HenrySubo as escadas correndo.— Menino. — Sandra estava no topo da escada. — Henry. — Ela me chamou, mas a ignorei, não queria falar com ninguém. Entrei no quarto ao lado do nosso e bati a porta com tudo. Andei de um lado para o outro, tentando digerir cada palavra que o meu pai disse, e gritei para ver se conseguiria aliviar a raiva.A única coisa que conseguia pensar era que eu que deveria ter matado o John. Ele merecia ter sofrido, assim como eu estava sofrendo. Ele tinha que ter morrido do mesmo jeito que a minha mãe morreu, ou até pior.E eu sempre confiei naquele merda e ,a Joana, não conseguia acreditar que ela foi capaz de tudo isso, de encobrir cada passo dele. Mas isso não ficaria assim, tinha certeza de que ela se vingaria. Claro que estaria preparado, esperando por isso.— Droga! Droga! Droga! — A cada palavra eu dava um soco na parede, o sangue começou a escorrer pelas minhas mãos, mas não senti dor alguma.Depois de algum tempo, ouvi a Liz entrando no nosso quarto.Me
LizAs semanas estavam voando. Daqui uns dias, completava nove meses, e já havia quase 3 meses que o Henry não dirigia a palavra a mim. Estava até pensando em me mudar. Sim, pedi para o Hendrick comprar uma casa para mim, e antes dos gêmeos nascerem, eu me mudaria.— Tem certeza do que está me pedindo? — Hendrick estava receoso em me ajudar.Estávamos sentados na sala, assistindo ao filme.— Sim, é o melhor a se fazer. Já estou de saco cheio das atitudes do seu irmão.— Menina. — Sandra me encarou. Sabia que eles ficariam surpresos com a minha atitude.— Olha, Liz…— Hendrick, se você não quer ficar em maus lençóis com o seu irmão, pode deixar que eu peço ajuda para o Bruno.— O Bruno? — Ele ficou surpreso.— Sim. O Bruno. — Fazia tempo que não falava com ele, mas ele continuava sendo o meu advogado.— Faz assim, eu te ajudo a procurar o lugar, aí o Bruno faz os trâmites, pode ser?— É claro que pode. — Joguei um beijo para ele de longe.***Depois de uma semana procurando a casa, enf
LizAcordei pela manhã e estava tudo calmo, até estranho. Tomei um banho e fiz minhas higienes pessoais antes de descer.Assim que cheguei no último degrau, ouvi a risada da Bella. Senti arrepios por todo o meu corpo, pois, apesar dela ter dormido com Sandra essa noite, eu estava ouvindo a voz do Henry.— Porra, Liz! — meu inconsciente gritou.Respirei fundo e entrei na cozinha.— Bom dia, San — falei e dei um beijo na sua bochecha.— Mamãe — Bella me chamou assim que me viu, e ela estava sentada no colo do Henry.Merda, mil vezes merda!— Oim meu amor. — Me aproximei deles e peguei a Bella nos meus braços com uma certa dificuldade.Me sentei ao lado oposto da mesa e Sandra apenas nos observou. Sabia que Henry me encarava, mas o ignorei. Não era ele quem gostava desse joguinho?! Então iríamos jogar.Tomamos nosso café em silêncio, a não ser por Bella que a cada cinco minutos, queria ficar com Henry e comigo.— Vamos com o papai? — Henry perguntou para a nossa filha, que apenas sorriu
LizChegamos ao hospital há alguns minutos e já pedi para o Henry não entrar gritando, como da última vez.Ele fez cara feia, mas aceitou.— Não é porque você é o Capo da máfia que tem que ter prioridade em tudo. — Ele bufou.— Vamos fazer um ultrassom para ver como eles estão — A enfermeira falou, me trazendo a cadeira de rodas. Me sentei na cadeira de rodas e a enfermeira me levou para sala do exame. — Eles estão bem, mas vamos interná-la.A enfermeira me deixou no quarto com o Henry e saiu.As dores começam a ficar mais fortes e eu não me aguentei. As lágrimas começaram a escorrer.— Já tem mais de dez minutos que estamos no quarto e ninguém veio te ver. — E como sempre, Henry estava mais eufórico do que eu.— Calma. Estamos bem. — Não fazia nem cinco minutos que a enfermeira veio me ver. — A enfermeira acabou de sair daqui. Ai — reclamei quando uma contração chegou, só que com mais força.— Oi, mãezinha. Como você está? — a médica pergunou quando entrou no quarto.— Bem. — E me re
HenryHá algum tempo que cheguei na Itália. Como eu estava com saudades do meu país. Estava exausto. Como eu ficaria no centro da cidade, decidi ficar em um hotel. Ninguém além de Fred sabia que vim para cá.Apenas falei que iria tratar de negócios, o assunto “Kevlin” preferi manter em segredo. Pelo menos, até os gêmeos nascerem.Assim que cheguei no hotel, tomei um banho demorado. Depois que me seco, decidi ligar para Sandra, precisava de notícias da minha família.— Alô.— Sandra.— Menino, como você está?— Com saudades.— Mas já? — Ela riu.— Sabe que já faz um tempo desde a última vez que viajei sem vocês.— Sei, sim.— Como a minha menina está?— Ela está bem, correndo pela casa toda. Bella, papai. — Ouvi Sandra a chamando. — Ih, menino, ela não quer falar com você. — Sandra riu e escutei a Bella reclamando de algo. — Disse que está ocupada. — Minha filha estava crescendo rápido demais, ela já fazia as suas escolhas.— Tudo bem, eu a perdoo. — Rimos. — Preciso ir.— Não quer sa
HenryAcordei com a voz da Liz me chamando, corri para o seu quarto e dei de cara com ela apoiada na cama. Havia poça de água entre suas pernas e Bella estava fazendo carinho no seu rosto enquanto ela me chamava. Eu a levei às pressas para o hospital.A Bella ficou com a Sandra, e eu vim acompanhando a Liz, junto do Petter. Estava bem nervoso com isso. Esperamos tanto pelos gêmeos, e enfim chegou a hora de conhecê-los. Chegou a hora de colocá-los no mundo. A nossa família estava mais ansiosa do que nunca os conhecer, e eu mais ainda. A Liz estava morrendo de dor, mas tinha certeza de que estava tão ansiosa quanto a gente, ou até mais, para ver o rostinho dos nossos filhotes.Os dias em que passei fora, fiquei pensando neles. Na minha mulher, na minha pipoquinha e nos meus gêmeos. Tive medo da bolsa da Liz estourar e eu não poder vivenciar esse momento ao seu lado. Mas pelo visto, o universo conspirou a meu favor, pois os gêmeos decidiram vir depois que voltei de viagem. Isso só mostra
HenryPor incrível que pareça a Liz conseguiu dormir por algumas horas. Fiquei cuidando dos pequenos, a princípio eles eram bem tranquilos, assim como a Bella.— Hora do banho dos bebês — a enfermeira declarou assim que entrou no quarto.Entregamos nossos gêmeos para duas enfermeiras e elas saíram da sala com eles. A cara da Liz transbordou de felicidade, mas eu sabia o quanto ela estava suportando a dor. Não podia negar que ela era uma guerreira. A minha guerreira. A minha Liz. Ela pediu para que eu fosse acompanhar o banho dos gêmeos.Fui todo babão acompanhar meus gêmeos tomarem o primeiro banho deles, e até ajudo em algumas coisas, como enxugá-los com bastante cuidado e colocar as roupinhas.***LizFicamos três dias no hospital.E por incrível que pareça, consegui amamentá-los sem nenhum problema, o que foi muito satisfatório para mim.Henry estava melhor do que nunca. a cada segundo ele me pedia desculpa. Já havia aceitado, mas iria torturá-lo. Sabia que assim como eu, Henry ado
LizE o beijo, nosso beijo era cheio de amor, carinho e desejo, e como sempre, me sentia como se fosse a primeira vez. Como se ele estivesse me tomando em seus braços como no primeiro momento.Henry desceu suas mãos pelo meu corpo, acariciando cada centímetro, meu corpo respondeu ao seu toque, o que me deixou cheia de tesão. Sua língua brincou com a minha, levei uma das minhas mãos até o seu abdômen, vou deslizando devagar, com suavidade arranhando sua barriga com as unhas.Ele riu sem parar o nosso beijo, ele pausou o nosso beijo e tirou uma mecha do meu cabelo, o colocando atrás da minha orelha. Ele me encarou e mais uma vez sorriu, podia sentir o seu amor apenas com o seu olhar, engraçado, não é?! Henry segurou meu rosto em suas mãos, e acariciou meus lábios com o seu polegar.Uma das minhas mãos desceu até o seu pau, Henry gemeu apenas com o meu toque.— Liz… — Ouvir meu nome sair da sua boca, ainda mais com aquela voz sexy e rouca, já me deixou toda molhada.Me ajoelhei aproximan