Felipe desligou o telefone após a ligação com Rafael e não hesitou. Pegou o celular e discou para Heitor, direto e firme.— Heitor, preciso de todos os documentos sobre o Sr. Bittencourt. Tudo que você encontrou até agora. Mande pra mim o mais rápido possível — ordenou, sua voz carregada de determinação.Heitor respondeu rapidamente, sem rodeios. — Claro, Felipe. Vou enviar. Mas isso pode gerar complicações.— Eu sei — respondeu Felipe secamente. — Já passou da hora de encerrar essa história.Sem mais discussões, Felipe encerrou a chamada. O Sr. Bittencourt estava por trás das ameaças, e Felipe sabia que o confronto era inevitável.Decidido, ele foi direto ao estúdio de Valéria. O caminho até lá era familiar, mas a tensão em seu peito era diferente dessa vez. A frustração pulsava em suas veias, misturada com raiva e preocupação. Valéria continuava a se afastar, e ele já estava cansado de ser empurrado para longe.Ao chegar no estúdio, Felipe entrou sem aviso, ignorando os olhares curi
Felipe chegou à mansão do Sr. Bittencourt no fim da tarde. O caminho até lá parecia mais longo do que o habitual, e a raiva misturada com frustração estava prestes a explodir. Ele havia esperado tempo demais para agir, mas agora tinha todas as provas que precisava para confrontar o homem que ameaçava Valéria. Ao passar pelos portões, os seguranças hesitaram por um momento antes de deixá-lo entrar. Felipe já havia estado ali outras vezes, mas nunca com a urgência e o propósito de hoje. Seu rosto não mostrava emoção; ele estava concentrado e frio. O Sr. Bittencourt já o aguardava na sala de estar luxuosa, sentado em uma poltrona com uma expressão de falsa calma. — Felipe — disse ele, sorrindo de forma cínica enquanto se levantava. — Não esperava vê-lo tão cedo. A que devo a honra? Felipe não retribuiu o sorriso. Sem perder tempo com formalidades, ele puxou de sua pasta os documentos e jogou-os sobre a mesa de centro. O barulho ecoou pela sala, e o sorriso do Sr. Bittencourt desapare
Felipe saiu do elevador e parou imediatamente ao ver Valéria sentada no chão, encostada na parede ao lado da porta. A surpresa estampada em seu rosto.— Valéria? O que você está fazendo aqui? — perguntou, confuso, enquanto caminhava em sua direção.Ela se levantou lentamente, nervosa, mas decidida.— A gente precisa conversar, Felipe. Não posso mais fugir disso — disse Valéria, encarando-o diretamente.Felipe passou a mão pelos cabelos, tenso, mas assentiu. Ele olhou para a porta do apartamento por um segundo e depois voltou os olhos para ela.— Por que você não entrou? — perguntou ele, com curiosidade. — Você tem a senha.Valéria suspirou, desviando o olhar antes de responder.— Porque eu não queria invadir o seu espaço, Felipe. Achei que... não tenho mais esse direito.Felipe ficou em silêncio por um momento, absorvendo as palavras. Ele destrancou a porta e a empurrou levemente.— Vamos entrar. Precisamos conversar sobre isso — disse ele, com uma intensidade controlada.Valéria entr
Felipe segurava firmemente as mãos de Valéria, sentindo a tensão suavizar um pouco entre eles. Embora soubesse que ainda havia muito a ser resolvido, ele estava determinado a enfrentar tudo ao lado dela. — Eu não vou te deixar lidar com isso sozinha, Valéria — repetiu ele, a voz firme, mas suave. Valéria, ainda processando o peso da decisão, assentiu lentamente. O medo que carregava dentro de si ainda estava presente, mas agora, ao menos, ela sabia que não precisaria enfrentar tudo sem o apoio de Felipe. — Então, o que fazemos agora? — perguntou ela, um pouco hesitante. — Como a gente resolve isso? Felipe soltou as mãos dela e cruzou os braços, pensativo. Sabia que o próximo passo era delicado, mas inevitável. — Eu já comecei a resolver algumas coisas — disse ele, os olhos escuros fixos nos dela. — Mas ainda há muito a ser feito. Você precisa confiar em mim e deixar que eu cuide de algumas partes disso. O coração de Valéria batia acelerado, e ela sabia que Felipe estava certo. Co
O silêncio entre eles era denso, carregado de sentimentos reprimidos. Quando chegaram ao quarto, o ambiente parecia mudar. As luzes suaves e as cortinas balançando levemente com a brisa intensificavam a tensão. Felipe a deitou na cama com cuidado, mas seus movimentos eram deliberados, quase calculados. Valéria sentiu o peso do tempo que passaram afastados, a frustração acumulada, o desejo reprimido. Ele começou a desabotoar a camisa lentamente, os olhos fixos nos dela. Cada gesto dele parecia uma promessa silenciosa. Quando ele se aproximou, ela sentiu a respiração acelerar. Felipe a tocou suavemente, mas logo o toque se intensificou. Havia uma urgência contida nele. — Você achou que podia me afastar assim, Valéria? — A voz dele saiu rouca, cheia de uma emoção crua. — Acha que pode simplesmente voltar? As mãos dele percorriam o corpo dela com intensidade. Havia uma mistura de desejo e uma espécie de punição nos gestos, como se ele estivesse mostrando que ela não escaparia tão faci
Após o jantar, Felipe e Valéria voltaram para o apartamento, envolvidos em um silêncio confortável. Não havia necessidade de palavras naquele momento; a presença um do outro era suficiente para preencher o espaço entre eles. Quando chegaram ao quarto, ambos sabiam o que viria a seguir, como se a tensão que os acompanhava nos últimos dias estivesse finalmente sendo resolvida. Felipe a deitou suavemente na cama, seus toques ainda delicados, mas carregados de uma intensidade que Valéria sentiu em cada movimento. A noite foi lenta e repleta de desejo, mas também de uma conexão que se aprofundava a cada instante. Eles se entregaram ao momento, libertando-se da saudade e do desejo reprimido que os consumia. A madrugada passou tranquila, com o calor dos corpos entrelaçados oferecendo conforto. Na manhã seguinte, o sol começou a invadir o quarto de forma suave, anunciando um novo dia. Felipe acordou primeiro, seus olhos observando Valéria adormecida ao seu lado. Havia uma calma em tê-l
Ao chegar em casa, Valéria foi recebida pelo silêncio habitual do apartamento. Lara provavelmente estava no estúdio ou ainda dormindo. Enquanto começava a arrumar sua mala para a viagem, Valéria sentiu um leve nervosismo ao pensar em como contaria a Lara sobre Felipe. Elas sempre foram próximas, e Lara sempre soube da tensão que existia entre ela e Felipe, mas Valéria ainda não tinha contado que eles haviam se acertado. Enquanto dobrava uma blusa e a colocava na mala, ouviu o barulho da porta do quarto de Lara se abrindo. — Val? — A voz sonolenta de Lara ecoou pelo corredor. — Você já está em casa? Valéria se virou e sorriu ao ver a amiga parada na porta. — Sim, cheguei faz pouco tempo. Tive que passar aqui para pegar algumas coisas — disse Valéria, tentando manter um tom casual enquanto continuava a arrumar suas roupas. Lara se aproximou, curiosa. — Você está indo a algum lugar? — Ela olhou para a mala aberta e franziu as sobrancelhas. — Vai viajar? Valéria respirou f
Assim que entraram no apartamento de Felipe, a porta mal havia se fechado quando Valéria sentiu as mãos dele em sua cintura, puxando-a para perto. Seus lábios encontraram os dela em um beijo suave, mas controlado, como tudo que Felipe fazia. Não era uma entrega completa, mas uma conexão intensa e significativa, típica do jeito dele.Felipe quebrou o beijo devagar, seus olhos escuros analisando cada detalhe do rosto dela com uma profundidade que só ele tinha. Ele suspirou, como se o peso das últimas semanas estivesse começando a se dissipar.— Acho que precisamos de uma noite tranquila — disse ele, sua voz firme, mas com um toque de suavidade que não era comum. — Vinho e sushi?Valéria sorriu, apreciando a sugestão simples, mas que, vindo de Felipe, parecia muito mais. A tranquilidade da proposta era o que ambos precisavam, sem grandes gestos, apenas a companhia um do outro.— Perfeito — respondeu ela, enquanto Felipe se afastava para pegar uma garrafa de vinho.Enquanto ele cuidava do