HenryFazia poucos minutos que havia chegado em casa. Depois do episódio com a Samantha, fui para a sede da máfia, precisava resolver alguns problemas e estava pensando em marcar uma viagem para nós. Ainda queria conhecer o Brasil.Fui até o quarto da Bella e ela já estava dormindo. Olhei no meu relógio de punho e já passavam das 22h, o tempo passou tão rápido que nem havia percebido.Minha Pipoca estava tão serena. Queria que sua vida fosse assim para sempre, mas fazíamos parte da máfia, e ter paz era um luxo. Dei um beijo em sua testa e fui para o meu quarto.Assim que abri a porta do quarto, me deparei com aquela cena linda e sexy.Fiquei feliz que a médica a tivesse liberado, podíamos fazer amor, mas tinha que ser algo mais básico, sem muitas aventuras, por enquanto.Liz estava deitada na cama, já dormindo. Ela usava um conjunto de lingerie vermelha, com alguns detalhes em tule e um sutiã meia taça. Sua barriga tinha uma leve curva, que só a deixava mais sexy.Tirei meu sapato e e
Liz— Mamãe. — Meu coração se encheu de alegria quando ouviu a voz da minha pequena. Me virei e ela estava no colo da Jess, que era a nova babá.— Meu amor. — Jess a colocou em meu colo. — Está com fome?— Sí, telo mama — ela falou enquanto eu a enchia de beijos.— Vou preparar — Jess informou e foi preparar a mamadeira.— Dê o papai? — ela perguntou e fez um gesto com as mãozinhas.— O papai está…— O papai está aqui, minha pipoquinha — Henry falou assim que apareceu na entrada da cozinha.— Papai. — Sim, a Bella trocava qualquer pessoa pelo Henry, até eu que a carreguei por nove meses.Nos últimos dias, nossas manhãs eram assim, tudo tranquilo, os negócios estavam indo bem. Henry estava derrubando os bordéis que o seu pai ainda mantinha. Sabia que algumas delas estavam lá porque realmente precisavam, mas outras ficavam por prazer, o que era meio estranho, apesar de que acontecia.— O que vamos fazer com essas mulheres que não tem nada, nem um familiar? — Henry perguntou enquanto est
HenryEstava no escritório da minha casa. Meu pai desabafava e me contava várias coisas. Eu, particularmente, estava um pouco nervoso com tudo que ele estava falando. A Liz estava lá em cima, e eu prefiria que ela não escutasse essa nossa conversa. Aliás, era um assunto que ela não quis me contar. E a cada palavra do meu pai, meu sangue fervia. Fiquei irritado com a Liz, eu sabia que a sua gravidez era de risco e eu queria tentar me controlar quando estivesse com ela, mesmo sabendo que isso poderia ser bem difícil. Se tinha uma coisa que eu não conseguia controlar quando estava com raiva eram as minhas ações. Isso era um sinal de que o antigo Henry estava voltando, o que não me alegrava nem um pouco.A Bella continuava sendo muito novinha, precisava de cuidados. Com a chegada dos gêmeos, o cuidado seria triplicado. Teríamos três filhos para tomar conta, e isso requereria tempo, cuidado e muita paciência. Eu já me machuquei demais com palavras. Saí dos meus pensamentos e voltei a escut
LizEstava no quarto do andar de cima com a Bella nos braços, a balançando e tentando fazê-la dormir. Fazia pouco tempo que havia chegado do hospital e ela não desgrudou de mim. Esperava não voltar tão cedo para lá. Odiava hospitais, aquele cheiro me incomodava e a comida era horrível. Mas estava escutando alguns barulhos vindo do andar de baixo, e isso me desconcentrou por inteira. Talvez o Henry estivesse consertando algo, era até engraçado imaginar a cena dele mexendo com marcenaria. Ele tinha me dito que ia resolver algo. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas não deve ser nada de mais e eu podia estar me preocupando à toa. Fazia pouco tempo que ele havia descido.Depois de algum tempinho balançando a Bella, eu a coloquei deitada na minha cama e a ajeitei com alguns lençóis e travesseiros, para que não caísse caso virasse para o lado. Passei a mão em minha barriga, que já estava enorme e sorri, me lembrando dos meus gêmeos. Estava tão ansiosa para vê-los. Já conseguia imagina
HenrySubo as escadas correndo.— Menino. — Sandra estava no topo da escada. — Henry. — Ela me chamou, mas a ignorei, não queria falar com ninguém. Entrei no quarto ao lado do nosso e bati a porta com tudo. Andei de um lado para o outro, tentando digerir cada palavra que o meu pai disse, e gritei para ver se conseguiria aliviar a raiva.A única coisa que conseguia pensar era que eu que deveria ter matado o John. Ele merecia ter sofrido, assim como eu estava sofrendo. Ele tinha que ter morrido do mesmo jeito que a minha mãe morreu, ou até pior.E eu sempre confiei naquele merda e ,a Joana, não conseguia acreditar que ela foi capaz de tudo isso, de encobrir cada passo dele. Mas isso não ficaria assim, tinha certeza de que ela se vingaria. Claro que estaria preparado, esperando por isso.— Droga! Droga! Droga! — A cada palavra eu dava um soco na parede, o sangue começou a escorrer pelas minhas mãos, mas não senti dor alguma.Depois de algum tempo, ouvi a Liz entrando no nosso quarto.Me
LizAs semanas estavam voando. Daqui uns dias, completava nove meses, e já havia quase 3 meses que o Henry não dirigia a palavra a mim. Estava até pensando em me mudar. Sim, pedi para o Hendrick comprar uma casa para mim, e antes dos gêmeos nascerem, eu me mudaria.— Tem certeza do que está me pedindo? — Hendrick estava receoso em me ajudar.Estávamos sentados na sala, assistindo ao filme.— Sim, é o melhor a se fazer. Já estou de saco cheio das atitudes do seu irmão.— Menina. — Sandra me encarou. Sabia que eles ficariam surpresos com a minha atitude.— Olha, Liz…— Hendrick, se você não quer ficar em maus lençóis com o seu irmão, pode deixar que eu peço ajuda para o Bruno.— O Bruno? — Ele ficou surpreso.— Sim. O Bruno. — Fazia tempo que não falava com ele, mas ele continuava sendo o meu advogado.— Faz assim, eu te ajudo a procurar o lugar, aí o Bruno faz os trâmites, pode ser?— É claro que pode. — Joguei um beijo para ele de longe.***Depois de uma semana procurando a casa, enf
LizAcordei pela manhã e estava tudo calmo, até estranho. Tomei um banho e fiz minhas higienes pessoais antes de descer.Assim que cheguei no último degrau, ouvi a risada da Bella. Senti arrepios por todo o meu corpo, pois, apesar dela ter dormido com Sandra essa noite, eu estava ouvindo a voz do Henry.— Porra, Liz! — meu inconsciente gritou.Respirei fundo e entrei na cozinha.— Bom dia, San — falei e dei um beijo na sua bochecha.— Mamãe — Bella me chamou assim que me viu, e ela estava sentada no colo do Henry.Merda, mil vezes merda!— Oim meu amor. — Me aproximei deles e peguei a Bella nos meus braços com uma certa dificuldade.Me sentei ao lado oposto da mesa e Sandra apenas nos observou. Sabia que Henry me encarava, mas o ignorei. Não era ele quem gostava desse joguinho?! Então iríamos jogar.Tomamos nosso café em silêncio, a não ser por Bella que a cada cinco minutos, queria ficar com Henry e comigo.— Vamos com o papai? — Henry perguntou para a nossa filha, que apenas sorriu
LizChegamos ao hospital há alguns minutos e já pedi para o Henry não entrar gritando, como da última vez.Ele fez cara feia, mas aceitou.— Não é porque você é o Capo da máfia que tem que ter prioridade em tudo. — Ele bufou.— Vamos fazer um ultrassom para ver como eles estão — A enfermeira falou, me trazendo a cadeira de rodas. Me sentei na cadeira de rodas e a enfermeira me levou para sala do exame. — Eles estão bem, mas vamos interná-la.A enfermeira me deixou no quarto com o Henry e saiu.As dores começam a ficar mais fortes e eu não me aguentei. As lágrimas começaram a escorrer.— Já tem mais de dez minutos que estamos no quarto e ninguém veio te ver. — E como sempre, Henry estava mais eufórico do que eu.— Calma. Estamos bem. — Não fazia nem cinco minutos que a enfermeira veio me ver. — A enfermeira acabou de sair daqui. Ai — reclamei quando uma contração chegou, só que com mais força.— Oi, mãezinha. Como você está? — a médica pergunou quando entrou no quarto.— Bem. — E me re