitas roupas espalhadas também.Mel cruzou os braços assustada e ficou encostada na parede atrás da porta.Helena colocou a cabeça para dentro do quarto e disse simpática: — Es
O Homem da Minha Vida Rodolpho baixou a cabeça sobre a mesa, desanimado. — Detesto ver minha mãe sofrer sem poder fazer nada!— ele disse com voz sofrida.Antonio suspirou e se ajeitou para começar a almoçar, quando os dois filhos mais novos chegaram sorridentes. — E aí preferido? Eu vi você todo apaixonado lá na praia!— disse Roberto brincalhão.Rodolpho ergueu os olhos preguiçosamente para o irmão caçula, mas não disse nada. — Que garota bonita, hein?— comentou Ronaldo, o do meio.Os irmãos de Rodolpho eram muito diferentes dele. Se pareciam mais com a mãe. Eram mais encorpados e se vestiram de forma desleixada. Rodolpho parecia um príncipe. Andava sempre muito elefante. Era fino no trato com as pessoas e chamava muito a atenção por onde andava.Antonio lhe dava mais atenção e fazia questão que ele andasse com seguranças e quando ele teimava em sair sem, ele mandava Joel segui-lo sem que ele percebesse. Antonio encarava os dois filhos mais novos com ar de reprovação.Eles pe