63. O Drama Não Tira Férias

O elevador demorava uma eternidade, e meu cérebro, claro, aproveitou o momento para criar cenários dignos de um filme de suspense barato. Algo tão sério que Alexander não conseguiu me ligar diretamente? Por que usar a recepcionista para me chamar? A resposta óbvia? Encontraria um cadáver. Provavelmente o dele. E, claro, a polícia teria me convocado para identificá-lo, como nos dramas mais bizarros da minha imaginação.

Eu sabia que era um pensamento absurdo, mas diga isso para meu coração, que já havia entrado em pânico total, e para minhas pernas, que pareciam prestes a desabar. Quando as portas do elevador se abriram, precisei de todo o meu autocontrole para não desmaiar dramaticamente.

Alexander estava lá, vivo e mais irritantemente charmoso do que qualquer homem deveria ter permissão de ser. Respirando. Inteiro. Sem marcas de tiro ou qualquer sinal de envenenamento. Mas meu corpo não acompanhava a lógica tão rápido quanto meu cérebro.

— Alexander — murmurei, apoiando-me contr
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