Capítulo 13

Entro na minha sala, bufando de raiva. Se tivesse uma arma na minha frente, com certeza daria um tiro na cabeça do meu ex. Passo por Eduardo, que se mantém em silêncio, e caminho em direção à janela, mas nem a bela paisagem consegue me acalmar. Como pude ter sido tão cega em relação ao Gustavo? Realmente, não importa o tempo que passamos com alguém, nunca vamos conhecê-lo verdadeiramente. Nunca chegaremos ao miolo da cebola.

De repente, uma xícara aparece na minha frente, interrompendo o turbilhão de pensamentos. Olho para o lado e encontro Eduardo com a sobrancelha levantada.

Aceito agradecida, aproximo a xícara do meu rosto e respiro fundo o aroma reconfortante de camomila. Sorvo um pequeno gole, que não só aquece meu corpo, mas também acalma a minha mente agitada.

Fito Eduardo que está ao meu lado, também segurando uma xícara de chá nas mãos. Nesses dois meses, ele incorporou esse ritual à minha rotina. É estranho como uma conexão entre nós se formou, algo que eu nunca consegui ter
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