O Homem da Minha Vida Nos dias que se seguiram, Mel não viu Rodolpho e era obrigada a ouvir piadas dos irmãos, enquanto ficava pensativa deitada na rede do terraço na frente da sua casa. — Cadê o filho do doutor Antônio Queiroz? Se arrependeu de falar com o pai? Não quer mais namorar a moça pobre?— Era Tito, que parecia um chefe de gangster, andava sempre acompanhado do irmão Celso e logo atrás vinha os outros Joaquim e Jonas. — O pai nem gostou que o play boy estivesse aqui!— disse Celso com olhar desafiador. Mel sacudiu a cabeça e deu de ombros, os ignorando. O que estava doendo mesmo, era o fato de Rodolpho ter sumido. Ela sabia que era diferente das moças daquele lugar. Parecia ter medo de homem, mas com o pai que tinha e os irmãos a lhe perseguir, de que outro jeito poderia ser? Pensava que Rodolpho a tinha esquecido. Voltou à realidade quando ouviu a voz de Dino, seu irmão querido. — Não liga para eles, Mel, você vai vê como o seu namorado vai voltar!— ele disse se senta
O Homem da Minha Vida Mel chegou em casa feliz. Agora podia sonhar com o seu príncipe. Tinha certeza que a amiga iria convencer o seu irmão. E ela não estava errada. Iara esperava por Tito no dia seguinte na porta de sua casa quando ele chegou cansado e suado do trabalho. Tito trabalhava com o irmão Celso no plantio de cana de açúcar numa fazenda que fornecia cana e o pai na Usina que também ficava nos arredores da cidade.Os olhos dele brilharam ao ver Iara encostada na mureta do terraço da sua casa. Iara usava um short bem curto, branco cheio de detalhes bordados e uma blusa preta colada ao corpo. Tito já foi logo lhe agarrando pela cintura e lhe beijando, deixando Iara sem fôlego. Ele estava sujo, o uniforme amassado, mas ela gostava desse jeito atrevido dele.Celso vinha logo atrás, passando a mão na testa para espalhar o suor e olhou sério para Iara. Ele sempre falava para Tito que ela só ficava com ele quando não tinha outra opção. Ele achava Iara atirada e também não gos
O Homem da Minha Vida Mel estava se arrumando. Helena entrou no quarto e se surpreendeu ao ver a filha. — Meu Deus, Mel! Você parece uma princesa!— ela exclamou segurando o rosto com as mãos.Mel se virou sorrindo. Os cabelos longos formavam cachos negros e brilhantes e a maquiagem suave e delicada, realçada a sua beleza. Os olhos pretos brilhavam sob uma sombra de cor verde bem clara e os cílios alongados lhe dava um olhar penetrante. Mel segurava um batom na mão e indagava sorridente: — Acha que Rodolpho vai gostar, mãe? Vai me achar bonita!Helena estava emocionada. Nem na festa de formatura do segundo grau, tinha visto a filha tão bonita!Ela suspirou e respondeu: — Qualquer homem do mundo vai lhe achar bonita, filha!Neste momento, Iara entrou vestindo um vestido azul claro e parou para admirar a amiga. — Meu Deus, Mel, como você está linda!— Iara disse tocando o vestido da amiga.O vestido de Mel era rosa com detalhes brilhantes por toda a saia rodada. Ele tinha um dec
O Homem da Minha Vida Quando a música parou, Rodolpho não soltou as mãos de Mel. Ele sorriu e disse inclinando-se para ela: — Não vou te largar nunca mais!Mel se deixou levar sorrindo, se sentindo importante, pois as moças finas daquele baile, lhe olhava com ar de inveja. Para sua surpresa, Rodolpho a levou até a mesa onde estava os seus pais. Arminda se levantou sorrindo e foi abraçar Mel. — Que moça linda, meu filho!— ela dizia olhando para Rodolpho, que se sentia envaidecido. Antônio apenas inclinou a cabeça cumprimentando cordialmente a suposta namorada do filho. — Mel mora na cidade vizinha.— Rodolpho disse empolgado. Antônio fez um ar de desdém e disse: — Sei, praieira!Mel franziu a testa e ficou confusa. — Mel faz faculdade e o pai dela trabalha na sua Usina — Rodolpho disse reprovando o pai. Ele sabia que o pai pensava, do seu jeito torto, que as pessoas que moravam no litoral não faziam nada da vida. Antônio deu de ombros, demonstrando que aquilo não fazia
O Homem da Minha Vida Antônio chamou Joel de canto e disse: — Não descuide do meu filho! Se essa aproveitadora der o golpe da barriga, você será o culpado.Joel estremeceu. A sua responsabilidade aumentou. Difícil seria separar o patrãozinho daquela moça bonita que mais parecia uma princesa. Ele saiu atrás de uma baixinha linda que possivelmente iria ajudá-lo. — Não fale comigo, Joel! Você escondeu de mim que conhece o Rodolpho!— Nice se esquivava das mãos do rapaz que tentava puxá-la para dançar. Joel insistia na intenção de deixar uma dúvida na cabeça de Nice: — Eu não sabia que falávamos da mesma pessoa! Como eu ia imaginar que o seu Rodolpho iria se interessar por uma moça humilde como a sua amiga! Precisa vê as moças que saem com ele!A moça parou de se debater, olhou assustada para Joel e começou a falar: — Como é que é Joel? Está me dizendo que o Rodolpho nunca namoraria a Mel? Acredita que ele a está iludindo?Joel riu no canto dos lábios. Conseguiu plantar a semen
O Homem da Minha Vida Rodolpho e Mel estavam no carro, no escuro, mesmo sem poder ser vistos, viram Tito gritando, chamando pela irmã e Iara puxando-lhe pela mão, o reprovando. Eles ficaram quietos, até verem que o rapaz desistiu.Rodolpho virou-se para Mel sussurrando feliz: — Quase fizemos amor! Você queria se entregar para mim!Mel olhou assustada para ele e o empurrou para fora do carro. — Mel, pare…— ele reclamou saindo fora carro. — Isso não vai mais acontecer! — ela disse já de pé, olhando-o ofegante. Rodolpho meneou a cabeça angustiado. — Por que me rejeita assim? Não veio aqui para me vê?— ele falava impaciente. Mel começou a chorar e se debater, no momento em que Rodolpho a abraçou. Não conseguia resistir a ele, mas para ele sexo era coisa normal e para ela, era quase um pecado antes do casamento. Saiu correndo e deixou o rapaz desolado. Encontrou Tito lhe procurando no salão. — Mel, onde você estava? Eu te procurei muito!— ele disse desesperado. — Não
O Homem da Minha Vida Rodolpho virou-se para a moça que se abraçava a ele. Ela tremia muito.Ele suspirou e olhou para Joel, que permanecia parado, esperando uma ordem.Rodolpho começou a passar as ordens: — Venha, Joel! Leve Carolina para casa! Já é tarde para ela dirigir sozinha. Deixe o carro dela aí. Amanhã daremos um jeito de devolvê-lo. Quando Joel se aproximou, Carolina se agarrou a Rodolpho desesperada. — Não, não posso chegar em casa desse jeito! Estou em choque com o que aconteceu!— ela falava com voz trêmula. — O que aconteceu, patrão!— Joel quis saber. — Nada, não aconteceu nada!— Carolina gritou.Rodolpho suspirou com a mão na cabeça e saiu para dentro da casa, levando a moça consigo. Joel ficou de braços cruzados, sorrindo zombeteiro e disse para si mesmo: — É, o doutor Antônio sempre consegue o que quer! Saiu melhor do quê encomenda!Rodolpho entrou na casa e viu o pai descendo as escadas nervoso. — Filho, o que aconteceu? Estava sendo seguido?— ele F
O Homem da Minha Vida No dia seguinte, Rodolpho levantou-se animado pois não via a hora de ver Mel. Estava decidido a falar com o pai dela.Para a sua surpresa, Carolina tomava café com os seus pais. Ela o olhava diferente, mas tinha um brilho que o fez recordar subitamente o que fizeram a noite.Ele se sacudiu e avançou para se sentar cumprimentando a todos sorridentes. — Hum, parece feliz! A noite foi boa!— Antônio disse malicioso, olhando para Carolina. Arminda não gostou nem um pouco da indireta e fechou o semblante. Rodolpho nem se tocou que o pai se referia a visita e foi dizendo: — Hoje vou falar com o pai de Mel! Vou pedir-lhe permissão para lhe namorar.Antônio e Carolina se entreolharam boquiabertos. — Antes leve Carolina em casa— Antônio disse descansando os talheres na mesa. Arminda percebeu sua irritação e resolveu provocá-lo dizendo: — Não! Joel leva a moça. Meu filho tem um compromisso.Rodolpho sorriu concordando. Quando Rodolpho terminou de tomar café e saiu