Eu me levanto e troco de roupa, coloco os telefones e abro minha mochila.
Uma música que toca meu cabelo me deixa cada vez mais em foco, por mais viva que seja sua batida como uma balada, minha mente e meu corpo parecem praticamente anestesiados, não sinto nada.
Hoje é o dia, eu sei. Esperei tanto por este momento incrível.
Primeiro guardo as luvas, eu depois meus olhos de visão noturna, ao que prometi, uma bomba de fumaça colorida, só para fazer efeito, deixar um enredo mais bonito, e por fim, para a faca, o sim, e o peixe principal. Quase como está indo por uma caçada.
Na verdade, é uma caçada. Uma presa está ali vivendo aleatoriamente, quando um caçador chega e abate, simples. Uma selva é como um meio termo, tantas presas, tantos caçadores, tantas vítimas inocentes ...
Digo que quando acaba ou no meio de todos esses traumas começam a parecer bobagens de adolescentes. Mais não é assim, não é?
Cada vez que você pensar no que acontecerá com Ferida, você estará com ela, eternamente, você se sentirá horrível por pensar que eu não viveria tão mal quanto viveria, me sentirei pior mesmo por pensar que não viveria aqui que eu. perderia por causa de outros adolescentes, carregaria algum trauma e desconfiaria sempre não de coração. Mas para terminar com isso só é preciso mexer-se em ordem, chutar de cima para baixo, ou mesmo para quem está desempregado, vendo tudo para acontecer sem fazer nada.
Dou uma risada. Seria bom ter uma motivação fluida, mas eu sempre não tenho um susto, pois não quero me mostrar apenas atendendo ao caos do meio, você vai usar a pura vingança que mora dentro do ser humano para tirar tal coisas da sua encomenda, tenho a certeza que compreendo, não há nada mais bonito do que o caos.
Ou caos, essa é minha resposta exata. Ou o caos está acontecendo o tempo todo, exatamente agora ele ou o caos que ele comanda, e ele é apenas um agente dele.
Coloquei a mochila nas costas, mochila ou uniforme novamente, tenho certeza que o logo da escola na blusa é lindo e bem embalado, e parece a frente da casa, todas elas para sua vida insignificante, ando com calma com os seus sapatos, observando cada um Um pouco de estrada, casas de muros altos, portões, ou autocarros precários lotados, só deixo de vaguear quando paro em frente à porta da Escola Metódica.
Ou um portal de grades e uma parede sempre branca, ou um pátio de entrada pintado de verde e salmão, com uma árvore, alguns bancos e alguns alunos magníficos. Alguns de vocês estão chegando empolgados, todos em seus uniformes perfeitos, fingindo sobre tantas coisas, rindo, pulando, copiando atividades.
Todos fingem estar perfeitos com suas roupinhas embaladas e suas risadinhas, umas são mesmo perfeitas, outras aproveitam ao máximo para fingir e provar a própria mentira. Percorro todos eles, alguns deles me elogiaram, quando entro no meu coração que salta para o céu, a Escola Metódica também me guarda em sua estrutura sua estética mentirosa, passando por sua bela entrada, passando pela grande porta de madeira , estamos dentro da escola, à A primeira porta que se vê ao centro, um conjunto que se bifurca a parte do topo da escola, encarna a primeira porta que se vê na sala diretiva, na parte inferior também há as salas de aula do terceiro ano, a sexta série, ou refeitório, algumas casas de banho e corredor não sinalizado para a sala da comissão de formação, Você subirá a escada e para uma escola encontrará mais salas de aula, para uma biblioteca direta, salas de tecnologia, sala de vídeo e sala de artes, não financio, dois quadras, um ano livre e outro coberto com uma arquibancada. Essa escola é rica, essa escola é a melhor, essa escola imprime sua cara ao ar livre quando você passa pelo Enem e não vestibular, estar acondicionada em todas as salas, computadores a sua disposição, salas de aula de robótica, vários tipos de artes, professores Batem I não peça para falar sobre o melhor ensino da Bahia, nenhum terceiro ano incita uma competição imaginária com notas internas e notas externas, ou seja, tempo integral ou som de alguma família ocupada, ou comida feita por nutricionista é realmente boa, e uma vez a ano eu lubrifico alguns porta-bolsas para tentar humanizar suas aparências,
Entro na sala que não está vazia, assim como a professora não passou, mas a maioria está no seu lugar conversando, só são oprimidos pela rede de ensino, coloco mochila em cima da minha carteira, de o bastão ou sacola de Dinheiro, que é enrolada em um papel de madeira e dentro de uma sacola plástica.
- Você fez uma tarefa de física? - Alguém me incomoda com uma pergunta banal
- Sim. - Reviro os olhos e rendição o caderno, alunos apenas alunos
- Você vai copiar rápido e eu te devolvo.
Espero que volte ao seu lugar e comece a copiar, aquela atitude de mixuruca em mostrar dedicação, mostrar presença, de forma falsa e não exemplar, que marca minha certeza de que vou deixar tudo no caos. Saio da sala e eu andamos depressa, amarro ou ponto combinado, ou coloco desdenhosamente ao lado da porta, ou toques de sinal, aqueles que estão do lado de fora ou do lado de fora começam a entrar desesperadamente, junto-me misturando-me, viro para o meu quarto, eu sento e fico de frente para o meu celular, as últimas mensagens, ou o dinheiro foi colhido.
Tudo está correto.
Tudo é calculado, tudo está nos nossos mínimos detalhes e só vai bombar em determinado momento, tudo tem que funcionar, com a minha faca vou recortar alguma coisa na página. Ou a professora chama a atenção de alguns alunos, inclusive da minha, para focar em não começar da aula de física e depois do escritório ou do celular, para a sala de aula, mas só eu tenho um pensamento.
Qual será a sensação de fazer ou sangue humano funcionar?
Arrastei os pés pelo quarto, peguei o uniforme em cima da cadeira e me arrasrei com uma preguiça extrema, até me enfiar no banheiro. Não estava nenhum pouco animado para ir à escola, era Terça-feira, eu odeio segundas, terças, quartas e afins.Evito o espelho, já sei sobre minhas olheiras enormes, sobre o meu cabelo mal cortado e em péssimo estado, porque diabos eu resolvi que deveria descolori-lo?Voltei para o quarto pensando em me jogar na cama de novo, olhei as horas no celular, estava atrasado. Peguei a mochila e desci as escadas correndo, atrasado como sempre não dava tempo preparar nada, apenas enfiei a mão no armário e peguei um pacote de bolacha recheada. O caminho para a escola era curto, subi a rua rapidamente,acho que morar tão perto da escola é a minha sorte, chego e me misturo com o pessoal que acaba de descer de uma van, o motorista e o porteiro discutem sobre o horário e sobre pneu f
Meu celular passa pela mão de todos e rimos após ler a mensagem. Sei bem que o objetivo do projeto não é esse, deveríamos apresentar algo relativo às aulas, assim como estamos fazendo agora, criando um conteúdo matemático para facilitar o estudo e apresnera-lo no dia, a diretora deve ficar uma fera com o comitê de formatura, mas concordo, vai ser muito bom ver isso, amanhã todos estarão eufóricos como se isso fosse transformar a vida deles para sempre.Observo a expressão de cada um do grupo que está na minha frente. Ísis é praticamente indiferente, Miguel ri como um idiota, Emanuel está soltando algumas piadinhas, Janaína está se divertindo também e lembrando sempre que mentir é pecado.— Isso claramente saiu da minha sala. — Miguel comentaConheço a fama da turma de Miguel, todos os professores dizem que eles são incontroláveis, o terrível terceiro B. O terceiro ano da Escola Metódica é dividido em três turmas, A, B e C, as turmas são pequenas, apenas quinze p
Estou de costas para a escada quando a luz volta a funcionar, todos estão fazendo cara de assustados, posso notar Janaína tremendo de susto, a fumaça parou de sair e ficamos todos sem reação, não sei quanto minutos se passaram, ou mesmo se passou algum tempo direito, franzo a testa, não parecia uma simples brincadeirinha, ou tentativa de pegadinha. Ísis, Miguel, Janaína e eu, andamos para perto um dos outros. Onde Davi se meteu? Ísis nos encara, também contando a quantidade de pessoas, ela franze o cenho e vai até a porta, colocando a mão na maçaneta e a gira, abrindo a porta. Está aberta!? Por que a porta está aberta? Eu mesmo a forcei e estava muito bem trancada. — Cadê o Davi? — Ísis olha para todos os lados, e então passa para o lado de fora o procurando Miguel também sai, ele grita chamando por Davi, depois volta para mim e balança a ca
Estou na minha sala, colocando as coisas na mochila com raiva, ninguém fala comigo, as pessoas estão arrumando suas coisas e começando a sair, paro por um momento para respirar, espero que as pessoas terminem de sair e então me sento e abraço a mochila. Davi estava morto e essa notícia foi assustadora. Me sinto observada, olho para a porta e vejo Pedro parado ali, ele entra e anda até a minha frente, ficamos em silêncio por um tempo. Eu me levanto e o abraço, ele retribui afundando o rosto no meu ombro.Nós odiamos, mas já fomos muito amigos, e nesse momento nossas muralhas parecem desarmadas. Pedro me solta e então nos encaramos, seguro a mão dele, é como se eu estivesse vendo o Pedro, meu melhor amigo de 10 anos, eu não sei muito sobre o que ele sente ou o que faz agora, são praticamnte sete anos sem nós aproximarmos assim, mas Davi era muito importante para ele. Pedro solta minha mão e sem falar nada continua ali olhando para mim.— Estou aqui, ok? Para você.
Eu mal posso dizer como essa quinta-feira começou. Quando eu acordei, minha irmã me ignorou completamente, minha mãe brigava pelo telefone com meu pai e quando eu encostei perto, ela automaticamente desligou o telefone e sorriu, depois disso alguém pegou meu telefone e escondeu, ninguém me deixou usar a Internet, ou qualquer coisa do tipo, a televisão ficou desligada.Eu me sentei na sala depois do café, de braços cruzados, enquanto minha mãe e irmã fingiam que nada estava acontecendo.— Alguém sabe onde está o controle da TV? Ou pelo motivo que ela está fora da tomada? Meu telefone?— Não é melhor explicar logo mãe? — Minha irmã se joga no sofá e coloca os pés no meu coloEu e Lavínia não temos segredos, ela se parece comigo, herdamos o cabelo da mamãe, ondulado, escuro e pesado, ela não gosta muito quando alguém fala da nossa semelhança, odeia ser comparada a irmã mais velha, eu particularmente não me importo. Sei que ela quer me contar algo, os olhos b
Chego em casa e vou direto para o banho, sinto que há um cheiro estranho grudado em mim, me esfrego todo, até ficar vermelho, acredito que o problema mesmo está na minha cabeça, a imagem de Davi no caixão ainda está na minha mente. Como alguém pode simplesmente acabar com uma vida?Saio do banho e o vapor se espalha pelo corredor, visto a minha roupa de ficar em casa, me deito e permaneço ali até ouvir uma leve batida na porta, com certeza é minha mãe, ela me olha de cima a baixo, nos somos pouco parecidos, a nossa maior semelhança é o formato do rosto e a boca.— Como foi lá?— Foi... A mãe, foi um enterro, só foi.— Se precisar me contar qualquer coisa, estou aqui, quiser conversar algo...— Sabe, quando estávamos lá o Pedro surtou... Acusou o Emanuel e a Janina de terem o matado, depois estendeu a acusação para mim e a Ísis... Eu me senti extremamente mal. Nenhum de nós faria isso.— Eu sei meu amor. E se não temos nada a temer, não tem m
Fecho meu notebook, que sexta-feira péssima. Não sei muito bem o que está acontecendo, meus pais queriam que eu fosse para a casa de minha avó, mas insisti em ficar sozinho, lá não tem nada para fazer e, além disso, o que pode acontecer? Não tem aula hoje, claro, quem tem clima para aula depois de um enterro? Foi horrível, não que um enterro deveria ser bom ou animado, mas os ânimos estavam a todos os momentos alterados, Pedro queria uma confusão a todo custo, sobrou até para a coitada da Janaína. Fiquei junto de Fani e Alexandre, Miguel estava desolado de mais e estou com um pé atrás com ele. Não que eu seja um amigo ruim, ou coisa do tipo, apenas não acho que seja um bom momento para estar do lado de alguém acusado de assassinato por um post, alguém que ganhou todos os olhares, desde familiares do Davi até a galera de fora da escola, que estava com ele quando Davi sumiu, para o meu bem, é melhor está longe. Esperei que meus pais saíssem e contin
A escola sem alunos, não parece uma escola. Por mais que a Escola Metódica se gabe em ser uma escola silenciosa e controlada, o que não é no dia a dia, sem os alunos correndo no corredor, sentados no chão, saindo e entrando das salas, passa a ser apenas um buraco vazio. Estou sentado no chão perto da porta da diretoria, minha mãe está com a diretora debatendo sobre o caso Davi. É estranho olhar para esse corredor e pensar que ele só sumiu para aparecer morto no dia seguinte, tento pensar em alguma coisa que me dê uma resposta, mas nada faz sentido. Deixo essa parte para minha mãe.Minha mãe é advogada e se prontificou para defender a escola, ela acha a escola perfeita, pois, eu sempre estou amparado, posso procurar ajuda com minhas notas baixas ou fazer atividades diversas, não tem com o que se preocupar, meu pai, que também é advogado, está em Salvador ministrando um curso, só volta mês que vem, por isso minha mãe não quer que eu fique em casa sozinho, nem que eu vá as minha