A policial recepcionista se aproximou da porta da sala do delegado e deu duas batidas. Abrindo-a em seguida, disse:
– Com licença, senhor delegado, mas o senhor Lucas gostaria de falar contigo. – Disse a policial.
– Pois não, qual o assunto? – Perguntou o delegado.
– É sobre o caso da senhora Kelly. Ele diz que sabe de algumas informações pertinentes e que poderiam auxiliar nas investigações. – Respondeu a policial.
– Sim, pode mandá-lo entrar, por favor.
– Sim, senhor. – Disse a policial liberando a passagem para Lucas entrar na sala do delegado.
– Boa tarde! Sente-se, por favor. Deseja uma água ou um café?
– Não, obrigado. Não vou poder demorar muito, pois daqui a pouco começará o meu expediente no restaurante.
– Hum. Então o senhor trabalha no restaurante? – Perguntou o delegado.
– Sim. – Respondeu o garçom.
– O mesmo restaurante onde ocorreu o incidente de ontem?
– Sim, senhor.
– E o
Conforme os dias foram se passando, as investigações continuaram a avançar. E a polícia finalmente pensou em uma tática para prender os quatro rapazes da gangue que perseguia Gustavo, pois tendo os quatro rapazes nas mãos, seus depoimentos poderiam esclarecer muitas coisas que ainda estavam obscuras. Kelly ficou alguns dias afastada da escola, pois estava com trauma de policiais e de coisas que poderiam aparecer misteriosamente em sua bolsa novamente, então iniciou um tratamento psicológico para tratar desse trauma que estava atrapalhando a sua vida e parando seus sonhos. Mas depois de algumas semanas de tratamento, ela começou a se sentir melhor e mais encorajada a voltar com a sua rotina, então passou a frequentar a escola novamente e a se encontrar com seus amigos, principalmente com Jéssica que era a pessoa mais próxima dela na escola. Mas logo quando Kelly voltou a frequentar a escola, teve que se explicar para Jéssica sobre o porquê de ter invent
De acordo com o que foi observado na conversa telefônica que os policiais conseguiram interceptar, eles ouviram que o horário em que a carga estaria se aproximando da cidade seria por volta das 19 horas. Então os policiais estavam se preparando para estarem presentes no local. – Já estamos prontos? Podemos ir? – Perguntou uma policial. – Ainda não, pois ainda não preparamos a viatura. – Não iremos com viatura hoje. – Não? – Não. Hoje iremos à paisana, sem uniforme e sem viatura. Conseguimos um carro, o qual nos levará até o local. Não podemos chamar atenção e não podemos arriscar que nosso plano falhe. Temos que interceptar a carga e os bandidos têm que ser presos. Tudo deve ser feito com muita cautela, pois é uma via pública e existem pessoas inocentes passando por lá. – Disse Rosimeri, a policial chefe da operação. – Diante dessa informação, estamos prontos. – Disse Darley. – Ótimo. – Concluiu Rosimeri. Os policiais c
– Por que o senhor incriminou a Kelly? A moça estava contigo e parecia gostar de ti. – Eu precisava me proteger da polícia. Precisava me fazer de bonzinho para que alguém confiasse em mim. – Para que o senhor continuasse a praticar os seus crimes? – Perguntou a policial Rosimeri. – Eu não cometia nada sozinho. – Sabemos disso. Os seus comparsas já estão na cadeia. E o senhor vai fazer companhia para eles agora mesmo. – Disse a policial conduzindo Gustavo até a cela. Gustavo não disse mais nada. Ficou em silêncio o tempo todo. No dia seguinte, Kelly estava assistindo televisão com Marcelly e sua mãe e no momento da segunda edição do jornal local, viu que tinha uma gangue que tinha sido presa por diversos crimes. E que a polícia estava se sentindo orgulhosa por ter capturado o chefe que há tanto tempo procuravam. Ele se chamava Michael, mas estava disfarçado através de um procedimento estético e atendia atualmente pelo nom
Agradeço, primeiramente, ao Senhor Jesus: meu único e suficiente Salvador, que me proporcionou uma história de vida transformada pelo Seu amor. E sou muito grata ao Senhor por tornar possível o sonho da escrita. Aos meus pais Dirlene e Fernando, e demais familiares, que sempre me incentivaram na carreira como escritora, apreciando e apoiando tudo o que eu faço. Dedico este livro ao meu único Senhor e Salvador Jesus Cristo. PREFÁCIO Foi com grande satisfação que aceitei o convite da minha filha Vanessa para ler, em primeira mão, e acompanhar o lançamento de seu segundo livro. Nunca tinha feito algo que me desse tanto prazer e alegria em participar. A história de Kelly diz respeito a uma jovem que tem sonhos em viver um grande amor como tantas outras meninas de sua idade. Mas nem todas as histórias que vivemos é um conto de fadas, muitas vezes sofremos, nos decepcionamos com as pessoas e enfrentamos s
Kelly é uma jovem sonhadora, de pele clara, cabelo longo, liso e castanho escuro, de olhos castanhos, magra e não muito alta. Com dezoito anos de idade, e morando sua mãe, avó e irmã, tem poucas responsabilidades, tendo apenas que se dedicar ao colégio e ao vestibular, mas nem sempre é isso que ela quer fazer. Kelly mora com sua família numa cidade do interior chamada Merlin, a qual se tornou conhecida internacionalmente por suas belas cavernas.Seu terceiro ano no ensino médio tem sido totalmente diferente dos demais: não por ter mudado de série – até porque sempre foi estudiosa, na maioria das vezes, e nunca foi reprovada, passando direto sem precisar das provas de recuperação – mas por ser o seu último ano, com quase todos os amigos novos – exceto Jéssica –, pois precisou transferir de turno, passando da tarde para a manhã e tendo o
No dia seguinte no colégio, Kelly chegou pouco depois da aula ter começado, estava vestindo uma calça jeans pouco larga, que não valorizava suas curvas – como Jéssica costumava dizer –, e seu uniforme por baixo de um casaco cinza de capuz, com o cabelo não tão arrumado. Enquanto ela entrava na sala, procurava por sua amiga, que logo percebeu seu atraso, e imediatamente perguntou: – Bom dia, amiga, o que houve para você ter chegado agora? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou Jéssica. – Perdi a hora. – Respondeu ela, enquanto colocava a mochila sobre a carteira ao lado de Jéssica. – Ah sim, já sei... Ficou assistindo serie até altas horas, acertei? – Perguntou ela, dando risadas. – Não fiquei até tarde, não. Consegui dormi cedo ontem, não tão cedo quanto imaginei e quanto eu gostaria, mas relativamente cedo. Só perdi a hora. – Hum... Então está bem. – Concluiu Jéssica. Enquanto o professor estava virado de costas para os alunos, escrevend
No fim do dia, Marcelly e sua mãe Débora chegaram do trabalho; cumprimentaram Kelly, e a mesma já olhou para sua irmã como se estivesse pedindo “desculpas”. Enquanto se dirigiam para o quarto, Marcelly perguntou, dando risadas: – Por que você está me olhando desse jeito, Kelly? Não tenho dinheiro não! – Ai que horror, Marcelly! Até parece que eu sou interesseira! – Respondeu, dando risadas. – Não é interesseira, mas como diz o ditado: “te conheço de outros carnavais”. Desembucha! O que você está querendo? – Preciso de uma ajudinha sua! – Disse Kelly dando um sorrisinho. – Saia que ia me pedir alguma coisa! Ajuda em quê? – É... Então, eu queria aprender a me maquiar, mas já percebi que não levo o menor jeito para isso. – Depois de uma pausa, ela prosseguiu: – Preciso que você me ensine, pois eu já assisti a diversos vídeos na Internet, e nenhum adiantou. Só fiz besteira. – Percebi, pois seus olhos estão, parece que, manchados. –
Depois daquele dia, ela decidiu que prestaria ainda mais atenção no comportamento de Gustavo e na conversa dos rapazes, caso os encontrasse novamente. Os dias se passaram e Gustavo não aparecia no colégio. Kelly começou a ficar preocupada. Dando ainda mais ênfase nas suas desconfianças e medos. Ele ficou afastado das aulas por, aproximadamente, uma semana. Na segunda-feira da semana seguinte, chegando na sala de aula, estava Gustavo sentado com um rapaz no fundo da sala, de onde ele acenou para Kelly, e ela retribuiu o aceno a ele. Ela percebeu que ele estava conversando com seu amigo sobre ela, pois escreveu um bilhete e o entregou, fazendo gesto, dando a entender que o amigo deveria entregá-la o bilhete no fim da aula. Aquele comportamento foi mais um motivo para ela estranhar. – Por que ele não sentou perto de mim, igual à última vez em que ele apareceu aqui? – Por que ele faltou tantos dias consecutivos? – Por que ele mesmo não me entrega esse bilhete? –