Emma fechou os olhos por um momento, aproveitando o toque de Alexander. Era reconfortante e, ao mesmo tempo, assustador. Ela nunca havia se sentido tão exposta diante de alguém.Quando abriu os olhos novamente, encontrou o olhar intenso dele sobre si.— Eu estou aqui, Alexander, — ela disse baixinho. — Só não me apresse.Ele sorriu de leve e assentiu.— Eu não faria isso. Só quero que você saiba que tem um lugar ao meu lado.Aquelas palavras aqueceram seu coração mais do que ela gostaria de admitir. Ainda assim, ela sabia que a vida não era um conto de fadas. O mundo real era cruel, e se envolver com alguém como Alexander, um homem poderoso e acostumado a ter tudo o que queria, não seria simples.Ela desviou o olhar, tentando ignorar os pensamentos conflitantes em sua mente.— Sophie já foi dormir?— Sim, — Alexander respondeu, caminhando até o bar que ficava em um canto da sala. — Você quer alguma coisa para beber?Emma hesitou.— Talvez só água.Ele serviu um copo e estendeu a ela,
Emma sentiu o calor do corpo de Alexander tão próximo ao seu, cada palavra sussurrada contra sua pele fazendo um arrepio percorrer sua espinha. Ela deveria se afastar, pensar com clareza, mas não conseguia. O desejo que queimava entre os dois era intenso demais para ser ignorado.— Você quer que eu me permita viver? — ela repetiu, sua voz saindo quase como um sussurro.Alexander deslizou os dedos pelo braço dela, subindo até seu pescoço com um toque leve, porém possessivo.— Sim, Emma. Quero que pare de lutar contra o que sente.Seus olhos estavam escuros, carregados de desejo, e Emma soube que aquele era o momento em que precisava decidir.Ceder ou resistir?Ela já havia resistido por tempo demais.Sem responder, Emma ergueu-se levemente e tomou os lábios de Alexander com os seus, um beijo profundo e urgente, cheio da necessidade reprimida. Ele não hesitou em puxá-la para mais perto, envolvendo-a com força, como se a tivesse esperado por muito tempo.Suas mãos deslizaram para a cintu
O silêncio na sala foi quebrado apenas pelas respirações aceleradas de Emma e Alexander. O ar estava denso, carregado de desejo, como se o ambiente absorvesse o calor que emanava dos corpos deles. Cada toque, cada beijo, era uma promessa que se intensificava a cada segundo, levando-os mais fundo em um caminho sem volta.Emma sentia o corpo em chamas sob os dedos de Alexander, que deslizavam por sua pele com precisão, como se quisessem memorizar cada centímetro dela. O vestido que antes a cobria já não era mais uma barreira. Ele havia deslizado por suas curvas, deixando-a vulnerável, exposta, mas incrivelmente viva.— Você é tão linda, Emma… — Alexander murmurou contra a pele dela, sua voz rouca e carregada de desejo.Ela mordeu o lábio ao sentir os lábios quentes dele traçando um caminho lento e provocante desde o pescoço até seu colo. Cada beijo fazia seu corpo responder involuntariamente, um arrepio percorrendo sua espinha e a deixando ainda mais entregue àquele momento.Emma desliz
O dia havia amanhecido, mas o clima no quarto permanecia carregado. Emma vestiu-se em silêncio, o coração ainda acelerado pelas emoções da noite anterior. Sua mente estava um turbilhão de sentimentos: paixão, dúvida, e uma pontada de culpa. Estar com Alexander havia sido a experiência mais intensa de sua vida, mas, agora, a realidade começava a pesar.Alexander estava sentado na cama, observando-a em silêncio. Havia algo nos olhos dele, uma mistura de desejo e preocupação. Ele sabia que aquele momento de calmaria não duraria muito.— Você está arrependida? — a voz dele cortou o silêncio, firme, mas com uma ponta de vulnerabilidade.Emma parou de ajeitar o vestido e olhou para ele. Queria dizer que não, que não havia um pingo de arrependimento em seu coração, mas as palavras ficaram presas na garganta. Não era arrependimento o que sentia. Era medo. Medo do que aquele relacionamento significava. Medo das consequências.— Não estou arrependida… — ela finalmente respondeu, a voz suave, ma
O dia seguinte começou com uma tensão palpável no ar. Emma desceu as escadas e encontrou a mansão estranhamente silenciosa. Normalmente, Ethan estaria brincando com seus carrinhos na sala, ou a cozinha estaria cheia de funcionários ocupados com o café da manhã. Mas, naquele momento, a casa parecia suspensa em um silêncio inquietante.Emma não sabia se era apenas paranoia depois do confronto com Melissa, mas cada passo que dava parecia ecoar em sua mente, trazendo uma sensação de que algo estava prestes a acontecer.Ao chegar à cozinha, encontrou Alexander de pé, com o celular pressionado ao ouvido e uma expressão sombria no rosto. Ele estava de costas para ela, mas Emma podia sentir a tensão em cada linha de seu corpo.— Eu não quero ouvir mais desculpas, Melissa, — ele dizia, com a voz controlada, mas carregada de raiva. — Você colocou nosso filho no meio dessa confusão, e isso é inaceitável.Emma prendeu a respiração ao ouvir o nome de Melissa. Não queria interromper a conversa, mas
O dia seguinte amanheceu sob um céu cinzento, e Emma sentiu como se o clima estivesse refletindo exatamente o que se passava dentro dela. A noite havia sido longa e inquieta, com seus pensamentos constantemente voltando à ameaça de Melissa. Ela sabia que, para Melissa, aquela não era apenas uma disputa de ego, mas uma questão de vingança. E, quando alguém como Melissa decidia se vingar, as consequências podiam ser devastadoras.Emma estava na cozinha preparando o café da manhã de Ethan quando Alexander entrou, com o rosto sério e o celular na mão.— Acabei de falar com meu advogado, — ele disse, aproximando-se dela. — Melissa teria muita dificuldade em conseguir a guarda exclusiva, especialmente sem provas de que Ethan está em risco aqui.Emma suspirou aliviada, mas seu alívio durou pouco.— E se ela inventar algo? — perguntou, franzindo a testa. — Você sabe que ela é capaz disso.Alexander assentiu, passando a mão pelos cabelos em um gesto frustrado.— É por isso que precisamos ser c
Os dias que se seguiram foram tensos. Desde o momento em que Melissa oficializou sua petição para revisar o acordo de guarda, Alexander e Emma sabiam que estavam no meio de uma guerra declarada. Cada movimento precisava ser calculado, e cada passo em falso poderia ser usado contra eles no tribunal. Emma tentava manter a rotina com Ethan o mais normal possível. Ajudava-o com o dever de casa, preparava seus lanches favoritos e o levava à escola, enquanto Alexander passava horas no telefone com seus advogados, discutindo estratégias. Mas o peso da tensão crescente era inescapável. Uma tarde, Emma estava no jardim, assistindo Ethan brincar com seu cachorro, Max, quando Alexander apareceu ao seu lado, com uma expressão séria. — Precisamos conversar, — ele disse, em um tom baixo. Emma assentiu, preocupada, e os dois caminharam até o escritório, fechando a porta para garantir privacidade. — Recebi uma notificação hoje de manhã, — Alexander começou, passando a mão pelo cabelo, um gesto
A vitória no tribunal trouxe um alívio temporário para Emma e Alexander, mas não apagou o medo de que Melissa pudesse contra-atacar. Sabiam que, para alguém como ela, perder era apenas um convite para planejar uma vingança ainda mais cruel.Nas semanas que se seguiram, a vida lentamente começou a voltar ao normal. Ethan estava mais feliz e tranquilo, e Emma e Alexander retomaram a rotina de trabalho e momentos em família. Contudo, a sombra de Melissa ainda pairava sobre eles, uma presença invisível e inquietante.Emma estava determinada a não deixar o medo paralisá-la. Mas uma sensação constante de alerta fazia seu coração bater mais rápido sempre que o telefone tocava ou quando via um carro desconhecido estacionado perto da mansão.— Ela não vai desistir tão fácil, — Emma comentou uma noite, enquanto deitava na cama ao lado de Alexander.— Não, — Alexander concordou, passando a mão pelo cabelo dela. — Mas, agora, temos uma vantagem. Ela foi exposta no tribunal, e isso enfraqueceu o p