31. Perdão? Só Que Não

Eu já sabia que ia acabar com ele. Já tinha decidido isso, mesmo que a convicção me escapasse sempre que Alexander surgia com aquele ar distante e inatingível. No fundo, eu já me considerava sozinha há muito tempo, um adorno dispensável na vida dele, e me repetia que estava pronta para seguir em frente.

Mas ainda doía. Ele mentiu. Ele tinha outra. E depois de admitir isso com um desdém quase casual, ele olhou para o relógio — aquele maldito relógio de pulso caríssimo — e se virou para sair. Me deixou ali, aos prantos, como se fosse nada.

Orgulho sempre foi meu sobrenome. Jamais me deixaria rebaixar… até aquele instante. Porque naquele dia, por algum motivo que nem sei dizer, meu orgulho cedeu.

Eu o vi pegando a bolsa e indo embora, e, sem pensar, corri para segurá-la com as duas mãos. Minha voz saiu tão baixa que quase achei que ele nem ouviria.

— Se você sair agora, não vai me encontrar quando voltar.

E ele ouviu. Mas sua resposta foi arrancar a bolsa das minhas mãos com tanta força
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo