UMA PEQUENA GEOGRAFIA DA CIDADE

GEOLOGIA

Na margem esquerda do rio Madeira, no extremo noroeste do Estado - na região do município de Porto Velho, ocorrem afloramentos de quartzitos associados a filitos, que fazem parte da formação Mutum-Paraná.

Os sedimentos formados por arcos e conglomerados, que formam a formação Palmeiral, apresentam uma faixa Leste-Oeste, entre Mutum-Paraná e o rio Candeias.

As rochas do embasamento foram submetidas a abundantes movimentos diaclassificados e foram responsáveis ​​pela adaptação de diversos cursos d'água a essas linhas de fraturas e falhas, resultando na presença de níveis de bases locais que favorecem a formação de cachoeiras, como a do Teotônio, no rio Madeira e Samuel, no Jamari no meio de uma área granítica.

Segundo Gross Braun, a extensão do vale do rio Madeira, que vai da cidade de Porto Velho até a cidade de Jaciparaná, repousa sobre terrenos sedimentares e não sobre subsolo. Em áreas muito grandes, verifica-se a presença de material laterítico. Este material de formação recente (terciário ou quaternário) ocorre indiferentemente sob a floresta amazônica e sob o cerrado.

Em algumas áreas, como no Bairro Caiari em Porto Velho, a laterização atinge um estado muito avançado e é muito espessa. Em outras, como ao longo da BR-364, tanto no trecho Porto Velho-Abunã quanto no trecho Porto Velho-Ariquemes, a laterita é encontrada na forma de "cascalhos" limoníticos de natureza conceitual. Em alguns pontos do primeiro trecho, esses "cascalhos" são frequentes, às vezes apresentando blocos de conceitos bastante grandes com alvéolos preenchidos por anéis.

No trecho Porto Velho-Ariquemes, as “britas” se repetem com as mesmas características, mas já sem a mesma frequência. De Ariquemes, esses cascalhos são substituídos por afloramentos de embasamento.

As intrusões graníticas em Rondônia foram de grande importância econômica para a região, pois a presença de depósitos de cassiterita está intimamente relacionada a eles. O intenso diaclasamento das rochas deu origem ao aparecimento de filão afetado à massa granítica.

A cassiterita ocorre em veios quartzosos e, portanto, não é um de seus constituintes. Nessas veias, às vezes são encontrados gnaisse e peracidito. A cassiterita estadual tem a vantagem de ser rica em estanho e associada à ilmenita, magnética e zinco, minerais de fácil separação.

GEOMORFOLOGIA

A planície amazônica é caracterizada por terrenos achatados, atribuídos ao Cenozóico, constituídos por sedimentos argilo-arenosos, em sua parte mais superficial, e de material mais argiloso, a certa profundidade devido ao alagamento.

O aparecimento de afloramentos marca a presença do embasamento cristalino, que ocorre a montante de Porto Velho, na cachoeira de Santo Antônio, seguindo pelo Estado até quase Angustura, no rio Jiparaná, onde começam as corredeiras.

O Madeira disseca a formação pianocêntrica, por vezes abrigando margens com cerca de 5 metros de altura, como as que ocorrem na sua margem direita, nas proximidades de Porto Velho.

Esses terrenos formando barreiras, são mal consolidados, argilosos, enferrujados e erodidos, fornecendo material a ser transportado pelas águas, constituindo depósitos correlacionados às sucessivas ondas de erosão a que a área está sujeita.

É frequente, na área do Estado, a formação de crostas lateríticas, que evoluíram a partir de nódulos e posteriormente geraram blocos devido à sua fragmentação.

CLIMA

Porto Velho, localizado na planície, 105 metros acima do nível do mar, no bairro de Caiari.

Ao longo do ano, ventos de NE do anticiclone tropical dos Açores e E do anticiclone tropical do Atlântico Sul.

Nos níveis mais baixos da troposfera, o acúmulo de tais correntes forma duas ou mais células anticiclônicas ou dorsais que, juntamente com as depressões alongadas que as separam, constituem massas de ar equatorial caracterizadas por forte umidade específica e temperatura relativamente alta - o clima em Porto Velho é quente, principalmente na primavera e no verão.

No verão, também ocorrem ventos moderados a fortes que chegam a 60 a 90 km / hora passando para E, chuvas de curta duração, principalmente no período da tarde e início da noite, quando devido ao forte aquecimento diurno, itens de radiação telúrica e, consequentemente, convectiva correntes.

O sistema de correntes perturbadas que tem como fonte a região gelada da Antártica - frente polar (EP) passa por transformações em sua caminhada e chega a Rondônia com sua frente orientada no sentido NW-SE e com ventos do quadrante sul, causando chuvas frontais acompanhada de sensível queda de temperatura, muito comum no inverno, quando os anticiclones empurram sua descontinuidade frontal para além de Rondônia, provocando as chamadas ondas de frio ou frio.

No inverno, quando as chuvas de instabilidade tropical e convergência intertropical são reduzidas, sua penetração acompanhada de chuvas frontais reduz significativamente a possibilidade de secas intensas.

A precipitação média anual em Porto Velho é de 2.230 m, com maior parcela de instabilidade tropical de novembro a março, decorrente de uma precipitação de 1.500 m, 70% da precipitação anual; enquanto em junho, julho e agosto, chove apenas 81 min, ou 4% da precipitação anual, definindo o inverno como uma estação, geralmente muito seca.

Em Porto Velho, o período mais chuvoso é sempre o verão, começando em outubro, e o inverno é sempre a estação mais seca. (Por essas razões, os nomes das estações de verão e inverno são alterados pelas pessoas e vice-versa).

A classificação climática de Porto Velho é, como em todas as regiões úmidas da Amazônia, úmida equatorial, com um ou dois meses secos, ou do ponto de vista térmico o clima é quente.

PEDOLOGIA

No norte do Estado, na região do município de Porto Velho, os terrenos são latossolos amarelos distróficos.

Normalmente os solos são profundos, porosos, muito lixiviados, com horizontes muito pouco diferenciados e com baixos percentuais de bases trocáveis, desprovidos de reservas de nutrientes para as plantas.

Sua fertilidade é baixa, resultando em agricultura itinerante.

Apresenta também solo podzólico distrófico vermelho-amarelo, que devido à sua pobreza de nutrientes e elevada acidez, só pode ser cultivado com a utilização de fertilizantes e corretivos.

VEGETAÇÃO

O município de Porto Velho é recoberto quase inteiramente por floresta latifoliada que corresponde a um clima quente e úmido, onde ocorrem variações estruturais e florísticas.

Como em toda a Amazônia, o predomínio é a densa floresta perene, onde as árvores atingem grandes alturas e são ricas em cipós e epifinifolia, nem mesmo perdendo seu teor de água em meio à seca.

As árvores atingem uma altura de até 50 metros são leguminosas, sapotaceae e bacitidaceae.

Está listada na floresta dominante no município de Porto Velho - espécies de grande valor econômico, como andiroba, cedro, angelim, pau-roxa, pau-mulato, seringueira, castanheiro, coumarí-de-odor, copaíba e muitos outros.

HIDROGRAFIA

O principal rio do Estado de Rondônia - Madeira, banha o município desde a divisa com o Estado do Amazonas, até o córrego Taquara, fazendo divisa com o município de Vila Nova do Mamoré e a República da Bolívia.

Logo acima da cidade, está a primeira cachoeira (Santo Antônio) daí em diante, o maior afluente do rio Amazonas, cujos meandros cobrem 1.700 km de terras brasileiras, há degraus cuja elevação chega a 72 metros, devido à encosta 20 cm / km.

O rio tem 3.240 km de extensão.

Outras cachoeiras são conhecidas como Teotônio, (a maior e mais bonita delas), Morrinhos, Caldeirão do inferno, Girau, Três Irmãos, Paredão, Pederneiras e Araras.

A Madeira é formada pelas confluências dos rios Beni e Mamoré, originários do planalto andino e pelo Guaporé, que nasce no sopé da Chapada dos Parecis.

Na região pertencente ao município de Porto Velho, a vazão recebe diversos rios, principalmente pela margem direita.

O Jiparaná tem extensão de aproximadamente 100 km.

O jamari, com aproximadamente 400 km, recebe a contribuição de rios importantes, como Candeias e este, Rio Preto do Candeias e Garça.

O jaciparaná, bastante encilhareira, com 400 km de extensão.

O Mutum Paraná, que deságua em frente à cachoeira dos Três Irmãos, é navegável nas cheias e corre paralelo ao jaciparaná.

No lado esquerdo, o contribuinte mais importante é o Abunã - que também é engarrafado e serve como divisor natural entre Brasil e Bolívia.

Inúmeras ilhas são encontradas no rio Madeira.

Nos limites de Porto Velho, os principais são: Jaciparaná, Três Irmãos, Sete de Setembro, Misericórdia e Quinze de Novembro.

Desta forma pude conhecer as principais doenças da região e entrar em contato com sua história e geografia.

Para mim foi muito importante, porque em pouco tempo eu estaria caminhando, de um lado ao outro do Estado e assim, já sabia onde estava e para onde queria ir.

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