035

A sala de estar estava com a lareira acesa e crepitando suavemente. Duncan se sentou ao meu lado no grande sofá, pegando minhas mãos nas dele.

Eu notei que elas estavam mais limpas, sem qualquer resquício de sangue em sua pele macia, mas a temperatura era fria e estavam úmidas, por ele ter acabado de as lavar.

— Sinto muito por hoje. — Havia sinceridade em seus olhos e seu toque era gentil. — Nunca quis te colocar em perigo.

Ah, agora ele ia fazer o papel de noivo arrependido depois de me usar de isca? Suspirei, sentindo um nó na garganta. As palavras dele eram reconfortantes, mas o medo ainda estava presente. Soltei uma das mãos e escovei seu rosto, ele procurou mais o meu toque e fechou os olhos, os cílios bem escuros que eu tanto gostava, os lábios naturalmente curvados e as pintinhas por seu rosto.

Esfreguei o polegar em sua bochecha, deformando a curva de tristeza em sua boca para um sorriso torto.

— Eu sei, Duncan — Respondi, acariciando-o. Eu ainda estava tremendo, mas estar co
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