Copyright © 2019 Tania Giovanelli
Direitos autorais do texto original ‘Não vou dizer sim’’ – Fundação Biblioteca Nacional
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Capa: Carol Moreira
Diagramação: Tatiane Souza
Revisão: Tatiane Souza
Licença de imagens: Pngtree
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização por escrito do autor.
Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Nomes, lugares e acontecimentos descritos são frutos da imaginação da autora.
Giovanelli, Tânia
Não vou dizer sim/Tânia Giovanelli - São José do Rio Pardo -SP
Tânia Giovanelli, setembro de 2019.
Esclarecimentos
Essa é uma história fantasiosa, uma comédia romântica diferente. Tudo foi fruto da minha imaginação.
Escrevo porque amo e minhas histórias surgem em sonhos ou simplesmente do nada. Muitos irão gostar, muitos não. Então, peço desde já aos que não gostarem para que respeitem. Sem ofensas ou comentários maldosos, apenas parem de ler.
O mundo está cheio de livros com histórias diferentes e cativantes, só porque você não gosta de algo, não significa que outras pessoas também não irão gostar. Busque algo que te agrade sem precisar ofender o que não te agradou.
Estava me esquecendo de um detalhe importante. Mesmo sendo uma comédia romântica, com cenas divertidas, essa história tem um final surpreendente, que pode causar gatilho em pessoas sensíveis e/ou que já tenha passado pelo mesmo que a personagem. No entanto, ela continua sendo uma linda história de amor.
Depois vamos ter um Spin off de Não vou dizer sim, o título será: Casei com um mostro.
Agradeço a compreensão e carinho.
Espero que goste da história, tenha uma boa leitura!
Agradecimentos
Tatiane Souza, sem palavras para te agradecer, pois entrou em minha vida de uma maneira diferente. Nos conhecemos no F******k e logo depois descobrimos morar na mesma cidade. Hoje posso dizer que somos mais que amigas, você faz parte da minha família e agradeço por estar sempre ao meu lado, me motivando em minhas escritas, não permitindo que em algum momento eu viesse a desistir de tudo. Obrigada por sempre me ajudar e dar dicas maravilhosas. Você em minha vida é como um anjo e mora em meu coração.
Mari Sales, obrigada por sempre me ajudar com as imagens e pelo carinho que me trata, isso me motiva a não desistir. Você é muito especial para mim.
Leitoras, obrigada por sempre me deixarem feliz, seja com as avaliações ou com cada mensagem de carinho que me enviam por inbox nas redes sociais para dizer o quanto gostam das minhas histórias.
Jessika Rodrigues e Rafaela Rodrigues minhas queridas amigas, sem palavras para agradecer você. Está sempre me apoiando me dando forças e me ajudando, nem sei como agradecer. É uma amiga muito querida, mora no meu coração.
Queria poder citar o nome de todos que tiveram uma parte fundamental para que eu não desistisse, mas corro o risco de não lembrar de todos, então, deixo meus mais sinceros agradecimentos por todo carinho que me deram e continuam me dando a cada história lançada.
E por último, agradeço meus pais e marido, pela força e incentivo que sempre me deram. Obrigada por estarem ao meu lado, amo muito vocês!
Sem todos vocês o meu sonho não seria possível.
— Kau, o que está fazendo nesse quarto? Que barulhos são esses? O que você tá aprontando menina? — Gritou Maro, a governanta, esmurrando a porta do lado de fora do meu quarto.Rapidamente guardei todas as minhas coisas, desliguei o notebook e troquei de roupa. Maro, não podia me ver assim, ninguém podia. Isso era um segredo só meu.— KAU, TA QUASE NA HORA DO SEU CASAMENTO — Berrou brava.— Já vou abrir, só um minuto — falei terminando de me vestir e fui abrir a porta logo em seguida.Maro bufou, não sabia por que estava tão brava. Este casamento era contra a minha vontade e ela sabia muito bem disso.— Menina, seu pai me mata se você atrasar. O que estava fazendo trancada neste quarto? — disse entrando rapidamente e colocou o vestido de noiva na cama.— Estava assistindo um filme pelo notebook — respondi ignorando aquele vestido ridículo.— Um filme a essa hora? está querendo provocar seu pai? Você já tomou banho? — Caminhou a
Minutos depois estava a caminho da cidade da minha mãe. Ela partiu quando eu tinha apenas seis anos, então as lembranças que tinha dela eram poucas. Era muito nova para entender o que estava acontecendo, só lembro que eles brigavam muito. Hoje, com vinte e dois anos, consigo entender que o maior culpado de ela ter nos deixado foi meu pai.Jonathas Almeida era uma pessoa extremamente difícil de conviver, era autoritário de mais, achava que poderia mandar em todos. Vivia mal-humorado, não sorria e só pensava nos negócios dele.Que mulher aguentaria um homem assim? Entendia que ela não possuía outra escolha, por esse motivo tinha muita vontade de encontrá-la.Passei a viagem toda imaginando em como seria nosso reencontro, se ela me reconheceria e se ainda sentia algum sentimento por sua filha. Suspirei, notando que vários olhares dentro do ônibus eram direcionados a mim.Ri fraco, acho que eu também ficaria horrorizada em ver uma noiva fugitiva.
Quando voltei para a realidade percebendo que estávamos sozinhos e que os guardas passaram sem me ver. O empurrei na hora.— O que pensa que está fazendo? Quem te deu permissão para me beijar — perguntei, meu coração batia descompassado e minhas pernas estavam trêmulas. Eu queria esganá-lo.— Tá reclamando do que? Você retribuiu sem hesitar — zombou.— Precisei retribuir, eu estava sendo perseguido pelos guardas, essa foi a única forma de me esconder — respondi sem graça, notando que meus pães e o pacote de biscoito estavam pisoteados no chão e minha barriga continuava roncando.— Então você é uma ladrazinha, mas porque está vestida de noiva? — Questionou me examinando.— Não sou ladra e é uma longa história. Contarei depois que me arrumar uma roupa e pagar algo para eu comer, estou morrendo de fome — pedi muito sem graça novamente.— Te pago um belo café da manhã e te compro roupas novas com uma condição.— Que condição?— Minha mãe é
— Ah, Julian, conta outra, é claro que você sabe o que tem nesse quarto.— Juro que eu não sei! Esse quarto está trancando já faz seis meses. Ouço muitos barulhos a noite, mas não faço ideia do que se trata — explicou muito sem graça e muito confuso.— Tudo bem, dou minha palavra que não entrarei nesse quarto. Agora preciso de um banho e dormir um pouco. Sou muito grata por me acolher na sua casa. Seria terrível passar mais uma noite na rua. Em troca desse favor, tentarei ser uma noiva bem convincente.— Obrigado pela ajuda, Kau. Tome seu banho que eu vou ver se dona Chica pode pegar algumas roupas da filha dela para te emprestar, Ana tem uns vinte anos, acredito que essa também seja a sua idade. Chica é mãe da nossa cozinheira. Assim que o almoço estiver pronto te chamo.— Na verdade, farei vinte e três em duas semanas. Agradeço por me arrumar algumas roupas. Vou lá então — subi as escadas e fui para o quarto de hóspedes que Julian me mostrou.En
— Mãe, quem tem um compromisso com a Bianca é você. Nunca aceitei essa ideia louca de ser noivo dela. Eu falei que tinha uma namorada e não acreditaram em mim. Pois é, ela está aqui e estamos juntos já faz um ano, prefiro me casar com ela que eu amo, do que com aquela garota esnobe e ridícula que escolheu para mim — explicou bastante irritado.— Filho, Bianca é uma atriz jovem e famosa, faz vários filmes nacionais e novelas, pode te ajudar a entrar nesse meio. É o seu sonho — argumentou decepcionada.Fiquei ali só observando a discussão deles. Eu sabia que esse noivado não era real, então essa briga boba não surgia efeito em mim. Esse casamento nunca iria acontecer mesmo.— Não, esse não é meu sonho, é o seu. Nunca quis ser ator de cinema — gritou muito nervoso.— Quando você era pequeno, dizia que queria ser como eu.— Quando eu era pequeno, disse tudo, eu cresci mãe e meu sonho é ser médico. Será que agora podemos almoçar? — Perguntou sentando-se do m
Julian respondeu ao beijo sem nenhuma hesitação e enquanto ele explorava minha boca com muita necessidade, tentei abrir os olhos algumas vezes para ver se os capangas do meu pai haviam ido embora. Para a minha sorte tinham acabado de partir. Fiquei aliviada e no mesmo instante me afastei do Julian.— Assim vamos ser bem convincente — sorriu safado.— Julian, preciso de um favor — o ignorei. — Preciso ir em um salão de cabelereiro, você conhece algum?— Sim, conheço o que minha mãe costuma ir, mas a essa hora deve estar lotado. Porque precisa ir? E por que parece preocupada?— Julian, te beijei para me esconder.— Se esconder... de quem? — Perguntou confuso.— Meu pai tem muitos amigos e alguns deles vieram atrás de mim, quando os vi te beijei — menti mais uma vez.Não contaria para ele que eram os capangas do meu pai, pensaria que estava mentindo a respeito de ser pobre e não queria isso. Só não conseguia entender como foram me procurar just
Nunca pensei que aquele imbecil do Oscar fosse atrás de mim e com a sorte que tenho esbarrei bem nele. Poxa! Como sou sortuda, dá até raiva.— Você me desculpa, não a vi — lamentou-se.Tentei evitar de olhá-lo, estava com medo de ser reconhecida. Julian percebendo meu desconforto e me puxou para mais perto de si.— Amor, você está bem? — deu um beijo em minha boca, me fazendo tremer na base.— Estou sim — respondi assim que ele se afastou dos meus lábios.— Que bom que está bem, vou tomar mais cuidado quando eu andar por aí — disse Oscar sem graça. — Hey, preciso de uma informação — chamou nossa atenção quando percebeu que iríamos entrar no carro.— Diga --- perguntou Julian, aproximando dele.— Vocês viram essa garota, ela é minha noiva e por causa de uma briga com seu pai, fugiu e descobri que veio para essa cidade — contava mostrando uma foto minha.— Não a vimos, mas como descobriu que veio para cá? — Questionou Julian.
— O que faz aqui a essa hora da noite? — Questionou Julian me olhando.— Credo, Julian, você quase me matou de susto — resmunguei baixinho.— Desculpa, não era minha intenção, mas porque está falando assim.— Dormi sem jantar, lembra?— Claro que lembro — disse no mesmo tom de voz que eu.— Acordei com fome e resolvi tomar um copo de leite, comer um lanche e quando cheguei aqui embaixo ouvi barulhos e fui ver o que era, e vinha daquele quarto. Você sabia que sua mãe sequestrou alguém e faz ela de refém? E pelo que entendi a vítima se recusa comer — contei quase sussurrando para que ninguém me ouvisse.— Você está ficando louca? Minha mãe jamais faria isso — disse assustado.— Elas estão lá agora, vai ouvir pela porta e tire suas próprias conclusões... — ele nem esperou eu terminar de falar e foi para lá, enquanto fiquei fazendo um lanche para mim, não demorou muito, ele voltou branco como um fantasma.— Você tem razão, parece