Julian respondeu ao beijo sem nenhuma hesitação e enquanto ele explorava minha boca com muita necessidade, tentei abrir os olhos algumas vezes para ver se os capangas do meu pai haviam ido embora. Para a minha sorte tinham acabado de partir. Fiquei aliviada e no mesmo instante me afastei do Julian.
— Assim vamos ser bem convincente — sorriu safado.
— Julian, preciso de um favor — o ignorei. — Preciso ir em um salão de cabelereiro, você conhece algum?
— Sim, conheço o que minha mãe costuma ir, mas a essa hora deve estar lotado. Porque precisa ir? E por que parece preocupada?
— Julian, te beijei para me esconder.
— Se esconder... de quem? — Perguntou confuso.
— Meu pai tem muitos amigos e alguns deles vieram atrás de mim, quando os vi te beijei — menti mais uma vez.
Não contaria para ele que eram os capangas do meu pai, pensaria que estava mentindo a respeito de ser pobre e não queria isso. Só não conseguia entender como foram me procurar just
Nunca pensei que aquele imbecil do Oscar fosse atrás de mim e com a sorte que tenho esbarrei bem nele. Poxa! Como sou sortuda, dá até raiva.— Você me desculpa, não a vi — lamentou-se.Tentei evitar de olhá-lo, estava com medo de ser reconhecida. Julian percebendo meu desconforto e me puxou para mais perto de si.— Amor, você está bem? — deu um beijo em minha boca, me fazendo tremer na base.— Estou sim — respondi assim que ele se afastou dos meus lábios.— Que bom que está bem, vou tomar mais cuidado quando eu andar por aí — disse Oscar sem graça. — Hey, preciso de uma informação — chamou nossa atenção quando percebeu que iríamos entrar no carro.— Diga --- perguntou Julian, aproximando dele.— Vocês viram essa garota, ela é minha noiva e por causa de uma briga com seu pai, fugiu e descobri que veio para essa cidade — contava mostrando uma foto minha.— Não a vimos, mas como descobriu que veio para cá? — Questionou Julian.
— O que faz aqui a essa hora da noite? — Questionou Julian me olhando.— Credo, Julian, você quase me matou de susto — resmunguei baixinho.— Desculpa, não era minha intenção, mas porque está falando assim.— Dormi sem jantar, lembra?— Claro que lembro — disse no mesmo tom de voz que eu.— Acordei com fome e resolvi tomar um copo de leite, comer um lanche e quando cheguei aqui embaixo ouvi barulhos e fui ver o que era, e vinha daquele quarto. Você sabia que sua mãe sequestrou alguém e faz ela de refém? E pelo que entendi a vítima se recusa comer — contei quase sussurrando para que ninguém me ouvisse.— Você está ficando louca? Minha mãe jamais faria isso — disse assustado.— Elas estão lá agora, vai ouvir pela porta e tire suas próprias conclusões... — ele nem esperou eu terminar de falar e foi para lá, enquanto fiquei fazendo um lanche para mim, não demorou muito, ele voltou branco como um fantasma.— Você tem razão, parece
Voltamos para sua casa pensando no plano e como ele disse, Chica não estava em casa, nem sua mãe e nem mesmo a Ana. Havia chegado a hora de descobrir quem estava naquele quarto e o porquê.— Julian, a porta está trancada. Você sabe onde está a chave?— Minha mãe tem o costume de guardar tudo no seu quarto. Vamos logo procurar — disse me puxando pela mão.Entramos no quarto de Sacha que era enorme. Tinha um close com tantas gavetas que não fazia ideia por onde começar.— Olha na penteadeira que vou procurar no close e seja rápida — falou abrindo algumas gavetas e procurando, enquanto eu procurava na penteadeira.Foi então que algo me chamou a atenção, notei um pequeno baú de madeira bem pequeno escondido atrás de um vaso na penteadeira.— Olha o que achei — andei em sua direção com o baú na mão.— Abre, para ver o que tem dentro — olhou-me aflito.Sem pensar duas vezes eu abri e para minha surpresa tinha duas chav
A noite foi tensa, ouvi o tempo todo alguém chorando e uma movimentação na casa. Eu estava com fome, pois me deitei mais uma vez sem jantar. No entanto, com o barulho que vinha do andar debaixo não me atreveria a ir à cozinha.Resolvi fechar os olhos e tentar pegar no sono novamente, demorou um pouco, mas adormeci.Despertei com um braço sob mim e me assustei, virei devagarinho para ver quem estava do meu lado e notei que apesar do arranhão que tinha no rosto do Julian, ele dormia tranquilamente.Estranho, será que estou em seu quarto novamente? Tive um sonho muito louco, era um sexo bem selvagem, mas mal conseguia ver o rosto de quem estava comigo.Tentei sair dos seus braços bem lentamente, mas quando fui me levantar, ele me segurou pela mão.— Bom dia, Kau! — Desejou, sentando-se na cama.Esfregando os olhos de sono e me olhou de um jeito que parecia estar me despindo.— Como vim parar aqui? E por que me olha assim? — Questionei me
Cheguei na casa do Julian rezando para não encontrar com ele, eu só queria ir para o quarto, ficar sozinha para pensar um pouco. Por sorte não o encontrei.Faltava três horas para o jantar, não estava nenhum pouco animada. No entanto, sem muitas escolhas achei melhor tomar um banho e me arrumar. A noite seria longa e tediosa.Enquanto a água do chuveiro lavava meu corpo, tentei esquecer o que havia descoberto sobre minha mãe. Não havia nada que eu pudesse fazer naquele momento.Depois de colocar o vestido que Sacha escolheu, sequei meu cabelo deixando-o um pouco mais liso e me deitei um pouco na cama para esperar a hora passar. Acabei cochilando.— Kau, você está aí? — Despertei com alguém batendo na porta. — Kau... — gritou, dessa vez consegui reconhecer a voz que me chamava. Julian.No mesmo instante meu coração pareceu querer sair pela boca. Mesmo com um frio na barriga fui abrir a porta.— Por onde andou — perguntou ao me ver.— Sai um p
Não consigo acreditar no que meus olhos estavam vendo. O livro casei com um monstro estava na mesinha de cabeceira.Então, muito curiosa, fui me aproximando novamente e quando peguei o livro na mão derrubei algo que acabou fazendo barulho.— Sacha, é você? — Perguntou uma mulher puxando a cortina e quando ela me viu ficou branca como um fantasma. — Filha...Seu rosto empalideceu, não consegui sequer reagir a sua palavra, no segundo seguinte ele já havia desmaiado.Fiquei em choque enquanto a observava. Era minha mãe, mas estava muito diferente da foto do livro e da foto que eu tinha dela. Estava de cabelo curto e pretos, minha mãe sempre foi loira.— Mãe, acorda... — pedi dando leve tapinhas em seu rosto. — Mãe, por favor, acorda!— Eu estou sonhando... — resmungou abrindo os olhos.— Não, você não está. Sou eu, Kauana — respondi olhando-a com o coração disparado pela emoção.— Não pode ser minha filha, ela está morta. Deve ser alucina
— Eles só vão parar se você aceitar casar comigo — disse quase sem força pelo tanto que apanhou do Julian e com um ar superior.Eu só queria que parecem de bater nele.— Tudo bem, você venceu. Me caso com você — quando falei isso, fez sinal para seus capangas pararem. Corri até o Julian desesperada, que já se encontrava desmaiado no chão.Sacha e minha mãe estavam assustadas, não conseguiram reagir, pareciam em choque.— Sacha, pelo amor de Deus, chame uma ambulância — gritei fazendo-a sair do choque em que estava.— Vamos, Kauana, precisamos ir — Oscar puxou-me com pressa.Não consegui controlar minhas lágrimas e chorei temendo pela vida de Julian.— Oscar, chega! Acabou... — disse meu pai aparecendo na porta do quarto de repente, nos impedindo de sair.— Assinamos um contrato Jonathas, você deve muito dinheiro ao meu pai, vai perder tudo se eu não me casar com sua filha — respondeu encarando-o.— É desse contrato que está falan
Despertei com o barulho da porta sendo aberta e após abrir os olhos levei um susto muito grande quando vi o médico do Julian me olhando confuso. Foi então que me dei conta que estava no quarto do Julian no hospital e deitada na cama com ele.Me sentei rapidamente fazendo Julian acordar. Fiquei muito envergonhada quando notei que estava de camisola.— Bom dia, Julian! Vejo que dormiu muito bem essa noite — cumprimentou o médico fazendo a Dona Sacha acordar, ela dormia na poltrona.— Está tudo bem, Doutor? — Perguntou dona Sacha se levantado.— Sim, está. Os exames ficaram prontos, Julian está muito bem, nos exames não deu nada, vou dar alta a ele e receitar remédio para a dor — respondeu entregando a receita para a mãe dele, enquanto a enfermeira me encarava estranho.Talvez se perguntando o que eu fazia ali de camisola?O médico saiu do quarto fazendo várias recomendações. Julian mesmo muito dolorido, se levantou da cama.— Alguém pode