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O CEO e a Jornalista – um jogo de poder e desejo
O CEO e a Jornalista – um jogo de poder e desejo
Por: Lumih Mar
Capítulo 1 - O inimigo de terno e gravata - parte 1.

Nova York, com suas luzes que nunca se apagam e ruas pulsantes de energia, é o palco perfeito para segredos sombrios e encontros inesperados. Para Isabella Carter, a cidade é mais do que um cenário – é uma personagem viva, carregada de histórias por trás de cada esquina. Enquanto caminha pelas calçadas encharcadas pela chuva recente, seus passos firmes denunciam uma determinação inabalável, um traço característico de sua personalidade.

Isabella sempre foi apaixonada pela verdade. Formada em jornalismo e conhecida por sua coragem em enfrentar os poderes estabelecidos, ela carregava consigo não apenas o caderno de anotações, mas também uma bagagem emocional construída ao longo de anos lutando por justiça e transparência. Hoje, porém, a missão que a aguardava teria um sabor mais amargo e perigoso. Um desafio que ela não imaginava que enfrentaria.

Há alguns dias, ela recebeu uma mensagem anônima – um alerta enigmático que insinuava conexões obscuras entre a Titan Tech, a gigante da tecnologia que dominava o mercado americano, e um negócio que ela só podia imaginar: algo ilícito, escondido atrás do brilho das inovações. O nome que fazia seu coração acelerar, apesar de toda cautela, era Damian Lancaster. CEO da empresa, ele é o rosto de uma corporação que encanta investidores e consuma sonhos. Mas para Isabella, aquele sorriso frio e os olhos que jamais revelam emoções são a máscara perfeita de alguém que esconde muito mais do que aparenta.

Enquanto se aproxima do imponente prédio da Titan Tech, Isabella relembra cada detalhe de sua carreira. Entre entrevistas polêmicas e investigações que abalaram estruturas, ela sempre soube que o poder e o dinheiro escondiam segredos que poucos ousavam expor. O que não imaginava era que seu próximo alvo seria justamente aquele homem que, com um terno impecável e uma postura inabalável, fazia a diferença entre a aparência e a realidade.

A fachada de vidro e aço refletia o céu cinzento e ameaçador, criando uma imagem quase surreal de modernidade e mistério. No saguão, o ambiente era controlado por uma precisão quase militar: recepcionistas em uniformes elegantes, paredes decoradas com obras de arte moderna e um silêncio que impunha respeito. Isabella respirou fundo, ajustou o colar que sempre usava – um presente de seu pai – e adentrou o edifício com a firme convicção de que nada poderia impedi-la de descobrir a verdade.

Enquanto se dirigia ao elevador, o som distante de passos apressados e murmúrios de funcionários parecia compor uma sinfonia de segredos. No espelho, ela viu não apenas a sua imagem, mas também o reflexo de uma mulher que não se intimidava diante do poder. Seus olhos, firmes e atentos, brilhavam com a determinação de alguém que sabia que estava prestes a enfrentar o inimaginável.

Ao apertar o botão para o décimo andar – onde, segundo a planta da empresa, ficava o escritório do CEO – o elevador deslizou com suavidade, mas com uma sensação quase inquietante, como se cada andar subisse não apenas em altitude, mas em tensão. Isabella revisava mentalmente cada detalhe do plano: infiltrar-se discretamente, coletar informações, e, se necessário, usar suas habilidades para forçar uma revelação.

No décimo andar, um corredor amplo e iluminado por luzes frias a aguardava. Passava por portas envidraçadas que guardavam reuniões estratégicas e, aos poucos, foi se aproximando do gabinete principal. Cada porta era um portal para o desconhecido, e o som abafado de conversas corporativas misturava-se com o zumbido dos computadores e o peso de seus saltos cantarolando com a firmeza em seus passos.

Quando finalmente chegou à imponente porta de vidro com o nome “Damian Lancaster” gravado em letras douradas, Isabella sentiu o peso do momento, soltou o ar fortemente pela boca uma última vez enquanto apertava os olhos. Ela sabia que do outro lado encontraria um executivo brilhante, que mascara segredos com grande maestria, mas ela precisava dominar a situação, a maestra da orquestra tinha de ser ela para revelar a verdade.

Com confiança ela abre os olhos, e toca a porta. O som metálico ecoa pelo corredor e, por um breve instante, o silêncio reina. Isabella manteve sua postura profissional, ajustando sua postura e preparando um semblante que misturava curiosidade e confiança. Não era apenas uma visita – era o início de um confronto onde cada palavra, cada olhar, carregaria um peso enorme e ditaria o resultado dessa reunião.

Do outro lado da porta se revela um ambiente minimalista e elegante. O escritório de Damian Lancaster era um espaço de contrastes: moderno, com móveis de design sofisticado, mas permeado por uma aura quase gelada. No fundo, uma grande janela oferecia uma vista panorâmica da cidade, como se Damian quisesse vigiar cada movimento daqueles que ousavam se aproximar de seu império.

E ali, sentado atrás de uma mesa de mármore, estava Damian. Seus traços eram marcados por uma beleza severa, o olhar distante e as mãos firmes apoiadas sobre o objeto que simbolizava seu poder – um tablet de última geração. Vestido com um terno escuro impecável, ele emana a confiança de alguém que sempre esteve no controle.

— Senhora Carter, acredito que não aceitei marcar essa reunião para hoje — disse ele, a voz baixa e contida, mas carregada de uma autoridade que não deixava espaço para dúvidas.

Isabella esboçou um sorriso contido, tentando esconder o turbilhão de emoções que fervilhava dentro dela.

— Eu entendo, senhor Lancaster, mas alguns assuntos não podem esperar. Tenho informações que podem ser de seu interesse. E, consequentemente, de interesse público.

O silêncio que se seguiu foi quase palpável. Cada palavra trocada ali tinha o peso de um desafio, e o escritório parecia conter uma tensão que ameaçava romper a cortina de formalidades. Em seus olhos, Isabella via o reflexo de alguém que, apesar da postura fria, reconhecia o risco e a audácia daquela visita inesperada. Mas não era a primeira vez que o caminho deles se cruzavam, então ambos têm plena noção do quão persuasivos, confiantes e atrevidos o outro pode ser.

Enquanto Damian estuda cada traço do rosto dela, a jornalista sente que o tempo desacelera. Lá fora, a cidade continua sua rotina frenética, mas dentro daquele ambiente controlado, cada segundo é medido e cada olhar carrega uma mensagem oculta. Ela sabia que o caminho para a verdade seria tortuoso – e que, talvez, se aproximar daquele homem perigoso seria o primeiro passo para desvendar os segredos que ameaçavam abalar não só a Titan Tech, mas também o próprio equilíbrio de poder na cidade.

A tensão no ar era quase elétrica. Isabella, acostumada a enfrentar adversários poderosos, sabia que aquela conversa não seria nada convencional. O desafio estava lançado: ela queria a verdade, e estava disposta a enfrentar qualquer obstáculo, inclusive o próprio Damian Lancaster. Mas, por dentro, um sentimento inesperado começava a se insinuar – uma atração que a surpreendia tanto quanto a audácia de suas próprias investigações.

Damian, com o olhar fixo na jornalista, deu um leve aceno, convidando-a a sentar.

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