LizAcordei pela manhã e estava tudo calmo, até estranho. Tomei um banho e fiz minhas higienes pessoais antes de descer.Assim que cheguei no último degrau, ouvi a risada da Bella. Senti arrepios por todo o meu corpo, pois, apesar dela ter dormido com Sandra essa noite, eu estava ouvindo a voz do Henry.— Porra, Liz! — meu inconsciente gritou.Respirei fundo e entrei na cozinha.— Bom dia, San — falei e dei um beijo na sua bochecha.— Mamãe — Bella me chamou assim que me viu, e ela estava sentada no colo do Henry.Merda, mil vezes merda!— Oim meu amor. — Me aproximei deles e peguei a Bella nos meus braços com uma certa dificuldade.Me sentei ao lado oposto da mesa e Sandra apenas nos observou. Sabia que Henry me encarava, mas o ignorei. Não era ele quem gostava desse joguinho?! Então iríamos jogar.Tomamos nosso café em silêncio, a não ser por Bella que a cada cinco minutos, queria ficar com Henry e comigo.— Vamos com o papai? — Henry perguntou para a nossa filha, que apenas sorriu
LizChegamos ao hospital há alguns minutos e já pedi para o Henry não entrar gritando, como da última vez.Ele fez cara feia, mas aceitou.— Não é porque você é o Capo da máfia que tem que ter prioridade em tudo. — Ele bufou.— Vamos fazer um ultrassom para ver como eles estão — A enfermeira falou, me trazendo a cadeira de rodas. Me sentei na cadeira de rodas e a enfermeira me levou para sala do exame. — Eles estão bem, mas vamos interná-la.A enfermeira me deixou no quarto com o Henry e saiu.As dores começam a ficar mais fortes e eu não me aguentei. As lágrimas começaram a escorrer.— Já tem mais de dez minutos que estamos no quarto e ninguém veio te ver. — E como sempre, Henry estava mais eufórico do que eu.— Calma. Estamos bem. — Não fazia nem cinco minutos que a enfermeira veio me ver. — A enfermeira acabou de sair daqui. Ai — reclamei quando uma contração chegou, só que com mais força.— Oi, mãezinha. Como você está? — a médica pergunou quando entrou no quarto.— Bem. — E me re
HenryHá algum tempo que cheguei na Itália. Como eu estava com saudades do meu país. Estava exausto. Como eu ficaria no centro da cidade, decidi ficar em um hotel. Ninguém além de Fred sabia que vim para cá.Apenas falei que iria tratar de negócios, o assunto “Kevlin” preferi manter em segredo. Pelo menos, até os gêmeos nascerem.Assim que cheguei no hotel, tomei um banho demorado. Depois que me seco, decidi ligar para Sandra, precisava de notícias da minha família.— Alô.— Sandra.— Menino, como você está?— Com saudades.— Mas já? — Ela riu.— Sabe que já faz um tempo desde a última vez que viajei sem vocês.— Sei, sim.— Como a minha menina está?— Ela está bem, correndo pela casa toda. Bella, papai. — Ouvi Sandra a chamando. — Ih, menino, ela não quer falar com você. — Sandra riu e escutei a Bella reclamando de algo. — Disse que está ocupada. — Minha filha estava crescendo rápido demais, ela já fazia as suas escolhas.— Tudo bem, eu a perdoo. — Rimos. — Preciso ir.— Não quer sa
HenryAcordei com a voz da Liz me chamando, corri para o seu quarto e dei de cara com ela apoiada na cama. Havia poça de água entre suas pernas e Bella estava fazendo carinho no seu rosto enquanto ela me chamava. Eu a levei às pressas para o hospital.A Bella ficou com a Sandra, e eu vim acompanhando a Liz, junto do Petter. Estava bem nervoso com isso. Esperamos tanto pelos gêmeos, e enfim chegou a hora de conhecê-los. Chegou a hora de colocá-los no mundo. A nossa família estava mais ansiosa do que nunca os conhecer, e eu mais ainda. A Liz estava morrendo de dor, mas tinha certeza de que estava tão ansiosa quanto a gente, ou até mais, para ver o rostinho dos nossos filhotes.Os dias em que passei fora, fiquei pensando neles. Na minha mulher, na minha pipoquinha e nos meus gêmeos. Tive medo da bolsa da Liz estourar e eu não poder vivenciar esse momento ao seu lado. Mas pelo visto, o universo conspirou a meu favor, pois os gêmeos decidiram vir depois que voltei de viagem. Isso só mostra
HenryPor incrível que pareça a Liz conseguiu dormir por algumas horas. Fiquei cuidando dos pequenos, a princípio eles eram bem tranquilos, assim como a Bella.— Hora do banho dos bebês — a enfermeira declarou assim que entrou no quarto.Entregamos nossos gêmeos para duas enfermeiras e elas saíram da sala com eles. A cara da Liz transbordou de felicidade, mas eu sabia o quanto ela estava suportando a dor. Não podia negar que ela era uma guerreira. A minha guerreira. A minha Liz. Ela pediu para que eu fosse acompanhar o banho dos gêmeos.Fui todo babão acompanhar meus gêmeos tomarem o primeiro banho deles, e até ajudo em algumas coisas, como enxugá-los com bastante cuidado e colocar as roupinhas.***LizFicamos três dias no hospital.E por incrível que pareça, consegui amamentá-los sem nenhum problema, o que foi muito satisfatório para mim.Henry estava melhor do que nunca. a cada segundo ele me pedia desculpa. Já havia aceitado, mas iria torturá-lo. Sabia que assim como eu, Henry ado
LizE o beijo, nosso beijo era cheio de amor, carinho e desejo, e como sempre, me sentia como se fosse a primeira vez. Como se ele estivesse me tomando em seus braços como no primeiro momento.Henry desceu suas mãos pelo meu corpo, acariciando cada centímetro, meu corpo respondeu ao seu toque, o que me deixou cheia de tesão. Sua língua brincou com a minha, levei uma das minhas mãos até o seu abdômen, vou deslizando devagar, com suavidade arranhando sua barriga com as unhas.Ele riu sem parar o nosso beijo, ele pausou o nosso beijo e tirou uma mecha do meu cabelo, o colocando atrás da minha orelha. Ele me encarou e mais uma vez sorriu, podia sentir o seu amor apenas com o seu olhar, engraçado, não é?! Henry segurou meu rosto em suas mãos, e acariciou meus lábios com o seu polegar.Uma das minhas mãos desceu até o seu pau, Henry gemeu apenas com o meu toque.— Liz… — Ouvir meu nome sair da sua boca, ainda mais com aquela voz sexy e rouca, já me deixou toda molhada.Me ajoelhei aproximan
LizDecidimos fazer uma viagem para Itália, não podia negar que estou com saudades da cidade, a última vez que estive lá foi no batizado do Dante, já tinha quase três anos.Hendrick, Paola e Jenny também riiam, ele se recusou a deixá-las.E até agora o Rodolfo ainda não apareceu, nem um telefonema, carta ou mensagem.Estava ficando preocupada com isso, Henry não falou nada, mas sabia que também estava preocupado.— Empolgada com a viagem? — perguntei para Paola enquanto fechei a última mala dos gêmeos.Estávamos no quarto do Stefano, e ela estava me ajudando.— Nunca estive lá, deve ser linda, né?— Você não imagina o quanto. — Sorri. — Quer me fala alguma coisa?— Martin me mandou uma mensagem. — Seu olhar estava perdido. — Ele quer conversar, mas tem o Hendrick, sabe?— Você ama o Martin, mas não quer magoar o Hendrick, é isso?— Sim, você sabe que me apaixonei por ele desde a primeira vez que o vi. — Sentou-se na poltrona e encarou as próprias mãos. — Parece que tem uma guerra dent
LizSenti as mãos fortes do Henry me segurando.— Sinto muito. — Por fim, ele me abraçou.Perder o Martin foi algo inesperado, aliás, perder alguém de quem gostamos era algo surreal. Henry tentava entender o que eu estava passando, Martin esteve ao meu lado em um dos momentos mais difíceis da minha vida, ele foi a minha base quando estava grávida, quase tivemos uma amizade colorida, o amor que sentia por ele é totalmente diferente do amor que sentiapelo Henry.Saí do seu abraço e caminhei até a Paola, ela estava arrasada, sabia que ainda o amava.Sabe aqueles amores clichês? Paola se apaixonou na primeira vez que o viu. Eles não ficaram muito tempo juntos, mas sabia que ele foi muito amado por ela.— Por que ele Liz? — ela falou entre os soluços, apenas a abracei. Conseguia sentir a sua dor, sabia que nos últimos meses aconteceram coisas horríveis entre Martin e a nossa família, mas mesmo assim, eu ainda o amava. — Me fala que tudo isso é mentira, que ele vai se levantar a qualquer mo