30. Sofá, Consultas e Mentiras

Eu mal tinha terminado de colocar os pratos na mesinha improvisada, quando me virei para ele, ainda segurando uma cadeira meio desconfortável — mas era o que tínhamos.

— Pode sentar no sofá. Eu puxo uma cadeira pra mim — falei, tentando fingir normalidade, como se a situação fosse um jantar qualquer.

Ele me observou em silêncio, com aquele olhar intenso que poderia derreter uma montanha, mas que em mim causava apenas um leve pânico interno.

— Se quiser algo para beber, melhor comprar na loja mais próxima. Só tenho água.

Ele nem piscou. Apenas respondeu, direto, sem rodeios:

— Água serve.

E começou a comer. Seus olhos vagavam entre o prato e, ocasionalmente, voltavam para mim com um ar quase… resignado? Ah, claro, deve estar odiando. Um CEO acostumado com pratos que eu provavelmente nem saberia pronunciar agora encarava meu prato de legumes levemente tostados e frango sem tempero especial. Pois é, maldito! Mas ele poderia ao menos fingir que o esforço significava algo.

Observando-o mas
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo