145. A IMPOTÊNCIA DOS RHYS

Na sala de espera do hospital, a família Rhys consumia-se na sua própria agonia. Ariel Rhys, desfigurado pela quimioterapia, passeava furioso de um lado para o outro, praguejando apesar de cada passo parecer custar-lhe um mundo. As lágrimas de impotência brilhavam nos seus olhos encovados, enquanto o seu corpo, antes imponente, agora se dobrava sob o peso do desespero.

—Meu pequeno... meu Ariel —murmurava entre dentes, a culpa corroendo-lhe as entranhas—. Porquê? Porque fizeram isto ao meu filho?

Aurora Rhys segurava o terço com dedos trémulos, enquanto com a outra mão tentava deter o marido cada vez que este parava à sua frente. As suas orações quebravam-se entre soluços contidos, e os seus olhos, cheios de horror, não conseguiam desviar-se do seu segundo filho.

Ismael, perdido nos seus próprios demónios, carregava e descarregava a arma mecanicamen
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